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quinta-feira, 16 de novembro de 2017
Falhas persistentes da memória podem indicar demência
Com o passar dos anos, o corpo humano vai se transformando: a pele muda, a audição e a visão são afetadas, os ossos tornam-se mais frágeis, a concentração e a capacidade de aprendizado diminuem e a memória pode eventualmente falhar. Esses lapsos ocasionais são normais, mas quando o esquecimento persiste é hora de procurar o médico, pois é um possível sinal de que a pessoa esteja desenvolvendo algum tipo de demência.
Dados da Associação Internacional de Alzheimer estimam que mais de 46 milhões de pessoas sofrem de demência no mundo, síndrome que atinge com mais frequência os idosos, mas pode ser desenvolvida por pessoas de qualquer idade.
“Várias doenças podem levar a uma síndrome que é conhecida como demência, nome genérico para designar uma série de sintomas que afetam a memória, a percepção, a fala, o raciocínio e até a capacidade de tomar decisões. Esses problemas cognitivos podem tornar as pessoas dependentes de terceiros, pois limitam as atividades mais corriqueiras”, explica o neurologista Márcio Luiz Figueiredo Balthazar, coordenador do Departamento Científico de Neurologia Cognitiva e do Envelhecimento da Academia Brasileira de Neurologia (ABN).
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil ocupava em 2012 a nona colocação entre os países com maior número de casos de demência. A causa mais frequente é o Alzheimer, responsável no País por cerca de 14% das ocorrências. Hipertensão, diabetes, baixa escolaridade e parentes que tiveram a doença também são fatores de risco.
“Queixas de memória são muito comuns e, na maioria das vezes, não são decorrentes de doença cerebral. A queixa torna-se mais relevante quando a pessoa acha que está pior que pessoas da mesma idade e, sobretudo, quando pessoas próximas confirmam a existência do problema”, destaca Balthazar, confirmando que as mulheres são mais propensas a desenvolverem a demência.
As pessoas com essa síndrome costumam repetir as mesmas histórias, têm dificuldade para lidar com dinheiro, confundem-se com datas, perdem-se em caminhos conhecidos, têm alterações de humor e apresentam dificuldade de assimilar novidades, como as notícias, por exemplo. Não é possível evitar a demência e também não há cura na maioria dos casos, mas as chances de desenvolvê-la podem ser amenizadas.
“É preciso cuidar da saúde, sobretudo ficar atento aos problemas cardiovasculares, que aumentam o risco. É necessário também manter a mente ativa, fazer atividades físicas, ter vida social e uma boa alimentação, com pouca gordura. Ficar em frente à televisão por muitas horas, por exemplo, não é bom”, aconselha o neurologista.
A partir do momento em que é constatada a demência, o paciente será medicado para evitar a progressão rápida da síndrome. “Existem vários estudos sobre a demência, mas boa parte deles não apresentou o resultado esperado. Não há drogas para evitar a doença, apenas medicamentos que ajudam a controlar a sua progressão”, finaliza o especialista.
Pet center promove eventos para garantir o Natal dos animais
Encontros de
adoção e café colonial pretendem auxiliar ONGs neste fim de ano
As empresas vêm extrapolando seu papel de gerar
negócios e fomentar o mercado para contribuir com a sociedade também nas
questões sociais. Com iniciativas próprias ou apoiando ONGs, a ideia é atuar
para reduzir os problemas sociais em diversos setores, inclusive no segmento
pet. É o caso do HiperZoo, mega pet center de Curitiba. “A responsabilidade
social é um dos pilares de nosso negócio. Realizamos diversas ações como forma
de colaborar com a sociedade e promover um futuro melhor para todos”, comenta
Patrícia Maeoka, sócia-proprietária do HiperZoo.
Uma das formas que o HiperZoo encontrou para
contribuir à causa é realizar encontros de adoção em seu espaço, o que aumenta
a visibilidade das ONGs de proteção animal, tendo em vista o grande volume de
público e as divulgações proporcionadas pela empresa. “Os encontros ampliam o
número de adoções. Já chegamos a doar 19 animais somente em um dia”, revela
Helena Lemos Coelho, uma das fundadoras da ONG Beco da Esperança. Os números
são mesmo expressivos: foram realizados 45 encontros de adoção de cães e gatos
somente no primeiro ano de atuação do HiperZoo, o que resultou em mais de 300
animais que ganharam um novo lar. Além disso, a ONG visualizou um aumento no
volume de doações. “Os clientes têm mais facilidade para doar, pois nos
entregam rações e sachês durante os encontros. Eles também colaboram comprando
nossos produtos, outra fonte de renda”, completa a protetora.
