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quarta-feira, 17 de junho de 2015

Idec denuncia maior reajuste em planos de saúde nos últimos 10 anos e aciona autoridades





Aumento de até 13,55% anunciado pela Agência Nacional de Saúde Suplementar afeta 9,9 milhões de usuários e leva em conta valores de parte do 
mercado não regulada pela Agência

Idec denuncia maior reajuste em planos de saúde nos últimos 10 anos e aciona autoridades

Aumento de até 13,55% anunciado pela Agência Nacional de Saúde Suplementar afeta 9,9 milhões de usuários e leva em conta valores de parte do mercado não regulada pela Agência
Em 10 de junho, o Idec (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor) enviou carta à Presidência da República e para outras autoridades repudiando o aumento de 13,55% para planos de saúde individuais ou familiares, autorizado, em 3 de junho, pela ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar). Este é o maior aumento anual já autorizado pela agência reguladora desde 2005. O índice de reajuste pode atingir 9,9 milhões de usuários desses planos. O documento exige a imediata revisão dos índices de aumento autorizados pela ANS, bem como uma ampla discussão dos problemas do setor de saúde suplementar e do papel da agência reguladora, além dos demais órgãos públicos incumbidos de zelar pela saúde.
Além disso, na carta enviada para Dilma Rousseff, Presidenta da República; Arthur Chioro, Ministro da Saúde; José Eduardo Cardozo, Ministro da Justiça; Rodrigo Janot, Procurador Geral da Justiça; Juliana Pereira da Silva, Secretária Nacional do Consumidor, e Martha Regina Oliveira, Diretora-Presidenta Interina da ANS, o Idec defende que o teto do reajuste dos planos individuais, familiares e coletivos seja indexado à inflação que, entre maio de 2014 e abril de 2015, foi de 8,17%.
A justificativa da agência para o aumento considerado abusivo pelo Idec se baseia nos custos do setor, como o investimento em novas tecnologias, e na média dos reajustes dos planos coletivos, que são livremente estipulados pelas operadoras. Isto é, se já não bastasse o elevado índice autorizado, o absurdo é que a ANS leva em conta para definir o aumento máximo aplicável aos planos individuais e familiares o reajuste médio dos planos coletivos. Ou seja, pretende regular uma parte do mercado com base em parâmetros da parte não regulada!
“Na prática, ao incluir no cálculo a média de aumento dos planos coletivos, que não é regulado, a ANS permite às operadoras que determinem os reajustes aos planos individuais e familiares. Ao negligenciar seu papel de órgão regulador, a agência prejudica o consumidor, que terá cada vez mais dificuldades em se manter em um plano de saúde”, destaca a advogada e pesquisadora do Idec, Joana Cruz.

Histórico

Entre maio de 2013 e abril de 2014, o Idec analisou os reajustes aplicados por 535 operadoras aos contratos coletivos de até 30 vidas e já identificava aumentos absurdos, chegando a inacreditáveis 73% no caso de uma operadora, e tendo como média 11%, quase o dobro da inflação registrada no período. Saiba mais sobre o estudo aqui.
 

 
 O problema persiste, pois se compararmos o IPCA acumulado nos últimos dez anos aos índices autorizados pela ANS para planos individuais e familiares, veremos que a relação entre os reajustes e a inflação acumulada entre 2006 e 2015 apresentou um aumento na variação dos índices de 26,74%, enquanto a diferença acumulada entre os índices foi de 46,09 pontos percentuais.
Comparação dos reajustes da ANS para Planos de saúde individuais nos últimos 10 anos
Acumulado 2006/2015
Índice anual ANS para contratos novos (A)
 Índice ANS Acumulado
IPCA (1) acumulado no ano (B)
 IPCA Acumulado no período
Variação entre os índices acumulados (A/B)
Diferença em pontos percentuais (A-B)
2006
8,89
8,89
4,63
4,63
4,07%
        4,26
2007
5,76
  15,16
3,00
  7,77
6,86%
         7,39
2008
5,48
  21,47
5,04
13,20
7,31%
         8,27
2009
6,76
  29,68
5,53
19,46
8,56%
       10,22
2010
6,73
  38,41
5,26
25,74
10,07%
       12,67
2011
7,69
  49,06
6,51
33,93
11,29%
       15,13
2012
7,93
  60,88
5,10
40,76
14,29%
       20,12
2013
9,04
  75,42
6,49
49,90
17,03%
       25,52
2014
9,65
  92,35
6,28
59,31
20,74%
       33,04
2015
13,55
118,41
8,17
72,32
26,74%
       46,09
(1) O IPCA foi acumulado para o período de maio a abril de acordo com o período de base de cálculo do reajuste dos planos de saúde. Fonte: IBGE – Índice de Preços Amplo ao Consumidor (IPCA) e Agência Nacional de Saúde - ANS – Índice Plano de Saúde


