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quinta-feira, 11 de maio de 2017

Excesso de exames e medicamentos podem diagnosticar situações que não se tornariam problemas de saúde



Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade (SBMFC) orienta sobre a necessidade de exames apenas quando há sintomas a serem investigados


Datas comemorativas ou de conscientização têm sido usadas como oportunidade para promover o bem-estar da população através de campanhas que chamam a atenção para determinados problemas de saúde. A Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade (SBMFC) indica que exames solicitados de forma excessiva pelos médicos e também pelos pacientes durante as consultas podem representar um risco a saúde da população.

“A realização de exames de rotina ou check-up, em uma pessoa que não tenha quaisquer sintomas de uma determinada doença, pode em algumas ocasiões levar ao diagnóstico de uma doença que jamais se tornariam um problema de saúde, e indicar tratamento que seria dispensável”, ressalta Daniel Knupp, secretário geral da SBMFC. A essa situação se dá o nome de sobrediagnóstico. Estudos estimam que o sobrediagnóstico é muito comum, podendo chegar a até um terço dos casos de câncer de mama, a mais de 60% dos casos de câncer de próstata e a grande maioria dos casos de câncer de tireoide.

Além disso, Knupp reforça que envolve a necessidade de uma estreita vigilância por parte do próprio médico, uma espécie de controle de qualidade permanente em nome da consciência do dano que poderia fazer, mesmo involuntariamente, a seus pacientes. A prevenção quaternária, um olhar crítico sobre as atividades médicas, com ênfase sobre a necessidade de não prejudicar o paciente, é uma compreensão de que a medicina é baseada em um relacionamento, e que essa relação deve permanecer verdadeiramente terapêutica, respeitando a autonomia dos pacientes e médicos para uma prática médica sem conflitos de interesse.




Na medicina existem quatro tipos de prevenção:

 
Primária - ação feita para evitar ou remover a causa de um problema de saúde em um indivíduo ou população antes dele ocorrer.


Secundária - atividade realizada para prevenir o desenvolvimento de um problema de saúde desde os estágios iniciais no indivíduo ou população, encurtando o seu curso ou duração.


Terciária - atuação para reduzir o efeito ou prevalência de um problema de saúde crônico em um indivíduo ou população através da diminuição do dano causado pelo problema de saúde crônico ou agudizado.


Quaternária - ação feita para identificar um paciente em risco de supermedicalização, para protegê-lo de uma nova invasão médica e sugerir a ele intervenções eticamente aceitáveis.



Quem é o médico de família e comunidade (MFC)?

 
A medicina de família e comunidade é uma especialidade médica, assim como a cardiologia, neurologia e ginecologia. O MFC é o especialista em cuidar das pessoas, da família e da comunidade no contexto da atenção primária à saúde. Ele acompanha as pessoas ao longo da vida, independentemente do gênero, idade ou possível doença, integrando ações de promoção, prevenção e recuperação da saúde. Esse profissional atua próximo aos pacientes antes mesmo do surgimento de uma doença, realizando diagnósticos precoces e os poupando de intervenções excessivas ou desnecessárias. 


É um clínico e comunicador habilidoso, pois utiliza abordagem centrada na pessoa e é capaz de resolver pelo menos 90% dos problemas de saúde, manejar sintomas inespecíficos e realizar ações preventivas. É um coordenador do cuidado, trabalha em equipe e em rede, advoga em prol da saúde dos seus pacientes e da comunidade. Atualmente há no Brasil mais de 3.200 médicos com título de especialista em medicina de família e comunidade.






.:: 15 de maio ::.



 Dia Internacional de Conscientização das Mucopolissacaridoses

Mucopolissacaridoses (MPSs): o desafio do diagnóstico correto e tratamento adequado  


Por se manifestar de diferentes maneiras, as MPSs têm diagnóstico complexo e tardio, que acarretam em sequelas severas e perda na qualidade de vida



Quando se trata de saúde, conscientização nunca é demais. Ainda mais no caso de doenças raras, pouco conhecidas até pela classe médica, em que o fator tempo é fundamental para evitar sequelas severas. Por isso, no dia 15 de maio, é celebrado o Dia Internacional de Conscientização das Mucopolissacaridoses (MPSs). Com objetivo de gerar conhecimento e engajamento social sobre essas doenças, a Sociedade Brasileira de Genética Médica (SBGM) promove o #MPSDAY, com uma série de ações e eventos em várias cidades do Brasil e chama a atenção para um tema tão sério quanto desconhecido.

