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terça-feira, 13 de julho de 2021

O Líder precisa aprender a delegar

Hoje vamos refletir sobre uma das dificuldades que muito líderes enfrentam: delegar. E, falando em dividir os fardos, lembrei-me de uma boa história:

Moisés foi chamado para uma grande missão: libertar o povo da escravidão e do senhorio cruel de Faraó no Egito e guiar uma multidão atravessando o Mar Vermelho e enfrentando todos os tipos de dificuldades no deserto.

Todavia, chegou um momento em que ele não conseguia mais dar conta de todas as atividades no deserto, por isso, precisou delegar partes de suas responsabilidades a outros homens de confiança. Tal atitude foi fundamental naquele contexto e colocou muita coisa em ordem para que pudessem vencer os 40 anos que passaram no deserto.

Mas a pergunta que não quer calar: Você sabe qual o significado de delegar?

A definição do verbo delegar é atribuir poder a alguém para que esta pessoa o(a) represente. Trata-se em conceder poderes ou obrigações a outra pessoa.

Delegar faz parte do processo da atividade de qualquer gestão, mas pode se tornar um ato complexo caso não haja respeito, ética, planejamento e monitoramento da tarefa que será delegada ao outro, ou seja, a ação de delegar também está atrelada ao resultado final de quem executa a atividade proposta.

Sendo assim, há uma enorme diferença entre mandar (e obedecer quem tiver juízo) e delegar (transmitir poderes e obrigações ao outro). Para o líder delegar, não basta simplesmente mandar: “Estou ocupado, faça isso para mim”, pois esta atitude mais se assemelha a despachar tarefas e, consequentemente, a probabilidade desta ação não ter sucesso é altíssima.

Desenvolver o ato de delegar não é algo que ajuda somente o líder, mas é um procedimento que permitirá o desenvolvimento dos seus funcionários, da equipe e das pessoas que estão recebendo a autonomia.

Antes de delegar é de suma importância se questionar:

- Meus colaboradores serão capazes de executá-lo?

- Meus funcionários serão capazes de realizar conforme os padrões exigidos da empresa? 

Muitos líderes apresentam dificuldades em delegar, pois acreditam que podem desenvolver a atividade com mais qualidade, agilidade e empenho. Que o tempo que gastará explicando como se faz, compartilhando instruções e conhecimentos gastara mais energia do que realizar a atividade em si. Além disso, existe a questão do ego e do medo. Alguns líderes de “mente fraca” acreditam que ao delegar poderão ser substituídos caso a outra pessoa desenvolva um trabalho melhor que eles, ou pior, se sentem tão superiores que acham impossível outra pessoa realizar um trabalho melhor de que próprios.  Prepotência!

Entretanto, delegar deve fazer parte da rotina de trabalho de todo bom líder a fim de motivar e desenvolver habilidades dentro de sua equipe. Sendo assim, delegar não é somente transmitir tarefas, mas é como construir um elo encorajador entre os membros da equipe, compartilhar os seus conhecimentos com os demais, formar novos líderes e atribuir desafios como forma de aumentar a performance do time.

Veja o que diz pesquisa científica da Faculdade de São Paulo sobre delegar:

“Uma equipe se destaca efetivamente quando o líder é capaz de delegar, agindo de forma descentralizada, dividindo o trabalho entre a equipe e procurando elevar a maturidade das pessoas através do repasse da responsabilidade e autoridade.”

Conforme a citação da pesquisa sobre delegar na modernidade é fácil compreender que o conceito de delegar está muito distante de mandar. Atualmente, os líderes delegam para motivar, obter resultados evolutivos e formar novos líderes dentro da sua equipe.           


Quais benefícios em delegar as minhas tarefas?


O líder moderno é aquele que tem muitos ganhos ao delegar. A capacidade de gerenciar outras pessoas para obter o trabalho que você executava sozinho é fundamental para você se desenvolver. Para subir hierarquicamente é necessário ter conhecimento e qualificações para desenvolver o serviço e assim delega-lo.   


Qual vantagem o líder terá ao delegar?


Muito líderes pensam que se delegarem suas atribuições e todos os seus liderados ficarem com as suas tarefas, como ele se destacará, contudo veja abaixo algumas vantagens para o líder que delega:

  • Ele obterá mais tempo para se concentrar em tarefas importantes que trarão mudanças e inovação para a companhia;
  • Ele terá orgulho da sua equipe ao vê-la se destacar e desenvolver bons resultados;
  • Ele poderá contribuir mais com a empresa, gerando aumento significativo nos lucros e resultados;
  • Ele irá se destacar como líder que promove e eleva o desempenho de sua equipe.

Portanto, delegue o quanto puder, pois além de ser uma ação sensata, é consciente na medida em que todos terão reconhecimento, o líder e os seus liderados.

E aí, será que não está na hora de começar a delegar mais? Pense nisso!

 


Marcelo Simonato - Possui mais de 25 anos de experiência profissional atuando em grandes empresas nacionais e multinacionais em cargos de liderança. É Executivo, Escritor e Palestrante, sendo Especialista em Liderança e Gestão de Pessoas. Atua com treinamentos e palestras em todo território nacional. Autor das obras “Pilares do sucesso profissional” e “O líder de A a Z”. Coordenador editorial dos livros “Segredos de alto impacto”, “O poder do óbvio” e “Liderando juntos”.


É permitido punir quem quer escolher a vacina?

Recentemente, o prefeito Orlando Morando da cidade de São Bernardo do Campo durante a transmissão de uma live nas redes sociais defendeu que "pessoas que se recusam a tomar a vacina no dia serão submetidas para o fim da campanha de imunização, ou seja, depois do último adulto de 18 anos na fila".

Assim como o prefeito de São Bernardo, chefes do poder executivo de outras cidades também adotaram o mesmo procedimento.

Orlando Morando, alegou ainda que "não se vacinar é um direito seu, ninguém faz nada obrigado. Mas também é um direito nosso te colocar no fim da fila porque tem a vacina, você não vai tomar porque não quer. Escolher vacina nós não vamos permitir. Tem tanta gente esperando a vacina, ansioso, e aquele que tem o direito simplesmente fala: não vou tomar vacina, essa eu não quero. Então, se você não quer tomar vacina, é um direito seu."

