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segunda-feira, 29 de maio de 2017

Dia Mundial sem Tabaco: fumante passivo também corre risco de doenças derivadas do cigarro




De acordo com dados da Organização Mundial de Saúde, aproximadamente dois bilhões de pessoas são vítimas do fumo passivo no mundo. No Brasil, as crianças são 40% das vítimas do fumo passivo.


Grave problema de saúde pública, o tabagismo é fator causal de quase 50 doenças que incapacitam e matam os fumantes. Quanto maior o tempo de exposição ao tabaco, maiores as chances do desenvolvimento das doenças relacionadas e maior risco de morte em consequência desses agravos. O Grupo de Trabalho de Doenças Respiratórias da Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade (SBMFC), com foco no Dia Mundial sem Tabaco, datado em 31 de maio, orienta a população sobre as doenças, incidência e necessidade de políticas públicas para prevenção e combate do tabagismo, terceira causa de morte no mundo.

De acordo com dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), aproximadamente dois bilhões de pessoas são vítimas do fumo passivo no mundo, sendo que destas, 700 milhões são crianças, que sofrem com maior incidência de bronquites, pneumonia, infecções de ouvido, dentre outras doenças. No Brasil, as crianças são 40% das vítimas do fumo passivo. Essa população tem um risco 30% maior de ter câncer de pulmão do que alguém não exposto e 24% maior de ter infarto agudo do miocárdio. Em bebês, o risco de morte súbita é cinco vezes maior, além de um maior risco de doenças pulmonares até um ano de idade.

“O tabagismo passivo também pode causar morte, assim como fumante ativos, sendo considerada a terceira causa de morte evitável no mundo e o maior responsável pela poluição em ambientes fechados. Não existe sistema de ventilação para ambientes fechados que seja eficiente para eliminar a exposição às substâncias tóxicas da fumaça ambiental do tabaco nem os riscos. Embora os fumantes passivos inalem uma concentração menor de fumaça do que os tabagistas, eles estão sujeitos às mesmas doenças que os fumantes”, explica Jonatas Leônio, médico de família e comunidade, membro do GT.

Os problemas de saúde a que o fumante passivo está exposto são inúmeros: câncer de pulmão ou da face, doença cardiovascular, infarto, AVC (acidente vascular cerebral) e enfisema pulmonar, dentre outros. O ar poluído pelo cigarro contém, em média, três vezes mais nicotina, três vezes mais monóxido de carbono e até 50 vezes mais substâncias cancerígenas do que a fumaça que entra pela boca do fumante depois de passar pelo filtro do cigarro.

Esse risco aumenta se a convivência com fumantes ocorrer em ambientes fechados. Em um ambiente poluído por fumaça de cigarro, os não-fumantes podem respirar o equivalente a 10 cigarros no decorrer de um dia. De imediato, os fumantes passivos podem apresentar irritação nos olhos, tosse. Mesmo as pessoas que não fumam correm sérios riscos. Quando submetidas ao tabagismo passivo em ambientes fechados, têm um risco 30% maior de desenvolverem câncer de pulmão, 25% maior de desenvolverem doenças cardiovasculares além de asma, pneumonia, sinusite, dentre outras.

Sonia Martins, médica de família, coordenadora do Grupo de Trabalho da SBMFC, explica que a literatura científica também descreve que o tabagismo passivo pode provocar a ocorrência de cefaleia, alergias e aumento da pressão arterial. Estudos revelam que crianças menores de dois anos expostas ao tabagismo passivo são mais vulneráveis à otite e às condições respiratórias diretas e indiretas, como coriza, sibilo e irritação ocular. Apresentam, ainda, maior número de doenças associadas, absenteísmo escolar, idas aos serviços de urgência e hospitalizações.


