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segunda-feira, 16 de novembro de 2020

E se for câncer infantil? GRAACC orienta pais e responsáveis a identificar os principais sintomas da doença

• No mês em que se comemora o Dia Nacional de Combate ao Câncer Infantojuvenil (23/11), doença que registra mais de 8 mil novos casos anualmente no Brasil, instituição lança cartilha esclarecendo os sintomas mais comuns, que muitas vezes passam despercebidos pelos pais;

• Anemia, manchas roxas, nódulos, aumento de volume nas pernas, coxas e barriga e dor de cabeça que persistem por dias podem ser confundidos com doenças comuns da infância;

• É importante investigar o mais rápido possível os sintomas; quanto mais cedo o câncer infantil for detectado, maiores serão as chances de cura que, no caso do Hospital do GRAACC, alcança índice médio de 70%.

 

No mês de novembro, no dia 23, é celebrado o Dia Nacional de Combate ao Câncer Infantojuvenil. A data foi instituída para conscientizar sobre a importância do diagnóstico precoce nos casos de câncer infantojuvenil que, com sintomas comuns às doenças de infância, nem sempre são identificados num estágio inicial.

"Quanto mais cedo for detectado, maiores serão as chances de cura da doença que, no caso do Hospital do GRAACC, ultrapassam 70%. Para isso é muito importante que pais e responsáveis fiquem atentos a sinais como palidez, manchas roxas, nódulos, aumento de volume nas pernas, coxas e barriga e dores de cabeça frequentes. Não esperem para levar a criança ao médico, principalmente quando qualquer um desses sinais persistam por mais de uma semana", orienta a Dra. Monica Cypriano, Diretora Clínica do Hospital do GRAACC, referência nacional no tratamento de casos de alta complexidade de câncer infantojuvenil.

Se não for detectada em estágio inicial, o câncer infantojuvenil pode crescer rapidamente e dificultar um bom desfecho clínico. O Instituto Nacional de Câncer (INCA) estima 8.460 novos casos de câncer infantojuvenil para cada ano do triênio 2020/2022.


Avanços no tratamento - Chances de cura saltaram de 40% para 70%

Uma das principais referências do país no tratamento e cura do câncer infantojuvenil, o Hospital do GRAACC foi criado em 1991, período em que as chances de cura da doença, na cidade de São Paulo, eram de aproximadamente 40%, de acordo com o Ministério da Saúde. Atualmente o Hospital trabalha com um patamar de mais de 70%. Isso só foi possível por conta da estrutura e excelência do Hospital.

O Hospital do GRAACC tem registrado diversos avanços no combate aos tipos de câncer de maior incidência em crianças e adolescentes como, por exemplo, as leucemias, que representam 25% de todos os casos de câncer infantil; o câncer ósseo (osteossarcoma), com redução nas amputações e aumento dos tratamentos conservadores; câncer nos olhos (retinoblastoma), com redução de extração de olhos com tumores por conta da técnica de quimioterapia intra-arterial, procedimento que o GRAACC foi pioneiro no país há 10 anos; o centro de transplantes de medula óssea, que já realizou mais de 830 procedimentos, entre outros avanços.


Cartilha "E se for câncer infantil?"

O Hospital do GRAACC lançou uma cartilha intitulada "E se for câncer infantil? Os sinais da doença e as chances de cura", com o objetivo de disseminar o conhecimento sobre este tipo de câncer, tratamentos, chances de cura e esclarecer as principais características dos tipos de maior incidência entre crianças e adolescentes.

"Elaboramos a cartilha focando as especificidades do câncer infantojuvenil, além de informações sobre os tipos de tumores mais comuns e os principais sinais que podem indicar a existência da doença. Queremos que a publicação seja uma fonte de consulta para pais, pediatras e outros profissionais de saúde", comenta a Dra. Monica Cypriano, que é também a autora do projeto. A cartilha está disponível para download no link: https://bit.ly/36r3oMD


Atenção aos sinais

Alguns sintomas de câncer infantojuvenil são parecidos e muitas vezes confundidos com doenças comuns da infância. Por isso, é importante ficar atento em casos de:

• Manchas roxas e caroços pelo corpo.

• Dores nos ossos, principalmente nas pernas, com ou sem inchaço.

• Perda de peso.

• Aumento ou inchaço na barriga.