O Beco da Esperança surgiu em 2006 com a união das
protetoras Helena Lemos Coelho e Maria Lúcia Pascoto Verdério. Ambas já tinham
muita experiência com resgate e cuidado de animais, quando decidiram unir
esforços para arrecadar fundos e manter um abrigo. Atualmente, a ONG realiza
bingos, vende produtos próprios, realiza um bazar permanente de usados e conta,
ainda, com apadrinhamento - quando um responsável banca as despesas de um
bichinho.
Mas, junto com a aumento da arrecadação, cresceu também o número de
animais abandonados no Beco da Esperança. Hoje, são mais de 500 gatos e 120
cães, que demandam tratamento veterinário, castração, vermífugos, exames de
saúde, rações ou alimentos úmidos, o que gera um custo elevado de manutenção.
Diariamente, somente os animais adultos consomem em torno de 85 kg de ração -
isso sem contar com a alimentação e cuidados especiais para filhotes, idosos e
doentes.
Para colaborar ainda mais com o trabalho do Beco da
Esperança, o HiperZoo, a Associação Felina Brasil Sul (Felisul) e a marca de
rações Royal Canin uniram-se para promover o Café com Esperança, um evento
realizado no Café Colonial Piegel, no bairro Ahú, cuja renda dos ingressos será
destinada à ONG. “Uma tarde gostosa em um café colonial é uma forma que
encontramos para engajar o público à causa, ao mesmo tempo em que ele ainda
vivencia um momento agradável. Assim, todos saem ganhando, mas principalmente
os animais”, comenta Patrícia. E a ação vem mesmo num momento importante.
Segundo Helena, as colaborações entre os meses de dezembro e março caem
consideravelmente devido às férias e custos com impostos e colégios no início
do ano. E, para piorar o cenário, é o período em que acontece o maior volume de
abandono de animais, quando muitos saem em férias e simplesmente deixam seus
animais nas ruas. Irresponsabilidade de muitos e mais compromisso para aqueles
que não suportam ver o sofrimento animal.
“Achamos a iniciativa do café colonial
excelente. Certamente vai nos ajudar muito”, comemora Helena. O café colonial
será realizado no domingo (26), das 16h às 19h, e os ingressos podem ser
adquiridos com o Beco da Esperança.
Levando um novo amigo para casa
A estudante de medicina veterinária, Gabrieli
Bochelof, já participou dos eventos de adoção promovidos pelo HiperZoo e levou
para a casa o Bisteca, um gato resgatado pelo Beco da Esperança. “Sempre
tive bichos e adoro. Opto pela adoção pois é uma forma de ajudar um animalzinho
que está em um abrigo e que, muitas vezes, já passou por experiências
difíceis”, comenta a estudante.
Quem quiser seguir o exemplo de Gabrieli e
adotar um novo membro para a família, pode aproveitar os encontros de adoção de
cães e gatos que acontecem em novembro no pet center. No próximo sábado (18), o
encontro será em parceria com o Beco da Esperança; já no dia 25, com a ONG
Amigo Animal. Para adotar um pet, o interessado deve ter mais de 21 anos,
responder a uma entrevista sobre os motivos de adoção, aceitar receber a visita
de um voluntário da ONG participante e apresentar RG, CPF e comprovante de
endereço para assinar o termo de adoção. Para quem deseja ter um gato como
animal de estimação, ainda é necessário ter caixa de transporte e telas de
proteção nas janelas de casa.
Oportunidades para fazer um fim de ano mais feliz
para os animais não faltam. Uma contribuição ou uma adoção pode ser aquele
presente que vai fazer com que os bichinhos também tenham um ótimo Natal.