As MPSs são doenças genéticas raras que tem por característica a produção deficiente de enzimas que eliminam substâncias chamadas glicosaminoglicanos (GAGs). Isso causa seu acúmulo em todas as células, com consequente mau funcionamento das mesmas e, também, de alguns órgãos. Entre 11 enzimas diferentes, a falta de uma específica para cada doença, causa sete tipos de MPSs¹. “As MPSs são doenças multissistêmicas e progressivas, que comprometem diversos sistemas como cardiorespiratório, osteoarticular e nervoso, além de gerar alterações na face e sentidos, como a visão e audição, por exemplo”, afirma a Dra. Carolina Fischinger, médica geneticista e presidente da SBGM.

Como as MPSs se expressam de maneiras muito distintas, o diagnóstico é difícil e, na maioria das vezes, tardio. Até que a doença seja identificada, é comum que o paciente passe por uma série de especialistas e trate as consequências e não a causa do problema. Outro ponto relevante para o atraso no diagnóstico é a carência de profissionais habilitados para fazê-lo. A grande maioria das doenças raras é de origem genética e, hoje, o Brasil conta com poucos médicos geneticistas para atender a toda a demanda. A SBGM está trabalhando para aumentar a formação desses profissionais e também qualificar múltiplos especialistas que possam atender pacientes com doenças raras.

A Dra. Carolina aponta os riscos do diagnóstico tardio “a falta de diagnóstico e tratamento precoce acarretam sequelas importantes e perda na qualidade de vida do paciente, podendo desenvolver dor crônica, cegueira, deformidades e restrição da mobilidade; além da sobrevida diminuída na maior parte dos casos”, salienta.

Para que, cada vez mais pessoas – incluindo a classe médica e profissionais da saúde – estejam atentas à essas doenças, o #MPSDAY trará ações para ruas de várias cidades brasileiras, que promoverão não só mais conhecimento sobre o tema, como também interação com pacientes e seus familiares.

A fim de disseminar conhecimento, sobretudo para o público geral, este ano o evento conta com ações como a instalação de letras caixa e blimps (balões gigantes), em várias cidades do país – Aracajú; Belém; Florianópolis; Fortaleza; Maceió; Natal; Porto Alegre; Recife; Rio de Janeiro; Salvador; São Luís; São Paulo. Além disso, a campanha está presente no ambiente digital, não só por meio da #MPSDAY, como também no Instagram e website. Por isso, curta e compartilhe essa causa!


Sobre Doenças Raras

Doença rara é aquela que afeta 65 pessoas em um grupo de 100 mil (pouco mais de 1 indivíduo a cada 2 mil). São cerca de 6 a 8 mil tipos de doenças raras, 80% são genéticas (20% por fatores imunológicos, infecciosos, reumatológicos, defeitos congênitos e cânceres raros). Doenças progressivas com complicações severas.2 75% dos diagnosticados são crianças e 30% não vivem mais que 5 anos; 3 São em cerca de meio bilhão de pacientes raros no mundo e 13 milhões no Brasil4.

 
Sobre Sociedade Brasileira de Genética Médica

A Sociedade Brasileira de Genética Médica é uma entidade civil, de caráter científico e normativo, sem fins lucrativos, composta por em sua maioria por médicos, mas também por outros profissionais comprometidos com a prática da Genética Clínica e na atenção de pacientes com doenças genéticas raras ou não.







Referências
1. Neufeld EF and Muenzer J: The mucopolysaccharidoses. In The Metabolic and Molecular Bases
of Inherited Disease. 8th edition. Edited by CR Scriver, AL Beaudet, D Valle, et al. New York, McGraw-Hill Book Company, 2001: 3421-3452.
2. Diretrizes para Atenção Integral às Pessoas com Doenças Raras no SUS: Portaria GM/MS 199 de 2014
3. Eurordis – Rare Disease Europe
4. Priority Medicines for Europe and the World "A Public Health Approach to Innovation" Background Paper 6.19 Rare Diseases - Update on 2004 Background Paper, Written by S. van Weely, Ph.D. and Prof. H.G.M. Leufkens





Licenciamento 2017: veículos com placa final 2 devem ser licenciados no mês de maio



 Motoristas devem se atentar à data-limite para não ficarem irregular; Documento custa R$ 85,24 e por mais R$ 11 pode ser entregue em casa


Maio é o segundo mês do calendário anual obrigatório de licenciamento dos veículos registrados no Estado de São Paulo, que já ultrapassam 28,4 milhões, segundo dados do Departamento Estadual de Trânsito de São Paulo (Detran.SP).
Dando sequência ao cronograma que deve ser seguido pelos proprietários, quem tem veículo com placa terminada em 2 tem até 31 de maio para licenciar. Caso contrário, não pode rodar a partir desta data até regularizar a documentação.

