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segunda-feira, 22 de maio de 2017

SEMANA INTERNACIONAL DO MEIO AMBIENTE




São Paulo terá um corredor verde para atrair insetos polinizadores

Espaço, que será instalado na calçada de 450 m do Instituto Biológico, marca o início da Semana Internacional do Meio Ambiente e os 90 anos do IB


            Uma das maiores metrópoles da América Latina terá um corredor verde para atrair insetos polinizadores, como abelhas nativas sem ferrão, borboletas e besouros. O corredor será implantado na calçada de 450 metros do Instituto Biológico (IB-APTA), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, na Vila Mariana, em São Paulo. Em 28 de maio de 2017, às 9h, o IB realizará evento para reunir a população, que ajudará no plantio das 27 espécies de árvores, arbustos e forrações. O evento marca o início da Semana Internacional do Meio Ambiente e a comemoração do aniversário de 90 anos do IB. 

Inspirado na “rodovia” para abelhas, da Noruega, e na “estrada para borboletas”, dos Estados Unidos, o projeto brasileiro visa atrair os insetos polinizadores e promover a conservação e recuperação do ambiente natural e urbano. De acordo com Antonio Batista Filho, diretor-geral do Instituto, o objetivo é qualificar e enriquecer a vegetação existente nas calçadas do IB, como forma de atrair os polinizadores. “Essa é uma ação tão importante quanto plantar florestas, pois criará conexões entre os bosques, maciços e florestas já existentes, favorecendo o serviço dos polinizadores, o que é muito benéfico para a ampliação da biodiversidade na cidade”, explica.

O corredor, montado na calçada do IB, ligará a Avenida Conselheiro Rodrigues Alves, no trecho compreendido entre a Rua Dante Pazzanese e Avenida Ibirapuera, e a Rua Amâncio de Carvalho, no trecho entre a Rua Dante Pazzanese e a Rua Astolfo de Araújo. O local conta, atualmente, com 60 espécies de plantas, entre palmeiras, árvores e arbustos, que foram previamente mapeadas e analisadas, para que pudessem ser identificados os espaços disponíveis para o novo plantio. 

Em 28 de maio, começará a ser feito no espaço o plantio simbólico de plantas nativas de São Paulo, como o pau cigarra, bracatinga, carvalho brasileiro e embiruçu, entre outras. Segundo Sérgio Shigeeda, integrante do Cades/Agenda 2030 Vila Mariana, que participa do projeto, as espécies de plantas passaram por uma seleção criteriosa que levou em conta o tamanho das copas e das raízes – por serem plantadas próximas das vias e de fios elétricos – e a viabilidade da conservação e manutenção. “Também escolhemos espécies de desenvolvimento lento, médio e acelerado, contemplando atratividade para abelhas, avifauna e outros insetos. O foco da ação está na introdução das espécies e não na quantidade de mudas”, explica.


Importância dos polinizadores

            A ideia do projeto é mostrar para a população urbana a importância dos insetos polinizadores para a produção de alimentos. As abelhas, por exemplo, além de gerar produtos como mel, pólen, própolis, geleia real e cera, são consideradas os principais agentes polinizadores em ambientes naturais e agrícolas. Cerca de 30% a 40% da produção mundial de alimentos necessita de polinização.

            Esse serviço ecossistêmico é considerado essencial para a manutenção das populações selvagens de plantas e imprescindível para a produção de alguns alimentos nos ambientes agrícolas, como maçã, melão e laranja. “Apesar da importância, as abelhas, por exemplo, sofrem com o fenômeno chamado Síndrome do Colapso das Colônias, que tem diminuído a população desses insetos. O chamado CCD tem causas multifatoriais e é objeto de estudo no mundo todo”, explicou Harumi Hojo, pesquisadora do Instituto Biológico.


Educação ambiental 

            Para Harumi, o corredor incentiva a discussão sobre a importância dos polinizadores e é mais uma ação do Instituto para contribuir com a educação ambiental. O IB mantém o Planeta Inseto na Capital paulista, único zoológico de insetos do Brasil, que tem em sua área externa meliponários com quatro espécies de abelhas nativas sem ferrão: Jataí, Iraí, Mandaçaia e Uruçu-Amarela. 

