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segunda-feira, 12 de julho de 2021

Cinco dicas para implementar métodos ágeis nas pequenas e médias empresas

A agilidade, eficiência e personalização da gestão e desenvolvimento de projetos são características altamente valorizadas pelos clientes, seja na entrega de serviços, produtos ou sistemas. O processo que antes era engessado, rígido e oneroso, não precisa mais sofrer tais empecilhos graças à metodologia ágil. Ela veio para quebrar de vez com esses obstáculos, trazendo uma proposta muito mais leve e participativa para o alcance dos resultados desejados.

Em um mercado fortemente marcado pelas constantes transformações digitais e alta competitividade, ficou clara a importância de estratégias que otimizam o funcionamento organizacional em empresas de todos os portes e segmentos. Por isso, essa metodologia foi desenvolvida com foco em agilizar a entrega de demandas, sem que percam as prioridades e de forma que sejam feitas conforme a necessidade e prioridade do cliente final.

Os benefícios dessa prática são enormes. De acordo com um estudo feito pela QMS, a metodologia ágil acelera em 50% o tempo para colocar um produto no mercado e aumenta a produtividade em 25%. A proposta é que seja sempre desenvolvida com a participação ativa do cliente, garantindo que suas expectativas permaneçam alinhadas a todo o momento. Para isso, listei as cinco dicas imprescindíveis a serem analisadas ao implantar essa tecnologia, em especial nas pequenas e médias empresas.


#1 Seja disruptivo: A metodologia ágil envolve uma profunda mudança no mindset corporativo e, por isso, não pode ser desenvolvida da noite para o dia. Cada projeto é desenhado de uma forma diferente, com base em um novo conjunto de princípios e valores. Sua abordagem é de constante questionamento sobre o que é esperado, além de focada na transparência, experimentação, adaptação e mudança.


#2 Envolva o cliente: A empresa deve manter uma comunicação clara, próxima e alinhada com o cliente durante todo o desenvolvimento do projeto. É necessário entender suas necessidades e onde deseja chegar – só assim será possível garantir que as expectativas se mantenham dentro do esperado e a conquista dos resultados desejados.


#3 Abrace mudanças: Todo projeto pode sofrer mudanças que atrasem seu andamento e podem prejudicar a entrega dos resultados. Por isso, a metodologia ágil busca antecipar ao máximo qualquer tipo de problema que possa interferir. Caso venham a ocorrer, sua proposta é de adaptação e resolução rápida. O que importa é, na verdade, a forma como esses empecilhos serão tratados.


#4 Avalie as ferramentas utilizadas: Não existe uma ferramenta certa ou ideal para o desenvolvimento dos projetos. É uma questão subjetiva que irá variar conforme cada proposta, se é engessada ou mais modular e, o que será feito para conquistá-la. As ferramentas escolhidas serão adaptadas caso a caso, assim como sistemas de gestão como o SAP Business One, um ERP focado nas empresas de pequeno e médio porte.


#5 Tenha em mente o propósito do produto: Muito mais do que focar na agilidade, todo processo que abrace a metodologia ágil deve se preocupar em garantir uma participação engajada entre a empresa e o cliente. Só assim ele se sentirá mais confortável, satisfeito e poderá escapar ao máximo de possíveis retrabalhos. Todas essas características devem estar bem claras entre todos para que a eficiência seja conquistada.

Optar por uma gestão ágil pode representar a sobrevivência de uma empresa. Por isso, os métodos ágeis são excelentes estratégias para impulsionar o seu negócio, proporcionando entregas de resultados de maneira mais veloz, estruturada e faseada. Nele, o envolvimento constante do cliente é um dos principais fatores para sua eficiência, não devendo ser deixado de lado. Quando bem implementada, a tendência é que sua empresa cresça e se destaque cada vez mais rumo ao sucesso.

 


Giovanna Saya - tem 15 anos de experiência em empresas de tecnologia e é Channel Manager na SAP Business One.

https://www.sap.com/brazil/products/business-one.html


Prefeitura de São Paulo abre inscrições para mais de 400 vagas de emprego para pessoas com deficiência

Primeiro mutirão do ano para esse público, Contrata SP será realizado em formato hibrido nas unidades do Cate Interlagos e Central


A Prefeitura de São Paulo, por meio das secretarias de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Turismo e da Pessoa com Deficiência, abre inscrições on-line para a 10ª edição do Contrata SP - Pessoa com Deficiência, entre os dias 12 e 16 de julho, pelo site www.bit.ly/vagasnocate. O primeiro mutirão de emprego deste ano para pessoas com deficiência, diferente das outras edições, ocorrerá em formato hibrido em decorrência da pandemia da Covid-19.

Duas unidades do Cate - Centro de Apoio ao Trabalho e Empreendedorismo, Central e Interlagos, receberão os pré-selecionados nos dias 23 e 26 de julho, das 9h às 17h, com agendamento prévio. O evento também celebra o 30º aniversário da Lei de Cotas, comemorado no sábado (24).

"Com o avanço da vacinação e a reabertura de serviços, estamos retomando aos poucos com as ações de empregabilidade para a população. O Contrata SP - Pessoa com Deficiência ficou parado em razão da crise sanitária, mas conseguimos fazer uma mobilização junto às empresas para que os recrutadores também possam repor seus quadros profissionais e ampliarem a diversidade", salienta a secretária de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Turismo, Aline Cardoso.

