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terça-feira, 20 de julho de 2021

Meninas cientistas: qual o papel da escola para que elas se interessem mais pelas áreas de exatas?

 Tradicionalmente associadas a profissões das ciências humanas e biológicas, meninas precisam ser incentivadas desde cedo a ter interesse por física, química e matemática, dizem especialistas


Boneca, casinha, escolinha. A lista de brincadeiras para as quais as meninas são estimuladas desde cedo é conhecida e costuma se repetir. Em geral, são atividades relacionadas ao cuidado consigo e com os outros, voltadas a um papel social que, por séculos, foi designado como única ocupação possível para o gênero feminino. Enquanto isso, os meninos recebem muito mais incentivos para se envolver em atividades que, no longo prazo, ajudam a desenvolver uma maior habilidade e interesse em números, programação e outras áreas ligadas às ciências exatas. 

Para a oficial de Programas de Educação da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) no Brasil, Mariana Braga, é preciso parar de reforçar os estereótipos de gênero que pregam que o homem e a mulher têm papéis distintos a cumprir. “É como se houvesse padrões de carreira para meninas e outros para meninos. Mudar isso também cabe às escolas, elas têm a missão fundamental de trabalhar pela equidade de gênero. É na escola que se começa a garantir o acesso das meninas a melhores condições no mercado de trabalho”, explica.

De acordo com a especialista, isso pode ser modificado por meio da desconstrução dos papéis designados às meninas, com atividades simples que mostrem a importância da participação de todos - meninos e meninas - nos trabalhos domésticos, por exemplo. “Confio muito na criatividade dos professores brasileiros para chamar os estudantes a uma reflexão profunda. Assim, eles poderão entender que as meninas são capazes de entrar nas carreiras científicas, da mesma forma que os meninos podem encarar outras carreiras historicamente vistas como femininas”, afirma. 


O caminho da experimentação

Segundo dados da Organização das Nações Unidas (ONU), apenas 35% dos estudantes matriculados em carreiras de ciências, tecnologia, engenharias e matemática (STEM, na sigla em inglês) são mulheres. Quando se foca nas engenharias (produção, civil e industrial) e na tecnologia, o cenário é ainda pior: elas não chegam a 28% do volume total de estudantes. Isso se reflete também no universo corporativo. Apenas 13% das empresas têm CEOs mulheres no Brasil, de acordo com pesquisa divulgada pela consultoria Talenses e pelo Instituto de Ensino e Pesquisa (Insper) em 2019.

A gerente de produto do Sistema de Ensino Aprende Brasil, que atende a mais de 200 municípios brasileiros, Damila Bonato, ressalta que os materiais didáticos e atividades propostas desde a Educação Infantil são fundamentais para estimular o interesse das meninas em áreas que, historicamente, foram vetadas a elas. “Os instrumentos didáticos e pedagógicos usados durante a infância precisam ser desenvolvidos para despertar a curiosidade por questões ligadas à tecnologia e à ciência. Atualmente há muitos recursos tecnológicos que podem ser aplicados desde cedo e que,  combinados com uma equipe pedagógica preparada, permitem que as meninas se sintam encorajadas a se aprofundar nesses assuntos”, avalia.

Sônia Elisa Marchi Gonzatti é professora de física e coordenadora do projeto Meninas na Ciência, na Universidade do Vale do Taquari (Univates), no Rio Grande do Sul, além de integrar o grupo de pesquisa “Ciências Exatas, da Escola Básica ao Ensino Superior”. Para ela, o que falta no Brasil é apresentar as meninas às muitas possibilidades das ciências desde a Educação Básica. “Precisamos trazer mais atividades experimentais para a escola básica, desde os anos iniciais. O Brasil não tem tradição em ensino experimental e investigativo, que é importante para meninas e meninos”, destaca. No entanto, como as meninas já são minoria em cursos de graduação em STEM, elas precisam de uma atenção pedagógica ainda mais cuidadosa. “Elas precisam se sentir incluídas nessas atividades. É normal que os meninos tomem a frente porque recebem mais brinquedos voltados à lógica, então é papel dos professores permitir que as meninas coloquem a mão na massa, treinem suas habilidades, mexam nos experimentos”, pontua. Colocá-las em uma posição de protagonismo e liderança em projetos científicos e de experimentação é fundamental, nesse sentido. Outra maneira de permitir que elas sonhem com carreiras em STEM é levar para encontros e palestras de mulheres cientistas que já se destacam em suas áreas de estudo e atuação.

No episódio nº 26 do podcast PodAprender, Mariana e Sônia falam sobre como a escola pode estimular meninas a atuar em áreas ligadas às ciências exatas e à tecnologia. Todos os episódios do PodAprender estão disponíveis no site do Sistema de Ensino Aprende Brasil (sistemaaprendebrasil.com.br), nas plataformas Spotify, Deezer, Apple Podcasts, Google Podcasts e nos principais agregadores de podcasts disponíveis no Brasil.