Respeitosamente ouso discordar em parte do Digníssimo Prefeito.

O posicionamento do chefe do Poder Executivo da Cidade de São Bernardo do Campo de "não tomar vacina" é o direito do indivíduo é equivocado pois quando falamos de uma pandemia, em regra o interesse público se sobrepõe ao particular e assim, um indivíduo quando se recusa a se imunizar coloca a coletividade em risco. Assim, é possível impor medidas a esse infrator pela não vacinação e não pela opção de escolha da vacina.

A recusa em se vacinar é uma forma de afetar a sociedade e assim, não proteger seus pares, podendo ser punido no caso.

Decisão do Supremo Tribunal Federal - STF em dezembro de 2020 deu aval para que os governos locais estabelecer medidas para vacinação compulsória da população contra a covid-19 e que a União, os Estados, o Distrito Federal e os municípios estabelecer medidas legais pela obrigatoriedade, mas sem poderem determinar a vacinação forçada.

Assim, observa-se que não foi autorizada punição aos indivíduos quando desejam escolher a vacina a tomar.

Se negarem expressamente a se vacinar, independente da vacina, aí é possível a eventual punição.

Mas quando a pessoa não se recusa e tenta ser imunizada pela vacina de sua escolha não está se recusando, mas tentando optar por aquela que mais confia.
A opção não é equiparada a recusa, e não pode ser objeto de punição.

Assim, a punição do optante da vacina ao final da fila de vacinação é equivocada e está em desacordo com a referida decisão do Supremo Tribunal Federal.

Tentar se vacinar no seu período de vacinação através da vacina de sua escolha é um direito do indivíduo, mas não uma obrigação do Poder Público.

Entendemos que se passado o prazo de sua vacinação ou prioridade, é possível o indivíduo só poder se imunizar após os demais em seus respectivos momentos.
Enfim, se vacinar é uma obrigação e optar pelo tipo da vacina é um direito de opção, não de exigência do indivíduo frente ao órgão público, bem como, se ultrapassado o lapso temporal de vacinação daquela faixa etária ou prioridade, aí sim poderá o indivíduo ser deslocado para o final da fila de vacinação.
 

 

  

Marcelo Válio - graduado em 2001 PUC/SP, Marcelo Válio é especialista em direito constitucional pela ESDC, especialista em direito público pela EPD/SP, mestre em direito do trabalho pela PUC/SP, doutor em filosofia do direito pela UBA (Argentina), doutor em direito pela FADISP, pós doutor em direito pelo Universidade de Messina (Itália) e pós doutorando em direito pela Universidade de Salamanca (Espanha), e é referência nacional na área do direito dos vulneráveis (pessoas com deficiência, autistas, síndrome de down, doenças raras, burnout, idosos e doentes).  

 

Você sabia que o estresse financeiro pode atrapalhar a produtividade dos colaboradores?

Especialista explica como investir no bem-estar financeiro para ter uma equipe mais feliz e engajada


Com a pandemia muitos profissionais sofreram impactos nas finanças pessoais, e junto do cenário de incerteza, o estresse financeiro passou a fazer parte da realidade de muitos orçamentos domésticos. Por isso, a especialista em bem-estar financeiro, Rebeca Toyama chama a atenção para um tema que não é muito discutido e mostra que o estresse financeiro pode atrapalhar a produtividade e a saúde mental, além de impactar na qualidade de vida de todos os profissionais.

Um estudo da ‘The Employer’s Guide to Financial Wellbeing 2019-2020’ publicado em outubro de 2020 no Reino Unido, mostra que 36% dos trabalhadores têm preocupações financeiras, e que pessoas com a vida financeira desorganizada têm 4,1 vezes mais chance de ter ataques de pânico; e 4,6 vezes mais potencial de sofrer depressão em comparação com pessoas que tem a vida financeira estabilizada, e isso impacta diretamente na produtividade no trabalho.

Já existem empresas que investem em iniciativas, ações e programas que ajudam os colaboradores a cuidarem das finanças, mas esse número ainda é baixo e geralmente está restrito às grandes empresas. Portanto, há uma certa necessidade tanto dos profissionais em conhecerem sobre o tema, como das empresas em implementarem projetos de bem-estar financeiro, a fim de trazer mais confiança, estabilidade emocional, e ainda aumentar o engajamento, produtividade e a felicidade no trabalho.


Mas por que cuidar do bem-estar financeiro dos colaboradores?

De acordo com a especialista em bem-estar financeiro, existem inúmeros benefícios para os funcionários e também para as organizações, como uma melhora do clima organizacional, uma potencialização da criatividade e a ampliação do bem-estar.

“Empresas que promovem bem-estar financeiro aos colaboradores aumentam sua produtividade e motivação, fortalecem o engajamento e a retenção de seus talentos. Além disso, colaboradores mais saudáveis financeiramente identificam a realidade da empresa e prejuízos são evitados. Esse comportamento reflete positivamente no clima organizacional”, explica Rebeca Toyama, especialista em bem-estar financeiro. 


Bem-estar financeiro, como alcançar?

O bem-estar financeiro é um estilo de vida que garante uma relação melhor com o dinheiro e está diretamente associado a hábitos de controle, poupança e consumo consciente. Mas também vale lembrar que para se alcançar o bem-estar financeiro é necessário cuidar da saúde mental e emocional, além da financeira, mantendo o controle de receitas e despesas para garantir um envelhecimento saudável.

Para Rebeca, os programas de saúde financeira são excelentes porque conseguem modificar a relação das pessoas com o dinheiro, as conectando com os impactos das crenças recebidas ao longo da vida, e assim identificando o comportamento atual em relação ao dinheiro. Além disso, conseguem trazer a percepção do quão é essencial pensar nas finanças de curto, médio e longo prazo.