O Contrata SP já conta com mais de 400 vagas em áreas como serviço, comércio e saúde. As oportunidades são para profissionais com escolaridade do fundamental ao superior, com chances para candidatos sem experiência. No atendimento presencial os candidatos poderão ter contato com equipes de recrutadores de empresas que estarão nas unidades do Cate.

"A inclusão das pessoas com deficiência no mercado de trabalho é uma questão de respeito e dignidade. É preciso preparo e adaptação das empresas. É preciso igualdade salarial. É preciso deixar de ser uma obrigação para ser uma oportunidade igual para todos. Uma das nossas prioridades à frente da SMPED é promover a inclusão profissional das pessoas com deficiência. Temos que superar o discurso de que as empresas não encontram pessoas com deficiência e que por isso não as empregam. O Contrata SP tem exatamente o objetivo de mostrar para as empresas que existem sim pessoas com deficiência qualificadas e que estão a procura por uma oportunidade de emprego", destaca a secretária da Pessoa com Deficiência, Silvia Grecco.

As empresas ainda podem disponibilizar oportunidades no evento, basta enviar as informações pelo email vagas@bkcate.com.br ou entrar em contato pelo telefone 11-3357-1531 ou 3357-1525.


Serviço

Contrata SP - Pessoa com Deficiência

Inscrições: 12 a 16 de julho, até às 18h

Site: https://www.bit.ly/vagasnocate


Processo Seletivo apenas para pessoas pré-selecionadas

Dias: 23 e 26 de julho

Horário: 9 às 17h

Cate Central e Interlagos


Para disponibilizar vagas (empresas)

Email vagas@bkcate.com.br

Telefone 11-3357-1531 ou 3357-1525


Fintechs revolucionam relação do brasileiro com bancos

Brasil tem salto de 200% no acesso a bancos digitais durante a pandemia


O isolamento social para diminuir o risco de transmissão da covid fez as pessoas adotarem novos hábitos e migrarem a maior parte de suas atividades para o mundo virtual. O uso de bancos não ficou de fora dessa mudança e muita gente passou a recorrer aos serviços on-line. De acordo com uma análise da Comscore, o Brasil registrou um salto de quase 200% no acesso a bancos digitais em abril de 2020. Dos 20 serviços financeiros on-line mais acessados em março de 2021 no país, mais da metade corresponde a fintechs ou bancos digitais.

Não é à toa que os bancos digitais tiveram o triplo de downloads em maio deste ano, segundo pesquisa do Bank of America, que acompanha dados da Apple Store e Google Play. “Ninguém mais que ir a um banco, todo mundo que resolver as coisas por meio de um aplicativo de celular, e os bancos digitais causaram uma revolução no mercado ao oferecerem mais cobrando menos, atendendo de forma diferenciada, focando na inovação”, diz o especialista em gestão de risco e planejamento financeiro Hilton Vieira.

Vieira atribui esse sucesso à forma simples de oferecer produtos e serviços. “As fintechs começaram com o básico, oferecendo aquilo que a grande maioria das pessoas têm que é uma conta corrente. Só que com zero tarifa. Uma vez que a carteira de clientes foi sendo composta de forma firme, começaram realmente a promover serviços diferenciados, como CDBs e empréstimos”.

Busca por serviços on-line aumentou durante a pandemia

Depositphotos

Na avaliação do especialista, as fintechs vieram para romper com o sistema instituído dos bancos tradicionais. “Se antes a pessoa era obrigada a pagar um monte de taxas para poder ter um cartão de crédito, agora não tem mais essa questão. O correntista tem hoje a opção de sair daquele banco tradicional, cheio de taxas e tarifas, com o gerente ligando e tentando empurrar produtos, e migrar para um serviço que seja realmente personalizado, algo que realmente entenda e não explore o cliente”, diz.

E quando se analisa as corretoras de investimentos dessas empresas, observa Vieira, elas apresentam condições mais interessantes comparado às outras que operam no mercado, como, por exemplo, taxa zero de corretagem e taxas muito mais benéficas para os investidores. Com isso, diz o especialista, acabaram se tornando plataformas com diferenciais.

“Não é à toa que o bilionário Warren Buffett comprou em junho uma participação de US$ 500 milhões do Nubank”, observa Vieira. "Fundado em 2013, o banco recebeu mais de US$ 1,2 bilhão de investimentos nos últimos 7 anos, e já foi considerado, por 3 anos consecutivos, o melhor do Brasil pela revista Forbes”, finaliza.


Planos de saúde: desequilíbrio econômico sacrifica médicos, pacientes e demais prestadores

Representantes de médicos, hospitais e entidades de defesa do consumidor cobraram da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) mais firmeza no controle de reajustes de planos de saúde privados. Em audiência na Comissão de Fiscalização e Controle do Senado (CTFC), em 21 de junho destacaram que os planos são prioridade no orçamento da população. 


O modelo atual permite uma “artimanha” das operadoras de planos de saúde que "empurra" os consumidores para os planos de modalidade coletiva. Uma versão sem garantia de renovação automática e nem regras para reajuste.


 

Indignação dos médicos

 

César Eduardo Fernandes, presidente da Associação Médica Brasileira, iniciou dizendo que existe um problema que deve ser admitido e diz respeito a capacidade de pagamento que os beneficiários têm para fazer suporte e a desproporção com que esses aumentos acontecem. 


Também lembrou que os planos de saúde são um sonho de consumo da maioria dos brasileiros, com a ideia de que, accin, ele terá uma assistência médica mais qualificada e de fácil acesso. E, uma vez que ele atinge esse status de ter o seu plano de saúde, faz de tudo para mantê-lo e vai suportando, progressivamente, até quando possível, em detrimento de outras prioridades que poderia investir ao longo da sua vida.  