 


Sistema de Ensino Aprende Brasil

http://sistemaaprendebrasil.com.br/


segunda-feira, 19 de julho de 2021

DIA DO AMIGO: QUAL PET É IDEAL PARA CADA SIGNO?

 

Quer saber qual animal combina mais com o estilo do seu signo?

 

A ligação entre o ser humano e seus animais é antiga. Não é à toa que o cachorro é tido mundialmente como o melhor amigo do homem há anos. Isso acontece porque os animais são tão companheiros quanto outros seres humanos. Por mais que eles não se comuniquem com palavras, estão o tempo inteiro se relacionando com seus parceiros de vida e mostrando mais sentimento que muitas pessoas por aí.

Assim como nós temos personalidades e características particulares, os animais também têm. Pensando nisso, a astróloga do Astrocentro, Yara Vieira, do Astrocentro, trouxe um compilado de animais e suas características com base na astrologia.

 

Áries

Pet: pitbull ou rottweiler.

Os arianos são mais particulares quanto aos seus gostos. Outra característica forte desses nativos é não se abrir para qualquer pessoa e muitas vezes, se colocarem de forma agressiva apenas com intuito de se defender. Isso é muito similar quando falamos de cães de guarda e com a forma que eles agem. Por mais que tenham fama de brigão, a única coisa que querem é proteger aqueles que amam e aproveitar a sombra de um dia ensolarado.

 

Touro

Pet: lhasa apso e poodle.

As pessoas do signo de Touro não gostam muito de briga, prefere pregar a pacificidade. São mais caseiras e gostam de curtir os prazeres da vida. São muito simpáticas e fofinhas, mas também possuem seu lado rancoroso. Por isso, elas podem lembrar muito o comportamento desses pets que indicamos. Podem ser bem bonitinhas, calminhas, mas não pisa no calo, se não elas podem virar bicho.

 

Gêmeos

Pet: papagaio.

Os geminianos são comunicativos e que buscam liberdade. Gostam de se impor para o que acreditam, tanto que podem dizer mais do que deveriam para provar o ponto que acreditam. Algumas pessoas podem até dizer que eles são "tagarelas" e por isso escolhemos esse pet. A melhor maneira de sempre ter uma companhia para conversar com eles! Contudo, perceba que eles apenas expressam essa comunicação para o que despertam o seu interesse. E assim como os papagaios, possuem muito sentimentos, energia e caráter próprios.

 

Câncer

Pet: coelho, maltês e poodle toy.

Os nativos deste signo são muito sensitivos e sensíveis. São aquele tipo de pessoa que trata todo mundo bem, gostam de carinho e admiram a harmonia. Por conta dessas suas características dóceis, românticas e fofas, nós os associamos com os pets mais fofos e chiques que existem.

 

Leão 

Pet: chow-chow ou gato persa branco.

Os leoninos chamam atenção e gostam disso. São charmosos e exuberantes. O chow-chow foi escolhido por, de certa forma, ser um cachorro que nos lembra de um leão. Tanto na beleza quanto em sua juba. Lembre-se também que esses nativos precisam de cuidados especiais, pois eles podem ter um jeito diferente e mais particular de olhar o mundo, assim como os gatos. Mas para não deixar a elegância de lado, com certeza um leonino se daria melhor com os gatos persas branco. 

 

Virgem 

Pet: cocker spaniel, basset hound, setters ou peixe palhaço

Os nativos do signo de virgem são mais terrenos, organizados e gostam de se sentir conectados com aquilo que fazem. Gostam de experienciar coisas novas, mas sem desapegar daquilo que é cômodo para eles. O principal é que sempre vão correr atrás daquilo que querem, mesmo que do jeito metódicas que elas têm.  Portanto, os cães caçadores são os melhores para esse signo. Outro animal que esses nativos podem se identificar é o peixe, especialmente com os peixes palhaços, que são super apegados as anêmonas (seu lar).

 

Libra 

Pet: mini poodles, shih-tzu, terrier e yorkshires.

As pessoas librianas gostam de coisas bonitas. Por serem charmosas, gostam de expressar esse encanto para que todos vejam. A delicadeza é uma coisa muito comum entre esses nativos, por isso, os pets que escolhemos foram os menores e considerados ideias para viver em ambientes luxuosos e trazer um glamour para o local.

 

Escorpião 

Pet: gato sphynx ou mastim napolitano.

Os escorpianos são pessoas de personalidade forte, focadas e muito fortes - não gostam de ser passadas para trás. Isso não significa que serão pessoas vingativas, na verdade, apenas se impõe para o que não querem e não aceitam seu espaço invadido. Por isso, a nossa escolha foram de animais muito peculiares e individuais.

 

Sagitário 

Pet: gato siberiano, galgos ou afghan hounds.

Esses nativos são extremamente naturais e livres. Gostam de sair para o mundo, viver sua vida e aproveitar o que gostam. São pessoas bem humoradas e muito companheiras, ótimas ouvintes. Por isso, escolhemos um felino que é conhecido por seu sorriso e alguns cães de corrida.

 

Capricórnio

Pet: gato british shorthair, maine coon, husky siberiano e chow-chow.