Serviço
Encontro de Adoção com Beco da Esperança
Quando: sábado, 18 de novembro, das 10h às 17h
Encontro de Adoção com Amigo Animal
Quando: sábado, 25 de novembro, das 10h às 17h
Local: HiperZoo - Rua Desembargador Westphalen,
3.448 – Curitiba/PR
Café com Esperança em prol da ONG Beco da Esperança
Quando: domingo, 26 de novembro, das 16h às 19h
Local: Café Colonial Piegel – Av. Anita
Garibaldi, 548 – Ahú
Contribuição: Adulto R$ 55,00. Crianças de 0 a 5
anos não pagam e, a partir de 6 anos, R$ 35,00
Aquisição com a ONG Beco da Esperança - Helena 41
99660.5444 ou com Dani 41 99661.8691
Sobre o HiperZoo
Inaugurado em outubro de 2016, o HiperZoo
disponibiliza mais de 12 mil produtos e serviços voltados ao mercado pet. A
loja possui dois andares, estacionamento próprio com 40 vagas e conceito de shopping
center, numa área total de três mil metros quadrados.
Inspirado no mercado americano, o empreendimento é
dividido em espécies e tamanhos de animais. Para as famílias com crianças, o
lugar é um espaço de lazer, com aves silvestres, peixes das mais diversas
espécies, lago de carpas, jardim vertical, répteis e pequenos animais, como
furões, coelhos, hamsters e outros roedores. O espaço também conta com
programação de eventos, palestras e treinamentos para pets e seus donos.
No piso superior, o consumidor encontra uma
boutique pet, rações e área de produtos para cães e gatos, além de um espaço
kids. Na parte inferior, as alas dos peixes, das aves, dos répteis, pequenos
pets e animais de fazenda. Uma área especial de casa e jardim oferece produtos
para a parte externa das residências e todos os tipos de medicamentos.
O piso inferior abriga também uma área de
convivência, com cafeteria, entre o lago de carpas e o centro de estética
animal, que é uma atração à parte. Com capacidade de atendimento de 500 pets
por semana e área exclusiva para gatos, o centro de estética HiperZoo oferece
desde os banhos e tosas mais simples, aos verdadeiros rituais de beleza, como
cauterização de pelos, banho de vinho e hidratação marroquina.
O HiperZoo conta também com consultórios
veterinários e espaço para eventos, que irá abrigar festas temáticas para os
bichinhos de estimação, com direito a lista de presentes e bolo de aniversário
especial. Na segunda fase do plano de expansão, serão construídos hospital
veterinário, hotel e creche 24 horas para animais.
Telefone: (41) 3051-7777
Site: www.hiperzoo.com.br
Elefante na Sala: educar para uma nova realidade socioeconômica
Os tempos já são outros. Percebe-se nas relações
humanas, comerciais, e no coração dos núcleos familiares. O diálogo já não flui
como antigamente. Os pais já não têm o tempo livre de que dispunham para o
convívio em família, além de terem de disputar a atenção com múltiplos
dispositivos eletrônicos e veículos multimídia de interação e comunicação.
Reflexo similar dessa invasão tecnológica já é
sentido duramente pelas empresas e seus líderes. Os homens de mente jovem com
ideias tidas impossíveis e que sempre lhes pareceram inofensivos, estão fazendo
a mágica da inovação acontecer e ameaçando, quando não iniciando o processo
destrutivo, de grandes impérios econômicos ancorados em modelos negócio tidos
como impenetráveis e eternos.
As manchetes de veículos de comunicação respeitados
não deixam dúvidas de que o perigo está mesmo ao lado. Vê-se praticamente um
Golias se curvar diante de um Davi mensalmente. As apurações feitas pela Forbes
sobre as seis mais valiosas empresas do mundo indicam que em apenas uma década
aquelas fundamentadas na tecnologia tomaram o lugar das que seguiam modelos de
negócio tradicionais.
A sala ficou mais apertada e os elefantes que
colocaram no meio dela são ainda maiores e pintados de rosa.
As regras do jogo mudaram. Tamanho não é documento.
Antiguidade não é posto. Legado é peso. E tudo isso vem transformando a
realidade socioeconômica e as relações comerciais e humanas. A experiência
vivida através das revoluções industriais por gerações mais antigas, ainda
ativas, não foram suficientes para nos preparar para este momento disruptivo.
Os grandes espaços outrora existentes e que
toleravam baixa produtividade, burocracia e morosidade, processos de gestão não
integrados, grandes margens de lucro e grandes falhas estratégicas, já não
existem.
Discutir o presente nunca foi tão vital para
garantir a sobrevivência no futuro. E não me refiro apenas às empresas e seus
gestores, mas também aos indivíduos que precisam rapidamente compreender o que
está acontecendo e iniciar a “trocar da turbina em pleno voo” para não ser pego
de surpresa quando um dia acordar, olhar ao redor, e perceber que as coisas não
mais como eram antigamente.