Doenças
 
Está comprovado que o tabagismo é responsável por 25% das mortes por angina e infarto do miocárdio, 90% dos casos de câncer no pulmão, 25% das doenças vasculares (entre elas, derrame cerebral) e 30% das mortes decorrentes de outros tipos de câncer (de boca, laringe, faringe, esôfago, estômago, pâncreas, fígado, rim, bexiga, colo de útero, leucemia) e 90% dos casos de câncer de pulmão ocorrem em fumantes. Além de hipertensão, aneurismas arteriais, úlcera do aparelho digestivo, infecções respiratórias, trombose vascular, osteoporose, catarata, impotência sexual no homem, infertilidade na mulher, menopausa precoce, complicações na gravidez, entre outras. Além disso, o tabagismo é um fator de piora para os portadores de asma brônquica, tuberculose pulmonar e outras infecções respiratórias.


Tratamento
 
“O tratamento psicológico é fator fundamental no tratamento do tabagismo. Isso porque o hábito de fumar é uma combinação de três dependências: química, comportamental e psicológica. A dependência psicológica é de difícil manejo sem o auxílio de profissionais capacitados. Para uma grande parte dos tabagistas, o cigarro é entendido como um fator de tranquilidade e relaxamento, além de haver forte associação do hábito de fumar com o modo de reagir às emoções. Uma outra grande parte apresenta sintomas de ansiedade e depressão que podem ser 'mascarados' pelo cigarro e são potencializados com a cessação do tabagismo”, reforça Leônio.

Além disso, uma parte importante dos sintomas da abstinência são de ordem psíquica, como a irritabilidade, tristeza, humor lábil, insônia e o desânimo, que quando não manejados adequadamente, são considerados fatores limitantes para o sucesso do tratamento. Uma boa abordagem psicológica, através da terapia cognitivo-comportamental e do treinamento de habilidades comportamentais, bem como o suporte dos demais integrantes da equipe multiprofissional são fatores fundamentais para o sucesso do tratamento.

O apoio farmacológico é parte importante do tratamento do paciente tabagista, não devendo, porém, ser supervalorizado e encarado como a única parte dele. Os fumantes que poderão se beneficiar da utilização do apoio medicamentoso são os que, além de participarem da abordagem cognitivo-comportamental, apresentarem um grau elevado de dependência à nicotina: fumantes que fumam 20 ou mais cigarros por dia; fumantes que fumam o 1º cigarro até 30 minutos após acordar e fumam no mínimo 10 cigarros por dia.

                            
Dicas para parar de fumar 
 

Recomenda-se que, sempre que possível, os pacientes tabagistas em processo de cessação devem ser acompanhados por uma equipe de saúde para um suporte adequado, o que resulta em maior taxa de sucesso no tratamento.

Para pacientes que não têm acesso ao acompanhamento de uma equipe de saúde o mais importante é que sejam orientados quanto aos principais sintomas da síndrome de abstinência, a duração destes sintomas, e sobre o manejo das crises de fissura. A síndrome de abstinência é uma intensa resposta do organismo à ausência de nicotina. Esta reação é uma readaptação natural do organismo a novos hábitos de vida. Os principais sintomas são: irritabilidade, ansiedade, insônia, tremores, fadiga, dores de cabeça, tosse, sensação de garganta seca, constipação intestinal, azia, gastrite e coriza. As manifestações são individualizadas e podem variar de pessoa para pessoa.

A duração dos sintomas é variável, mas costuma ser mais intensa nas primeiras duas semanas e serem praticamente imperceptíveis após 6 meses. As crises de vontade intensa de fumar, chamadas de fissura, acontecem com frequência nos primeiros dias e vão ficando mais raras com o passar dos dias. É possível controlar as crises de vontade de fumar. A crise dura de 1 a 5 minutos, e a maior recomendação é lembrar que o desconforto vai durar apenas um curto período.

Existem algumas dicas para enfrentar esses momentos sem ceder à vontade de voltar a fumar: Beber bastante água, respirar profundamente e com os olhos fechados e manter sempre à mão um "kit fissura". Alguns alimentos podem ser utilizados, como: cravo, canela, uvas passas, semente de abóbora ou casca de laranja seca torradas no forno, legumes crus (cenoura, erva-doce ou pepino cortado em palito), frutas, cristais de gengibre, balas e chicletes dietéticos, bolachas de água e sal e barras de cereal light. 