As pessoas deste signo são muito reservadas, caseiras, mas não dispensam uma boa companhia. É por isso que um amigo fiel é tudo que o capricorniano precisa. Como esses nativos são silenciosos, organizados e muito apegados ao que amam, o ideal é encontrar pets que possuem o mesmo tipo de comportamento. Pensando nisso, trouxemos essas sugestões, que além de tudo possuem uma cor prioritária que é cinza, a mesma cor do seu signo.

 

Aquário 

Pet: gato vira-lata.

Os aquarianos são nativos que acima de tudo em sua vida, prezam por liberdade e amor próprio. Eles querem saber de fazer o que querem e quando querem, não gostam de receber ordens. Por isso, escolhemos este pet, pois não gostam de se apegar, são frios e indomáveis. Gostam de viver na rua e se aceitam ser um gato doméstico, podem fugir durante a noite para curtir a gandaia e voltar de dia pronto para um carinho.

 

Peixes 

Pet: Golden retriever, pug, lhasa apso, poodle toy ou yorkshire

Os piscianos são sensíveis, românticos e sonhadores. Como eles amam receber carinho, pensamos em pets que podem oferecer isso e muito mais. O temperamento calmo, brincalhão e apaixonado pode levar o nativo e seu companheiro a viver grandes aventuras com muitos sorrisos e amor.

 

Astrocentro

www.astrocentro.com.br

Dia da amizade: 5 Mitos e Verdades sobre a amizade

A amizade é fundamental para manter a saúde mental e viver de uma forma mais saudável, mas é preciso ficar atento para manter uma relação recíproca e de confiança; especialista esclarece as principais dúvidas sobre o tema

 

"Quem tem um amigo tem tudo". A frase que parece clichê comprova uma realidade. Não é o dinheiro, a genética ou a alimentação que fazem uma pessoa ser saudável, mas sim os amigos, é o que diz uma pesquisa realizada pela Universidade de Harvard, nos Estados Unidos. Além disso, boas amizades geram impacto na forma de ver o mundo e seu reflexo. Outro fato importante, é que a presença de um amigo melhora em 50% a chance de você viver mais, de acordo com pesquisadores da Brigham Young University, nos EUA, que analisaram 148 estudos feitos durante sete anos e meio.  

De acordo com Vanessa Gebrim, especialista em Psicologia Clínica pela PUC de SP, a amizade é fundamental em todas as fases da vida. "Significa criar laços entre as pessoas que apresentam sentimentos de lealdade, proteção, intimidade, reciprocidade, ajuda mútua, compreensão e confiança. As relações com os amigos na adolescência, por exemplo, constituem um dos principais fatores para a construção da identidade dos adolescentes e na definição de valores, ideias e opiniões que eles seguem sobre os outros e o mundo. Assim, os amigos desempenham um papel complementar ao da família e são fundamentais nessa fase", acrescenta a especialista.  

Abaixo, a especialista esclarece os principais Mitos e Verdades sobre o assunto. Confira:  

1 - A amizade é fundamental para o bem-estar social?

VERDADE. De acordo com a psicóloga, a amizade é muito importante na vida de uma pessoa. "Trata-se de partilhar alegrias e tristezas, sucessos e fracassos, expectativas e desilusões. Em uma amizade nós nos encontramos, nos tornamos mais solidários e mais responsáveis. Uma amizade nos torna pessoas melhores pelo simples fato de nos fazer mais conscientes com o outro e também contribui para o processo do amadurecimento humano", revela a especialista. 

 

2 - A escolha de uma amizade está ligada apenas à afinidade? 

MENTIRA. Amizade além de uma relação de afinidade pode também significar reciprocidade, ajuda mútua, respeito e confiança criadas entre duas ou mais pessoas. "Segundo Winnicott, a amizade remete às noções de intimidade, reconhecimento das diferenças e o grau de confiança que é estabelecido entre as pessoas. Existem alguns níveis de amizade como: nível 01: conhecidos (sem afinidade e nem conexão); nível 02: colegas (poucas afinidades e fraca conexão); nível 03: colegas mais chegados (há algumas afinidades e conexões em comum) e nível 04: amigos (temos muita afinidade, cumplicidade, parceria e total conexão)", explica.

 

Crianças devem ter amigos. 

VERDADE. "Amigos são parte fundamental das nossas vidas. A amizade pode começar na infância e perdurar no decorrer da vida e é super importante para o bom desenvolvimento do ser humano. Essa troca faz com que a criança se identifique com o outro e se reconheça através dessa interação. Além disso, abre espaço para que no futuro ela se torne um adulto que possua habilidades interpessoais essenciais para a vida como a empatia, por exemplo", esclarece Vanessa.

 

4 - Amizade não deve ter limite. 