            “Chamar a população para nos ajudar no plantio das mudas é importante, pois cria nas pessoas, principalmente nas crianças, o senso de responsabilidade com as plantas e com os insetos polinizadores. Durante o evento, discutiremos ainda assuntos importantes para a sustentabilidade e conservação da biodiversidade, e assuntos correlacionados como a água e os resíduos sólidos. Queremos criar uma conexão entre as pessoas e a natureza”, afirma Shigeeda.

            O corredor verde para os polinizadores é uma iniciativa da Secretaria de Agricultura, por meio do Instituto Biológico, implementado pelo Cades/Agenda 2030 Vila Mariana e pela Prefeitura Regional da Vila Marina, com apoio da Prefeitura Regional da Lapa e da Secretaria Municipal do Verde e Meio Ambiente.

            Para o secretário de Agricultura e Abastecimento, Arnaldo Jardim, o projeto é importante, principalmente, por reunir instituições ligadas à pesquisa e conservação ambiental e sociedade civil. “Duas diretrizes importantes do governador Geraldo Alckmin para a Pasta são a produção em harmonia com o meio ambiente e a aproximação dos Institutos de pesquisa com a sociedade. Essa iniciativa reúne essas duas orientações”, afirmou.




SERVIÇO
Corredor Verde para Polinizadores
Data: 28 de maio de 2017
Horário: 9h
Local: Instituto Biológico (IB)
Endereço: Avenida Conselheiro Rodrigues Alves, 1.252, Vila Mariana – SP



Fernanda Domiciano





Cigarro leva cerca de 130 mil brasileiros a óbito todos os anos



A cada três fumantes, dois morrem por causa de doenças relacionadas ao tabaco. Este e outros dados alarmantes fazem do Dia Mundial Sem Tabaco (31/05) uma data importante para a Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT) intensificar a divulgação de informações e pesquisas científicas que comprovem os malefícios do fumígenos.

O Dia Mundial Sem Tabaco foi criado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) há 30 anos, com o objetivo de reunir instituições de saúde, especialistas e sociedade civil para discutir políticas de redução do consumo de produtos derivados do tabaco.

O tema deste ano - “Tabagismo: uma ameaça ao desenvolvimento” - transcende aos assuntos sobre saúde e amplia o debate para os riscos sociais e econômicos decorrentes do fumo.

O Brasil é o 2º maior produtor mundial de tabaco e principal exportador da folha. “Estamos exportando um ‘veneno’, que após ser processado em cigarros, por exemplo, contém mais de 7 mil substâncias tóxicas. Em vez disso, poderíamos produzir mais alimentos para sanar a fome no país e no planeta”, argumenta o pneumologista Dr. Alberto José de Araújo, membro das Comissões de Tabagismo da Associação Médica Brasileira (AMB), Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT) e Sociedade de Pneumologia e Tisiologia do Rio de Janeiro (SOPTERJ).


Além da questão econômica, o pólo de produção do tabaco, concentrado no sul do país, também apresenta problemas sociais e ambientais. “A indústria do tabaco cria toda sorte de obstáculos para impedir os fumicultores de saírem da secular monocultura do tabaco para a diversificação para outros cultivos de alimentos, cuja produção seja menos nociva ao ambiente e à própria saúde deles”, explica o Dr. Araújo.

Enquanto os agricultores têm a saúde debilitada por causa dos agrotóxicos, na outra ponta, os consumidores de tabaco e seus derivados correm riscos ainda mais evidentes.

“O hábito de fumar encurta a expectativa de vida entre 8 e 15 anos, e pode causar cerca de 55 doenças. Estima-se que 130 mil brasileiros morram todos os anos por alguma enfermidade relacionada ao tabaco. As principais são: infarto do miocárdio, acidente vascular encefálico, doença pulmonar obstrutiva crônica, câncer de pulmão e em outros órgãos”, informa o pneumologista.

O especialista cita, ainda, os dados do Instituto Nacional de Câncer que constatam que, a cada 100 pacientes que desenvolvem câncer, 30 são fumantes. Além disso, 90% dos casos de câncer de pulmão são causados pelo tabagismo.


