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quinta-feira, 16 de novembro de 2017

Diferenciais do Brasil no mundo novo sem carbono



É interessante e estratégico para o Brasil, relatório que acaba de ser divulgado pelas Nações Unidas, mostrando que a totalidade da energia consumida no Planeta poderá ser proveniente de fontes renováveis até 2050. Além disso, os custos dessa nova matriz têm potencial para ser mais baixos do que os dos combustíveis fósseis nos próximos dez anos.

Nesse cenário que se apresenta, decisivo para o meio ambiente e a reversão das mudanças climáticas, nosso país está na vanguarda: segundo os últimos dados oficiais do Ministério das Minas e Energia (2015, divulgados em maio de 2016), as fontes renováveis totalizaram participação de 41,2% na matriz nacional (sendo 16,9% relativos à cana-de-açúcar, cada vez mais estratégica). Nosso indicador é quase três vezes superior à média global, de apenas 13,8%. O País também se destaca no tocante aos dados específicos da geração elétrica, com 74% de renováveis, ante 23,8% no restante da Terra. 

Essas informações constam do boletim Energia no Mundo 2014-2015, divulgado anualmente pela Secretária de Planejamento e Desenvolvimento Energético do Ministério de Minas e Energia (MME). Ao se confrontar seu conteúdo com o novo estudo agora apresentado pelas Nações Unidas, realizado pela Rede de Energias Renováveis para o Século 21 (REN21), em parceria com a ONU Meio Ambiente, percebe-se com clareza a posição diferenciada e privilegiada do Brasil.

Nosso país tem tudo para avançar ainda mais, cumprindo os compromissos que assumiu no âmbito do Acordo de Paris, de aumentar a participação das fontes renováveis na matriz nacional para 45%, até 2030. Isso, além da geração hidrelétrica, que, em tese, responderia pelos restantes 55% no total utilizado para mover toda a nossa economia. Assim, tornam-se decisivos o etanol, o biodiesel/bioquerosene, a energia gerada a partir da biomassa (bagaço e palha de cana, eucalipto e outras fontes), solar e eólica.

Estamos na frente, mas não ganhamos o jogo. Ainda carecemos de transição tecnológica, uma das bases do Acordo de Paris, bem como linhas de financiamento, para que a indústria de transformação seja cada vez menos intensiva em carbono e mais competitiva. Como impulso, o aporte de recursos financeiros internacionais do Fundo Verde (Green Climate Fund) e de outras fontes, internas e externas, é avaliado como essencial pelos setores produtivos.

É importante enfatizar o significado do agronegócio nesse contexto, pois boa parte da energia renovável que produziremos para nossa economia e o mundo, nesse processo de transformação contemplado no estudo das Nações Unidas, virá do cultivo da terra. Já demos imensa contribuição ao desenvolver no País tecnologias como a dos veículos flex e ao demonstrar na prática que os biocombustíveis são econômica, social e ambientalmente viáveis e corretos. 
Para consolidar sua posição no mundo novo sem carbono, é fundamental que o País também proteja o meio ambiente, conforme preconiza a Campanha da Fraternidade 2017, promovida pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e cujo tema é coerente com nossos compromissos perante o Acordo de Paris: “Biomas brasileiros e defesa da vida”. O Papa Francisco, que tem defendido posições corajosas e avançadas, já observava, em sua Encíclica Laudato Si, em 2015, a necessidade de respeito à criação divina e a obrigação fraterna do homem em preservá-la. 

Estamos vivenciando a quarta revolução industrial, denominada Manufatura Avançada. O próximo passo, também em curso, é a Economia das Energias Renováveis, que poderá transformar o Brasil numa grande potência. Precisamos trabalhar com determinação e foco para assegurar essa condição fundamental à nossa competitividade e desenvolvimento. 





João Guilherme Sabino Ometto - engenheiro (Escola de Engenharia de São Carlos - EESC/USP), é vice-presidente do Conselho de Administração do Grupo São Martinho, vice-presidente da FIESP e Membro da Academia Nacional de Agricultura. 