MENTIRA. "É muito importante aprender a colocar os limites nos vínculos de amizade para evitar conflitos e garantir as individualidades. Quando se pensa em limites, a questão passa pelo respeito ao espaço, a opinião e as ideias do outro. Não é bom criar expectativas sobre um amigo e esperar dele as suas próprias atitudes. O limite está sempre pautado no respeito, pois é preciso entender até que ponto se pode falar, solicitar ou interferir. Saber ouvir acaba sendo a melhor forma de ajudar o amigo nos momentos difíceis, pois favorece muito no crescimento da amizade", indica Vanessa Gebrim. 

 

5 - Não existem amizades tóxicas. 

MENTIRA. De acordo com a psicóloga Vanessa Gebrim, existem alguns sinais que ajudam a identificar se você está em uma relação tóxica. "É preciso ficar atento a alguns pontos: quando a pessoa não faz você se sentir bem, não comemora suas conquistas, fala de você pelas costas ao invés de falar com você sobre o que a incomodou na relação, fala só dela no relacionamento, se comportando de maneira egoísta, gosta de competir, entre outros sinais", lista a especialista. 

 

Ainda de acordo com ela, se for uma amizade de muito tempo e você perceber que ela está se tornando tóxica, vale a pena conversar, caso você queira manter o vínculo. "Seja assertivo durante a conversa e expresse os seus sentimentos acerca do comportamento da pessoa. Agora, se isso não resolver, se afastar de quem está te fazendo mal também é uma opção. Pense bem sobre os benefícios que essa amizade traz a você e como o amigo tóxico se comporta quando você fala sobre os seus sentimentos. Se ele não demonstrar interesse ou se desculpar sem sinceridade, não está tão interessado em manter uma amizade saudável com você. Caso seja necessário, faça terapia para poder enfrentar essa dificuldade. Um profissional especializado poderá te ajudar a desenvolver algumas habilidades que são necessárias em suas amizades, para que elas se tornem mais saudáveis para você", conclui a psicóloga Vanessa Gebrimespecialista em Psicologia Clínica pela PUC de SP.

 

Vanessa Gebrim - especialista e pós-graduada pela PUC-SP com mais de 20 anos de experiência clínica. Tem certificação internacional pelo EMDR Institute. É terapeuta certificada em Brainspotting pelo Institute of New York. É ainda especialista em Técnicas que otimizam o tratamento como Play of Life, Barras de Access, orientadora vocacional e consteladora familiar.


HOJE eu quero falar sobre como descobri a importância de ter amigos principalmente em épocas incertas como essa que estamos vivendo

"Será que cabe afirmarmos que ter bons amigos tem a ver com o fato de colocarmos energia num relacionamento para dar certo, ou simplesmente termos afinidade que vai durar para sempre?"

 

Tenho que confessar que durante toda a minha infância, adolescência e parte da vida adulta tive poucos amigos (daqueles que você quer estar junto) e não investi muito, ou melhor, não coloquei energia vital para fazer novos amigos já que hoje sei que você precisa investir nesses relacionamentos. Sempre fui muito focada, o trabalho era a minha grande luta, além da minha família que comecei cedo me casando aos 22 anos. Os amigos da vida profissional iam e vinham, mas para mim era algo que eu não precisava me preocupar, mas sim me relacionar de maneira mais superficial. Conheci muita gente durante todos esses anos, foi muito bom, mas não o suficiente para criar vínculos.

Percebi também que amizade é algo que você precisa cultivar, se preocupar, se importar e efetivamente fazer parte da vida do outro simplesmente pelo prazer de estar lá. Talvez minhas poucas amizades tenham sido formadas por afinidade e eu achasse que isso bastaria, mas entendi que não. Se relacionar é uma arte de flexibilização, concessões, prazeres e desprazeres que fazem parte do ser humano. Gostar de alguém que não concorda com absolutamente todas as suas opiniões, mas saber que se você for dá-las vai te respeitar e acolher. Ser ouvido/a por um amigo é um gesto classificado como um dos grandes luxos da vida, pelo menos na minha opinião.

Depois de passar por um período de uma introspecção, o mundo mudou, consequentemente eu também, afirmo agora que ter amigos de verdade seja a grande tendência certeira para se sentir bem. Pensar que o outro está passando pelas mesmas coisas que você, e que tá tudo bem, é mais que reconfortante, quase que uma sentença de vida plena nesse mundo tão incerto. Falo aqui de amigos no sentido amplo. Amigo – parceiro, amigo – filho, amigo – irmão, amigo – mãe, enfim a sua pessoa preferida no mundo pode estar mais perto de você do que você imagina.

 


Paula Martins

#seguimosjuntos

Os benefícios do Extrato de Própolis Vermelha

Em tempos de pandemia, quando mais forte for o organismo, melhor a chance de reagir bem a contaminação por algum vírus, inclusive pelo vírus da Covid-19

 

O Extrato de Própolis Vermelha, produzido exclusivamente no Estado de Alagoas, tem excelente valor nutricional, pertence ao grupo dos fitoterápicos e opoterápicos, tem mais de 300 princípios ativos, além de ser muito rico em vários tipos de sais minerais e complexos vitamínicos.

