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domingo, 18 de julho de 2021

ENTENDA SEU PET: BALANCE MOSTRA DIFERENTES TIPOS DE COMPORTAMENTO DOS CÃES

Estar atento aos sinais dos pets melhora a relação e a convivência com os tutores

 

Cães se expressam de diversas formas e, assim como os humanos, possuem um jeito próprio de se comunicar. É muito importante entender alguns aspectos do comportamento canino para conseguir estreitar os laços com esses animais e, também, identificar características como medo, ansiedade, amabilidade, confiança, entre outros. Por isso, especialistas de Balance reuniram uma série de informações relacionadas aos padrões comportamentais desses pets. Confira:

 

  • Hora da alimentação: Muitos cachorros são comilões e adoram o momento das refeições, além de não desperdiçarem um bom petisco ao longo do dia. Porém, alguns bichinhos são mais seletivos com o que comem e não são tão fáceis de agradar. Alguns cães tendem a comer rapidamente, assim que o alimento é servido e costumam pedir comida aos tutores. Já outros animais, mais mansos, não comem com pressa e não têm o hábito de pedir comida além do que já foi oferecido.

 

  • Socialização: Aprender a conviver com outros animais, sejam eles cachorros ou de outras espécies e com humanos é muito importante para que o processo de socialização do cão tenha êxito. Dessa forma, os pets se tornam mais amigáveis, menos medrosos e a tendência é que não desenvolvam temperamento agressivo e territorialista. Um bom jeito de educar o cachorrinho é passear com ele e deixar que interaja com pessoas e outros animais, tomando sempre cuidado para que essa aproximação seja segura e não termine em briga. Para isso, a sugestão é que a interação inicial entre dois cães seja sempre cabeça-rabo, afinal, é assim que eles se conhecem.
  • Linguagem corporal: O movimento das orelhas e do rabo pode nos dizer como os cães estão se sentindo. Quando eles projetam as orelhas para cima, geralmente estão prestando atenção em algo ou estão em estado de alerta. Já o movimento dos rabos pode indicar que estão animados, com medo ou preparados para atacar quando se sentem em perigo. Cabe ao tutor atentar-se para perceber a origem do comportamento nessas situações.
  • Latidos: Na maioria das vezes, essa é a principal forma de expressão dos cachorros. Mesmo aqueles mais silenciosos, em determinados momentos, latem por algo, como aviso de perigo, fome ou simplesmente para cumprimentar ou chamar atenção de seus tutores. Dependendo da situação, os latidos podem demonstrar territorialidade ou um aviso de que o cão está prestes a atacar.

  • Brincadeiras: Tanto os cachorros ativos quanto os mais tranquilos adoram brincar. O ideal é estimular os pets de acordo com o temperamento e personalidade de cada. Brinquedos como bolinhas, cordas e mordedores agradam a maioria dos pets e ajudam na concentração, no entretenimento e nas atividades físicas diárias. É recomendado checar os materiais utilizados na confecção dos brinquedos e deixá-los brincar sempre com a supervisão de algum adulto, para que não haja perigo de engolir e causar algum transtorno ou obstrução intestinal no animal. Uma ótima opção são os brinquedos para o enriquecimento ambiental, que criam uma interação entre a alimentação e a brincadeira, mantendo os pets entretidos por mais tempo.

 

  

BRF


Aves que dispersam mais tipos de sementes têm maior chance evolutiva

 Estudo realizado na Universidade de São Paulo e publicado na revista Science correlaciona aves e plantas em redes de dispersão de sementes (sanhaço-cinzento; foto: Rodrigo Gusmão)

 

Mais de 70% das espécies vegetais que produzem flores dependem de aves para dispersar suas sementes. Como as aves consomem frutos de diferentes espécies vegetais, a interação ave-planta configura uma série de redes complexas.

Um estudo, conduzido no Instituto de Biociências da Universidade de São Paulo (IB-USP), mostrou que a estabilidade evolutiva de cada espécie de ave depende da posição que ela ocupa na rede, sendo tanto maior quanto maior o número e mais centrais são as interações que estabelece com potenciais espécies de plantas parceiras – isto é, quanto mais conexões mantenha com diferentes partes da rede como um todo.

Os resultados da pesquisa, que contou com apoio da FAPESP, foram divulgados na revista Science.