“Veja que, mesmo em condição de tragédia sanitária, como a que nós vivemos, o índice de inadimplência, curiosamente e paradoxalmente, não caiu. Esse é um dado que estimula à reflexão a esse respeito. Será que, durante a pandemia, aumentou a capacidade de pagamento dos beneficiários? Certamente, não. Ela diminuiu, mas ainda assim, os índices de inadimplência são baixos, o que mostra um esforço quase que sobre-humano das pessoas para fazer frente aos elevados custos e cada vez maiores”, disse. 


Ressaltou que o sistema dos planos de saúde suplementar tem três players: as operadoras; os prestadores de serviço, incluindo médicos, dentistas, hospitais, laboratórios, todos os prestadores de serviço; e tem os beneficiários. “Se não houvesse beneficiários, não haveria plano de saúde, não haveria prestadores”, completou. 


Fernandes afirma que a pressão maior sempre está em cima dos beneficiários. No entanto, destacou que os médicos sofrem com honorários irrisórios.

“Não achamos que as operadoras devem ter prejuízo, claro que não. Porém, as regras precisam ser mudadas, É preciso procurar regras únicas; metodologia que seja compreensível por todos e que seja perfeitamente auditável. Não adianta somente apresentar números, é necessária uma leitura simples e clara. É errado o desequilíbrio econômico que temos. Os pacientes precisam pagar menos, os médicos e demais recursos humanos têm de ser remunerados com dignidade e os planos tem de lucrar em margens razoáveis pelo serviço prestado e não fazendo papel de Robin Wood às avessas para encher as burras de dinheiro”.  


César enfatizou ainda que a ANS detém corpo técnico competente. Contudo, a está ausente nas negociações. As negociações são feitas entre as partes, entre a operadora e entre os beneficiários, através dos planos de saúde contratados. De acordo com ele, é necessário a ANS fazer a arbitragem deste processo.


 

Mais críticas a ANS

Marco Aurélio Ferreira, da Associação Nacional de Hospitais Privados (Anahp), apresentou as dificuldades dos hospitais durante a pandemia, ressaltando aumento de custos com materiais e internações e queda de faturamento com exames.  Já Daniela de Assis Moya Yokomizo, primeira decretária da Associação Brasileira de Odontologia Seção do Distrito Federal, destacou haver grande desequilíbrio acontece na Odontologia.  


Ela explicou que os prestadores da odontologia não fazem parte da formação de valores dos preços que os planos pagam ao dentista e que esses valores repassados pelos planos estão bem abaixo do custo que os prestadores têm para realizar os procedimentos. “Os valores repassados não cobrem sequer os custos para a biossegurança. Na odontologia, o valor repassado pelo plano serve para pagar o material usado para executar o serviço, o pró-labore do dentista e os custos de manutenção de todo o consultório ou clínica dele”, completou. 


Matheus Zuliane Falcão, analista do programa de saúde do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor, começou criticando o fato de que os planos individuais terem um reajuste anual máximo estabelecido pela ANS, enquanto os planos coletivos não. De acordo com a ANS, a razão para isso é que existe um poder de barganha entre os contratantes no caso dos planos coletivos. Contrapondo esse argumento, Matheus citou que há diversas evidências de que esse poder de barganha não existe e de que os reajustes são muito mais elevados no mercado de coletivos do que no de individuais. 


Para fomentar sua fala, citou uma pesquisa do Ipea, de 2019, que mostra que, num período de 18 anos, a inflação acumulada dos planos de saúde foi de 382%, muito superior à de outros índices, inclusive do IPCA Saúde, que foi de 180%.  
 

No tocante a reclamações de consumo, Matheus citou que, no ranking do Idec, de reclamações sobre problemas de consumo, nos últimos três anos, o assunto saúde, especialmente de planos de saúde, aparece sendo o item mais reclamado.

 

 

Tecnologia impulsiona o combate aos crimes ambientais no Acre

Depois de receber drones, computadores de alta capacidade e treinamento do WWF-Brasil, Batalhão de Policiamento Ambiental do Estado aprimora suas ações e transmite o conhecimento para os Bombeiros e o Ministério Público, que também receberam doações de equipamentos


No fim de abril de 2021, um pequeno grupo de agentes do estado percorria os rios da Terra Indígena Alto Tarauacá - algo raro naquele território de 143 mil hectares cobertos por mata fechada, em uma das regiões mais ermas do Acre. Eles integravam a primeira operação conjunta reunindo profissionais do Batalhão de Policiamento Ambiental do Estado do Acre (BPA-AC) e da Fundação Nacional do Índio (Funai), com o objetivo de realizar monitoramento ambiental e coibir a caça ilegal naquela área protegida.

Pequenas embarcações são a única forma de acesso à TI, onde os rios frequentemente são rasos e, não raro, ficam totalmente obstruídos. O isolamento e os riscos cresciam à medida que o grupo avançava para o interior do território habitado por povos indígenas desconhecidos. Em apenas duas canoas, os agentes do BPA-AC e da Funai não tinham espaço para muitos mantimentos e precisaram levar apenas itens absolutamente básicos para a sobrevivência. Essas condições rústicas, porém, foram compensadas com o uso de muita tecnologia

Treinamento de drone em Porto Velho-RO - Crédito MARIZILDA CRUPPE WWF-UK

"A situação ali é muito complexa, em uma área extremamente isolada, na fronteira com o Peru, onde o deslocamento precisa ser feito em canoas pequenas. A tecnologia foi fundamental para viabilizar a operação. Utilizamos GPS, telefone via satélite global e drones para fazer a vistoria nos rios do Ouro e Itamaracá", disse o comandante do BPA-AC, major Kleison Oliveira de Albuquerque.