Possui comprovadamente oito tipos de isoflavonóides, qualidade nunca antes encontrada em outra Própolis no mundo, sendo este um dos grandes diferenciais do produto da Ouro Vermelho. Os flavonoides têm se destacado em pesquisas por suas potentes ações farmacológicas, incluindo antimicrobiana, anti-inflamatória e antioxidante (combate radicais livres).

Aclamada por aumentar a imunidade, a própolis vermelha foi recentemente reconhecida como auxiliar no combate as células de câncer. Estudo apresentado no ano passado pelo professor Roberto Berlinck, do Instituto de Química de São Carlos, da Universidade de São Paulo (IQSC-USP), e membro da coordenação do programa BIOTA-FAPESP, mostrou que as células vermelhas da própolis têm atividade antiproliferativa de células de câncer.

Conforme a nutricionista Clínica Funcional Dra. Gisela Savioli, da Clínica Savioli, de São Paulo, “o uso da Própolis Vermelha é excelente no processo de recuperação do sistema imunológico e suas ações anti-inflamatória e antimicrobiana tornam-se grandes aliadas na recuperação da saúde intestinal onde encontramos 70% do nosso sistema imunológico. Potente antioxidante chega ao mercado em um momento muito importante para a modulação dos radicais livres em consequência do estresse que a população em geral vem enfrentando.”

Instagram:@giselasavioli

 

A Própolis Ouro Vermelho utiliza a abelha africanizada, cujo nome científico é Apis Mellifera.

A indicação diária de consumo é de 20 a 30 gotas.

 

Acesse os pontos de vendas pelo Instagram:@ouro_vermelho

Whatsap: (82) 99986-7619


Marketing e saúde: como complementar o trabalho médico oferecendo informação de qualidade

Mais do que nunca estamos vivendo a era da disseminação rápida de informações. Acompanhamos de perto o quanto esse acesso modificou os relacionamentos empresariais e seus clientes e parceiros.

Quando falamos em saúde e marketing, geralmente o primeiro pensamento é de algo em que não há conversa, porém, com a era moderna, pudemos ver o quão essa área é estratégica para que informações de grande relevância e qualidade cheguem até a população e complementem os esclarecimentos médicos dentro dos consultórios e também por meio da telemedicina.

Há muito tempo o marketing na área de saúde deixou de apenas buscar o aumento da carteira de clientes e sim, em contribuir socialmente com as informações prestadas por meio das redes sociais, jornais e outras formas de comunicação. Com toda a certeza, quanto mais conteúdo qualificado, mais a empresa que o oferece ganha novo espaço no mercado de saúde suplementar e isso, reflete diretamente no aumento da carteira de vidas atendidas.

Ao se colocar no mercado estadual de referência em planos empresariais, a Paraná Clínicas adota uma gestão humanizada, que dá preferência por uma boa conversa entre médico e paciente, do que apenas em registrar aumento de números.

Esse direcionamento tem reflexo direto na área de marketing, afinal, o desafio é colocar em todos os meios de comunicação entre operadora e paciente a humanização, o sentimento de pertencimento e o carinho desta entidade curitibana e que possui planos ousados de expansão.

A chegada da pandemia do novo coronavírus, acentuou ainda mais essa troca de informações, fazendo com que intensificássemos as comunicações para esclarecer as dúvidas dos pacientes e tranquiliza-los em relação aos atendimentos que não podiam ser descontinuados.

De forma rápida e qualificada, a Paraná Clínicas se adiantou ao momento e em março de 2020 iniciou os atendimentos remotos sem perder sua referência em acolhimento humanizado. Mais de 26.400 pacientes, já utilizaram a telemedicina da Paraná Clínicas e, em sua grande maioria, com altos níveis de satisfação.

O marketing no setor de saúde, assim como os demais, precisa acompanhar as inovações tecnológicas, as novidades de mercado e saber como aplicar tudo isso em favor dos clientes, por meio de campanhas que sejam marcantes e não sensacionalistas, que os pacientes consigam se sentirem acolhidos com palavras e imagens. A linha deste tipo de comunicação é muito tênue neste mercado, visto que muitas campanhas precisam ser um pouco mais impactantes, mas sem esquecer as premissas que conduzem a companhia.

Essa área, permeia todo o funcionamento de uma operadora de saúde, desde sua fachada, os uniformes, o método com que as pessoas são acolhidas, disposição de mobiliário, inovações tecnológicas, métodos de abordagem, linguagem de redes sociais e a lista de todas as áreas que o marketing atua seria infinita.

Arrisco dizer, que o marketing é um instrumento gerencial, uma ponte entre a empresa e seu público resultado em áreas como vendas e na fidelização de sua carteira de clientes, lembrando assim, dos do marketing citados pelos autores Nascimento e Lauterborn, em 1990 (Entusiasmar colaboradores; encantar Clientes; enlouquecer concorrentes; enriquecer a todos). Demonstrando mais uma vez, o quanto o marketing na área de saúde é uma ciência que precisa ser igualitária e diferenciada ao mesmo tempo, passando por todas as áreas e deixando sua marca com qualidade e precisão.  