“As espécies de aves que ocupam posições mais centrais na rede, isto é, que se conectam mais, tendem a ser mais estáveis em termos macroevolutivos”, diz à Agência FAPESP Gustavo Burin, primeiro autor do artigo.

O pesquisador conta que estabelecer essa correlação entre as interações das espécies e sua dinâmica evolutiva constituiu um enorme desafio, porque foi necessário cotejar dois processos que ocorrem em escalas de tempo completamente diferentes. A dispersão de sementes se dá na escala do ano, enquanto a evolução acontece na de milhões de anos.

“Trabalhamos durante quatro anos no tema, integrando dados de 468 espécies de aves pertencentes a 29 redes de dispersão de sementes. E demonstramos que, quanto mais vínculos a espécie de ave estabelece com espécies de plantas, maior sua chance evolutiva. Ou, dito talvez de forma mais precisa: quanto maior a estabilidade evolutiva de uma espécie de ave, mais chance nós temos de observar sua importância relativa dentro de uma rede de dispersão de sementes – importância que é avaliada pelo número e padrão de interações que a espécie estabelece”, afirma Burin.

“As espécies que ocupam posições centrais na rede atendem a uma de duas características: ou são mais longevas, com maior tempo de existência no planeta, ou são aquelas que pertencem a grupos que acumularam muitas espécies em intervalo de tempo relativamente curto, de modo que se uma espécie desaparece outras muito parecidas a substituem”, complementa o pesquisador.

Entre as aves nativas no território brasileiro, dois exemplos de espécies longevas são o sabiá-laranjeira ( Turdus rufiventris) e o sanhaço-cinzento ( Thraupis sayaca).

“Estamos aqui enfatizando a importância das interações com as plantas para o sucesso evolutivo da espécie de ave. Mas a recíproca também pode ser verdadeira. Plantas que podem contar com mais espécies de aves para disseminar suas sementes têm maior chance de se propagar e sobreviver. Quando existe um animal vertebrado dispersor, a semente pode ser levada a dezenas de quilômetros de distância da sua posição de origem”, ressalta Burin.

Esse mecanismo é mais intenso e efetivo em regiões quentes, úmidas e menos sujeitas a variações sazonais. Não é por acaso que a Amazônia colombiana e o sudeste asiático abrigam os principais santuários de biodiversidade do planeta, tanto animal quanto vegetal.

A pesquisa combinou dados ecológicos, modelagem matemática e computacional e ferramentas analíticas derivadas do estudo de redes complexas. E, além de Burin, teve a participação de Paulo Guimarães Jr e Tiago Quental.

Recebeu financiamento da FAPESP por meio de cinco projetos (2014/03621-92018/04821-22018/14809-02012/04072-3 e 2018/05462-6).

O artigo Macroevolutionary stability predicts interaction patterns of species in seed dispersal networks pode ser acessado em: https://science.sciencemag.org/content/372/6543/733. E um comentário, também publicado com destaque pela revista Science, pode ser lido em: https://science.sciencemag.org/content/372/6543/682.

 

 

José Tadeu Arantes

Agência FAPESP 

https://agencia.fapesp.br/aves-que-dispersam-mais-tipos-de-sementes-tem-maior-chance-evolutiva/36344/

 

Avião Solidário da LATAM transporta exemplar do maior felino das Américas para ajudar a conservar espécie

A onça batizada de Sheilla, uma variação melânica (de diferente coloração) da onça-pintada (Panthera onca) embarcou com a LATAM Cargo em Marabá (PA) rumo a São Paulo (SP)

 

Programa faz parte da atuação social da companhia em situações emergenciais envolvendo saúde, preservação ambiental e desastres naturais

 

Em mais um exemplo de compartilhar o valor de encurtar distâncias por meio do serviço aéreo em prol das comunidades onde atua, a  LATAM concluiu, na noite de ontem (15/7), o traslado de uma fêmea de onça-pintada (Panthera onca) de Marabá (PA) para o aeroporto de Congonhas, em São Paulo (SP). Proveniente do Parque Zoobotânico Vale, em Parauapebas (PA), a onça batizada de Sheilla é uma variação melânica (de diferente coloração) da onça-pintada e nasceu no parque paraense. O objetivo da viagem é o pareamento com um macho da mesma espécie (batizado de Pantanal) que vive sozinho sob os cuidados do Parque Ecológico Municipal de Americana (SP).

