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quarta-feira, 25 de outubro de 2017

Mitos e verdades sobre gravidez gemelar



 Quando a gestante descobre que está grávida de gêmeos é sempre uma surpresa. Na gravidez gemelar tudo acontece em dobro: os sintomas, as dores e, principalmente, o amor. 

Para acalmar as futuras mamães e informar as tentantes, o Dr. Alberto D’Áuria, ginecologista e obstetra da Maternidade Pro Matre Paulista, esclarece alguns mitos e verdades sobre esse tipo de gestação.


Como ocorre a gravidez gemelar?

Existem duas possibilidades: a primeira é quando um único óvulo é fecundado e o embrião é duplicado, gerando gêmeos univitelinos (os chamados gêmeos idênticos); outro caso é quando dois óvulos são fecundados, gerando os gêmeos bivitelinos (não idênticos).


Os sintomas da gravidez gemelar são diferentes.

Verdade. A gestante produz hormônio de forma duplicada. Elas terão mais chance de apresentar hiperemese gravídica, maior aumento do abdome, problemas posturais precoces, mais dores abdominais, mais dificuldade nos deslocamentos. Os cuidados precisam ser maiores.


Se eu tenho caso de gêmeos na família, a chance de eu ter é maior.

Verdade. O histórico de gêmeos na família da mulher pode influenciar na gravidez, pois já existe uma tendência que, durante a ovulação, essa mulher libere mais de um óvulo. Exceto quando os gêmeos foram fecundados a partir de uma fertilização in vitro.

 
Existem alimentos que estimulam a gravidez gemelar.

Mito. A liberação de óvulos não tem a ver com alimentação.


Fertilização in vitro sempre gera gravidez de gêmeos.

Mito. As fertilizações in vitro aumentam as chances de ter gêmeos quando a mulher é mais velha e o médico implanta mais de um embrião. Essas pacientes, orientadas pelo médico, fazem uma boa reserva de ácido fólico previamente e se alimentam melhor. Em resultado ao novo estilo de vida das mulheres, elas possuem um envelhecimento mais lento, então, com uma boa orientação médica, o seu organismo pode ter uma ótima reação frente às transferências de vários embriões que acabam ficando no útero com sucesso.

 
Mulheres mais velhas tem maior chance de ter gêmeos.

Verdade. Tanto de forma espontânea, quanto na reprodução assistida, as chances de ter gêmeos são maiores. Na assistida, o esterileuta (médico especializado na reprodução humana), após conversa com a paciente, tende a colocar mais de dois embriões em mulheres mais velhas, para aumentar as chances de engravidar.

Já na espontânea as chances são maiores, pois, a partir de 36 anos, os ovários tendem a ovular de forma dupla ou tripla, aumentando a possibilidade de uma gravidez de gêmeos bivitelinos. 


Gravidez de gêmeos dura menos.

Depende. Normalmente, as gestações gemelares tendem a ser prematuras, porque a placenta não está preparada para receber mais de um feto de cada vez. Quando a gestante entra na 30ª semana, já é importante que o médico se preocupe em acelerar a atividade pulmonar dos fetos. Isso é feito com medicamentos já pensando na possível prematuridade dos bebês. 


O trabalho de parto é igual.

Mito. O trabalho de parto é igual, porém, com o volume do útero quase que duplicado, a intensidade e a frequência das contrações podem ter comportamentos diferentes de uma gestação de feto único.


É mais improvável ter parto normal.

Verdade. O trabalho de parto é mais difícil na gravidez gemelar e, além disso, o segundo feto pode ser prejudicado, dependendo do tempo que o primeiro demorar. Só quando o primeiro sai que o segundo consegue começar a se encaixar na posição correta para o parto. 


Qualquer gravidez múltipla (gêmeos, trigêmeos, quíntuplos) ocorre da mesma forma?

Mito. Quanto maior o número de fetos, maior a chance de complicações. 


Gravidez gemelar tem mais riscos.