 


Juliane Kosiak Poitevin - formada em administração, especialista em marketing pela ESPM, com MBA em marketing pela FGV  e, desde 2016, atua como gerente de marketing e comunicação da operadora de planos de saúde empresariais Paraná Clínicas, empresa integrante do Grupo SulAmérica com sede em Curitiba (PR).

 

 

Paraná Clínicas

www.paranaclinicas.com.br


Médica combate a desinformação sobre os tratamentos da Covid 19 nas crianças

A pediatra Ana Paula Bletran Moschine Castro explica o que é fato e o que é fake sobre a doença nos pequeninos


Do dia para a noite, a rotina das crianças virou de cabeça para baixo. Atividades comuns como ir à escola, brincar no parque, encontrar os amigos foram canceladas e as famílias precisaram adaptar-se à nova realidade atendendo às medidas de segurança impostas pela pandemia.

Desde o início da pandemia, hábitos como lavar as mãos, usar máscaras, álcool gel e manter o distanciamento físico, entraram no cronograma de novos comportamentos dos pequenos. As recomendações das principais autoridades no assunto, para promover a saúde, foram seguidas à risca por muitas famílias, mas há casos em que a preocupação de pais e mães para garantir a segurança dos filhos, foi além das orientações respaldadas por estudos. "A busca por informação é constante e é válida, mas é fundamental que ela venha de fontes confiáveis. Muito se falou sobre os impactos da doença nos pequenos, mas é preciso cautela com estes dados. Combater a desinformação se tornou a missão de todos", declarou a médica pediatra Ana Paula Beltran Moschione Castro, (CRM 69748 - SP).

No Brasil, onde a doença já tirou a vida de mais de 540 mil pessoas, os dados do da Sociedade Brasileira de Pediatria e Ministério da Saúde apontam entre março de 2020 e início de junho de 2021, mais de 15 mil crianças foram internadas com Covid-19 e mais de 948 pacientes, de 0 a 9 anos, perderam a batalha contra a Covid-19.

Para entender melhor como a doença afeta pacientes desta faixa etária, convidamos a especialista que esclareceu algumas informações encontradas na internet:

1.É verdade que a Covid 19 afeta crianças de todas as idades?

Sim. Crianças de todas as idades podem ser contaminadas pelo Coronavírus. Em muitos casos, de forma assintomática. Em outros, há relatos de sintomas leves, como febre baixa, tosse e certa fadiga. Houve alguns casos considerados mais graves, mas em pouca quantidade. Crianças com problemas de saúde pré-existentes oferecem riscos maior de contrair a forma mais grave da doença.

2.Há vacinas disponíveis para crianças?

O Brasil oferece três tipos de vacinas contra a Covid-19. A Coronavac, fabricada pelo Instituto Butantan, a Oxford/Astrazeneca, envazada pela Fiocruz, e a vacina da Pfizer/ BioNTech, mas novas apresentações podem ser aprovadas pela ANVISA a qualquer momento. Recentemente, a ANVISA acenou coma aprovação em caráter emergencial da vacina produzida pela Jansen. Ainda mais recentemente, a ANVISA destacou que a vacina contra Covid-19 produzida pela Pfizer pode ser aplicada em crianças a partir dos 12 anos de idade. Nos EUA, a Moderna anunciou que já está fazendo estudos sobre a aplicação em crianças. O plano que também está na pauta da Johnson & Johnson. Esses estudos ajudam a confirmar se as vacinas são eficazes e identificar a dose ideal por faixa etária.

3.As crianças têm mais probabilidade de espalhar o vírus?

Não é bem assim. Acontece que as crianças infectadas, em muitos casos, não manifestam sintomas e acabam interagindo com um público mais suscetível à doença. Mas ainda não há uma base concreta de estudos que certifique o nível de contaminação carregado por esse público.

4.Estou grávida e pretendo amamentar. Posso tomar vacina contra a Covid-19? É arriscado para a criança?

Os estudos apresentados pelo Colégio Americano de Obstetrícia e Ginecologia e Sociedade de Medicina Materno-Fetal indicaram que as vacinas de mRNA Covid-19, desenvolvidas pela Pfizer/Biontech e Moderna, podem ser administradas em grávidas e lactantes. Em ambos casos, a melhor opção é ouvir o médico que está acompanhado a gestação e saúde da mulher.

5.Qual o tratamento ideal para crianças com Covid 19?

Assim que diagnosticada a doença, o primeiro passo é iniciar o tratamento com as opções mais seguras. A indústria farmacêutica dispõe de um portfólio fundamental nesta jornada, como o ibuprofeno. A molécula tem 60 anos de mercado é a mais estudada da atualidade. Recentemente, a Organização Mundial da Saúde incluiu o ibuprofeno, entre outros princípios ativos, como medicamentos a serem utilizados para o tratamento dos sintomas da Covid-19, como dor e febre, em adultos e crianças.