“O pareamento, esse encontro da Sheilla, fêmea preta (variação melânica da onça-pintada) que nasceu aqui no Parque Zoobotânico Vale, com o macho, Pantanal, que hoje se encontra sozinho, no Parque Ecológico Municipal de Americana faz parte de um conjunto de ações feitas pelos zoológicos de extrema importância, em que essas instituições se unem para manter indivíduos da mesma espécie, para formação de casais, e assim, contribuir para a reprodução e conservação de espécies ameaçadas, como a onça pintada, símbolo da fauna brasileira, e que hoje se encontra em extinção”, explica Tarcísio Rodrigues, biólogo do Parque Zoobotânico Vale.

 

A operação faz parte do Programa Avião Solidário, no qual a LATAM auxilia de forma gratuita o transporte de pessoas, animais e carga em situações emergenciais envolvendo saúde, preservação ambiental e desastres naturais. Em 10 anos de história, o programa já ajudou mais de 4.500 animais em risco, fazendo da LATAM e sua unidade de cargas, a LATAM Cargo, uma referência nesse tipo de atuação. Conheça aqui outros casos de transporte de animais pelo programa Avião Solidário. 

 

A onça-pintada (Panthera onca), que é o maior felino das Américas e está sob ameaça de extinção em diversos países, vive no Brasil situações de vulnerabilidade de acordo com a região em que habita. 

 

Há poucos dias, o parque ecológico em Americana tomou conhecimento da nossa expertise nesse tipo de transporte e que o realizamos gratuitamente, em prol da preservação ambiental. Em pouco tempo, elaboramos o planejamento logístico necessário e colocamos em ação mais um transporte aéreo solidário. Temos muito orgulho de fazer parte dessa história”, afirma Otávio Meneguette, diretor da LATAM Cargo no Brasil.

 

Para este tipo de transporte, a LATAM Cargo, líder do transporte aéreo de cargas no Brasil, utiliza toda a sua experiência logística e a malha aérea da própria LATAM Brasil. O animal é transportado com todo cuidado e segurança, acomodado em parte do porão de cargas da aeronave exclusivamente reservada para a operação. O objetivo é assegurar ao animal o máximo conforto possível e reduzir o seu estresse durante a viagem.

 


 

 

LATAM Airlines Group

www.latamairlinesgroup.net

 

 

Crédito: Mylena Lira
Código de Trânsito Brasileiro lista ações que não podem ser realizadas com animais no veículo e que muitas vezes são desconhecidas pelos condutores

 

Você sabia que dirigir com seu animal de estimação entre seus braços ou pernas é uma infração de trânsito? Muita gente não sabe, mas uma prática comum nos passeios com os pets pode, além de colocar em risco os bichinhos e condutores, gerar uma multa para o motorista. 

O Departamento Estadual de Trânsito de São Paulo (Detran.SP) reuniu dicas e orientações para que as viagens com os animais de estimação sejam realizadas de uma maneira segura e tranquila, e com objetivo de não receber a tão indesejada notificação de infração de trânsito em casa.

 

“É importante frisar que muito além da infração de trânsito, os condutores devem ter ciência de que um transporte inadequado de seus pets pode distraí-los, gerar um acidente de trânsito e envolver outros condutores, pedestres e os próprios passageiros que estão nos veículos”, ressalta Neto Mascellani, diretor-presidente do Detran.SP.

 

O Código de Trânsito Brasileiro (CTB) cita as ações que não podem ser praticadas durante o transporte de animais e que, consequentemente, geram multas.

 

O hábito de levar os animais à esquerda do motorista (perto do vidro, no colo) ou entre seus braços ou pernas é uma infração média, com quatro pontos na habilitação e multa no valor de R$ 130,16 segundo o artigo 252 do CTB.

 

O transporte de animais também não pode ser feito na parte externa do veículo (no teto ou no capô, por exemplo) como estabelece o artigo 235 do CTB. Trata-se de uma infração grave e o motorista autuado recebe cinco pontos na habilitação e multa no valor de R$ 195,23.

 

E válido destacar que deixar o pet com a cabeça para fora da janela também é infração, pois ela é considerada parte externa do veículo, de acordo com o Manual Brasileiro de Fiscalização de Trânsito. Além disso, os animais podem ser atingidos por galhos de árvores ou até mesmo por outros veículos durante o trajeto, como explica a médica veterinária Juliana Damiani: “nunca mantenha o animal com a cabeça para fora, pois além do risco de acidentes, o vento pode trazer ciscos e fragmentos e provocar problemas oculares nos pets”.  