Os aparelhos utilizados na missão são parte do conjunto de equipamentos doados ao BPA-AC pelo WWF-Brasil. De acordo com Albuquerque, desde dezembro de 2019, quando agentes do Batalhão participaram de um treinamento de pilotagem de drones oferecido pelo WWF-Brasil, a corporação começou a mudar sua forma de atuação no combate aos crimes ambientais - e a experiência gerou um efeito multiplicador que se estendeu a outras instituições públicas do Acre.

"É até difícil medir a importância de ter esses equipamentos à disposição. Antes, a comunicação era possível apenas a partir da base da TI Tarauacá, mas quando uma equipe saía para os rios, ficava totalmente incomunicável durante a operação, o que envolve muitos riscos. Mas, com o sistema de comunicação por satélite, os agentes em campo nos passam as coordenadas e podemos localizá-los em qualquer emergência", afirma Albuquerque.

"Nossa presença no território é importante porque inibe o crime ambiental. Mas o principal aspecto positivo é que nós tivemos a possibilidade de estreitar laços com os povos indígenas", salienta o comandante. "Desde que participei da capacitação de pilotagem de drones começamos a ter um convívio maior, o que nos permitiu entender em que poderíamos ajudar. O curso nos abriu muitas possibilidades de como podemos operar nesses territórios".

A capacitação para o uso de drones à qual o major se refere foi realizada pelo WWF-Brasil em dezembro de 2019, em Rondônia, com a participação de 40 pessoas, incluindo ele mesmo, dois outros dois agentes do BPA-AC, além de indígenas e agentes de conservação de diversas instituições. "Desde então, nossos contatos com os indígenas têm sido estreitados, até que fizemos essa operação em colaboração com a Funai", diz Albuquerque.

Referência no estado. Depois disso, no fim de julho de 2020, o BPA-AC recebeu os equipamentos doados pelo WWF-Brasil e disseminou os conhecimentos adquiridos, realizando um treinamento que capacitou outros nove agentes - sete do próprio Batalhão e dois do Corpo de Bombeiros do Acre. Desde então, o trabalho com os drones não parou mais. Segundo Albuquerque, de setembro de 2020 até maio de 2021, foram realizadas 82 ações utilizando drones, incluindo o monitoramento da Terra Indígena e missões de fiscalização de unidades de conservação e de áreas invadidas, de desmatamento ilegal e de áreas de queimadas. Diversas prisões de criminosos ambientais foram realizadas.

"Quando começamos a operar o drone, a diferença do trabalho foi brutal. Chegávamos a andar 20 quilômetros por dia, para fazer uma observação sem objetivo definido. Hoje, levantamos voo e identificamos rapidamente se é preciso nos locomovermos até determinada área. Os resultados foram tão bons que depois tivemos demanda para outros treinamentos. Diversas instituições envolvidas em comando e controle ambiental estão nos procurando para novas capacitações e já estão adquirindo o equipamento", conta Albuquerque.

O major destaca que, graças à parceria com o WWF-Brasil, o BPA-AC não recebeu apenas dois drones e o equipamento de comunicação via satélite, mas também dois tablets, uma impressora térmica, computadores, dois notebooks, dois celulares, aparelho de GPS e dois projetores. "Isso foi igualmente importante, porque agora temos capacidade computacional para processar e analisar as imagens obtidas em campo e ainda as imagens de satélite", diz.

Gestão fortalecida. De acordo com Osvaldo Barassi Gajardo, especialista em conservação do WWF-Brasil, o apoio institucional oferecido pelo projeto em parceria com o BPA-AC teve o objetivo de fortalecer a gestão da corporação por meio da doação de equipamentos, com um investimento de cerca de R 100 mil, mas também possibilitar ações de prevenção e de educação ambiental. "Por isso o Batalhão solicitou projetores, por exemplo, que também são utilizados nas capacitações. O projeto foi relevante porque essas ferramentas empoderam uma organização de amplo destaque no Acre, possibilitando um trabalho mais aprimorado no âmbito da conservação", acrescenta Gajardo.

Os equipamentos direcionados ao BPA-AC fazem parte de um projeto de expansão do uso da tecnologia para monitoramento territorial. Desde o fim de 2019, o WWF-Brasil doou 20 drones para 18 organizações de 5 estados da Amazônia, com um investimento de cerca de R 300 mil. Gajardo observa que esses parceiros receberam ainda capacitações e outras ferramentas que otimizam o uso dos dados gerados pelos drones, como GPS, telefones celulares e computadores.

Efeito multiplicador. Segundo ele, além de aprimorar o próprio trabalho, o BPA-AC se tornou referência no assunto. "O projeto começou como uma ajuda pontual ao BPA-AC, mas os agentes que participaram da nossa capacitação desenvolveram um interesse profundo pela tecnologia, a ponto de replicarem o treinamento para profissionais de outros órgãos, como o Corpo de Bombeiros, o Ministério Público e a Funai", destaca Gajardo.

Um dos agentes é o sargento Márcio Brasil. Membro do BPA-AC, desde que teve o primeiro contato com o drone, não parou mais de aprender e de ensinar. "Depois da primeira capacitação, já fiz três pequenas especializações, um treinamento específico de drone e meio ambiente e agora estou fazendo um curso de mapeamento de áreas com uso de drone na topografia", conta Brasil.