Combate por Políticas Públicas
 
O aumento dos impostos e preços dos cigarros é a medida mais efetiva - especialmente entre jovens e populações de camadas mais pobres - para a redução do consumo. Estudos indicam que um aumento de preços na ordem 10% é capaz de reduzir o consumo de produtos derivados do tabaco em cerca de 8% em países de baixa e média renda, como o Brasil. “As evidências científicas demonstram ainda que o aumento dos preços contribui para estimular os fumantes a deixarem de fumar, assim como para inibir a iniciação de crianças e adolescentes”, finaliza Sônia.


Urologista esclarece mitos e verdades sobre saúde íntima masculina



Dúvidas sobre vasectomia e disfunção erétil estão entre os questionamentos mais comuns no consultório
Apesar de serem conhecidos por realizar acompanhamento médico com menos frequência que o indicado, os homens também têm dúvidas quando a questão é íntima. O urologista Rafael Buta, da Aliança Instituto de Oncologia, destacou os questionamentos mais recorrentes do público masculino no consultório.
O médico ressalta a importância de manter a saúde em dia e fazer visitas periódicas ao médico. "Realizar exames e consultas de rotina é fundamental para manter a saúde estável e evitar o diagnóstico de doenças em estágio avançado", considera.


Fimose dificulta a higienização do pênis, o que pode causar diversas infecções e doenças.

Verdade. Fimose consiste em um estreitamento na abertura do prepúcio (pele que recobre a glande do pênis) que dificulta ou impede a exposição da própria glande (“cabeça do pênis”). Ou seja, se ao puxar essa pele, você não consegue expor a cabeça do pênis, é porque tem fimose.

A fimose dificulta a higienização da glande, predispondo a infecções e aumentando a chance de desenvolvimento de câncer de pênis. Além disso, pode levar a desconforto e lesões durante o ato sexual.

A cirurgia para tratar a fimose consiste em uma pequena operação cirúrgica para retirada do prepúcio. É um procedimento rápido e que pode ser realizado em caráter ambulatorial (sem necessidade de internação hospitalar).


A vasectomia é reversível.

Verdade. A vasectomia consiste em uma pequena operação, feita com anestesia local, na qual é interrompida de forma definitiva o ducto deferente (via de passagem dos espermatozóides do testículo para a uretra e daí para o meio externo). Apesar de a vasectomia poder ser revertida por meio de uma operação delicada, o potencial de fertilidade do paciente após a reversão é reduzido com o passar do tempo após a operação.


Após a vasectomia, o homem perde a libido e não consegue ter ereções.

Mito. Após o procedimento, o homem continua a ejacular normalmente, pois a grande parte do esperma vem da próstata e das vesículas seminais. Mas esse líquido não mais vai conter espermatozóides. A vasectomia não causa disfunção erétil nem distúrbios da ejaculação, ela apenas vai impedir a saída dos espermatozóides.


Ejaculação precoce não tem cura.

Mito. Ejaculação é a liberação do sêmen pelo pênis. É dita precoce quando o homem sente que não tem controle sobre a ejaculação, e ela acaba ocorrendo antes do que ele gostaria (antes, no momento ou logo após a penetração), em resposta ao mínimo estímulo sexual. É a disfunção sexual que mais acomete o homem (25% a 30% da população masculina apresenta essa condição). É importante ressaltar que essa condição tem tratamento, que pode ser baseado em técnicas comportamentais, medicamentos e psicoterapia. O tratamento tem como objetivo a redução da ansiedade do paciente, para que ele possa ser capaz de controlar melhor a ejaculação.


Nervosismo e ansiedade na hora do sexo podem causar disfunção erétil.

Verdade. A disfunção erétil pode ocorrer devido a causas psicogênicas ou causas físicas (orgânicas). Causas psicogênicas (nervosismo, ansiedade e medo de falhar durante a relação) aumentam a liberação dos hormônios do estresse. Com isso, há uma descarga de adrenalina no organismo, dificultando o relaxamento do músculo peniano e atrapalhando a ereção.

