Humanização
da obesidade passa por acesso à informação e tratamento. A discriminação afeta
autoestima e autocuidado, piorando a condição de pessoas com a doença
A inclusão social de
pessoas com deficiências física e intelectual já é uma demanda legal em todo o
país. Instituições de ensino e empresas já trabalham a diversidade para incluir
o que antes eram consideradas minorias. Há, no entanto, um público que segue
estigmatizado: os obesos.
A médica nutróloga Dra.
Ana Luiza Vilela, da capital paulista, conta que muita gente ainda enxerga os
obesos como pessoas preguiçosas e gulosas, segregando-os por conta de sua
aparência. “A pessoa com obesidade é uma pessoa doente, que precisa de acesso à
informação e tratamento para poder cuidar deste mal e de suas consequências. A
‘gordofobia’, como se chama a aversão a pessoas obesas, é um tipo de
discriminação e é crime”, reforça.
A exclusão social
colabora para a baixa autoestima dos indivíduos obesos e também com o
autocuidado. “Muitos deixam de procurar ajuda médica por medo de ouvirem que
são culpados pelo seu peso porque não se exercitaram o suficiente, porque comem
demais. Ao não se cuidarem, acabam piorando sua saúde”, diz Dra. Ana Luiza.
Outros transtornos que
os obesos vivem se refletem no dia a dia das grandes cidades, como bancos em
transportes públicos, catracas estreitas, portas giratórias de bancos,
poltronas de cinema, cadeiras de praças de alimentação, entre outros itens que
não são adequados para receber pessoas com esta condição. “A humanização da
obesidade passa pela empatia. Precisamos nos colocar no lugar do outro para
imaginar como ele se sente. Além disso, nós, da área da saúde, precisamos ser
mais insistentes e reforçar a importância de um acompanhamento multidisciplinar
para esses pacientes. Só assim conseguiremos que se cuidem adequadamente e até
que consigam combater a obesidade”, afirma a nutróloga.
FONTE: Dra. Ana Luisa Vilela
- Graduada em Medicina pela Faculdade de Medicina de Itajubá – MG,
especialista pelo Instituto Garrido de Obesidade e Gastroenterologia (Beneficência Portuguesa de São Paulo) e pós
graduada em Nutrição Médica pelo Instituto GANEP de
Nutrição Humana também na Beneficência
Portuguesa de São Paulo e estágio concluído pelo Hospital das Clinicas de São Paulo – HCFMUSP.
Hoje, dedica-se a frente
da rede da Clínica Slim Form a melhorar a autoestima de seus pacientes com
sobrepeso com tratamentos personalizados que aliam beleza e saúde.