Principais medidas de controle vigentes no país

Diante de informações preocupantes, o Brasil tem avançado nas políticas de controle do tabagismo. Em relação à queda no consumo, o país passou de 34,8% de fumantes na população em 1989 para 14,7% em 2013, de acordo com dados da Pesquisa Nacional de Saúde do IBGE.

As medidas mais eficazes adotadas por aqui foram a de prevenção do fumo passivo, por meio da lei 12546/11 (lei antifumo), em vigor desde 2014; a oferta de tratamento para a cessação do tabagismo, implantada desde 2004 na rede básica de saúde; o aumento da alíquota de impostos sobre os cigarros e estabelecimento de preço mínimo de produtos de tabaco, o que ajuda a inibir a iniciação de jovens ao tabagismo; além das advertências sobre os riscos à saúde nas embalagens, que tiveram grande evolução no país, passando de frases como "pode causar câncer" (anos 80 e 90), até a posição mais incisiva: “causa câncer".

Até o dia 26 de maio, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) está realizando Consulta Pública para renovar os textos e imagens de alerta das embalagens. Contribuir com medidas como esta e ajudar a difundir mais informações sobre o hábito de fumar são algumas das formas de ajudar a reduzir a mortalidade por doenças relacionadas ao tabagismo.




#AdotarÉAmor: em jogo do Corinthians ação atinge 150 mil no Twitter



Jogadores do Corinthians entraram em campo por uma causa nobre: a adoção de crianças e adolescentes. Toda a equipe estampou a hashtag #AdotarÉamor" no uniforme em jogo contra o Vitória, pela segunda rodada do Campeonato Brasileiro, na arena Fonte Nova, em Salvador (BA), na tarde de domingo. A campanha é promovida pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

No Twitter, a ação alcançou 150 mil pessoas por meio da hashtag #AdotarÉamor. Ao longo do jogo, usuários da rede social reuniram a suas famílias, postaram fotos e mostraram apoio à adoção. A campanha digital promovida pelo CNJ  culmina na quinta-feira (25), Dia Nacional da Adoção, com tuitaço a partir das 11h. 

#AdotarÉamor nossa filha amada, adorada e adotada. O amor é a solução e base pra tudo. Adote pic.twitter.com/TOrg1pGUB9

— Flavio Adjuto (@flavioadjuto) May 21, 2017

Família!! #AdotarÉamor pic.twitter.com/JK7yDiPc5K

— Jonas (@JonasMoreira) May 21, 2017

Atletas, órgãos do Judiciário e organizações não governamentais participam da ação, bem como figuras públicas que adotaram crianças ou foram adotadas. Para contribuir, basta publicar um tuite com uma mensagem sobre adoção e marcar com a hashtag #AdotarÉamor.


Adoção no Brasil

Existem 36.524 crianças e adolescentes acolhidos em abrigos no país. Deles, 7.577 já estão à espera de adoção. Por outro lado, há 39.619 pretendentes inscritos no Cadastro Nacional da Adoção, coordenado pela Corregedoria do CNJ.

Apesar de o número de pretendentes ser bastante superior ao de crianças, a conta não fecha principalmente porque o perfil exigido por quem vai adotar não é o mesmo das crianças que estão disponíveis nos abrigos. A idade é o fator que mais pesa para esse desencontro: 48% deles são adolescentes entre 13 e 17 anos de idade, faixa etária aceita por somente 0,7% dos pretendentes. Já 20,1% das crianças têm entre 9 e 12 anos de idade, e somente 3,3% dos pretendentes aceitam crianças nessa faixa etária.

Das 7.577 crianças aptas à adoção, 61,02% têm irmãos, mas só 33% dos futuros pais aceitam essa condição. A raça é outro fator que limita o número de adoções, já que 65,62% das crianças são negras ou pardas, e 19,62% dos pretendentes só aceitam crianças brancas. Outro dado que restringe o perfil desejado é que um quarto das crianças cadastradas têm algum tipo de doença ou deficiência, mas 65,53% dos pretendentes somente aceitam crianças sem essa condição.




Agência CNJ de Notícias



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