Novos estudos ajudam a entender o impacto do novo coronavírus no cérebro humano

Seminário on-line organizado pela FAPESP reuniu pesquisadores do Brasil e da Alemanha. Resultados dão pistas de como o SARS-CoV-2 chega ao sistema nervoso central e quais células são mais afetadas (experimentos realizados em células nervosas por pesquisadores do Instituto D’Or e da UFRJ; reprodução)

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Dias depois de a Organização Mundial da Saúde (OMS) decretar a pandemia pelo novo coronavírus, em março de 2020, um estudo com pacientes na Itália já relatava a perda do olfato e do paladar como um dos sintomas de COVID-19. Em abril do mesmo ano, foi publicado o primeiro estudo sobre o impacto neurológico da doença, com centenas de pessoas.

Desde então, investigações sobre as consequências da COVID-19 no cérebro têm sido realizadas, abordando desde os efeitos observados na fase aguda até as possíveis sequelas neurológicas – relatadas por cerca de 30% dos pacientes que se recuperaram.

“A COVID-19 foi inicialmente descrita como uma infecção viral do trato respiratório, mas rapidamente fomos aprendendo que o cérebro é um dos vários órgãos afetados. Mas alguns aspectos da doença ainda permanecem obscuros. O impacto no cérebro não está completamente entendido. É muito importante estimular a troca de conhecimento e de experiências entre pesquisadores de todo o mundo”, disse Luiz Eugênio Mello, diretor científico da FAPESP, na abertura do seminário on-line “What does COVID-19 have to do with the brain?”, realizado em 7 de julho. O evento, que reuniu cientistas do Brasil e da Alemanha, integra a série FAPESP COVID-19 Research Webinars, organizada com apoio do Global Research Council (GRC).


O caminho do vírus

Um dos estudos apresentados no seminário, conduzido na Charité Medicine University Berlin (Alemanha), demonstrou que o novo coronavírus utiliza a mucosa olfatória como porta de entrada para o cérebro. “Isso se dá devido à proximidade anatômica entre as células da mucosa, os vasos sanguíneos e as células nervosas na área. Uma vez instalado na mucosa olfatória, o vírus parece usar conexões neuroanatômicas, como o nervo olfatório, para chegar até o cérebro”, afirmou Helena Radbruch, que analisou amostras da mucosa olfatória e de outras quatro regiões do cérebro de 33 pacientes que tiveram a forma grave da doença e morreram.

A equipe de Radbruch acompanhou outros 180 pacientes desde a fase aguda da doença até meses após a recuperação. “A boa notícia, sobretudo para quem teve COVID-19, é que o vírus não permanece por muito tempo no cérebro. Verificamos que somente em alguns pacientes o SARS-CoV-2 atinge esse órgão e, três semanas após a fase aguda, ele já não está mais lá”, contou.

Radbruch estudou também como o sistema imunológico responde à infecção pelo novo coronavírus. Além de encontrar evidências de células imunológicas ativadas no cérebro e na mucosa olfatória, foi possível detectar as assinaturas imunológicas dessas células no fluido cerebral. Em alguns dos casos estudados, os pesquisadores também encontraram danos no tecido causados por acidente vascular cerebral – um resultado da obstrução de vasos sanguíneos.

“A presença do vírus nas células nervosas da mucosa olfatória parece explicar os sintomas neurológicos, como a perda de olfato e paladar, não tão rara assim entre pacientes com COVID-19”, disse.

No Brasil, pesquisadores do Instituto D’Or e da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) conduziram uma série de experimentos e concluíram que, além da mucosa olfatória, existem diferentes formas de o vírus atingir o cérebro. Uma delas se daria conforme a doença vai progredindo para diferentes órgãos e a inflamação sistêmica a torna ainda mais grave, o que facilitaria a entrada do vírus no cérebro.

“Infelizmente, identificamos em uma autópsia uma infecção viral grave no plexo coroide, uma estrutura do sistema nervoso central protegida pela barreira hematoencefálica. Essa região do cérebro concentra grandes quantidades de ACE2, que é a proteína à qual o vírus se conecta para invadir o organismo, também encontrada em abundância nos pulmões”, ressaltou Marilia Zaluar Guimarães, pesquisadora da UFRJ e do Instituto D’Or.

Tratava-se de um caso raro, um bebê de um ano, que já sofria com encefalopatia e que não sobreviveu à COVID-19. A autópsia revelou que havia vírus no pulmão, coração, córtex cerebral e também na região cerebral do plexo coroide. “A infecção pelo SARS-CoV-2 causou pneumonia, meningite e danos em múltiplos órgãos devido à trombose, entre eles rins, pulmão, cérebro, coração e pâncreas”, relatou.

Com a comprovação de que o novo coronavírus era capaz de romper a barreira hematoencefálica e se infiltrar em regiões do cérebro, a equipe de pesquisadores começou a realizar estudos em organoides – modelos simplificados de órgãos produzidos por meio de engenharia genética. Os minicérebros cultivados in vitro pelo grupo foram desenvolvidos na época da epidemia de zika. Para isso, os pesquisadores utilizam células-tronco pluripotentes induzidas (células da pele ou do sangue reprogramadas para retornar a um estágio de pluripotência semelhante ao de células-tronco), que recebem estímulos para se diferenciar em células nervosas, como astrócitos e neurônios.