Crédito: Arquivo Pessoal

Pet seguro 

A veterinária também dá dicas para que as viagens sejam mais agradáveis aos bichinhos. Para isso, há diversos acessórios no mercado que visam reduzir os riscos e limitar o deslocamento do animal (embora não haja obrigatoriedade de seu uso na legislação de trânsito)

 

“É muito importante que o motorista verifique com o veterinário qual é o melhor equipamento, de acordo com porte do animal. No caso dos automóveis, o correto é estar sempre bem preso no banco de trás, em uma caixinha ou cesto”, completa Juliana.

 

Para os animais de pequeno e médio porte, principalmente os gatos, a caixa de transporte é a mais indicada. Há também a cadeirinha para pet que é presa ao banco do veículo e possibilita que o animal viaje com mais liberdade.

 

Para os pets maiores, há o cinto de segurança especial e a grade de segurança, que é colocada entre os bancos traseiro e dianteiro, impedindo o animal de interagir e distrair o motorista.


“Muitos animais sentem enjoos em viagens. Dessa forma, evite alimentação pelo menos três horas antes e caso seja necessário, peça ao seu veterinário uma medicação específica para que seu pet não sofra e associe viagens a algo ruim. Se a viagem for mais longa, programe paradas para que seu pet possa fazer suas necessidades. Com alguns cuidados e planejamento correto, uma viagem prazerosa e segura com seu pet é garantida”, finaliza Damiani.


Como proporcionar um ar retrô à sua casa gastando pouco? Veja dicas



Estilo com ares vintage volta com tudo e funciona em todos os ambientes


A tendência vintage está com tudo na decoração dos ambientes. Dos objetos como vitrolas, louças, vasos, abajures, entre outros, ao mobiliário de pés palito e madeira rústica, os elementos originalmente de época ou novos, mas com estilo antigo, são cada vez mais cobiçados. 

Todo esse frisson em torno das peças vintage aumentou a oferta de itens dos mais variados, incluindo os originais de época. 

“Temos uma grande rotatividade de peças usadas originalmente retrô. Nós compramos e vendemos móveis e objetos usados, então é bastante comum recebermos móveis antigos em excelente estado de conservação, bem como objetos de decoração. Esses são alguns dos itens mais procurados do nosso estoque, sem dúvida”, pontua Marina Zaiantchick, CMO da TAG2U, empresa paulistana especializada em decoração sustentável através da compra e venda de produtos usados.


Economia com estilo

Se engana quem pensa que precisa necessariamente pagar pequenas fortunas por esses itens. Marina conta que é possível garimpar verdadeiras pérolas por preços bastante atraentes. 

“No nosso showroom e também no nosso site, é possível encontrar de tudo um pouco. Não é raro o nosso cliente se deparar com móveis originais, de madeira maciça e com um design único, por preços bem mais em conta do que os de móveis novos.”


Garimpo consciente

Além da questão econômica, optar pelos móveis e objetos usados é também uma escolha sustentável e consciente. Anualmente, segundo o Instituto Akatu, são geradas 79 milhões de toneladas de resíduos no Brasil. Esse montante inclui móveis que são descartados inadequadamente e, muitas vezes, em bom estado de conservação. 

“O melhor móvel é aquele que já existe, que já foi fabricado, e que está em boas condições para continuar a ser útil. Quando se opta pelo móvel usado, evita-se o descarte inadequado, prolongando a vida de uma peça de qualidade, das que não se encontra mais facilmente por aí”, pontua Marina. 


Decoração diferenciada e exclusiva

É inegável que os móveis mais antigos trazem um ar de exclusividade à decoração. Como são “garimpados”, ou seja, não são comprados em lojas que fabricam móveis iguais, imprimem ao ambiente um diferencial de exclusividade.  

“Nosso acervo sempre recebe móveis vintage, de época, itens que têm alta procura e uma boa saída. São cadeiras, cômodas, mesas, aparadores, enfim, toda uma variedade de peças que levam para a casa do cliente beleza e história”, finaliza a especialista. 