Causas orgânicas são aquelas em que há algum problema em um dos componentes responsáveis pela ereção. Doenças que acometem a capacidade de o cérebro enviar comandos para a periferia do corpo (acidente vascular encefálico ou esclerose múltipla); doenças que afetam os nervos periféricos (diabetes mellitus ou cirurgia para o tratamento do câncer de próstata); condições que causam lesões aos pequenos vasos sanguíneos do pênis (hipertensão arterial, tabagismo ou elevação do colesterol) podem levar a disfunção erétil.


A disfunção erétil atinge apenas pessoas com mais de 40 anos.

Mito. A disfunção erétil pode acontecer em qualquer época da vida adulta, inclusive com os jovens, porém as chances aumentam com o passar da idade.


Todos os homens têm andropausa após os 40 anos de idade.

Mito. Os estudos apontam que apenas 20% dos homens com mais de 40 anos de idade sofrerão a queda da testosterona. Andropausa é um termo que se refere à queda do nível dos hormônios masculinos, que pode ocorrer a partir dos 40 – 45 anos de idade. Entretanto, o termo médico correto é Deficiência Androgênica do Envelhecimento Masculino (DAEM). O tratamento consiste na reposição da testosterona, na forma de injeção intramuscular ou transdérmica (gel aplicado diretamente na pele, diariamente).





VOCÊ JÁ OUVIU FALAR SOBRE OS RISCOS DO BHT DURANTE O ALEITAMENTO MATERNO?



Pesquisa revela que substância pode causar efeitos adversos em bebês


Ele está presente em diferentes produtos. Com a função antioxidante, cuja finalidade é evitar a decomposição de óleo e gordura e também de manter a conservação de produtos, é facilmente encontrado em alimentos industrializados, materiais de embalagens, cosméticos e até em medicamentos.  Descobriu de quem estamos falando? Do butil-hidroxitolueno, o BHT.

Embora tenha seu uso permitido por órgãos internacionais (como a FAO – Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação) e nacionais (ANVISA – Agência Nacional de Vigilância Sanitária) dentro de um limite considerado seguro, uma pesquisa realizada aqui no Brasil e coordenada pelo Ginecologista Obstetra, Diretor da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia - FEBRASGO, Dr. Corintio Mariani Neto, revela que o BHT pode ser prejudicial à saúde quando presente além do limite de segurança.

O estudo iniciado em Março de 2016 traz um alerta às lactantes que utilizam pomadas para fissuras mamilares à base de lanolina, pois alguns produtos comercializados aqui no Brasil utilizam o BHT em sua fórmula, mas se intitulam “puros” e omitem em suas composições a presença da substância. “No Brasil, o limite aceito para o BHT é de 0,03mg/kg de peso corpóreo (proporção equivalente a 1:1.000.000). O BHT é um derivado fenólico, pertencente a um grupo químico com alto poder tóxico para o fígado e rins”, revela o médico. Ainda de acordo com o profissional, estudos realizados em todo o mundo revelam que o BHT tem a capacidade de aumentar o teor de lipídeos e de colesterol no sangue, além de dificultar a absorção de nutrientes como as vitaminas A e D. Reações alérgicas como urticária e dermatite eczematosa também estão descritos em outros estudos. “Estudos registrados na década de 70 descrevem a ocorrência de tumores hepáticos em ratos, bem como a inibição in vitro da síntese de DNA de linfócitos humanos”, completa o ginecologista.   

A pesquisa analisou as 5 principais marcas de pomada à base de lanolina para fissuras mamárias mais utilizadas do mercado, e os testes apontaram que embora nenhuma delas citem em seus rótulos a presença de BHT, 4 delas possuem a substância em sua composição, em concentrações que variam de 120 a 140ppm (partes por milhão), o que, segundo Dr. Corintio, “chama a atenção de quem se preocupa com a saúde do lactente”. Apenas a marca Lansinoh não apresenta BHT em sua composição.

Diante dessa realidade, a pesquisa alerta para que as lactantes prestem atenção nos rótulos e composições dos produtos analisando o grau de pureza de cada marca: É bastante recomendável que se informe sobre o grau de pureza do produto que será aplicado sobre a fissura mamária e que entrará em contato com a boca do bebê!”, finaliza Dr. Corintio.  




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