Em seguida, o sargento pretende fazer uma formação de manutenção de drones - uma necessidade para o Batalhão, que está afastado dos grandes centros industriais do país. "Em 2020, tivemos uma megaoperação na floresta e foi quando introduzimos o drone no policiamento. Foi aí que percebemos o quanto ele é útil na operação. Conseguimos cobrir uma área muito maior muito mais rapidamente. Planejando o voo, em 15 minutos consegui examinar quatro polígonos - um trabalho que, sem a tecnologia, tomaria a manhã e parte da tarde", frisa.

No grupo, Brasil é o responsável por baixar as imagens de satélite e produzir os mapas que orientam as equipes de campo. "Eles não vão mais às cegas, já vão com tudo mapeado. O planejamento define o local exato de atuação, a partir da comparação das imagens de satélite dos últimos três ou quatro meses, para identificação de desmatamento. O drone é utilizado na maioria das vezes, por causa do acesso. E, também, para identificar áreas que foram ocultadas pelas nuvens nas imagens de satélite", explica.

Pilotando e aprendendo. Enquanto os cursos de pilotagem de drone vão se tornando cada vez mais elaborados, graças ao entusiasmo do pessoal do BPA-AC, o aprendizado sobre os usos e recursos da tecnologia também vão se aperfeiçoando. O sargento lembra que, após uma das primeiras operações com o equipamento, ao voltar à base e analisar minuciosamente as imagens obtidas no voo, foi possível enxergar uma pessoa queimando a área. Segundo Brasil, isso poderia ter terminado em um flagrante, caso a análise tivesse sido feita em campo.

"A tela do celular que usamos para conferir as imagens em campo era pequena demais. Então, avançamos. Agora eu levo o computador comigo nas operações, justamente para isso. Extraio a imagem e faço a análise detalhada in loco. Fazer análise de imagem foi outra coisa que tive de aprender, o que mostra como o equipamento nos abre um horizonte imenso de opções para trabalhar", relata.

Essa versatilidade da tecnologia possibilita infinitas opções em todas as áreas de atuação dos agentes ambientais. No caso da polícia ambiental, os recursos são utilizados para combater toda uma gama de crimes - de desmatamento à caça ilegal, de depósitos de lixo clandestinos a queimadas criminosas. No caso dos bombeiros, o foco está especialmente nas queimadas - mas a utilidade dos drones é diversificada.

"Com o uso do drone, temos conseguido ser muito mais eficientes na fiscalização. Isso possibilitou também avanços claríssimos no nosso trabalho de combate ao fogo, de prevenção e de orientação das comunidades", conta o tenente Freitas Filho, do Corpo de Bombeiros do Acre, um dos participantes da capacitação feita pelo BPA-AC em agosto de 2020.

"Eu estava no primeiro treinamento dado pelo Batalhão de Policiamento Ambiental, mas neste ano houve um maior, com a participação de mais 25 bombeiros. Esse curso ampliado nos possibilitou a implantação de uma unidade específica de ação de bombeiros com o uso de drone, que atua principalmente na região da capital", afirma Freitas. Ao todo, o BPA-AC já capacitou 39 pessoas.

Otimização de recursos. De acordo com ele, o drone otimizou imensamente o uso de recursos, de pessoal e de tempo nas operações dos bombeiros. "Temos um drone, que foi doado pelo WWF-Brasil, e, diante da nossa limitação de efetivos, nossos recursos são muito otimizados. Em vez de circularmos por terra em grandes áreas por horas, fazemos um mapeamento de determinado local em cerca de 30 minutos, depois despachamos uma equipe para campo nos pontos focais relacionados a queimadas", explica o tenente.

Freitas lembra que o drone foi doado aos bombeiros em junho de 2020, em conjunto com 163 peças de combate ao fogo e equipamentos de proteção individual - como bombas flutuantes para captação de água, bombas costais, abafadores, sopradores, máscaras, luvas e capacetes. "Desde então, o drone é utilizado todos os dias nas ações de monitoramento do fogo, que são realizadas nos meses anteriores à temporada de queimadas, que começa em junho", pontua.

Ele destaca que o Acre é um estado que tem cerca de 85% de sua superfície coberta por florestas, o que torna o monitoramento do fogo uma tarefa difícil. "Para explorar essas regiões, fazemos o mapeamento com dados de satélite, incluindo os do Inpe e levantamos todas as informações, de modo que possamos saber para quais áreas devemos canalizar recursos", diz.

Na capital, Rio Branco, o fogo é recorrente. Segundo o tenente, só em 2020 foram registrados 500 alertas. Quando os bombeiros registram queimada de origem criminosa ou suspeita, a Secretaria de Meio Ambiente é acionada e a denúncia é encaminhada ao Ministério Público para os trâmites judiciais. "As imagens do drone são anexadas a esses relatórios. É por meio delas que conseguimos a força necessária para que os processos tenham resultados. As imagens do equipamento são espetaculares, abrangendo uma área muito grande e com muita nitidez", explica Freitas.

Ministério Público. O Ministério Público do Estado do Acre (MP-AC), por outro lado, também utiliza a tecnologia para analisar e conferir áreas associadas às denúncias, além de imagens de drones para tornar os relatórios mais robustos, de acordo com a promotora Marcela Osório, coordenadora-geral do Núcleo de Apoio Técnico (NAT), que também possui um drone doado pelo WWF-Brasil. "O drone é uma tecnologia que permite chegar a determinados locais nos quais a ida de um analista seria mais difícil e mais dispendiosa, tanto em termos de valores como de tempo. E há locais que são de fato inacessíveis. Além disso, podemos fiscalizar e ter acesso a imagens que nunca teríamos com o trabalho humano dos nossos servidores", diz.