Especialista traz dicas de sucesso para jovens em início de carreira



Priscila Bittencourt, idealizadora da Dreamidea, fala sobre a importância de traçar objetivos claros, quando se deseja construir uma trajetória profissional bem-sucedida e conquistar sonhos


O final do ano se aproxima e, exatamente nessa época, é comum que a maioria das pessoas comece a refletir sobre o futuro, principalmente no campo profissional. Entre os jovens, a preocupação tende a ser maior, pois, estão terminando o terceiro ano do ensino fundamental e surge a necessidade de pensar sobre os vestibulares e o que farão dali pra frente.

Priscila Bitencourt, idealizadora da Dreamidea, salienta que, em primeiro lugar, é fundamental conhecer a própria identidade. “O que move as ações é o desejo de vencer e conquistar algo. Então, precisamos refletir sobre o que nos impulsiona na vida, entender nossas paixões, saber aonde pretendemos chegar e o que faremos para alcançar nossos objetivos”.

Quando ainda não se tem definido qual a carreira que deseja seguir, é importante procurar por profissionais, das áreas com as quais se tem afinidade, para conhecer um pouco sobre o setor e atuação. “É muito bacana quando a pessoa já tem uma carreira dos sonhos e bem definida em mente. Mas, se existem ainda algumas dúvidas, procure entender um pouco mais e talvez tentar realizar um dia de trabalho no setor pretendido. Isso pode ajudar muito na decisão final”, orienta Priscila.

E complementa “Se, depois disso, chegar à conclusão de que aquela não é a carreira ideal, não se apavore. É normal identificar, no meio do caminho, que a trilha traçada até aqui não é de fato a que gostaríamos de seguir. Mude o curso e busque o que te faz feliz. Toda experiência é enriquecedora”.

Outra dica importante para a época de provas e testes, como vestibulares, é manter-se sempre saudável e alimentar-se bem, para manter o corpo e a mente são. “Quando nos deparamos com algum desafio, muitas vezes, entramos em estado de ansiedade permanente. Isso prejudica tanto o corpo quanto a mente, portanto, o ideal é tentar se manter o mais tranquilo possível”, ressalta a especialista.

Priscila destaca, ainda, que é essencial ter pensamentos sempre positivos. “Isso faz toda a diferença, pois você já entra no processo, seja para o vestibular ou para um novo emprego, com uma atitude vencedora e confiante. Busquem sempre conteúdos de qualidade e orientação com professores ou profissionais experientes. A partir disso, você tem a receita certa para conquistar uma carreira de sucesso: paixão, determinação, disposição para aprender e coragem para assumir riscos”, finaliza a especialista.





O mundo virtual é tão perigoso quanto o real - os brasileiros precisam se conscientizar sobre segurança digital



Brasileiro adora novidade, estamos entre os países que adotam mais rapidamente novas tendências, principalmente tecnológicas. Se por algum tempo houve temor e resistência em aderir a novos dispositivos ou aplicativos, a realidade hoje é muito diferente - estamos abertos a mudar nossos hábitos com a utilização de tecnologias inovadoras, principalmente na Internet.

Essa postura moderna, no entanto, camufla a deficiência da população em entender os perigos e os riscos do mundo virtual. Estamos mais do que nunca expostos a ataques cibernéticos, já que o nosso interesse por novidades tecnológicas não é acompanhado pela preocupação com os riscos e a segurança digital.

A falta de conscientização no país para compreender as ameaças presentes no mundo virtual (web, redes sociais) faz-nos expormos nossas vidas, dados pessoais e privacidade, pois avaliamos muito superficialmente as informações que recebemos e não nos preocupamos em clicar sem saber a procedência de um link.

Preferimos gastar na compra de um novo smartphone a investir em antivírus e quando lemos notícias sobre um ciberataque global – como o Bad Rabbit, sobre Sequestro de Dados (Ransomware), responsável por invadir milhares de computadores nas últimas semanas – achamos que é algo muito distante da nossa realidade.