• Palidez inexplicada e fraqueza constante.

• Aumento progressivo dos gânglios linfáticos.

• Dores de cabeça, acompanhadas de vômitos.

• Febre ou suores constantes e prolongados.

• Distúrbios visuais e reflexos nos olhos.


Sobre o GRAACC

Instituição criada em 1991 para garantir a crianças e adolescentes com câncer todas as chances de cura. Com hospital próprio, tornou-se referência no tratamento do câncer infantojuvenil, principalmente em casos de maior complexidade. Possui uma parceria técnico-científica com a Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) que possibilita, além de diagnosticar e tratar o câncer infantil, o desenvolvimento do ensino e pesquisa.

Em 2019, foram atendidos mais de quatro mil pacientes e realizadas mais de 35 mil consultas, 1400 procedimentos cirúrgicos e 22 mil sessões de quimioterapia. Mais Informações no https://www.graacc.org.br


Uso indiscriminado de testosterona pode agravar blefarite

Doença causa inflamação crônica nas pálpebras e não tem cura
 

 

O uso indiscriminado da testosterona, sem recomendação médica, pode agravar a blefarite, que é caracterizada por uma inflamação crônica nas pálpebras. A doença não tem cura e seu controle pode ser difícil. As crises costumam ser recorrentes e podem afetar, consideravelmente, a qualidade de vida dos pacientes.
 
Uma das formas de testosterona mais usadas nos últimos anos é o “chip da beleza”. Trata-se de um implante hormonal para fins estéticos. Porém, seu uso pode agravar doenças como a blefarite, por exemplo.
 
Segundo Dra. Tatiana Nahas, Oftalmologista Chefe do Serviço de Plástica Ocular da Santa Casa, a relação da blefarite com a testosterona é que o hormônio aumenta a produção de substâncias lipídicas (gordura) pelas glândulas sebáceas. “A blefarite está relacionada, justamente, com alterações na produção das glândulas de Meibômio, localizadas nas pálpebras”.
 
A médica, que também é especialista em doenças das pálpebras, explica que a principal função dessas glândulas é produzir uma substância lipídica que atua no filme lacrimal.
 
“Quando a blefarite se instala, na vigência da inflamação, esse sebo se torna mais espesso, obstruindo muitas vezes o ducto de saída da secreção. Além dos olhos ficarem grudados, especialmente pela manhã, pode levar ao desenvolvimento de terçol e calázio de repetição, entre outras doenças oftalmológicas”.
 
Efeitos da testosterona na saúde podem ser irreversíveis
As mulheres na pré-menopausa ou na menopausa podem ter indicação do uso da testosterona, que atua principalmente no desejo sexual. Entretanto, a terapia de reposição só é indicada após uma minuciosa avaliação do médico ginecologista e/ou endocrinologista. Além disso, em muitos casos é contraindicado por aumentar o risco de câncer de mama. 
 
Os homens também costumam usar a testosterona para fins estéticos. Os anabolizantes causam inúmeros prejuízos na saúde, muitas vezes irreversíveis, como a infertilidade. Doenças graves, como o câncer de fígado, também são resultado do uso indiscriminado desse tipo de hormônio.


 
Controle da Blefarite
“A blefarite é uma doença de difícil manejo clínico, pois as crises são muito recorrentes. Quem tem essa condição, precisa fazer a higiene das pálpebras pelo menos duas vezes por dia. Para aqueles que não respondem aos tratamentos medicamentosos disponíveis, recomendamos a terapia com luz pulsada, disponível no Brasil desde 2019”, comenta Dra. Tatiana.
 
A luz emitida pelo aparelho se transforma em energia térmica, ou seja, em calor. Esse efeito contribui para desobstruir as glândulas de Meibômio, bem como reduz os fatores inflamatórios. 

Um estudo, publicado em 2019 no Journal of Ophatalmology, apontou uma melhora significativa dos sintomas, em apenas três sessões de luz pulsada. Além disso, não houve efeito adverso e recorrência das crises de blefarite no grupo que recebeu o tratamento. 
 
A blefarite, principalmente os quadros mais graves e recorrentes, podem levar a outros problemas oftalmológicos. Entre alguns que podemos citar estão a perda de cílios, a desconfiguração das pálpebras, celulite pré-septal (infecção da pálpebra e na porção anterior do septo orbitário), e, por último, pode causar queda da acuidade visual devido à redução progressiva na qualidade da superfície ocular.