“É um modelo simplificado do cérebro humano, mas com uma variedade celular que permite acompanhar o funcionamento da infecção causada pelo novo coronavírus. Com isso, conseguimos provar que, embora o SARS-CoV-2 provoque dano no cérebro, ele não consegue se replicar lá. Descobrimos também que a infecção causa a redução de células neuroprogenitoras, mas não afeta a capacidade de proliferação dessas células. O que é curioso”, sublinhou.

A pesquisadora destaca, no entanto, que em estudos semelhantes ao dela, que usaram quantidades maiores de vírus para infectar os minicérebros, observou-se replicação viral. Segundo a cientista, isso ajudaria a entender a variação de gravidade, sintomas e sequelas neurológicas deixados pela COVID-19 .

Zaluar e Radbruch concordam que, embora o vírus seja eliminado do cérebro algumas semanas após o fim da fase aguda da doença, ocorre um aumento das citocinas (moléculas indutoras de inflamação) no local – uma provável explicação para os diversos problemas neurológicos do pós-COVID.


Células da glia

Outra pesquisa apresentada no evento foi conduzida por cientistas da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e da Universidade de São Paulo (USP) com apoio da FAPESP. O grupo acompanhou 81 indivíduos que testaram positivo para COVID-19 e não precisaram ser hospitalizados. Mais de 50 dias após o diagnóstico, os voluntários ainda apresentavam alterações na estrutura do córtex cerebral associadas a regiões do trato olfatório. Entre os pesquisados, 28% desenvolveram algum grau de ansiedade, 20% de depressão, 28% tiveram perda de memória e 34% relataram perda de funções cognitivas.

Os pesquisadores também avaliaram amostras de tecido cerebral de 26 pacientes que morreram após contrair a COVID-19 – em todas elas a presença do vírus foi confirmada. Em cinco amostras também foram encontradas alterações que sugerem ter ocorrido prejuízo ao sistema nervoso central.

“Já se tinha conhecimento sobre sintomas neurológicos, como perda de olfato e paladar. Com os nossos estudos, conseguimos mostrar, pela primeira vez, que o vírus infecta e se replica nos astrócitos – as células mais numerosas do sistema nervoso central e essenciais para a manutenção dos neurônios”, disse Marcelo Mori, professor do Instituto de Biologia da Unicamp (leia mais em: agencia.fapesp.br/34364).

Pesquisadores da plataforma científica Pasteur-USP mostraram outro ponto interessante da relação entre cérebro e COVID-19. Alterações metabólicas em células da glia infectadas (astrócitos e outros tipos celulares que atuam na sustentação e na nutrição dos neurônios) podem estar relacionadas não apenas com o impacto da doença no cérebro na fase aguda da doença, como também nas sequelas neurológicas prolongadas, relatadas por alguns pacientes.

“Estudos realizados em animais mostraram que o novo coronavírus pode infectar células da glia. Uma vez instalado, o vírus é capaz de se replicar, produzir novas cópias virais e induzir mudanças estruturais que afetam o metabolismo celular”, disse Jean Pierre Peron, pesquisador do Instituto de Ciências Biomédicas (ICB) da USP e coordenador de um projeto sobre o tema apoiado pela FAPESP.

Foram feitas na USP análises para verificar alterações na expressão de proteínas das células infectadas (proteômica) e também mudanças no metabolismo (metabolômica). “Encontramos uma série de alterações na expressão das proteínas, principalmente nas envolvidas com o metabolismo do carbono e glicose. Não por acaso, essas vias de sinalização estão relacionadas com doenças neurológicas, como Huntington, esclerose lateral amiotrófica e depressão de longa duração”, contou Peron.

A análise de metabolômica mostrou que as células da glia infectadas apresentam uma hiperativação metabólica nas vias glicolíticas (responsáveis por quebrar a molécula de glicose nos tecidos). Além disso, a mitocôndria dessas células teve suas funções intensificadas. “É provável que a alteração na expressão das proteínas envolvidas com o metabolismo do carbono tenha alguma relação com as mudanças no metabolismo celular”, avaliou.

Segundo Peron, especula-se que a alteração na expressão da enzima glutaminase esteja relacionada com a necessidade do vírus de se replicar. A enzima é de extrema importância para as células da glia, pois 90% das sinapses do nosso cérebro são glutaminérgicas, ou seja, mediadas por esse neurotransmissor. “Tanto que, quando a glutaminase é bloqueada, ocorre a redução de citocinas inflamatórias [redução da inflamação]”, explicou.

A íntegra do webinário pode ser acessada em: https://covid19.fapesp.br/o-que-covid-19-tem-a-ver-com-o-cerebro/550.

 

 

Maria Fernanda Ziegler

Agência FAPESP 

https://agencia.fapesp.br/novos-estudos-ajudam-a-entender-o-impacto-do-novo-coronavirus-no-cerebro-humano/36360/

 

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