“A pandemia veio como uma oportunidade de repensarmos o que realmente importa para cada um de nós. Então, acredito que esse é o momento para transformar nosso estilo de vida, colocando em evidência a importância do bem-estar no presente sem colocar em risco nossa qualidade de vida no futuro”, finaliza, Rebeca Toyama.

E para auxiliar as empresas, a especialista em bem-estar financeiro, Rebeca Toyama, preparou 3 dicas.

  1. TREINAMENTO: Inclua temas como bem-estar financeiro, saúde ou educação financeira no planejamento na programação;
  2. LIDERANÇA: Prepare os gestores para identificar e conversar sobre esse tema com sua equipe, muitas vezes estresse financeiro pode ser a origem da queda de produtividade de um colaborador;
  3. GRUPO DE APOIO TEMÁTICOS: Que permitam discutir subtemas específicos como: início da reserva financeira para trainees, como lidar com o endividamento ou consumo excessivo e preparativos para o bem-estar financeiro na aposentadoria.

 


Rebeca Toyama - fundadora da ACI que integra competências e inteligências e transforma propósitos em carreiras e negócios. Especialista em estratégia de carreira e bem-estar financeiro. Possui formações em administração, marketing e tecnologia. Especialista e mestranda em psicologia. Atua há 20 anos como coach, mentora, palestrante, empreendedora e professora. Colaboradora do livro Tratado de psicologia transpessoal: perspectivas atuais em psicologia: Volume 2; Coaching Aceleração de Resultados e Coaching para Executivos. Integra o corpo docente da pós-graduação da ALUBRAT (Associação Luso-Brasileira de Transpessoal), da Universidade Fenabrave e do Instituto Filantropia.

 

5 dicas para melhorar a qualidade do home office

Veja como ferramentas e mudanças de hábitos podem otimizar o espaço e tempo de trabalho


Desde o início da pandemia, o ambiente da rotina profissional foi mudado para o trabalho remoto e, para algumas pessoas, ele ainda pode estar longe de voltar para o escritório. De acordo com a pesquisa da FIA Employee Experience (FEEx), 90% das 213 empresas entrevistadas aderiram o home office como alternativa para a rotina de trabalho.  

Para manter a qualidade e produtividade nesse cenário da vida profissional, é imprescindível ter um espaço adequado, ferramentas de qualidade e hábitos que melhorem a organização das tarefas do dia.  

“É importante pensar no bem-estar da rotina do home office. Usar equipamentos que proporcionem uma melhor ergonomia para as tarefas diárias melhora a qualidade da produção além de otimizar o tempo de trabalho. Para professores que ainda dão aula online, por exemplo, mesas digitalizadoras aprimoram as escritas e anotações que precisam ser feitas durante as explicações da aula,” comenta Thiago Tieri, gerente de marketing da Wacom no Brasil.  

Confira, abaixo, dicas de como otimizar o home office: 


1) Arrumar o espaço de trabalho 

Estar concentrado no momento do home office é sempre ideal. Criar um ambiente de trabalho pode parecer uma dica simples, mas é essencial. De acordo com uma pesquisa feita pela empresa Robert Half em 2020, um em cada cinco brasileiros afirmam que o maior desafio do home office é lidar com as distrações causadas por outras pessoas da casa. Portanto, definir bem o ambiente conscientiza todos do momento de trabalho em que cada um se encontra, além de tornar a rotina profissional mais agradável e trazer a sensação de escritório para o novo ambiente. 


2) Ferramentas certas otimizam e potencializam a qualidade do trabalho 

Seja para fotógrafos, professores, designers, editores, artistas ou, ainda, arquitetos: ter a ferramenta certa é crucial para garantir a qualidade da produção. Uma mesa digitalizadora é imprescindível para trazer mais agilidade para os processos criativos. Enquanto a precisão para elaborar frases ou traços com o mouse pode parecer impossível, mesmo para um profissional mais experiente, com essa ferramenta aliada ao home office é possível ter acabamentos mais ricos e realistas. Para essa melhoria, a Wacom Intuos é uma ótima opção de custo-benefício, pois, é compatível com Windows, Android e Mac, tem conexões por cabo e Bluetooth, além de acompanhar licenças de softwares criativos e educacionais por tempo limitado. A mesa digitalizadora ainda mapeia a tela do computador e permite que a caneta substitua o mouse. 


3) Ergonomia e bem-estar  

Outro ponto importante é pensar na ergonomia das ferramentas que você utiliza durante o trabalho. Ter almofadas de teclado ou mouse, cadeiras confortáveis e mesas com a altura ideal colaboram para o bem-estar do profissional e beneficiam na saúde física ao longo do tempo. A caneta usada na Wacom Intuos, por exemplo, traz um uso ergonomicamente mais fácil e confortável para quem precisa ficar muitas horas em frente ao computador, além de não ter bateria ou a necessidade de recarga, proporcionando horas de uso, sem interrupções. 


4) Listar tarefas 

Mais do que ser organizado, listar as tarefas que precisam ser feitas durante o dia é importante para otimizar o tempo. Ver quais demandas precisam ser entregues no trabalho e saber separá-las das atividades pessoais faz a distribuição das horas do dia ser mais rentável. Além disso, entender quais tarefas devem entrar em cada dia da semana prepara a agenda para o surgimento de qualquer imprevisto. 


5) Entender o horário do home office 

Estabelecer um horário exclusivo para o trabalho ajuda a criar uma rotina mais eficiente, além de entender como as demandas podem ser atendidas. Não misturar tarefas pessoais com profissionais, respeitar horários de almoço e pausas e o momento de encerrar o expediente é o ideal para que o tempo dedicado ao trabalho remoto seja otimizado. 

 



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O papel da multicanalidade na melhoria da jornada de experiência com as empresas

Estamos vivendo um momento atípico por conta da pandemia e isso não é novidade para ninguém. As mudanças provocadas do ano passado até aqui foram profundas em diversos âmbitos. Entretanto, essa nova realidade forçou as empresas e as pessoas físicas a se adaptarem e desenvolverem novas formas de atendimento, para estarem mais perto umas das outras. As empresas, por sua vez, aperfeiçoaram suas formas de estar perto dos colaboradores e, principalmente, de chegar aos clientes.