Além da testosterona, os precursores do hormônio também podem trazer essas alterações oftalmológicas, como a blefarite. Quanto ao “chip da beleza”, o Conselho Federal de Medicina (CFM), bem como outras entidades médicas, já se posicionaram contra o uso do dispositivo visando à estética. Esse tipo de tratamento só deve ser feito por razões
de saúde, prescrito por um médico especialista, além de exigir comprovação científica de seus efeitos.


Novembro Laranja chama a atenção para diagnóstico e tratamento multidisciplinar do zumbido

 Sintoma é mais comum entre os idosos, mas também pode atingir a população mais jovem

 

A campanha Novembro Laranja tem como objetivo conscientizar a população para o problema do zumbido nos ouvidos. Estima-se que 278 milhões de pessoas em todo o mundo sofram com o distúrbio, de acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS).

Para a otorrinolaringologista do Hospital Paulista Cristiane Passos Dias Levy, é importante ressaltar que o zumbido é um sintoma e não uma doença. Dessa forma, tanto o diagnóstico quanto o tratamento devem ser multidisciplinares.

“O zumbido pode ter uma ou várias causas. Pode derivar de uma doença otológica, como a perda auditiva induzida por ruído ou a presbiacusia (relacionada à idade), mas também pode surgir a partir de problemas farmacológicos e vasculares, cardiovasculares (anemia), metabólicos (diabetes e alteração na glândula tireoide), neurológicos, odontogênicos (disfunção na articulação da mandíbula e nos músculos ao redor),” explica.

Os hábitos do paciente também são avaliados pelos médicos, pois podem influenciar na ocorrência e no agravamento do sintoma. O estresse e o consumo excessivo de cafeína, cigarro ou álcool, por exemplo, podem ser determinantes para a manifestação do zumbido em alguns casos.

Como o tratamento ao zumbido depende de sua causa, é comum que envolva mais de uma especialidade médica, para descartar possíveis outros problemas. “Diagnóstico e tratamento podem contar com o trabalho do otorrinolaringologista, fonoaudióloga, fisioterapeuta e especialista bucomaxilofacial, entre outros”, afirma a médica.

Além disso, se engana quem pensa que o zumbido acomete somente a população idosa. Ainda que seja mais comum em pessoas acima dos 65 anos, os jovens também podem apresentar o sintoma, especialmente quando fazem uso exagerado e constante de fones de ouvido em volume inadequado.

“Ainda assim, a condição se manifesta com maior frequência em idosos. Um estudo realizado na cidade de São Paulo atestou a prevalência do zumbido em 22% da população. Entre os jovens, o índice foi de 12% e entre os idosos, de 36%. Ainda que não existam estudos recentes e abrangentes sobre o problema, a prática clínica aponta para maior ocorrência, de fato, entre aqueles com mais de 65 anos”, complementa.

O exame recomendado para identificar o tipo e a intensidade do zumbido é a Acufenometria, realizado pelo Hospital Paulista em seu Centro de Medicina Diagnóstica em Otorrino. O procedimento não requer internação ou anestesia e pode ser feito em pacientes jovens e idosos, a partir da recomendação e acompanhamento médico.

A indiferença com que muitos tratam o zumbido também faz com que o quadro seja agravado. Muitos pacientes e/ou familiares consideram o sintoma como algo natural da idade avançada e deixam de procurar auxílio médico adequado.

“Essa indiferença atrapalha no diagnóstico precoce. Em alguns casos, a simples mudança de hábitos já é suficiente para melhorar o quadro de forma significativa”, avalia a otorrinolaringologista, que ressalta ainda a importância da campanha do Novembro Laranja.

“O Novembro Laranja é importante para conscientizar a população para que recorra ao diagnóstico médico, a partir de um exame clínico completo, que compreenda a apuração audiológica e avaliações complementares”, finaliza.

 


Hospital Paulista de Otorrinolaringologia

Ovodoação: entenda como funciona o tratamento com a doação de óvulos

 

Arte: Stories no Freepik

Apesar das altas chances de concepção, muitas mulheres ainda não conhecem os benefícios do método

Com as mulheres tendo cada vez mais espaço no mercado de trabalho e independência financeira, tanto no Brasil como no resto do mundo, a casa dos 20 aos 30 anos não é mais focada na formação da família e sim no crescimento profissional e individual. Segundo estudo do IBGE, entre 2008 e 2018 as mães entre os 30 e 44 anos aumentaram 36%.