E não é motivo para culpar uma ou outra tecnologia.
Elas sempre estiveram por perto, décadas a fio, em diferentes sabores e
formatos, mas nunca em tamanho volume e chegando com tamanha velocidade. De
fato, o que estamos vendo acontecer é fruto de uma combinação de fatores.
Resistir é ignorância. Compreender o momento e se preparar para extrair o
melhor dele é inteligência.
Discutir o presente nunca foi tão vital para
garantir a sobrevivência no futuro.
A sociedade não é mais linear, mas exponencial. Se
observarmos o momento de introdução de uma nova inovação plotada na linha do
tempo, e analisarmos o tempo que aquela inovação levou para infiltrar e
influenciar o comportamento socioeconômico, veremos essa janela de tempo
reduzindo de inovação a inovação, de revolução industrial a revolução
industrial, enquanto vemos o poder computacional dobrar em espaços de tempo
cada vez menores. Estudos indicam em até 2045, o poder computacional disponível
será equivalente ao poder cerebral de toda a humanidade. O potencial de
transformação desse único fator é perturbador!
Uma vez que mentes brilhantes saiam da inércia,
desafiem o status quo, se apropriem de métodos ágeis e vetores digitais
inovadores, e ainda, removam as barreiras, muros e caixas que outrora limitavam
suas visões e seus pensamentos, como já vêm fazendo, não veremos mais limites
para inovar.
A evolução da sociedade virá em ondas cada vez mais
velozes e uma só geração poderá presenciar e viver experiências muito
diferentes em um único ciclo de vida. O contexto socioeconômico será muito mais
dinâmico, praticamente descartável, como já acontece com os bens de consumo
disponíveis na atualidade.
Para as empresas, repensar seus modelos de negócio
e se reinventarem através da criatividade e da inovação, será intrínseco de sua
condição de sobrevivência. Um processo vivo, cíclico e contínuo. Muitas nascerão
com esse propósito no DNA enquanto outras já o farão sabendo de seu curto tempo
de vida, pois não serão capazes de acompanhar a velocidade da mudança de
contexto e de realidade.
Quase como o que acontece com grande parte das
casas noturnas atualmente, que já nascem sabendo de sua volátil vocação para se
manter atraente e altamente frequentada por muito tempo e que, por isso, tem
sua estratégia pensada desde o seu nascedouro para ser eficiente e lucrativa em
um curtíssimo espaço de tempo.
Estamos caminhando para a sociedade descartável que
promove a rápida obsolescência de empresas e pessoas que não forem capazes de
acompanhar o ritmo da transformação provocada pela criatividade e a inovação.
Só a educação salva!
Empresas e profissionais precisam reciclar seus
modelos mentais. Precisam abandonar as referências do passado e forjar novas
competências que lhes confiram velocidade de resposta e adaptabilidade para
funcionar em um cenário muito mais dinâmico. Têm que desenvolver habilidades
estruturais, como o senso crítico analítico, a inteligência emocional, a
cultura colaborativa, a capacidade de negociação, e especialmente, a
criatividade. Terão de estar preparados para resolver problemas novos
combinando ferramentas polivalentes.
É inteligente pensar em acelerar o processo de
adaptabilidade e reciclagem, seja profissional ou mesmo empresarial, bebendo
justamente na fonte dos precursores da transformação digital e das rupturas
socioeconômicas da atualidade. As startups e o modelo mental dos empreendedores
que as cercam têm muito a ensinar. São desbravadores por natureza, buscam o
aprendizado através da experimentação. Orientam-se pelo bom entendimento do
problema e desenham possíveis soluções sem se prenderem a velhas premissas. São
exímios membros de equipe e conectores, ligam os pontos, trocam informações e
constroem conhecimento coletivamente para o bem do próprio propósito de inovar
e evoluir. São o início, o fim e o meio.
Marcos
Semola - Executivo de Tecnologia da Informação, Especialista em Segurança: Governança,
Risco e Conformidade, Professor da IBE-FGV, escritor, palestrante, VP Membro do
Conselho de Administração da ISACA, Vice-Presidente de CyberSecurity do
Instituto SmartCity Business, Diretor do Founder Institute Rio, mentor de
startups e investidor anjo.
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