 


TAG2U

https://www.tag2u.com.br/

https://www.instagram.com/tag2uloja/

 

Pratos na parede: decoração que remete à memória afetiva de casa de avó ganha ares modernos e sofisticados

Apaixonada pela história e a delicadeza das peças para decoração de paredes, arquiteta Marina Carvalho aborda a tradição, dá dicas e inspira com seus projetos


No espaço da bancada que foi reservada para as refeições do dia a dia dos moradores, a arquiteta Marina Carvalho apostou na sutileza dos pratos decorados para compor a parede que foi revestida com a leveza dos formatos hexagonais |Fotos: Evelyn Müller


Além da ser um item essencial para as refeições, a versatilidade da decoração de interiores explora uma outra função muito interessante para os pratos: protagonizar a composição de paredes, trazendo charme, graça e o afeto que imediatamente nos remete às lembranças de uma casa de avó. E essa tradição das louças, que se mantém mais viva que nunca, não está conectada somente ao universo da cozinha. Pelo contrário! O carinho e a beleza da composição das peças pode estar presente em vários ambientes das residências.

Mas eis que as dúvidas são guiadas por dois pontos principais: como escolher e em quais paredes apostar no uso dos pratos no décor? Entusiasta do uso do elemento, a arquiteta Marina Carvalho, à frente do escritório que leva seu nome, explica como gosta de aplicar a louça nos seus projetos de arquitetura e interiores. “Sempre digo que podemos trilhar por duas vertentes. A primeira delas é criar essa atmosfera de uma casa que nos conecta às memórias de nossas vidas e ao aconchego. Mas com a multifuncionalidade dos pratos, podemos seguir por uma linha mais moderna, sofisticada e ao mesmo tempo clean. Considero também uma boa alternativa para substituir os quadros”, comenta a profissional.

A arquiteta ainda ressalta que hoje em dia é possível comprar o prato que mais combina com o estilo decorativo do projeto – seja em lojas do ramo ou pela internet –, ressignificar peças herdadas de família ou mesmo, o próprio morador, realizar o desenho na louça seguindo o caminho do ‘faça você mesmo’.


Leveza e ares de uma casa gostosa de se viver: à esquerda, no aparador da sala de jantar, o p&b dos pratos ressalta o floral e o mood ilustrativo. Já no espaço da parede que estaria vazio, ao lado da porta, a composição retrô com versões redondas e quadradas, nos conectam à atemporalidade da louça portuguesa com suas as estampas florais e azuis |Fotos: Evelyn Müller

 

Selecionando os pratos

Para a escolha, é importante pensar na composição que será elaborada, considerando a perspectiva de misturar referências diferentes de tamanhos, formatos e desenhos, que vai depender do gosto pessoal de cada um. Nesse processo de definição, pode-se levar em conta a predileção por frases marcantes, paisagens, gravuras e traços ligadas à uma cultura. A arquiteta Marina Carvalho revela que, nesse processo, vale visitar as lojas ou conferir o e-commerce dos estabelecimentos para selecionar as peças e produzir essa combinação. “Para não errar, o legal é eleger uma referência visual, que pode ser de cor ou formato, para guiar esse processo. Em um contexto de coleção, o décor da parede com pratos deve transmitir uma harmonia visual muito aprazível”, ensina Marina 

 

Composição

A disposição dos pratos na parede também vai depender da criatividade do morador e do profissional de arquitetura, mas algumas referências cooperam para que a organização – simétrica ou assimétrica – revele um olhar que transmita o belo. O primeiro passo é definir a parede e analisar se as peças farão sentido ao estarem fixadas naquele local. “Na decoração, sempre precisamos avaliar se fará sentido que o item fará sentido quando posicionado naquele lugar”, explica a arquiteta.

Passando para a parte prática, a simulação, tendo em vista as metragens de altura e largura, auxilia para demarcar com exatidão o ponto de instalação de cada prato. Para tanto, Marina sugere o exercício de montar o layout em outra superfície – do chão ou em uma mesa grande –, para a sinergia de combinações alcançar o resultado que agrade o morador. “A partir disso, minha dica é tirar uma foto que ajudará a não esquecer e nortear o processo”, aconselha.