Apesar da mudança necessária sobre tais estereótipos, a gravidez ainda depende muito da qualidade e quantidade de óvulos produzidos pelo corpo feminino, que naturalmente diminui com o passar do tempo. Além disso, fatores como endometriose, menopausa precoce ou tratamentos de quimioterapia, também afetam esta produção.

A prática da ovodoação é assunto pouco conhecido no Brasil, mesmo sendo autorizada desde 1993 pelo Conselho Federal de Medicina. O processo consiste em coletar gametas de uma doadora anônima, para que possam passar por um processo de fertilização in vitro. Assim como na doação de sêmen, a receptora pode escolher a doadora com base num questionário que engloba características físicas e psicológicas. “A ovodoação, ou doação de óvulos, é uma alternativa importante para muitas mulheres que passam por problemas de infertilidade, independente da sua idade” comenta Dr. Fernando Prado, especialista em reprodução humana e responsável pela Clínica Neo Vita.

Mesmo sendo um procedimento pouco difundido, sua procura aumenta crescentemente. Segundo Doutor Prado, o número de pacientes que buscam pelo tratamento já chega na casa dos 30% a 40%. “O grande apelo são as altas chances de concepção, que variam entre 55% e 65%. Um casal tentando engravidar naturalmente tem até 20%, para comparação,” exemplifica. 

Apesar de parecer milagroso quando olhamos os dados, a maior parte da ressalva com a ovodoação é emocional. Além dos sentimentos de falha que acompanham a incapacidade de conceber, muitas mulheres ficam incertas sobre ter um filho que não é geneticamente seu, mas o especialista explica que é uma preocupação infundada. “Não importa qual a origem, seu organismo e seu útero vão determinar a forma como os genes recebidos a partir do óvulo doado serão expressos. Assim, a criança nascida será emocionalmente, fisicamente e psicologicamente diferente da criança que nasceria se fosse concebida no útero da doadora”, enfatiza.

De qualquer maneira, doutor Fernando acredita não há nada de errado em buscar também tratamento psicológico durante a reprodução assistida, já que é um processo difícil. Mas, tendo acompanhamento de profissionais qualificados, ele afirma que não há o que temer. “Nestes anos todos lidando com a infertilidade, ninguém que tenha tido filhos de óvulos doados jamais se arrependeu,” conclui.

 



Fernando Prado - Médico ginecologista e obstetra, especialista em reprodução humana, doutor pelo Imperial College London e pela Universidade Federal de São Paulo, diretor técnico da Neo Vita e diretor do setor de embriologia do Labforlife.


Combate à tuberculose: doença tem cura e tratamento gratuito garantido pelo SUS

Diagnóstico e tratamento precoce da doença reduz a possibilidade de transmissão

 

O Dia Nacional de Combate à Tuberculose, em 17 de novembro, tem como objetivo sensibilizar a população sobre a doença e alertar para a importância do tratamento precoce. De acordo com estimativas da Organização Mundial de Saúde (OMS), um terço da população mundial está infectada pela bactéria Mycobacterium tuberculosis, agente causador da doença.

Apesar de ser uma bactéria predominantemente pulmonar, o bacilo pode alocar-se nos ossos, rins, membranas do cérebro, medula espinhal ou em qualquer outra parte do corpo humano.

Contraída através das vias aéreas, é possível desenvolver a infecção em até dois anos após o contato com o agente infeccioso. "Tosse persistente, perda de peso, febre vespertina, cansaço e suor noturno são os principais sintomas da doença", explica João Paulo Freitas, enfermeiro supervisor da Equipe de Vigilância em Saúde do Centro de Estudos e Pesquisas "Dr. João Amorim" (CEJAM).

O diagnóstico é realizado através de um exame de escarro que detecta a presença do bacilo causador da doença. O tratamento é realizado pelo Sistema Único de Saúde (SUS), desde as tomadas de medicação até a realização de exames de controle que confirmem a cura.

O contato direto com o paciente em ambiente fechado, com pouca ventilação e luminosidade, aumentam o risco de transmissão. Com diagnóstico precoce e início imediato no tratamento, é possível reduzir o tempo de contaminação. "O paciente inicia com a medicação regular e, geralmente, em até 20 dias não está mais transmitindo a tuberculose. Mas é fundamental concluir o tratamento que dura seis meses", explica o enfermeiro.