A promotora acredita que, à medida que seu uso for expandido na instituição, a tecnologia aumentará a qualidade das informações obtidas, possibilitando aos órgãos fiscalizadores do MP-AC a tomada de decisões com maior precisão. "Esses equipamentos também se associam com novas tecnologias relacionadas a sistemas, que também estamos aprimorando. Esses sistemas de alta capacidade auxiliam na busca, tratamento e análise das imagens obtidas com esses equipamentos e por meio de satélites. Esses elementos, somados ao aperfeiçoamento constante dos profissionais, nos permitem obter resultados muito melhores", observa Marcela.

Além do drone, o MP-AC também recebeu do WWF-Brasil computadores de alta capacidade, que são fundamentais para o processamento e análise das imagens, de acordo com o engenheiro agrônomo Artur Leite, coordenador do núcleo técnico-científico da área ambiental do NAT/MP-AC. "Os computadores foram tão importantes quanto o drone. Eles têm grande capacidade de memória e permitem uma velocidade muito maior nos relatórios de desmatamento. Em comparação às máquinas que utilizávamos antes, nossa capacidade de processamento aumentou cerca de 10 vezes", diz Leite.

Linha de montagem. Segundo ele, três membros do MP-AC participaram do treinamento de pilotagem de drones ministrado pelo BPA-AC em maio deste ano. O equipamento já foi cadastrado junto à Infraero e dois testes já foram realizados - em um processo de investigação de loteamentos clandestinos e um sobrevoo de reconhecimento em uma área de nascentes.

"Mesmo antes do drone entrar em ação, os computadores já estavam melhorando muito as condições do nosso trabalho. Em apenas dois meses produzimos 130 relatórios e estamos enviando um material muito completo para que as promotorias tomem as ações necessárias em suas comarcas. Nas condições anteriores, levaríamos pelo menos seis meses para produzir todos esses relatórios", explica Leite.

O MP-AC, relata o engenheiro agrônomo, utiliza como referência os mapas produzidos pelo MapBiomas para localizar áreas de desmatamento, já que as imagens de satélite são consideradas prova de crime ambiental. A partir da chegada dos computadores, esse trabalho ganhou celeridade. "A gente apanhava muito para baixar as imagens e dados relacionados às sequências anuais de desmatamento. Agora estamos fazendo uma linha de montagem, com uma verdadeira varredura em áreas desmatadas acima de 10 hectares. Já identificamos 560 novos relatos de desmatamento que vamos priorizar nos próximos meses", diz.

Os computadores também foram fundamentais para o processamento das imagens do drone. "Um único voo produz cerca de 600 imagens para serem processadas. Isso fortalece os relatórios, porque são imagens de áreas às quais não tínhamos acesso. Mas ter o drone sem o computador adequado seria como possuir uma Ferrari sem pneus", analisa Leite.

Relatórios robustos. O combate aos crimes ambientais ganhará muito mais efetividade com esses recursos, acredita Leite, por conta da solidez que eles conferem aos relatórios. Ele explicou que quando o MP-AC fazia uma denúncia, o Instituto de Meio Ambiente do Acre multava o infrator, mas a multa muitas vezes não era lançada no sistema de cobrança da dívida ativa. "O processo prescrevia e o infrator, com sua ficha limpa novamente, ficava pronto para novos crimes. Sem penalidade, os criminosos se sentem livres para atuar, especialmente porque contam com o incentivo do Governo Federal", afirma.

Mas a capacidade de obtenção e processamento de imagens adquirida com o acesso às novas tecnologias está mudando esse processo. Quando o MP-AC recebe uma denúncia, uma equipe multidisciplinar é enviada a campo para fazer a verificação e precisa produzir o relatório técnico mais completo possível, fundamentado na legislação. "Com o uso do drone, podemos fazer isso com muito mais rapidez e as imagens são provas inequívocas do crime. Com relatórios tão robustos e bem fundamentados, avançamos na capacidade de pressão sobre os órgãos ambientais, que punem os infratores, quebrando o ciclo de crimes", explica.

Na área urbana, o MP-AC combate crimes como loteamentos clandestinos, aterramentos de córregos, estações de esgoto ilegais, desmatamento e queimadas criminosas. "Não sei se vamos conseguir reduzir esses crimes. Mas agora temos mais capacidade para identificar os responsáveis - e eles terão muita dor de cabeça", conclui Leite.

Tecnologia a serviço da conservação. O WWF-Brasil, que vem fomentando o uso de drones nos últimos anos, traz ao país um guia inédito e um mapa de histórias sobre o assunto, como parte de uma série voltada à tecnologia para a conservação da natureza produzida pelo WWF. Seis profissionais do Laboratório de Drones da Universidade de Exeter e das ONGs Fauna and Flora International, WWF-Alemanha e WWF-Brasil são coautores da publicação, que contém informações sobre a evolução do uso da ferramenta, revisão da literatura sobre o tema, orientações quanto à realização mapeamentos, diretrizes operacionais para planejamento de voo, coleta e análise de dados, além de exemplos de aplicação em projetos do WWF ao redor do mundo. O material é voltado principalmente a equipes de conservação, guarda-parques, pesquisadores, comunidades tradicionais e povos indígenas.