Tudo isso, para evitar situações como as que foram apontadas no estudo Percepções dos Impactos da Covid-19, do Instituto Ipsos, que ouviu participantes em 28 países e constatou que o Brasil é o local onde as pessoas mais se sentem solitárias.

A situação levou a um aumento rápido no investimento em diversos canais de atendimento para os públicos externo e interno, que buscam aproximação entre empresas, consumidores e colaboradores, em uma situação jamais enfrentada antes. Uma das percepções durante a pandemia foi sobre a busca dos consumidores pela tentativa de entender e adaptar o ambiente que tinham no mundo externo para suas casas, por exemplo, e contar com a colaboração das empresas para que isto acontecesse de maneira produtiva.

Esta tentativa de adaptação influenciou também no consumo, conforme estudo do IBGE, que mostra que mais de 92% do acesso a sites, incluindo sites de compra, é feito por meio de dispositivos móveis. Ou seja, com a pandemia, o processo de digitalização de compras acelerou ainda mais. Segundo a pesquisa da EY Parthenon, 23% dos entrevistados têm a web como o principal canal de pesquisa e descoberta de produtos. A seguir vem a televisão, com 16%, seguida pelas lojas físicas e pelas mídias sociais, com 15% cada uma.

Estes números mostram uma diversidade enorme de canais de procura online. É importante ter uma pluralidade de ofertas para se aproximar do público, mas, também, fazer com que a estratégia de multicanalidade seja, de fato, eficiente. A pandemia acelerou os processos de digitalização do varejo, por exemplo, mas criou uma necessidade ainda maior de entender essa demanda e garantir uma jornada de compra eficiente do início ao fim.

A diferenciação na jornada se dá por diversos recursos, como chatbots, por exemplo, que por sua vez, precisam ser tão eficientes no atendimento quanto um canal humanizado, seja para o cliente final ou para o colaborador que busca suporte da empresa em questões do dia a dia. Uma pesquisa da MarketsandMarkets mostrou que o mercado de chatbots deverá crescer 30% ao ano até 2024. O mesmo estudo mostrou, também, que na opinião de 89% dos consumidores, um bom atendimento é ainda mais importante por conta da pandemia, especialmente os que interagem de forma mais ágil, objetiva e humana possível.

Além disso, de acordo com o Gartner, em 2021, 15% de todas as interações de serviço com o cliente serão completadas usando inteligência artificial - com adoção significativa de voz ou texto baseado em interfaces de conversação, conduzidos por IA. Portanto, por mais paradoxal que pareça, investir em IA, mas de forma mais humana possível, é o novo caminho para as empresas falarem com seus clientes e com colaboradores, caso necessário.

Fica claro que, para ter uma omnicanalidade precisa, é necessário atenção para produzir jornadas adequadas para cada natureza do canal. E que exista valor em cada atendimento, considerando o propósito da empresa e pensando em como oferecer uma experiência que supere as expectativas de cada um dos usuários, misturando, no processo, os meios digitais de forma que eles se complementem e tornem a interação ainda mais natural.

Então, investir em um ambiente de atendimento seguro e intuitivo, seja um site, um website, um ambiente de marketplace ou até uma rede social com página estruturada, é essencial. As pessoas querem sentir que estão tendo um atendimento humanizado e próximo de sua antiga realidade, mesmo que na web.

Para aperfeiçoar o ambiente de consumo digital, é importante pensar em uma solução completa, intuitiva e que seja, também, rápida, eficaz e completa em relação aos meios de pagamento. Dessa forma, além do cartão de crédito, depósito e boleto, é importante considerar outras opções de pagamento para fidelização dos clientes e amplitude dos serviços na multicanalidade. Segundo dados do Banco Central, um dos novos modelos de pagamento que está se tornando popular entre as pessoas físicas é o Pix, já que no mês de janeiro de 2021, este método ultrapassou o número de TEDs e foi o meio utilizado em quase 65% das transferências. Uma nova tendência surgiu e deve crescer ainda mais, contando com as novas funcionalidades que o Pix irá oferecer, como Pix Garantido, para o pagamento de contas parceladas e o Pix Débito Automático, para pagamentos frequentes.

Com a observação deste cenário e com a utilização de mecanismos de inteligência de negócios, é possível estabelecer uma jornada positiva aos consumidores e colaboradores ao incrementar a aproximação das empresas com as pessoas, estimulando um atendimento personalizado que gera uma cascata de benefícios. Nessa jornada de adaptação, tanto a mudança quanto a percepção do que realmente importa, num cenário de ambiente e hábitos modificados por conta da COVID-19, são essenciais para alavancar negócios e garantir que cada vez mais pessoas tenham uma percepção de normalidade, mesmo durante a pandemia.




Michael Marinho - VP of Intelligent Outsourcing da NAVA Technology for Business

 

Interrupção de negócios na pandemia gera polêmica sobre cobertura de lucros cessantes

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A paralisação amplia busca por indenização de lucros cessantes, mas diversos questionamentos têm sido feitos sobre essa legitimidade


No momento em que vivemos, seguradoras e resseguradoras têm questionado se os seguros patrimoniais que garantem lucros cessantes, também denominados seguro de interrupção de negócios (Business Interruption), poderiam ser acionados para indenizar perdas decorrentes da imprevisível paralisação de negócios para enfrentamento da Covid-19. As soluções dependem do estipulado em cada contrato e de discussões polêmicas, e diversos segurados e corretores têm dúvidas se suas apólices preveem ou não tal cobertura. 