Outro jeito de efetuar o arranjo da montagem é traçar o contorno dos pratos, com um lápis ou caneta, em um papel pardo. Após projetar a forma de cada um, basta recortar e colar na parede para visualizar a disposição, possibilitando uma ideia real de como ficarão. Marina ainda ressalta que o ideal é não deixar um prato muito distante do outro, uma vez que o sentido é evocar a união como um único elemento, chamando a atenção como um todo. Se a parede não tiver nenhum móvel encostado, o recomendado é deixar as louças a 1,70m de altura (entre o ponto mais alto da produção até o piso).

 

Confira 6 dicas para deixar o interior da casa mais aconchegante no inverno



A arquiteta e designer de interiores Caroline Sautchuk indica maneiras de trazer conforto e aconchego ao lar nesta época do ano 

 

 

As temperaturas começam a cair e a vontade de ficar mais tempo em casa só aumenta. Além disso, a preocupação com o coronavírus ainda faz parte da nossa rotina. Portanto, a chegada do outono-inverno é um convite para a gente se fechar um pouquinho no nosso canto e curtir, mais do que nunca, o aconchego do lar. A arquiteta e designer de interiores Caroline Sautchuk reúne oito dicas para deixar seu lar quentinho e harmonioso. Inspire-se!


 

1. Espalhe mantas pela casa

Uma boa forma de aquecer a casa é usar mais tecidos em todos os cômodos. “As mantas remetem ao descanso e combinam muito bem com a estação. Elas são versáteis e podem ser usadas em vários lugares: no sofá, na cama, sobre as poltronas e até na varanda”, explica.

 

As mantas servem para aquecer, mas também cumprem uma excelente função: elas acrescentam vida e cor à decoração. “É possível usar modelos estampados ou coloridos sobre um sofá neutro. No quarto, você pode apostar em uma manta de cor complementar à da colcha da cama. Assim, você vai ter um ambiente ainda mais convidativo e harmonioso.”


 

2. Use e abuse dos tapetes

Tapetes também são um coringa para reforçar a sensação de acolhimento. Se sua casa for de piso frio, como pedra ou porcelanato, eles são essenciais. E vale usar em todos os ambientes do lar.

 

“Se você gosta de tapete felpudo, daqueles que te convidam a relaxar, a hora de utilizá-lo é agora. Para quem tem alergia à poeira, existem modelos de nylon, que são antialérgicos. Existem também aqueles próprios para áreas externas, e também as versões antiderrapantes para áreas molhadas, como o banheiro. Na cozinha, escolha os de fibra sintética, que não criam umidade e são fáceis de limpar em caso de gorduras."


 

3. Almofada nunca é demais

Em dias mais frios, que tal aumentar o número de almofadas? Quando o assunto é decoração, elas merecem o protagonismo, pois complementam o espaço e proporcionam aconchego.

 

“Espalhe as almofadas em cadeiras, poltronas, sofás, camas e até no chão. Combine o tecido e a estampa com as mantas e tapetes, ou faça um arranjo bem diferente. Uma tendência atual é o mix de texturas, onde você pode explorar diversos tecidos e padrões em uma única combinação. Assim, você deixa o espaço mais divertido e moderno, sem perder o seu toque pessoal”, afirma a designer de interiores. 


 

4. Aposte no poder da iluminação

A escolha da iluminação adequada pode deixar sua casa muito mais convidativa. Existem as lâmpadas dos tipos branco frio, branco neutro e branco quente. É essa última que você deve priorizar nessa temporada de clima ameno, já que ela apresenta um tom amarelado que combina melhor com as estações frias.

 

“Cuidado apenas para não exagerar. Essa cor de luz é relacionada ao relaxamento e não é indicada para ambientes de serviço, onde as pessoas precisam de atenção, como escritório e cozinha. Prefira aplicá-la nos quartos e nas salas de estar e jantar”, orienta Caroline. O segredo é apostar em elementos como luminárias de piso, arandelas, abajures e até mesmo aquelas luzes de natal, em forma de pisca-pisca, para criar um clima mais intimista.


 

5. Invista em cores quentes e tons terrosos

As cores, em sua maioria, são classificadas em quentes e frias. Para o outono-inverno, os tons quentes são os mais apropriados porque “aquecem” o interior do lar.

 

“Em vez de cores mais vibrantes, invista em uma paleta de cores com tonalidades terrosas, como o marrom, caramelo, cobre, vermelho, areia e vinho. A dica é aproveitar essas cores para usá-las em almofadas, capas de sofá, mantas, tapetes e cortinas”, orienta.