Entre 2018 e 2019, o WWF-Brasil capacitou mais de 100 pessoas no uso de drones, incluindo gestores de áreas protegidas, guarda-parques, povos indígenas, membros de comunidades tradicionais e de associações da Amazônia e do Cerrado. "Organizar um material como esse, que traz informações técnicas, orientações sobre segurança e melhores práticas, além de exemplos de como drones têm sido usados na conservação da natureza, é uma maneira de compartilhar conhecimento, engajar e apoiar mais pessoas no uso dessa tecnologia para que, juntos, possamos combater a perda de biodiversidade", salienta Felipe Spina Avino, analista de conservação do WWF-Brasil e coautor do guia. Avino é também um dos instrutores dos cursos de pilotagem de drones oferecidos pela organização.

 

Mutirão de saúde leva atendimentos para indígenas no Xingu (MT)

Ação do Ministério da Saúde, em parceria com parceria com Associação Doutores da Amazônia e Exército, será realizada até 26 de julho

 

Durante o mês de julho, um grande mutirão com atendimentos médicos, odontológicos e exames será realizado para mais de 2,3 mil indígenas que fazem parte do Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI) Xingu, no Mato Grosso. A ação, organizada pela Secretaria Especial de Saúde Indígena (SESAI) do Ministério da Saúde, reforça os cuidados do Governo Federal com a saúde indígena, que foram redobrados durante a pandemia da Covid-19. 

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, acompanha a abertura dos trabalhos na segunda-feira (12) direto do Polo Base Leonardo. No local, foi montada uma estrutura com 22 consultórios provisórios para atender a população indígena. 

A ação conta com a parceria da Associação Doutores da Amazônia, organização sem fins lucrativos que deslocou mais de 30 profissionais para ampliar os atendimentos no local. Eles atuarão em conjunto com os mais de 200 profissionais de saúde que já atuam no DSEI. 

A expectativa é de que mais de 6 mil atendimentos sejam realizados. Serão contempladas 24 aldeias de 16 etnias em área de abrangência dos municípios de Canarana, Feliz Natal, Gaúcha do Norte, Marcelândia, Nova Ubiratã, Paranatinga, Querência, São Felix do Araguaia e São José do Xingu. A escolha da área foi pactuada com as lideranças locais.

 

Os atendimentos

 

O mutirão conta com profissionais de diversas especialidades, como pediatras, ginecologistas, oftalmologistas, tradutores, além de dentistas e psicólogos, entre outras. Na parte de oftalmologia, por exemplo, uma ótica foi instalada no local para confecção rápida de óculos para os pacientes – a capacidade de produção é de 1,5 mil óculos para a ação. 

Além dos tradicionais exames, os atendimentos odontológicos contam com a confecção de próteses dentárias, que poderão ser feitas no local em 15 minutos. Os indígenas irão receber kits de higiene bucal e poderão assistir a uma palestra conduzida pela Associação, para reforçar a importância dos cuidados com a saúde dos dentes. 

Equipamentos de radiografia e ultrassonografia farão exames com laudos de mama, abdômen, pelve, rins, tireóide, transretal, entre outros. Também serão realizados exames laboratoriais de papanicolau para prevenção do câncer de colo de útero, hemograma, e testes sorológicos para Covid-19 e outras doenças. 

A ação terá ainda uma farmácia própria com 12 mil itens de medicamentos da Relação Nacional de Medicamentos Essenciais (Rename) disponibilizados pela Associação para complementar o estoque do DSEI Xingu.

 

SAIBA MAIS 

A ação faz parte do programa “SESAI Mais Saúde Indígena”, que tem o objetivo de reforçar a assistência de saúde nos DSEIs a partir de equipes próprias ou parcerias que ajudem a reforçar o atendimento de saúde básica e especializada diretamente às aldeias atendidas pela SESAI. 

Esta é a maior ação organizada pela Associação Doutores da Amazônia desde sua fundação, em 2014. Mais de 1,5 toneladas de equipamentos, suprimentos odontológicos e medicamentos foram doadas para o mutirão de saúde no Xingu. O Exército Brasileiro irá auxiliar no transporte dos indígenas e na segurança. Já o Governo do Mato Grosso prestou apoio com a doação de alimentos para os profissionais de saúde, além de suprimentos e máscaras para a população indígena. 

Todos os participantes da ação testaram negativo para Covid-19 (RT-PCR) antes de entrar na área indígena.

 

VACINAÇÃO INDÍGENA 

Durante o mutirão de saúde, a campanha de vacinação contra a Covid-19 também será reforçada. O Ministério da Saúde já distribuiu a quantidade de vacinas suficiente para imunizar 100% dos indígenas que fazem parte do público-alvo da campanha (população de 18 anos ou mais, inscrita no Subsistema de Atenção à Saúde Indígena e especificidades da ADPF 709). 

O DSEI Xingu possui 3,9 mil indígenas aptos a receberem a vacina. Até o momento, 79% da população do DSEI já recebeu a primeira dose e 65% já está com o esquema vacinal completo.

 

 

Marina Pagno
Ministério da Saúde

 

Drones e bots são aliados nos serviços de segurança privada

Segundo o GRUPO GR, além da redução de custos, o uso da tecnologia na vigilância gera ganhos de eficiência e velocidade

 

A pandemia não parou para quem presta serviços de segurança patrimonial. Muito pelo contrário, segundo o GRUPO GR, um dos líderes em segurança no país, a procura por profissionais da área só aumentou. Por isso, a fim de manter a segurança de shoppings, centros comerciais, universidades, hospitais, indústrias, entre outros, tomando todos os cuidados necessários, a empresa investiu em tecnologia de ponta, em especial de inteligência artificial, para que vigilantes e controladores de acesso realizem os serviços à distância e com qualidade.