A discussão envolve se foi ou não incluída a cobertura para lucros cessantes e quais os acionamentos (eventos) são amparados por essa cobertura. A interpretação sobre o evento causador da interrupção obrigatória foi globalmente discutida, ou seja, se uma pandemia inesperada acionaria as coberturas previstas em contratos assinados antes da configuração dessa situação. No Brasil, essa cobertura securitária é encontrada em seguros empresariais, de riscos operacionais e de riscos nomeados, sendo os acionamentos mais comuns em situações envolvendo Incêndio, Alagamento e Desmoronamento, que geram uma paralisação das operações e consequente interrupção das atividades. O seguro empresarial geralmente é contratado por empresas de menor porte, enquanto os seguros de riscos operacionais e nomeados são mais buscados por empresas de maior porte, com riscos específicos por área de atuação. Mesmo que se trate de contratos de seguros operacionais, denominados all risks, é importante verificar alguma cláusula específica tratando de riscos excluídos. 

As regras e os critérios para operação das coberturas do seguro de lucros cessantes são estabelecidos pela Circular nº 560 da Susep, de 7 de novembro de 2017. Pela circular, entende-se por seguro de lucros cessantes aquele em que o segurado contrata pelo menos uma das seguintes coberturas: perda de lucro bruto, perda de lucro líquido, perda de receita bruta ou despesas fixas. Além disso, determina que, na estruturação de seus planos de seguro, as sociedades seguradoras poderão prever coberturas adicionais, desde que os riscos cobertos estejam diretamente relacionados com o ramo de lucros cessantes. 

Nas apólices de seguros de lucros cessantes oferecidas por aqui não é incomum a exclusão de riscos relacionados a atos emanados de autoridades públicas e até para danos decorrentes de eventos como epidemias e pandemias.  

Para empresas de médio e grande porte e que demandam apólices de Riscos Nomeados ou Operacionais com maior complexidade e Limite Máximo de Garantia (LMG) contratado, o limite e as condições das seguradoras normalmente são regidos por “contratos de resseguro”. Esses contratos seguem condições aprovadas por resseguradores globais, concentrados nos Estados Unidos e Europa – especialmente Londres. Esses mercados têm como previsão algumas exclusões mínimas e básicas, tais quais: exclusão de asbestos (amianto), atos terroristas, desapropriação e risco nuclear. As exclusões consideram que o risco de asbestos, por exemplo, não é qualificável para cobertura securitária em sua raiz, considerando não apenas suas características químicas, mas as deliberações da Organização Mundial da Saúde do produto – considerando cancerígeno para os seres humanos. O risco de atos terroristas, por exemplo, tem uma premissa distinta, pois de forma padrão é excluído de contratos de resseguro, mas pode ser contratado em outro ramo ou produto, não estando atrelado a seguro patrimonial. 

Essas exclusões regem de forma padrão os contratos de resseguro no mundo e consequentemente geram exclusões nas apólices de seguro de Risco Patrimonial no Brasil.  

Esse paralelo é importante pois ao longo dos últimos 30 anos uma série de exposições foram excluídas automaticamente dos contratos de Seguro Patrimonial para evitar ambiguidade em caso de sinistro, contudo, isso vem acontecendo com a discussão envolvendo “Silent Cyber” desde 2017 e recentemente com a paralização dos negócios devido à pandemia de Covid-19.  

Silet Cyber é um termo utilizado para descrever o risco cibernético que não é expressamente coberto e nem excluído das apólices de seguro. Em 2018 os mercados de resseguro em Londres e Miami iniciaram uma reformulação em seus contratos de Seguro Patrimonial e Transporte, para evitar que reclamações de Seguro Cibernético fossem reclamadas na apólice de Seguro Patrimonial, essas discussões geraram a criação de quatro exclusões, conhecidas como “LMA5400” e “LMA5401” (para Seguro Patrimonial) e a “LMA5402” e “LMA5403” (para Seguro de Transporte). Esse movimento dos mercados internacionais tem como principal objetivo evitar painéis e discussões sobre sinistros globais envolvendo um evento novo para a sociedade, de elevado impacto ou que tem cobertura em outras apólices.  

Essa mesma previsão existe para pandemia global, com uma exclusão padrão em contratos de resseguro de Seguro Patrimonial – entre outros ramos. Contudo, existem algumas lacunas que devem ser observadas:

 

1) A pandemia de Covid-19 foi declarada pela Organização Mundial da Saúde em 11 de março de 2020, existindo uma brecha para empresas e sinistros que tinham exclusão de pandemia, mas desde que reconhecida por uma autoridade oficial; e

2)  A exclusão existente nos contratos de resseguro para pandemia é genérica e não é clara sobre a pandemia de Covid-19 e / ou não discorrem sobre uma interrupção de negócios sobre Covid-19;

 

O primeiro item remete a uma série de indenizações pagas por seguradoras envolvendo o cancelamento de eventos entre janeiro e março de 2020, antes da pandemia global ser declarada. O mercado londrino de resseguro – Lloyd’s of London – prevê indenizações superiores a £ 3,5 bilhões para sinistros de cancelamento.  

O segundo ponto, tema central desse artigo, gerou discussões por parte de pequenos, médios e grandes negócios em âmbito global, especialmente para eventos de Interrupção de Negócios envolvendo a pandemia de Covid-19. 

Um exemplo desse fato foi em janeiro de 2021, aproximadamente 370 mil companhias entraram com um pedido à Suprema Corte britânica reivindicando o pagamento de sinistros envolvendo Interrupção de Negócios nas apólices de Seguro Patrimonial devido à pandemia de coronavírus, envolvendo seis grandes resseguradores, como: Hiscox, RSA, QBE, Argenta, Arch e MS Amlin.  

Um dos juízes do caso, Lord Briggs, disse na decisão: "No caso das seguradoras, a cobertura aparentemente previa a interrupção de negócios causada pelos efeitos de uma pandemia nacional de doença notificável era na realidade ilusória, exatamente quando poderia ter sido supostamente mais necessário aos segurados”, complementando que "Esse resultado me pareceu claramente contrário ao espírito e à intenção das disposições relevantes das políticas em questão”. 

A decisão favorável às companhias, a exemplo da citada acima, geram jurisprudência e precedentes importantes para o mercado global. O maior mercado de seguro e resseguro do mundo, Lloyd’s of London, estima que as indenizações relacionadas à pandemia de Covid-19 alcançaram £ 6,2 bilhões, sendo £ 3 bilhões exclusivamente à interrupção de negócios em apólices de Seguro Patrimonial. Esse valor é estimativo e não prevê o efeito global que decisões locais podem afetar em outros contratos e painéis em todo o mundo.  