 

6. Dê preferência às texturas e materiais acolhedores

Na hora de comprar móveis e artigos de decoração, escolha bem o modelo das peças. Para o inverno, algumas texturas e materiais ganham destaque.

 

“Madeira é sempre uma boa pedida. Ao mesmo tempo que é elegante, o material transmite as sensações de aquecer e abraçar. Seja na escolha da mobília ou mesmo nos revestimentos no piso ou paredes, o resultado fica interessante”, ressalta.

 

Dá para investir em uma nova poltrona para a sala, pufes para os quartos, cadeira de balanço para a varanda, sempre prezando por estofados fofos e materiais com toque macio, como o veludo, pelo ou couro. “Além de aproveitar o friozinho para relaxar em todos os cantos da casa, sua decoração vai ficar muito mais convidativa”, aponta a profissional.

 

Por fim, é importante considerar o olhar de um bom profissional de arquitetura ou design de interiores. “O conhecimento especializado é essencial para que cada escolha esteja alinhada com o estilo de vida da família. Afinal, deixar sua casa aconchegante nada mais é do que projetar a sua personalidade nos ambientes. Apenas em um ambiente com o qual nos identificamos, nós conseguimos ficar realmente relaxados”, completa.

 

Desenho universal: conheça o conceito que democratiza os espaços para o acesso de todas as pessoas

Arquiteta Isabella Nalon explica como é possível aplicá-lo nas residências para que todos sejam beneficiados pelo conforto e segurança

Portas amplas marcam presença em projetos onde o desenho universal está presente. Com elas, o acesso de qualquer pessoa aos cômodos torna-se mais fácil e confortável | Foto: Julia Herman

 

Aplicado em projetos de produtos, serviços e ambientes, na arquitetura de interiores desenho universal permite independência na vida dos habitantes. Isso significa que a edificação não precisa de adaptações ou modificações posteriores para que todos os moradores possam viver com conforto e de acordo com suas características. E no que se aplica esse desenho que abrange a todos?

Em muitos casos, simples ações como apertar um botão, vencer um desnível ou abrir uma maçaneta é contemplada por esse conceito, resolvendo problemas de forma muito eficaz. Originário dos Estados Unidos, o propósito é desenvolver produtos e ambientes para serem utilizados, principalmente, por deficientes, idosos, grávidas e mães que utilizam carrinho de bebê, pessoas obesas, crianças ou pessoas com dificuldade na mobilidade.

“Trata-se de uma ideia macro de que qualquer ambiente ou produto pode ser usado, alcançado e manipulado, independente das características e habilidades do usuário, garantindo assim autonomia e segurança para todos, em todas as fases da vida e respeitando as adversidades de cada um”, explica a arquiteta Isabella Nalon, à frente do escritório que leva o seu nome. Na arquitetura, esse conceito é muito aplicado em estabelecimentos como restaurantes, lojas, bancos e espaços públicos como ruas, metrôs e parques, entre outros lugares.

Escadas com corrimãos propiciam mais segurança não só para pessoas com mobilidade reduzida, mas para qualquer um precise ou que venha precisar de apoio| Foto: Julia Herman

 

Princípios Básicos

O desenho universal é pautado em sete princípios básicos: Igualitário, que possa ser usufruído por pessoas com diferentes capacidades; Adaptável, para atender pessoas com diversas habilidades e preferências; Óbvio, que seja de fácil entendimento e compreensão ao ser humano; Conhecido, para que a informação seja transmitida de forma clara e atendendo as necessidades de um receptor, seja ela estrangeira e com um outro idioma, com dificuldade de visão ou audição; Seguro, para minimizar os riscos e possíveis consequências de ações acidentais ou não intencionais; Sem esforço para um uso eficientemente, com conforto e o mínimo de fadiga; e por fim, Abrangente, estabelecendo dimensões e espaços apropriados para o acesso, alcance, manipulação e o emprego, independentemente do tamanho do corpo, postura ou mobilidade do usuário. “Estes conceitos são essenciais para a configuração do desenho universal, facilitando assim o dia a dia das pessoas”, reflete Isabella.