Infelizmente, qualquer um de nós pode ser vítima de criminosos virtuais, mesmo que não tenhamos bitcoins em nosso nome ou acesso a redes visadas (como o sistema de grandes empresas). Afinal, quem nunca recebeu um SMS ou e-mail com uma mensagem do tipo: "parabéns! Você foi premiado com um iPhone", "atualize sua senha ou seu internet banking será bloqueado", "veja fotos do vencedor do Big Brother Brasil com a nova namorada", entre tantas outras. Parece óbvio que esses comunicados são maliciosos e não devem ser clicados, mas esteja certo de que muitas pessoas desatentas irão faze-los e tornar a internet ainda mais perigosa.

Uma maneira eficaz de alertar sobre esses golpes é explicar a sua finalidade. Por que um vírus é criado? Também chamados de malwares, eles têm o objetivo de tomar o controle de uma rede, invadindo um computador conectado nela, com o intuito de se instalar nos servidores e executar uma missão – que pode ser, por exemplo, criptografar todos os arquivos e depois exigir um resgate para recuperá-los (crime conhecido como Ramsonware ou sequestro de dados), transferir dados para fora da organização (como números de cartão de crédito, que podem ser vendidos no mercado negro) ou infectar máquinas com um arquivo malicioso que vai hibernar até ser acordado por um comando externo. Outro ataque muito comum é aquele que passa a enviar e-mails Spams maciçamente a partir de um endereço de IP fora da lista negra dos sistemas AntiSpam.

Para ser bem-sucedida, a invasão precisa de uma cooperação involuntária da vítima. O vetor mais utilizado hoje em dia ainda é o e-mail, com um arquivo executável anexo, ou um link que leva a um site no qual o vírus espera pacientemente até ser clicado.

Essa prática é conhecida como "Phishing" – do verbo inglês "to fish" (pescar) -, metaforicamente um anzol com uma isca atirado para fisgar um "peixe" descuidado. É relativamente simples produzir um arquivo malicioso, dispará-lo para muitas pessoas e depois colher resultados. Para atrair os alvos, são utilizadas técnicas de engenharia social com estímulo para sentimentos e emoções básicas, curiosidade, ambição ou medo. Um outro exemplo clássico: "se você não se cadastrar nesse link, seu Facebook passará a ser pago".

Longe do acesso da grande maioria de usuários de tecnologia, existe o "mercado negro virtual", como a Dark Web – uma parte da Deep Web, invisível para os browsers comuns e para o Google, cuidadosamente protegida por diversas camadas (por exemplo, o prosaico internet banking ou o webmail). Nesses ambientes, quase secretos, é possível comprar e vender produtos e serviços ilegais, como vírus, malwares, ataques específicos, vulnerabilidades recentemente descobertas até cartões de crédito, CPFs, Endereços, entre outras informações.

Segundo Roberto Gallo, PhD, coordenador do Comitê de Risco e Segurança Cibernéticos da ABES, bastam duas informações pessoais, o CPF e o e-Mail de uma pessoa para se conseguir muita informação "útil" sobre ela. A melhor forma de se proteger é procurar se informar, buscar por bons antivírus e ser muito seletivo no comportamento on-line, principalmente em Redes Sociais.

O Brasil tem avançado muito nas discussões sobre o Mundo Virtual, como a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais, a Estratégia de Transformação Digital e o Plano Nacional para Internet das Coisas, mas nenhuma dessas ações será plenamente aproveitada se não conscientizarmos a população sobre os cuidados essenciais.

A Segurança no mundo Virtual é como vacina, quanto mais pessoas forem vacinadas, isto é conscientizada, educadas, menor a probabilidade de que uma epidemia virtual faça vítimas no Brasil.Iniciativas como o projeto "Brasil, País Digital", desenvolvido pela ABES (Associação Brasileira das Empresas de Software) e parceiros para que a sociedade civil se engaje na discussão de segurança digital são um passo importante para mudar essa realidade, mas só haverá sucesso caso tenhamos ações constantes, em frequência e sequência.

Fique alerta! Desconfiar sempre é uma boa regra.






Francisco Camargo - presidente da ABES (Associação Brasileira das Empresas de Software





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