*Esse calendário não vale para veículos de carga, cujo cronograma começa em setembro

O motorista precisa estar com o Certificado de Registro e Licenciamento de Veículo (CRLV) do exercício 2017 em mãos até o último dia útil do mês indicado como prazo-limite. Independentemente do ano de fabricação, todo veículo precisa ser licenciado anualmente para poder circular nas vias públicas, uma exigência da legislação federal de trânsito. 

“Orientamos que o condutor realize o serviço o quanto antes, para poder circular com o veículo normalmente e não ter que pagar uma multa caso seja abordado com o licenciamento em atraso. O Detran.SP auxilia o cidadão nesse sentido, com o envio de lembrete sobre o prazo por meio de SMS e também via notificação push para quem tem o aplicativo do Detran no celular”, explica o diretor-presidente do Detran.SP, Maxwell Vieira.

O alerta é enviado com um mês de antecedência do vencimento do licenciamento. Quem quiser receber alertas do Detran.SP por mensagem de texto (SMS) é só se cadastrar no portal www.detran.sp.gov.br, informar o número do telefone móvel e sinalizar que autoriza o recebimento. Para ser notificado via push, basta instalar gratuitamente o app de serviços “Detran.SP” nas lojas virtuais Google Play ou Apple Store e habilitar a opção de recebimento no aparelho.


Quanto custa – Em 2017, o licenciamento de qualquer tipo de veículo custa R$ 85,24. Para receber o documento em casa, o cidadão paga R$ 11 a mais pela postagem dos Correios. No total, é preciso desembolsar R$ 96,24 para regularizar o veículo e rodar tranquilamente.

Essa quantia corresponde a menos de 0,30% do valor de um carro popular, como um Gol 1.0 2016/2017, por exemplo, avaliado em R$ 32.907 na tabela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe).
Pagar o licenciamento em atraso gera a cobrança de multa e juros de mora. Caso não seja feito, o dono do veículo pode ter o nome inscrito no Cadastro Informativo dos Créditos não Quitados (Cadin) e na dívida ativa do Estado pelo débito em aberto. 

Além disso, conduzir veículo não licenciado é infração gravíssima. O Código de Trânsito Brasileiro (CTB) prevê multa de R$ 293,47, sete pontos na habilitação e remoção do veículo a um pátio.


Como licenciar – Não é necessário ir às unidades do Detran.SP ou imprimir boleto para pagar o licenciamento. Basta informar o número do Registro Nacional de Veículos Automotores (Renavam) ao caixa bancário ou selecionar essa opção nos terminais eletrônicos das agências bancárias ou no internet banking

Ao pagar o custo de envio pelos Correios junto com a taxa de licenciamento, o documento é emitido automaticamente e a entrega é realizada em até sete dias úteis no endereço de registro do veículo, por isso é importante estar com o cadastro atualizado no Detran.SP. 

O motorista pode acompanhar a entrega do CRLV pelo portal www.detran.sp.gov.br, em “Serviços Online”. A página fornece o código de rastreamento para checar o andamento no site dos Correios.

Quem preferir solicitar e retirar o documento pessoalmente, é só ir até um posto Poupatempo ou unidade do Detran.SP da cidade onde o veículo está registrado, com o comprovante de pagamento e a identidade.

O passo a passo pode ser consultado em www.detran.sp.gov.br na área de veículos ou diretamente no link https://goo.gl/xtbgUR. O portal do Detran.SP também traz uma série de respostas para dúvidas frequentes relacionadas ao licenciamento. A consulta pode ser feita nesse link: http://bit.ly/2mUDbht.





DETRAN.SP:
O Detran.SP é uma autarquia do Governo do Estado de São Paulo, vinculada à Secretaria de Planejamento e Gestão. Para obter mais informações sobre o papel do Detran.SP, clique neste link: http://bit.ly/2ptdw0r

INFORMAÇÕES AO CIDADÃO:
Disque Detran.SP – Capital e municípios com DDD 11: 3322–3333. Demais localidades: 0300–101–3333. Atendimento: de segunda a sexta-feira, das 7h às 19h, e aos sábados, das 7h às 13h.
Fale com o Detran.SP e Ouvidoria (críticas, elogios e sugestões) – Acesso pelo portal, na área de "Atendimento".




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