“A tecnologia é meio e não o fim. Seguindo esse conceito, hoje temos soluções de reconhecimento facial voltadas ao controle de acesso. A inteligência artificial (IA) vem sendo utilizada para aprimorar a leitura e o reconhecimento de dados, o que gera velocidade e assertividade cada vez maiores”, explica Ricardo Bacci, Head de Soluções de Segurança Eletrônica no GRUPO GR.

Uma inovação que muitos já estão familiarizados, mas que começou a ser utilizada de forma mais extensiva no ano passado, é a solução de reconhecimento facial, com medição de temperatura e detecção de máscara, GR Face. Esta solução usa IA para aprimorar a leitura e reconhecimento, visando velocidade e assertividade cada vez maiores. Utilizada principalmente para controle de acesso, o rosto é reconhecido instantaneamente, sem a necessidade de aproximar o dedo para biometria ou encostar o crachá para liberação de catracas e portarias.

Ainda na linha de controle de acesso, os bots inteligentes funcionam como um assistente virtual para o controle de acesso descentralizado conduzindo a operação de envio de convites e controle de chegada.

As rondas presenciais também foram parcialmente suspensas e o monitoramento em grandes plantas têm sido realizados por meio do GR Air, tecnologia baseada em drones. Além de ganhar amplitude de visão e velocidade de resposta imediata, o drone atinge áreas não alcançadas pelo CFTV (Circuito Fechado de Televisão). Os parâmetros de voo são definidos pelo gestor e as imagens são salvas diretamente na central de segurança e em nuvem.

O GRUPO GR também vem apostando em uma linha de alarmes inteligentes, baseada em análise de vídeo, com IA em nuvem. O dispositivo ajuda a identificar apenas pessoas em cenas e em situações fora da conformidade, o que gera cerca de 80% menos falsos alarmes

“As soluções cloud devem ser muito aceleradas pela expansão do 5G no Brasil, no próximo ano. A inteligência artificial e suas automações já assumem atividades exercidas por pessoas.  Entretanto, assumir atividade não significa assumir toda a função do profissional. A ideia é trabalhar em conjunto com a IA, o que facilita nosso trabalho e nos torna mais eficazes e orientados por dados”, finaliza Bacci.


Pandemia afastou mulheres do empreendedorismo, diz Sebrae

 Para além de atividade econômica, o empreendedorismo feminino hoje atua como ferramenta de apoio e resistência


Após crescimento da participação feminina no cenário do empreendedorismo nacional no período entre 2016 e 2019 – o número de mulheres à frente do próprio negócio subiu de 8,2 para 9,9 milhões, uma alta de mais de 20%  –  , a pandemia da Covid-19 trouxe retrocesso a essa realidade. Segundo dados do Sebrae, em 2020, essa participação registrou queda de 13%, o que significa que o país tem agora 8,6 milhões de empreendedoras.

Além da crise econômica decorrente da pandemia, os motivos para a desistência de 1,3 milhão de empreendedoras passam por outros aspectos da vida dessas mulheres que também foram afetados ao longo do último ano. Com a família em isolamento social, muitas precisaram passar mais tempo cuidando dos filhos e da casa, restando menos oportunidades para se dedicarem ao trabalho.

A pesquisa Estatísticas de Gênero – Indicadores sociais das mulheres no Brasil, divulgada este ano pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), retrata essa realidade. O estudo apontou a disparidade entre as horas dedicadas por homens e mulheres às tarefas domésticas. Enquanto a média semanal do público feminino é de 20, 4 horas, a do masculino é de 11 horas.

A pandemia afetou não só a participação feminina no empreendedorismo, mas no mercado de trabalho como um todo. De acordo com os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados pelo Ministério da Economia, o país encerrou 2020 com a criação de 199.351 vagas de emprego ocupadas por homens. Na análise das oportunidades que foram preenchidas por mulheres, o saldo foi negativo em 111.567.


Resistência

Apesar da Covid-19 ter intensificado a desigualdade de gêneros no cenário econômico, há mulheres que têm conseguido driblar essas dificuldades. São histórias de empreendedorismo que inspiram e oferecem soluções (também) para outras mulheres. Este é o caso da administradora Ana Clara Bianchi e da nutricionista Valesca Trapp, do aplicativo Smartliv.

Ana Clara é a idealizadora da ferramenta que contribui para que os usuários tenham uma alimentação mais saudável. Para isso, o conteúdo abrange desde receitas até o auxílio para o planejamento das compras, evitando o desperdício de tempo e dinheiro.

Segundo ela, o objetivo da plataforma é revolucionar a forma com que o mundo se relaciona com a comida caseira. "Queremos democratizar, de forma prática e com o apoio da tecnologia, o acesso a uma alimentação saudável e a preço justo para todos."

O acervo de receitas é variado, com sugestões que vão desde o bolinho de cenoura fit até o cardápio para dieta low carb ,e foi elaborado pela nutricionista.


Mercado em expansão

Um dos nichos econômicos que observou expansão em meio à pandemia da Covid-19 foi o mercado de alimentação saudável. Por conta do isolamento social, as pessoas passaram a cozinhar e fazer as refeições em casa. Com isso, a preocupação com a alimentação tem sido maior.

De acordo com a Euromonitor Internacional, a indústria de alimentos e bebidas saudáveis movimentou R$ 100,2 bilhões no Brasil no ano passado. O país ocupa a sétima posição no ranking mundial de consumo de produtos saudáveis.


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