O assunto ainda é polêmico, principalmente no mercado brasileiro, há diversos fatores que influenciam ainda se haverá ou não cobertura. Por exemplo, o que gerou aquela perda de receita? Foi um incêndio, um alagamento? Precisaria ter sido contratado algo específico? Em apólices de Risco Operacional (All Risk) a exclusão de pandemia está clara? O contrato de resseguro dispõe sobre o tema? Será que em um incêndio que foi ocasionado pela falta de manutenção dos sistemas, ou gerou alguma falha por conta da pandemia e isso gerou uma perda de receita, teria cobertura?  

São inúmeras discussões que surgem a partir deste novo cenário, uma vez que no mercado brasileiro a contratação da cobertura de Interrupção de Negócios é habitualmente atrelada a um Dano Material. Talvez, os contratos doravante devam vir explicitamente excluídos dessa cobertura em evento de pandemia. Esse movimento gerou a criação de exclusões especificas para Coronavírus em 4 de março de 2020, com a “LMA5391”, adotada pelo mercado de Lloyd’s of London nos contratos de resseguro. Outras exclusões foram explicitamente criadas, a exemplo da “LMA5395” e da “LMA5394”, com o objetivo de deixar evidente a não cobertura de eventos relacionados à pandemia de Covid-19. Como mencionado ao longo do artigo, o mercado segurador e ressegurador já passou por debates e decisões similares, contudo, as exclusões recém criadas para Covid-19 não impedem que apólices e contratos celebrados antes da incorporação dessas exclusões tenham reclamações e resultem em indenizações às companhias.   

No exterior temos alguns casos que vão abrindo precedentes aqui no Brasil. Na Inglaterra, a seguradora Hiscox chegou a um acordo com os membros do Hiscox Action Group (HAG) sobre as perdas de interrupção de negócios (BI) sofridas devido a bloqueios do governo após o surto de Covid-19. Os termos do acordo permanecem confidenciais, mas a HAG tinha originalmente como objetivo um pagamento de £ 40 milhões da Hiscox, em acordo que se refere especificamente às perdas de BI incorridas entre março e julho de 2020. Trata-se de mais um evento envolvendo Interrupção de Negócios na Inglaterra que tem decisão favorável aos segurados antes às seguradoras.  

Nas situações em que as apólices não têm regras claras com relação ao enquadramento ou à exclusão da cobertura de situações decorrentes de uma pandemia e de prejuízos resultantes de atos emanados de autoridades públicas, o judiciário tem sido acionado para interpretar e solucionar. Considerando as decisões favoráveis aos reclamantes e segurados, é incerto prever que as discussões de Seguro Patrimonial e Interrupção de Negócios devido à pandemia de Covid-19 irão se encerrar em 2021. Empresas brasileiras já se manifestaram desconfortáveis à não cobertura de Business Interruption e podem criar ações coletivas contra seguradoras.  

 


Stephanie Zalcman - CPO (Chief Placement Officer) da Wiz Soluções em Seguros e embaixadora da Sou Segura (Associação das Mulheres no Mercado de Seguros) 

 

Felipe Moreira - Gerente Comercial da Wiz Corporate Partners em Seguros e Bacharel em Relações Internacionais pela Escola Superior de Propaganda e Marketing de São Paulo e Universidade Antonio de Nebrja em Madrid (Espanha).  

 


Referências:  

https://news.sky.com/story/covid-19-supreme-court-backs-small-firms-over-business-interruption-insurance-claims-12188322

https://news.sky.com/story/covid-19-lloyds-of-london-bleeds-red-after-paying-6-2bn-in-pandemic-claims-12261072

 https://www.lmalloyds.com/LMA/Underwriting/Wordings/LMA/lma_wordings.aspx

 https://www.theguardian.com/business/2021/jun/28/insurer-hiscox-agrees-settlement-with-action-group-over-covid-losses

 

Nova pesquisa da Kerry aponta que os consumidores estão mais exigentes quanto de tema sustentabilidade em alimentos e bebidas

Consumidores buscam benefícios de sustentabilidade mais significativos e relevantes de seus alimentos e bebidas 

• Embalagem sustentável e proteção ambiental são vistas como um padrão mínimo, com a nutrição sustentável considerada como diferencial de valor agregado 


A Kerry, empresa líder mundial no desenvolvimento de soluções em Taste & Nutrition, lançou hoje uma nova pesquisa global que revela que as expectativas dos consumidores em relação à sustentabilidade estão evoluindo rapidamente, com um número crescente de demandas por mais benefícios sustentáveis em seus alimentos e bebidas. A pesquisa, que contou com mais de 14.000 consumidores entrevistados, em 18 países, revela as principais associações dos consumidores com sustentabilidade, e é uma das maiores pesquisas desse tipo já realizada até hoje. Na América Latina, foram entrevistados 4.788 consumidores nos países: México, Brasil, Colômbia, Argentina e Guatemala. 

A pesquisa mostra que, 49% dos consumidores estão agora considerando o fator sustentabilidade ao comprar alimentos e bebidas em vários níveis, e que a compreensão do consumidor sobre a questão está evoluindo de responsabilidade ambiental e social para incluir bem-estar sustentável e nutrição sustentável. Na América Latina, 75% dos consumidores são influenciados pela sustentabilidade ao comprar alimentos e bebidas em uma loja e, 72% ao comprar em um restaurante. Isso significa que associações típicas com sustentabilidade, como embalagens sustentáveis, preservação do meio ambiente e ajuda comunitária são agora consideradas como padrão para muitas pessoas. Os consumidores, particularmente aqueles situados nos mercados mais amadurecidos em relação a sustentabilidade, como o Brasil, estão considerando a sustentabilidade como algo que os afeta diretamente, e sobre o qual podem ter impacto, tais como a redução de resíduos alimentares, saúde pessoal e nutrição e alegações de rótulos limpos, tais como "de origem local", "sem ingredientes artificiais" e "orgânicos". Na América Latina, o interesse é maior do que em outras regiões, com 75% dos consumidores dizendo que esses atributos de sustentabilidade têm uma forte influência em suas decisões de compra. 