Verdade. Com a evolução humana, o corpo da mulher passou por inúmeras modificações que resultaram na diminuição da capacidade ter gestações múltiplas. Hoje, o corpo está preparado para desenvolver apenas um feto por vez, por isso, qualquer gestação gemelar é de risco. Afinal, ter dois fetos, significa ter uma distensão uterina para dois corpos, em um corpo preparado para apenas um. Com isso, aumentam os riscos de prematuridade, diabetes gestacional, doença hipertensiva específica da gravidez (pré-eclampsia). Muitas vezes a cerclagem do colo uterino – cirurgia que tem o objetivo fechar a o canal de saída do colo uterino evitando ao máximo que o bebê nasça prematuramente – também é recomendada nesses casos.

Na gravidez gemelar univitelina ainda existe o risco de ocorrer a transfusão feto-fetal, na qual, por uma questão natural, um dos gêmeos vai tentar ‘sequestrar’ toda a circulação sanguínea do outro, porque a circulação sanguínea placentária nesses casos muitas vezes fica em desequilíbrio sacrificando um dos fetos. Essa doença pode ser diagnosticada a partir da 16ª semana e pode ser corrigida com cirurgia. 

Dica: ter um bom acompanhamento pré-natal para que o médico indique a melhor forma de lidar ou prevenir com cada uma das eventuais intercorrências é essencial. É feita uma dieta para a gestante com adequação calórica, redução de ingestão de sal, uso de magnésio, vitamina D, ômega 3. Recomenda-se que a mulher realize exercícios físicos durante a gravidez e que o médico tenha uma atenção na atividade da tireoide. Além disso, ela vai precisar de mais repouso e, provavelmente, deve se afastar antes para sua licença maternidade.






Infecção urinária na gravidez: prevenção é o melhor caminho



Problema comum em gestantes, as infecções do trato urinário devem ser tratadas assim que os sintomas forem percebidos. Ter acompanhamento pré-natal é essencial para evitar seu agravamento


Comuns durante a gestação, as infecções do trato urinário (ITUs) costumam ocorrer principalmente no primeiro trimestre de gravidez. Segundo a Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia, cerca de 10% das mulheres apresentam o problema durante esse período. Na maioria das vezes, as ITUs são causadas pela bactéria Escherichia coli (E. coli), presente na flora intestinal.

Um dos fatores para isso acontecer é que, devido à anatomia feminina, as bactérias percorrem um caminho mais curto para chegar à bexiga, causando as infecções. Nas gestantes, as alterações hormonais elevam a quantidade de glicose na urina, levando à proliferação de bactérias.

Outro motivo é que, como a progesterona relaxa os músculos da uretra, a velocidade do fluxo da urina dos rins para a bexiga diminui, podendo aumentar a presença de micro-organismos. "Além disso, a resistência da mulher diminui, facilitando a ocorrência de ITUs", observa a ginecologista Daniela Gouveia.


Sintomas e medidas preventivas

Se a infecção urinária for leve, a gestante pode não apresentar sintomas. Porém, quando se agrava, ocorre ardor ao urinar, dor em baixo ventre, alteração na cor, tornando-se escura, turva ou rosada devido à presença de sangue, além de ter forte odor.

"Caso não procure tratamento a tempo, a mulher pode apresentar náusea, vômito, febre, calafrios e dor na lombar (região dos rins). Em situações mais graves, ocorrem contrações do útero, parto prematuro, hipertensão arterial e até abortamento", alerta doutora Daniela.

Para evitar esse e outros problemas durante a gravidez, toda gestante deve ter acompanhamento médico. O pré-natal é uma maneira de prevenir e tratar possíveis alterações no tempo adequado. Como é necessário fazer exames de urina de três em três meses, infecção é diagnosticada o quanto antes. Entretanto, a prevenção pode ser realizada no dia a dia, adotando-se medidas simples e eficientes, como cuidar da higiene pessoal, beber de 1,5 a 2 litros de água por dia e evitar segurar a urina.


