Como uma pessoa da segunda metade do século passado, posso compartilhar com você como era o relacionamento afetivo, o enamoramento e suas fases:
- 1. A paquera. Fase lúdica e de conquista.
- 2. O Pedido. Fase insegura: “Ele vai me pedir?” “Ela vai aceitar?”
Não havia pedido: dias de choro, lamentações, “ficávamos na fossa!” no 3 em 1, aparelho de som da época a mesma música tocava e se repetia até o grito da mãe, ou do pai: “Furou o disco? Troca essa fita!” Mas, como eu disse: ‘dias’, porque na próxima festa... lá estávamos no salto, para novas paqueras e novas empreitadas.
- 3. O Namoro. Fase que a família e a sociedade ficava ciente do casal.
Segundo o dicionário: Namorar é empenhar-se em inspirar amor a (alguém); galantear, cortejar, flertar.
Em outras palavras, namorar é evidenciar quem se é verdadeiramente, para que o outro: admire suas qualidades, entenda seus pontos de melhoria, deseje estar perto, deseje estar junto por muito tempo, queira estar junto nos bons e maus momentos.
Esse estado de enamoramento deve ser constante, para que os relacionamentos durem. Há que se enamorar no namoro. Há que se enamorar no noivado. Há que se enamorar no casamento. Há que se enamorar por si mesmo o tempo todo, enamorando-se pela vida e assim enamorar-se da outra pessoa.
Entender que todo relacionamento duradouro principia na observação silenciosa do outro, observa-se o comportamento, o pensamento, a expressão verbal, os sentimentos. Somente após essa observação é que existe a aproximação. Esse período subjetivo pode – até ser observado pela pessoa desejada, ou não.
Pergunta que não quer calar: “Por que no namoro as pessoas querem se transformar no que o amante quer?”
Faz sentido para você que esse amante amou você – exatamente – por quem você é?
Ora, se você muda, você se transforma em alguém desconhecido para o amante, alguém novo e isso não garante a re-paixão, o re-enamoramento.
Outra questão muito presente que meus clientes e coachees informam nos processos de psicoterapia e coaching: “Por que há perda do encanto?”
A resposta é simples: “Porque parou-se de se enamorar, de flertar, de empenhar-se em inspirar amor no outro.”
Então, vamos às 3 dicas poderosas para você se enamorar:
- 1. Enamore-se sempre.
Existe que algo que não lhe agrada no seu corpo, busque resolver, mas lembre-se de que nem sempre isso é importante para o outro.
Olhe-se no espelho e goste de quem você enxerga: Meninas, uma bijouteria, um gloss, um lápis no olho, cabelos perfumados; meninos, barba bem feita ou aparada, higienizada e perfumada, um rosto macio dão um charme. Dentes bem escovados, um sorriso verdadeiro e o brilho do olhar são O Charme.
- 2. Namore a vida.
Sonhe e torne seus sonhos realidade: quem tem sonhos possui motivos para viver, razões para evoluir e esperanças em um mundo melhor.
- 3. Namore sempre.
Então, pequenas ações de mimo, elogios, cooperação numa atividade doméstica, palavras doces, bilhetinhos no espelho do banheiro... são gotas de enamoramento.
Lembre-se de que estamos falando de relacionamento humano, proximidade, contato entre duas crianças VIVAS internas em nós.
Criança gosta de: presente, surpresa, carinho, colo, falar e ser ouvida, brincadeiras, diversão, passeios. Então, surpreenda a pessoa amada com simplicidade, gestos simples podem ser super sofisticados, falando mais alto no coração de faz e configurando uma sinfonia para quem recebe. “Presenteado é aquele que presenteia.” parafraseando o evangelista Lucas 1,48: “Abençoado quem abençoa.”
Sempre é a hora certa de se enamorar. Sempre é o momento ideal para construir um relacionamento afetivo.
Bora lá, namorar!
Melcina Moura Moreno - Professional & Personal Coach, Psicóloga e Pedagoga, Melcina Moura Moreno é analista comportamental e de 360º, com expertise em plano de carreira, orientação profissional e liderança de equipes. Fundadora do Instituto Moura Moreno, a profissional tem doutorado em: Neurociências (Harvard), Psicologia Clínica (Pontifícia Universidade Católica - PUC), além de Comunicação e Semiótica (PUC).