Atualmente, as 30 Unidades Básicas de Saúde (UBS) administradas pelo CEJAM, no Jardim Ângela e Capão Redondo, estão tratando 184 casos, sendo 64% pulmonares. Todos os serviços de saúde realizam busca ativa de pacientes sintomáticos respiratórios a fim de realizar o diagnóstico e iniciar o tratamento, o mais rápido possível, para obter o melhor resultado.

 


Centro de Estudos e Pesquisas "Dr. João Amorim" (CEJAM)


PhD em Nutrição aponta os 4 mitos da obesidade

Sophie Deram, pesquisadora e autora do best-seller "O Peso das Dietas",
traz reflexões sobre o que pode mudar no tratamento contra a doença

Sophie Deram é especialista em tratamento de Transtornos Alimentares pelo AMBULIM - Programa de Transtornos Alimentares do Instituto de Psiquiatria do HCFMUSP. Crédito: Divulgação

Pesquisa feita pelo IBGE aponta que a obesidade no Brasil atinge um em cada quatro adultos. O estudo abrange o período de 2002 a 2019. Crédito: Divulgação

 

É comum encontrar pessoas obesas ou com excesso de peso que já tenham sofrido algum tipo de discriminação. As atitudes preconceituosas direcionadas para os que convivem com essa condição são inúmeras, como um olhar atravessado ao passar na catraca do ônibus ou comprar roupas novas, ao montar a refeição em um restaurante ou até mesmo ao ocupar assentos no transporte público.

Julgamentos pré-concebidos podem, muitas vezes, acuar pacientes e impedir que procurem ajuda especializada. Este cenário resulta em pessoas na busca de se tratar de forma autônoma, com o uso de medicamentos e dietas restritivas que não resolvem, mas pioram a condição do indivíduo.

"Muitos pensam que as causas da obesidade dependem exclusivamente de questões pessoais, como preguiça gula e a falta de força de vontade. São suposições que estão em desacordo com as evidências científicas", repudia Sophie Deram, PHD em Nutrição, autora do best seller "O Peso das Dietas" e especialista em comportamento alimentar.

A partir de diversas pesquisas, o consenso indica que o estigma da obesidade é uma questão bem difundida na sociedade. A prevalência de discriminação apresenta taxas mais altas entre aqueles com maior Índice de Massa Corporal (IMC) e entre as mulheres, quando comparadas com os homens. Um estudo de 2018 citado pelos autores sugere que aproximadamente 40% a 50% de adultos norte-americanos com excesso de peso e obesidade sofrem internalização do estigma, e cerca de 20% experimentam isso em níveis elevados

Sophie esclarece que existem quatro mitos relacionados à obesidade. Para a especialista é necessário mostrar às pessoas os reais motivos por trás desta condição pode tornar o tratamento desta doença mais humano e efetivo, não apenas no ponto de vista dos estudiosos da área, como também da população em geral que convive e, muitas vezes, maltrata quem sofre com o excesso de peso. Confira abaixo: 



1 - Obesidade é uma opção
Esta é uma das declarações mais irresponsáveis que podem ser feitas em relação ao excesso de peso, pois transfere toda a responsabilidade para a pessoa que já está vulnerável. "É preciso se atentar que a obesidade é um problema multifatorial, ou seja, envolve questões genéticas, emocionais, culturais e fisiológicas", esclarece a especialista. 



2 - Consome mais calorias do que gasta
Usar esta expressão é simplificar a complexidade com a qual o corpo humano trabalha. A conta não é tão simples. "São muitos os fatores que podem levar um indivíduo a desenvolver esta condição, comer muito não pode ser considerada uma causa predominante", destaca Sophie. 



3 - Obesidade é um estilo de vida
Mais uma vez a desinformação pode levar as pessoas a tirarem conclusões equivocadas como esta. Dados de estudos realizados em diversos países mostram que a obesidade é sim um problema de saúde que pode afetar as pessoas em diferentes momentos da vida. "Considerar a obesidade como opção é transferir toda a responsabilidade para o indivíduo. Na verdade, é um problema multifatorial, que envolve questões sociais, culturais, genéticas, emocionais e fisiológicas", avalia. 