Nos banheiros, o mais indicado é instalar torneiras de fácil manuseio para que todos os indivíduos possam lavar as mãos sem precisar de ajuda | Foto: Julia Herman

 

Desenho universal nas residências

Assim como nos estabelecimentos e espaços públicos, o desenho universal pode estar presente nas residências, deixando os imóveis mais acessíveis para todos com vistas a proporcionar mais qualidade de vida e independência para as pessoas. Incluídos em ambientes do cotidiano, criam-se ferramentas que possibilitam o exercício de sua individualidade e autonomia. Assim, para que uma casa ou apartamento estejam inseridos nesse contexto, é preciso pensar em soluções seguras, porém simples, para moradores e visitantes.

Entre os pontos listados pela profissional, pisos antiaderentes, portas com 80cm de largura ou mais e ambientes de fácil circulação, por exemplo, são muito bem-vindos. “Temos uma lista de ajustes que podem ser trabalhados para que o lar esteja o mais acessível a todos. Janelas com peitoril a partir de 60cm permitem o acesso a um usuário de cadeira de roda ou que uma criança possa admirar, com a devida proteção e cautela, a paisagem”, relaciona. A instalação de tomadas a partir de 40cm de altura em relação ao piso, bem como torneiras com sensor ou com sistema tipo alavanca, e a substituição de degraus por rampas ou o nivelamento no mesmo piso são outros cuidados que contribuem para o desenho universal.

Ainda segundo Isabella, mesmo que a casa não tenha, em princípio, moradores com mobilidade reduzida no círculo familiar ou de amizades, é sempre recomendado considerar essas questões, haja vista que nunca se sabe quando a demanda poderá ocorrer. Assim, ambientes com dimensões mínimas de 1,20 x 1,50 m admitem a rotação de uma cadeira de rodas, uma escada com corrimão duplo e largura para a passagem de duas pessoas e maçanetas de fácil manipulação são outros acertos em projeto.

 

Funcionalidade

Com o desenho universal é possível abranger um maior número de pessoas, promovendo a diversidade e transformando os espaços em lugares mais inclusivos para a população. Com esse artifício, aumenta-se a usabilidade dos produtos, sem a prerrogativa de custos elevados. Soluções como essas atendem diferentes demandas e fases, evitando também que essas alterações sejam feitas a longo prazo.

Nesse contexto, é importante respeitar as diferenças existentes entre os perfis e investir em soluções e ideias que beneficiem pessoas com diferentes habilidades. “Imagine viver numa cidade onde os espaços públicos disponham de portas com largura suficiente para passar uma cadeira de rodas, vias públicas com calçadas em boas condições e piso adequado, rampas de acesso para atravessar nas faixas de pedestres, semáforos sonoros para os cidadãos com deficiência visual, telefones públicos para surdos e portadores de necessidades especiais. Seria perfeito se tudo fosse mais democrático”, relativiza a arquiteta.

Cômodos espaçosos facilitam a mobilidade dos moradores e visitantes, deixando todos confortáveis para desfrutarem os espaços | Foto: Julia Herman

 

Benefícios

O desenho universal oportuniza diversos benefícios para as pessoas, dando a elas mais qualidade de vida. Além disso, leva diversidade aos espaços, já que cada um apresenta habilidades e necessidades diferentes em relação ao outro, criando assim ambientes abrangentes e acessíveis. “A inclusão não se trata apenas de produzir espaços acessíveis para pessoas com deficiência, mas sim de inseri-las em ambientes do dia a dia por meio de ferramentas que possibilitem o exercício de sua individualidade e autonomia”, finaliza Isabella.

 

 

Isabella Nalon – arquiteta, com uma carreira sólida e experiência proveniente de mais de 20 anos de trabalho, Isabella Nalon percorreu uma trajetória de muitos estudos e pesquisas na área de Decoração e Arquitetura. Sua experiência atuando como arquiteta na Prefeitura da cidade de Münster, na Alemanha (1997), ajudou a criar uma visão plural e ampla de diferentes culturas e públicos, o que se tornou um diferencial em seu percurso profissional. Em 1998, inaugurou seu escritório em São Paulo e se especializou em projetos arquitetônicos residenciais, comerciais e de decoração de interiores. Frequentemente, tem projetos reconhecidos e publicados por renomados portais e revistas de arquitetura e decoração, consolidando o escritório na lista dos mais importantes da capital paulista.

 

Instagram: @isabellanalon

Site: www.isabellanalon.com

Linkedin: Isabella Nalon


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