A sustentabilidade é a prioridade dos consumidores em todo o mundo, como revela a pesquisa, em que 84% dos entrevistados acreditam que é importante que cada pessoa contribua para a sustentabilidade. No entanto, a maior barreira para a adesão da sustentabilidade continua a ser a falta de compreensão dos consumidores sobre seu impacto pessoal no planeta, embora três em cada quatro esperem que as empresas invistam em sustentabilidade. 

Comentando os resultados do estudo, Soumya Nair, Diretora de Insights da Kerry disse: 

"Esta pesquisa revelou alguns resultados realmente surpreendentes que posicionaram a sustentabilidade como um fator obrigatório e não um diferencial entre os consumidores. É interessante ver a ascensão de associações intrínsecas de sustentabilidade não só em mercados mais maduros como o Reino Unido, Benelux e França, mas em todos os países. Estes consumidores com uma visão de sustentabilidade procuram ativamente produtos alimentares e bebidas que tenham um impacto significativamente positivo no planeta, bem como na sua saúde e bem-estar pessoal, procurando produtos com rótulos limpos e ingredientes de origem local. Além disso, as diferentes expectativas em relação à demografia dos consumidores mostram como eles esperam que as empresas vão além de questões como embalagens sustentáveis, emissões de carbono e conservação da água". "Estas conclusões têm grandes implicações para a indústria de alimentos e bebidas, uma vez que nos encontramos claramente num momento significativo e crítico no que diz respeito à nutrição sustentável. Ao ajudar os consumidores a acessar produtos mais sustentáveis, podemos ajudá-los a se alimentar de forma mais saudável, com menos desperdício e, como resultado, melhorar as comunidades locais". 

"A pesquisa que realizamos no relatório Kerry: Sustainability in Motion, nos dá uma imagem clara da transformação dos consumidores em direção a um estilo de vida mais sustentável. É impressionante ver como, apesar de um ano tão controverso, os consumidores continuam a priorizar atributos de sustentabilidade em suas decisões de compra de alimentos e bebidas. No entanto, é crucial compreender a percepção do consumidor latino-americanos sobre a sustentabilidade. Enquanto vemos como eles associam questões como saúde e nutrição à sustentabilidade e procuram produtos que satisfaçam suas expectativas, uma das maiores barreiras para se tornar mais sustentável é a falta de confiança nas marcas e o apoio da indústria alimentícia. É importante entender, como indústria de alimentos e bebidas, quais são os atributos prioritários para os consumidores e como alcançá-los para apoiá-los em sua jornada de sustentabilidade". - Deni Sheridan, diretora de Consumer Insights and Data da Kerry LATAM. 

Na pesquisa se destacaram quatro tipos de consumidores-chave, com base em seu entendimento e nível de adoção da sustentabilidade. Estes quatro tipos de consumidores conscientes da sustentabilidade estão em diferentes pontos da "curva de adoção da sustentabilidade" e Kerry os classificou como; Inativos, Passivos, Seguidores e Frontrunners (Pioneiros). 

O interesse em torno da sustentabilidade variou com as faixas etárias, sendo os "Millennials" (1980 - 1989), os Frontrunners, os ),mais suscetíveis a estarem profundamente envolvidos com a questão (37%). Enquanto, os seguidores (41%) são classificados como empenhados e dispostos a agir, mas esperam que os fabricantes, marcas e autoridades externas, tais como os governos, assumam a liderança na abordagem das questões de sustentabilidade. Curiosamente, é provável que este grupo seja mais jovem que os Millennials e a geração Z, ou seja, são os nascidos de 1999 a 2004. Os Passivos (17%) estão preocupados com a sustentabilidade, mas não compreendem o seu próprio impacto, enquanto os Inativos (5%) preocupam-se um pouco, mas não tomam quaisquer medidas, e o preço é uma barreira significativa à compra de produtos mais sustentáveis.

Com a Kantar estimando o poder de compra geral dos consumidores que já estão engajados com a sustentabilidade em US ﹩ 382 bilhões, há uma oportunidade significativa para os produtores e fabricantes de alimentos, a medida em que mais e mais consumidores se tornam conscientes sobre sustentabilidade e suas demandas de sustentabilidade evoluem ao longo da curva de adesão de sustentabilidade. 

Para obter mais informações, baixe o relatório completo da Kerry em https://explore.kerry.com/21LA-SustainabilityinMotionPT_Sustainabilityinmotionlandingpage.html 

* A Kerry entrevistou mais de 14.000 consumidores em 18 países da América do Norte, Europa e América Latina, incluindo a América Latina: Reino Unido, França, Suécia, Alemanha, Países Baixos, Bélgica, Luxemburgo, Canadá, Espanha, EUA, Itália, Polónia, Brasil, México, Guatemala, Argentina, Rússia e Colômbia.



Kerry 

www.kerry.com.br


Home office saudável, sem distrações e barulhos externos

Profissionais da Healthy Building Certificate, empresa que presta consultoria e certifica edificações e produtos para promover o bem-estar aos seus usuários, detalham como obter o isolamento acústico no ambiente dedicado ao trabalho em casa

 

Com a pandemia, o home office passou a ser a realidade de milhões de pessoas. Todavia, trabalhar sem a interferência de sons externos tem sido um grande desafio, que até já foi levado para a justiça brasileira | Foto: Domenico Loia/ Unsplash

 

Muito já se falou sobre o aumento do número de trabalhadores que passaram a atuar no sistema home office e precisaram promover adaptações em casa – iniciado de uma maneira improvisada, muitos brasileiros já dedicaram um espaço exclusivo para as atribuições do horário de expediente. Mas e quando a tranquilidade é atrapalhada por questões externas?  