4 - Obesidade severa pode ser resolvida com dietas e exercícios físicos
E por último, porém não menos insensata, esta afirmação pode ser refutada pelo simples fato de não ter apoio científico. Estudos já comprovaram a ineficácia de tentativas voluntárias de restringir a alimentação e adicionar exercícios físicos nesta equação ajuda menos ainda. Esta combinação, para aqueles que sofrem com um quadro severo de excesso de peso, traz resultados modestos que não se sustentam em longo prazo.

Sophie explica que, quando aderimos às dietas restritivas, acontecem duas mudanças em nosso corpo: o aumento de apetite e a redução da taxa metabólica basal - mínimo de energia necessária para manter as funções vitais do organismo. "Justamente por essa combinação de resultados, nosso corpo entende que estamos passando pela privação de alimentos e promove a recuperação de peso", aponta Sophie. 



Manifesto sobre a obesidade 


Sophie acredita que a falta de informações no tocante à obesidade com base na ciência é uma das principais responsáveis pela existência desses quatro mitos sobre o tema. Para desmistificar esses equívocos, a nutricionista realiza no próximo sábado (21/11) o "Manifesto para um novo olhar sobre a obesidade" no formato online. O evento debaterá com um time de especialistas um tratamento mais humano e digno para as pessoas que sofrem com esta condição. Confira a programação neste link .




Sophie Deram - Autora do livro "O Peso das Dietas", é engenheira agrônoma de AgroParisTech (Paris), nutricionista franco-brasileira e doutora pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP) no departamento de Endocrinologia. Além de especialista em tratamento de Transtornos Alimentares pelo AMBULIM - Programa de Transtornos Alimentares do Instituto de Psiquiatria do HCFMUSP, é coordenadora do projeto de genética e do banco de DNA dos pacientes com transtorno alimentar no AMBULIM no laboratorio de Neurociencias. 


Hoje é o dia Nacional de Atenção à Dislexia

Veja 5 curiosidades sobre o transtorno de aprendizagem listadas pelo Instituto ABCD


A dislexia é considerada um transtorno específico de aprendizagem que afeta as habilidades básicas de leitura e escrita. "A identificação é feita normalmente quando a criança inicia o processo de alfabetização na escola. É neste momento que podem ser identificadas aquelas que não conseguem acompanhar o ritmo dos outros alunos", explica Juliana Amorina, diretora-presidente do Instituto ABCD, organização sem fins lucrativos que trabalha desde 2009 para melhorar a vida de pessoas com dislexia.

Veja 5 curiosidades listadas pelo instituto, que disponibiliza em seu site uma série de materiais e informações sobre o transtorno, além de um aplicativo gratuito de reforço escolar.

1 - A dislexia acontece em um continuum. A manifestação e a intensidade dos sintomas variam em cada pessoa.

2 - A dislexia é uma condição neurobiológica hereditária. Entre 1/3 e 1/2 das crianças com dislexia têm um parente disléxico, mas que nem sempre é diagnosticado.

3 - Crianças com dislexia que praticam mais a associação entre sons e letras apresentam menos problemas de leituras nos anos seguintes.

4 - Os sinais da dislexia podem aparecer antes do período de alfabetização, como a dificuldade para nomear números e cores ou atraso para começar a falar.

5 - Há diferentes graus de dislexia, normalmente descritos com leve, moderada e severa. O grau de dislexia é geralmente categorizado baseado na severidade das dificuldades apresentadas.

 

Estudo aponta que um em cada oito pacientes com câncer herdou mutação genética

Teste genético pode revelar mutações genéticas hereditárias e poderia individualizar terapias de câncer, melhorar a sobrevivência, gerenciar o câncer em entes queridos e ampliar fronteiras da medicina de precisão.

 

Em um novo estudo publicado no JAMA Oncology, cientistas do Centro de Medicina Individualizada da Mayo Clinic conduziram teste genético em mais de 3000 pacientes que foram diagnosticados com câncer no Centro de Câncer da Mayo Clinic nas localidades de Arizona, Flórida e Minnesota. No geral, os cientistas descobriram que 1 em 8 pacientes com câncer tinha uma mutação genética hereditária relacionada ao câncer. Essa mutação não teria sido detectada em metade desses pacientes usando uma abordagem padrão baseada em referência.