 Idec (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor) - www.idec.org.br
 

PESQUISA INÉDITA APONTA DESCONHECIMENTO E PERCEPÇÃO NEGATIVA DOS BRASILEIROS SOBRE O CÂNCER DE MAMA METASTÁTICO




Embora os dados indiquem que a população associa tal doença a pouco tempo de vida, os avanços científicos viabilizaram novos tratamentos que permitem às pacientes viver mais e com qualidade de vida

Pesquisa inédita realizada pelo Instituto Datafolha revela a impressão negativa da sociedade com relação ao câncer de mama metastático, fase na qual o tumor atinge outros órgãos do corpo. Apesar de um terço dos brasileiros declararem conhecer alguém com essa enfermidade, a pesquisa retrata que mais de 70% dos brasileiros associam o câncer de mama metastático a pouco tempo de vida e acreditam que as pacientes têm má qualidade de vida. Entretanto, graças aos avanços científicos dos últimos anos, que levaram ao desenvolvimento de novos tratamentos, em muitos casos, é possível viver por anos com essa doença com melhor qualidade.
Embora quase a totalidade da população brasileira diga conhecer o câncer de mama, os estágios mais avançados ainda são uma incógnita para quase metade desse universo. Quatro entre dez mulheres, e seis entre dez homens, afirmam nunca ter ouvido falar sobre o câncer de mama metastático. Prova disso está no fato de que 46% da sociedade não sabe a diferença entre câncer de mama inicial e avançado. Mesmo conhecendo pouco sobre a doença, a percepção negativa associada ao câncer permanece entre a população brasileira.
Cerca de 60% dos brasileiros acreditam, equivocadamente, que o câncer é a doença que mais mata no País, seguido das enfermidades cardíacas (17%) e HIV (8%). Na realidade, a principal causa de morte no Brasil são as doenças do coração, segundo dados do Ministério da Saúde.
O sentimento de que se trata de uma doença “terminal” é evidenciado pelo fato de que 70% da sociedade a considera uma sentença de morte. Quase metade da população desconhece ou acha que não existe tratamento para o câncer de mama metastático. Entretanto, o povo brasileiro tem esperança de lutar e vencer a batalha contra o tumor. Quando perguntados sobre o tratamento, 84% acreditam que é possível diminuir os sintomas para obter uma melhor qualidade de vida, e 75%, que é viável aumentar o tempo de vida dessas pacientes se tiver acesso as terapias mais adequadas.
A pesquisa revela que 15% das mulheres com idade entre 40 e 69 anos apontam nunca terem feito uma mamografia, independentemente de onde são tratadas. No setor público, 19% das mulheres com idades entre 40 e 69 anos nunca fizeram esse exame, ante 5% das que têm convênio.
Essa é a faixa etária em que é fundamental fazer o exame para viabilizar a detecção precoce. Mas nem sempre é possível fazer esse diagnóstico em fase inicial. Na Europa, cerca de 5% a 10% dos casos são identificados na fase metastática, enquanto no sistema público brasileiro, este número chega a 50%, o que dificulta o tratamento e impacta diretamente no prognóstico da paciente.
A pesquisa faz parte da campanha Por Mais Tempo, realizada pela Femama, pelo Instituto Oncoguia e pela Roche, com objetivo de ampliar o debate sobre câncer de mama metastático na sociedade. A pesquisa entrevistou 2.907 pessoas, homens e mulheres, com idade entre 25 e 49 anos, que não tem ou nunca tiveram câncer, de todas as classes econômicas, no período de março e abril de 2015. Esse universo contempla 174 municípios, representando as cinco regiões geográficas do País.
A campanha Por Mais Tempo - www.pormaistempo.com.br - lança um novo olhar sobre o câncer de mama metastático e amplia o debate sobre a realidade dessas pacientes. A proposta dessa ativação é disseminar o conhecimento acerca dessa doença e discutir a necessidade de acesso igualitário aos tratamentos adequados para essas mulheres. Com o avanço da medicina, hoje há terapias personalizadas e específicas para alguns tipos de câncer de mama metastático que proporcionam mais tempo e qualidade de vida às pacientes. No entanto, o acesso a essas terapias é limitado. A luta é para que todas as mulheres recebam os medicamentos mais adequados e consigam, dessa forma, viver mais e melhor.

Femama – Federação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama –www.femama.org.br.

Instituto Oncoguia -www.oncoguia.org.br.