Recentemente, a Vara do Juizado Especial Cível e Criminal de Birigui, no interior de São Paulo, concedeu a uma mulher, que labora em sistema remoto, a proibição de seu vizinho reproduzir música em volume excessivo. O barulho, que acontecia em períodos diurnos e noturnos, sofreu restrições de horário, uma vez que, no entendimento do juiz à frente do caso, a pandemia do Covid-19 demanda a adequação das pessoas que vivem no entorno. “Sem dúvidas, a poluição sonora é uma das vilãs do bem-estar que o trabalhador precisa para suas atividades em home office”, argumenta Allan Lopes, fundador e diretor global Healthy Building Certificate (HBC), empresa especialista na consultoria e certificações de construções saudáveis. 

A seguir, Allan e o CEO da HBC, Marcos Casado, abordam algumas ações para melhorar o bem-estar sonoro de quem deixou o escritório tradicional para trabalhar em casa. 

 

Janela acústica

 

Segundo a certificadora Healthy Building Certificate, esquadrias acústicas são aliadas na batalha de conter os ruídos externos que incomodam a vivência no escritório em casa | Foto: Unsplash

 

O primeiro passo é imaginar a concepção do home office em um cômodo mais tranquilo e, se possível, mais distante de sons externos como buzinas, ruídos de automóveis, motos, transportes em geral e até mesmo os sons de crianças brincando no playground. Todavia, caso uma decisão com essas características não seja possível e a casa do trabalhador esteja em uma localização muito movimentada, uma janela com propriedades acústicas atua como barreira para conter os ruídos de fora. 

“Diferentemente da esquadria convencional, a versão antirruído é concebida com vidro duplos de até 10 mm de espessura e uma câmara de ar ou por meio de camada de película de polivinil butiral (PVB), que atenuam os sons”, discorre Marcos. Ele explica que a atuação de lei física do ‘massa-mola-massa’, o material da janela – geralmente em alumínio –, bem como o sistema de vedação, também contribuem para o mitigar o barulho. “Não é possível considerar que a substituição por si só resultará em uma performance de 100% no isolamento, mas sem dúvidas trará ao morador a percepção de um ambiente muito mais saudável e confortável”, acrescenta. 

Entretanto, os especialistas da HBC não recomendam que as pessoas escolham, sozinhas, a janela acústica ideal para o ambiente. Para tanto, a orientação de um especialista indicará o melhor modelo, de acordo com o nível de ruído a ser isolado, e a mão-de-obra especializada para essa instalação.

 

Isolantes no ambiente  

No processo de concentração, um toc toc de sapato, TV ou o volume mais alto de uma música ligada pelo vizinho que habita o andar superior se configuram como gatilhos para incômodos que atrapalham a execução das tarefas e sentimentos de irritação e estresse. “Em um médio e longo prazo, esse desconforto torna-se muito perigoso para a saúde mental”, relata Allan. Pensando no teto, sistemas compostos por um forro de gesso (ou composto em chapas de drywall), incorporados com materiais como lã de vidro ou de rocha, atuam como amortecedores para a vibração do som não passar diretamente pela laje. “A aplicação de espumas acústicas coladas diretamente na superfície é outro artifício empregado com o propósito de se conseguir proteção”, completa o CEO da certificadora. 

Passando para as paredes, aquelas executadas também no sistema drywall podem incorporar materiais isolantes (como a lã de vidro ou de rocha), para exercer um conforto semelhante à concepção do forro. Outra possibilidade é a aplicação também de espumas acústicas, próximas à mesa de trabalho, com o propósito de amortecer o som. “Antigamente o mercado ofertava o modelo ‘casca de ovo’, que além de não propiciar uma estética interessante, remete à atmosfera de um estúdio musical. Mas hoje em dia, é possível comprar painéis absorventes ou placas, em formato hexagonal e cores diferenciadas, que permitem compor formações interessantes”, explica Marcos. Agora, se o problema for oriundo do vizinho do andar debaixo, opções como o material vinílico acústico ou o emprego de um contrapiso flutuante são algumas das saídas desenvolvidas pela indústria. 

 

A HBC explica que elementos do décor, como tapetes e cortinas, cooperam no isolamento acústico do home office| Foto: Collov Home/ Unsplash

 

Todavia, caso o morador não possa investir na execução dessas benfeitorias, os elementos do décor podem coadjuvar na tarefa de abrandar a reverberação externa. Tapetes, estantes com livros e cortinas são elementos que aliviam a onda sonora na obtenção do clima ideal para trabalhar em casa.

 

Cenário e acústica para reuniões

 

O uso de headphones é positivo em reuniões online Foto: Kelly Sikkema | Unsplash

 

Muito frequentes por meio de plataformas que permitem reuniões onlines, a dica é pensar em um cantinho com uma decoração e uma luz agradável, que pode ser conquistada pela proximidade com a janela ou, até mesmo, pelas ring lights que se popularizaram no mercado de tecnologia. A HBC ainda recomenda fones no estilo ‘headphone’ e protetores auriculares que ajudam a abafar ruídos – não só os externos, como também dos demais moradores que seguem em suas próprias atividades em casa.  

 

Bom senso e parcimônia na interação com os vizinhos 

Mesmo com todas as orientações relacionadas pela Healthy Building Certificate, com vistas ao clima saudável de trabalho, pode acontecer que o incômodo causado pelo vizinho ainda persista. Assim, seja antes das transformações ou mesmo depois, quando constatado que muitos fatores ainda influem para um isolamento pleno, o bom senso e o relacionamento amigável entre os condôminos deve ser o ponto de partida para resolver os conflitos. A ABNT NBR 10.151 (Associação Brasileira de Normas Técnicas) relata os limites sonoros, em decibéis, permitidos durante o dia e à noite. Caso não seja possível um consenso, a norma abre frente para fazer valer o art. 1277 do Código Civil, que assegura os direitos de vizinhança: “O proprietário ou o possuidor de um prédio tem o direito de fazer cessar as interferências prejudiciais à segurança, ao sossego e à saúde dos que o habitam, provocadas pela utilização de propriedade vizinha”.

 


Healthy Building Certificate (HBC)


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