“Descobrimos que 13,5 por cento dos pacientes tinham mutação hereditária em um gene associado com o desenvolvimento de seu câncer,” diz o Dr. Niloy Jewel Samadder, gastroenterologista e hepatologista da Mayo Clinic e autor sênior do estudo. “Todo mundo tem algum risco de desenvolver câncer e na maioria dos casos a doença se desenvolve ao acaso. No entanto, algumas pessoas têm predisposição genética de desenvolver certos tipos de câncer, como câncer de mama ou de cólon.”

Uma mutação genética pode causar um mau funcionamento do gene e levar uma célula a se tornar cancerígena. Embora muitas mutações que causam câncer possam acontecer ao acaso em uma única célula, o estudo confirma que cerca de 10 a 25 por cento são mutações hereditárias que ativaram um ciclo de eventos que podem levar ao câncer.

O Dr. Samadder diz que descobrir essas mutações genéticas hereditárias escondidas pode levar a oportunidades para gerenciamento de câncer em famílias e terapias de câncer dirigidas que podem salvar vidas.

No estudo de dois anos chamado Interrogating Cancer Etiology Using Proactive Genetic Testing (Questionando a Etiologia do Câncer Usando Teste Genético Preventivo - INTERCEPT), a Mayo Clinic forneceu teste genético e aconselhamento gratuito para 3084 pacientes da Mayo Clinic como parte de seu tratamento padrão. O projeto, representando o maior estudo multicentro conhecido de testagem universal de pacientes com câncer, incluiu uma variação grande de estágios e tipos de câncer, incluindo cânceres de mama, colorretal, pulmão, ovário, pancreático, bexiga, próstata e endometrial.

Os pesquisadores ficaram surpresos em descobrir que as referências-padrão, nas quais os se médicos baseavam para determinar quais pacientes com câncer deveriam passar pelo teste genético, eram apenas capazes de identificar 48 por cento dos pacientes com mutação genética hereditária.

“Mais da metade dos pacientes que desenvolveram câncer devido a mutações genéticas hereditárias não estavam sendo detectados e isso tem implicações grandes para os membros da família,” o Dr. Samadder afirma.

Durante o estudo, quando os pesquisadores examinaram os efeitos de uma descoberta de mutação genética, eles constataram que um terço dos pacientes com os genes de maior risco para câncer tiveram uma mudança em gerenciamento médico, incluindo o tipo de cirurgia ou quimioterapia que receberam.

“Esse tratamento dirigido teria sido perdido se os pacientes não tivessem recebido a testagem genética,” o Dr. Samadder enfatiza.

“O teste genético é subutilizado no tratamento do câncer, para ambos pacientes e suas famílias, muitas vezes devido a diretrizes desatualizadas que restringem a testagem a um grupo pequeno de pacientes de alto risco,” diz o Dr. Robert Nussbaum, diretor médico executivo da Invitae Corporation. “Todos os pacientes com câncer deveriam ter acesso a informações genéticas completas que possam guiar seu tratamento e informar a saúde de suas famílias.” O Dr. Nussbaum foi um autor participante no estudo.


Compartilhamento de riscos genéticos com os membros da família

O Dr. Samadder diz que igualmente importante à descoberta de uma mutação hereditária cancerígena do paciente é o potencial de os pacientes compartilharem a causa hereditária de sua doença com seus parentes, permitindo que os membros da família busquem tratamento para detecção precoce da doença e gerenciamento do câncer. 

“Nós podemos ajudar a prevenir câncer em seus entes queridos, porque é genético e eles compartilham essas mudanças genéticas causadoras de câncer com seus filhos, irmãos e outros na família”, o Dr. Samadder explica. “Podemos ter como alvo estratégias de prevenção para aqueles indivíduos de alto risco e com sorte prevenir o câncer completamente em gerações futuras de suas famílias.”

Foi oferecido teste genético a todos os membros consanguíneos das famílias dos pacientes nos quais foi descoberta uma mutação genética. No geral, 1 em 5 desses membros da família passaram pela testagem. Os próximos passos serão incorporar os achados do estudo no tratamento de todos os pacientes com câncer na Mayo Clinic.

“Passos estão sendo dados para garantir que seja oferecido sequenciamento genômico a todos os pacientes para melhor entender os genes que levam ao desenvolvimento de seu câncer e como precisamente direcionar tratamentos e melhorar a sobrevivência,” o Dr. Samadder diz.