Roche - roche.com.

Entenda os tipos de gordura dos alimentos



Especialista fala sobre a importância e os perigos dos lipídios na saúde
Vistas na maioria das vezes como vilãs da alimentação, as gorduras têm papel fundamental no organismo e não podem faltar em nenhuma dieta. Entre as principais funções desses compostos, também conhecidos como lipídios, estão o fornecimento de energia e a participação em vários processos do corpo, como proteção de órgãos, transporte de vitaminas e formação de hormônios.
De acordo com o médico endocrinologista, especialista em fisiologia do exercício e metabologia Mohamad Barakat, um dos principais motivos para que as gorduras tenham essa fama é seu alto teor de calorias: “Elas fornecem mais do que o dobro de energia que proteínas e carboidratos. Por isso é tão importante que o consumo seja feito de forma regrada, sempre respeitando as particularidades de cada metabolismo”.
Além de procurar um especialista que possa sugerir a dieta equilibrada ideal, é vital que as pessoas conheçam os tipos diferentes de gorduras encontradas no que comemos. “Essa informação é fundamental e faz bem para a saúde, permitindo que a pessoa tenha consciência do que consome e possa fazer uma escolha efetiva a favor de uma vida mais saudável”, coloca o médico.
Entendendo as gorduras
Segundo Barakat, as gorduras podem ser divididas em três tipos básicos: insaturadas (divididas nos subtipos monoinsaturadas e poli-insaturadas), saturadas e trans. A diferença fundamental entre essas categorias está na composição química dos nutrientes, sendo classificadas de acordo com o tamanho da cadeia de carbono e o nível de saturação, entre outros fatores determinantes para o modo como o corpo absorve essas substâncias e o efeito que terá no organismo.
“Quando falamos em gorduras insaturadas, estamos falando de lipídios provenientes principalmente de vegetais. Essa gordura é líquida na temperatura ambiente e está presente em alimentos como abacate, azeite de oliva, óleo de girassol e de milho, amêndoas, castanhas e outras oleaginosas. Além disso, essas gorduras são os atrativos de peixes gordos como truta e salmão e são responsáveis por aumentar o nível de colesterol bom (HDL) no organismo”, enumera Barakat.
O médico ainda explica que esse tipo de gordura ajuda a reduzir o colesterol ruim (LDL) e o triglicérides, além da pressão arterial. Dessa forma, o consumo de maneira correta pode prevenir doenças cardíacas, mantendo um coração saudável.
Saturação redimida
Por muito tempo creditada como vilã da saúde, a gordura saturada tem sido alvo de diversos estudos. Segundo algumas pesquisas, esse lipídio encontrado principalmente em produtos de origem animal, como carnes vermelhas e brancas, pode ter efeito contrário.
“Por cerca de 40 anos, essa gordura tem sido evitada como fator de risco para doenças cardíacas. Entretanto, os estudos feitos sobre essa colocação não conseguem achar nenhuma associação entre esses fatores - um dos mais recentes foi publicado pelo periódico British Medical Journal, um dos mais importantes da área médica. Muito pelo contrário, o lipídio tem demonstrado propriedades semelhantes às gorduras insaturadas, diminuindo a incidência de doenças cardiovasculares”, cita o médico.
Verdadeiro vilão
Se por um lado as gorduras saturadas foram redimidas, o mesmo não pode ser dito das gorduras trans. Esse tipo de lipídio artificial é formado por um processo químico conhecido como hidrogenação, que transforma óleos vegetais líquidos em gorduras sólidas. Esse composto é largamente utilizado em alimentos industrializados para melhorar seu aspecto e consistência, além de aumentar a durabilidade.
Essa substância eleva o colesterol ruim (LDL) e diminui o bom, aumentando a obesidade abdominal e até os processos inflamatórios do nosso organismo, isso sem falar no aumento do risco de desenvolver diabetes. Mesmo causando tantos problemas, esse tipo de gordura está presente em uma extensa gama de alimentos consumidos em larga escala, como fast food, biscoitos, massas, bolos industrializados, sorvetes, frituras, salgadinhos de pacote, sopas e cremes industrializados, doces e pratos congelados, entre outros.
“Um agravante é que muitas vezes esse composto vem escondido na tabela nutricional. Como é o próprio fabricante quem escolhe qual porção vai sugerir, ele pode fazer um cálculo simples para sumir com a concentração de gordura saturada. O segredo é ficar de olho na composição dos produtos. A presença de gordura hidrogenada ou parcialmente hidrogenada e óleo vegetal hidrogenado ou parcialmente hidrogenado é indicativo de que certamente há gordura trans em sua composição”, finaliza Barakat.

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