Extrato de cranberry como coadjuvante no tratamento

Também como medida preventiva, é recomendado o consumo de extrato de cranberry. "O fruto é conhecido pelas propriedades antiadesivas, evitando que as bactérias se fixem nas paredes do trato urinário. Com isso, bloqueia a capacidade desses micro-organismos infectarem a mucosa da bexiga", observa a especialista. No tratamento, ele atua como coadjuvante, ajudando a reduzir o período e a quantidade de antibióticos ingeridos pelas gestantes.

O Aché Laboratórios reconhece as propriedades do extrato de cranberry e apresenta o nutracêutico Cisberry. Produzido a partir do fruto moído e desidratado, o produto é o único do mercado com formato de mini cápsula. Diferente dos sucos, Cisberry tem o rigor de manter em cada cápsula uma alta concentração de proantocianidinas, consideradas "o poder do cranberry", além de ser muito mais prático.




A dor nas mulheres e nos homens



Diz o ditado popular que homem não chora. Em relação à dor, a crendice tem certa razão. Devido a uma série de fatores, o comportamento é diferente do da mulher quanto à percepção do estado doloroso.

“As dores são sentidas de maneira diferente entre os sexos. Experimentos revelaram que as mulheres têm maior capacidade de distinguir as regiões com dor, menor limiar de percepção dolorosa e menor tolerância aos estímulos da dor induzidos do que os homens. Estudos com ressonância magnética funcional demonstraram diferenças no processamento cerebral da dor. Além disso, é fato que as mulheres sejam mais comumente afetadas por dores crônicas”, explica o neurologista Rogério Adas Ayres de Oliveira, coordenador do Departamento Científico de Dor da ABN (Academia Brasileira de Neurologia).

Entre as principais causas possíveis para a predisposição feminina para a ocorrência de dor estão, segundo o neurologista, os ritmos hormonais sexuais cíclicos e grandes variações nas concentrações dos principais hormônios (estrogênio, progesterona e testosterona). Mas ele ressalta que a dor é uma experiência subjetiva e individual que recebe a influência de uma ampla gama de fatores - biológicos, psicocomportamentais, cognitivos e socioculturais – que são orquestrados pelo encéfalo.

“Por isso, a percepção da dor varia muito de pessoa para pessoa. Um determinado estímulo pode ser percebido como mais ou menos doloroso por fatores que vão desde a espessura da pele, limiares das fibras nervosas, atividade inflamatória, fatores hormonais, até atenção, padrões de pensamento e flutuações do humor, ansiedade, medo e humor depressivo, bem como contextos e expectativas sociais, experiências passadas, entre outros”, avalia Rogério Adas.

Mais propensas às dores crônicas, “as mulheres sofrem com as enxaquecas e as cefaleias causadas por tensão, as dores temporo-mandibulares, a fibromialgia (dor que ocorre nos tecidos fibroso e muscular de diferentes partes do corpo), dores crônicas da coluna cervical e lombar, as dores pélvicas, entre outras, enquanto os homens são mais vulneráveis às cefaleias em salvas (que atinge um só lado da cabeça), neuralgias pós-herpéticas (lesões na pele observada após a herpes zoster), entre outras”, relata o médico. Apesar das diferenças na percepção da dor, os tratamentos são similares para ambos os sexos.

“Foram descritos, contudo, diferenças quanto ao perfil de utilização e eficácia de analgésicos entre homens e mulheres. Condições dolorosas cíclicas como as enxaquecas peri-menstuais (antes da menstruação), as dismenorreias (menstruações mais difíceis), entre outras condições podem demandar abordagens específicas”, garante o neurologista.

O médico afirma ainda que é muito difícil diferenciar o papel de cada
fator na experiência dolorosa. “Aspectos genéticos, ambientais, socioculturais são relevantes em proporções variadas em cada indivíduo ou população”, confirma. E além das diferenças na percepção de dor entre os sexos, há as variações entre faixas etárias, etnias e culturas.

“Isso demonstra que a combinação de fatores ambientais associada a diferenças genéticas individuais vai determinar as diferentes suscetibilidades para a ocorrência de dor crônica no decorrer da vida e grande variabilidade na expressão da experiência dolorosa”, conclui.





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