O sequenciamento genômico, a análise de deleção e duplicação e a interpretação de variante foram feitos na Invitae Corporation em São Francisco. O suporte para esse projeto foi proporcionado pelo Mayo Transform the Practice Grant (Subsídio Transforme a Prática Mayo), o Centro de Medicina Individualizada da Mayo Clinic, a Fundação Mountain Members' CARE, a Fundação David and Twila Woods e o Prêmio de Desenvolvimento de Carreira Docente da Fundação Gerstner (NJS).

 



Invitae Corporation (NVTA)

Mayo Clinic


Monumentos do Rio de Janeiro e de Brasília se "vestem" de azul pela conscientização para os riscos do diabetes

Em ação coordenada pelo Conselho Brasileiro de Oftalmologia, iniciativa busca chamar a atenção da população para a importância da adoção de hábitos saudáveis e de fazer exames preventivos


O Castelo da Fiocruz, no Rio de Janeiro, e os prédios do Congresso Nacional e da Catedral de Brasília, no Distrito Federal, ganharam iluminação azul desde o último sábado (14) como parte das comemorações pelo mês de prevenção ao diabetes. Os responsáveis por esses monumentos aceitaram prontamente o convite do Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO) para aderirem à campanha do Novembro Azul.

"Estamos falando de pontos de grande visibilidade em cidades importantes. O fato de terem mudado a iluminação simboliza a preocupação de todos com a saúde individual e coletiva e, certamente, fará vários motoristas, passageiros e pedestres que passarem em frente desses prédios a se perguntarem se estão com os exames para prevenção ao diabetes em dia", disse o presidente do CBO, José Beniz Neto.

Neste ano, o Conselho Brasileiro de Oftalmologia está coordenando uma série de ações em vários estados, buscando conscientizar a população sobre os riscos do diabetes. Em vários locais, seguindo as recomendações de distanciamento para evitar a contaminação pela Covid-19, foram ou serão realizados esforços concentrados para facilitar o acesso de pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) a exames de prevenção para o diabetes e a retinopatia diabética, complicação que pode levar à cegueira.

24 horas - O ponto alto das atividades organizadas pelo CBO acontece no dia 21 de novembro, quando ocorrerá uma maratona no ambiente virtual, com foco na prevenção e no esclarecimento dos brasileiros sobre o tema. O projeto 24 horas pelo diabetes incluirá a apresentação de entrevistas e palestras, bem como de depoimentos de pacientes, artistas e celebridades. A ação digital contará com a participação dos usuários das redes sociais, que poderão enviar perguntas, depoimentos e comentários. Interessados poderão também participar de sessões de teleorientação com médicos voluntários.

A programação completa das atividades de 21 de novembro, com foco nas mídias digitais, ficará disponível na página do CBO, dedicada ao evento (www.24hpelodiabetes.com.br). Dentre os pontos ressaltados, está a repercussão que o diabetes traz para a saúde ocular. Cristiano Caixeta Umbelino lembra que a retinopatia diabética é uma das principais causas de cegueira. "O crescimento da prevalência do diabetes no mundo reforça a urgência de ações efetivas. No Brasil, entre 2006 e 2019, a prevalência de diabetes passou de 5,5% para 7,4%, segundo dados do Ministério da Saúde", destaca.

Sem diagnóstico - No Brasil, 50% das pessoas com diabetes, em especial os que estão na faixa etária de 55 e 74 anos, não sabem que têm o diagnóstico dessa doença. Esse dado é mais prevalente e proporcionalmente igual entre homens e mulheres, de acordo com o Estudo Longitudinal de Saúde do Adulto (Elsa). Para o Conselho Brasileiro de Oftalmologia, essa subnotificação é preocupante, pois a falta de acompanhamento da doença pode desencadear complicações graves ao paciente.

Com 16,8 milhões de pessoas com diabetes, o Brasil ocupa a quinta posição do ranking mundial, segundo o Atlas da Federação Internacional do Diabetes (IDF, em inglês). Nesse contexto, as mulheres são as mais acometidas, no entanto, o aumento da prevalência da doença nos homens tem sido expressivo. Segundo a série histórica do Sistema de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel) do Ministério da Saúde, em 2018, 7,1% dos homens e 8,1% das mulheres são portadores da doença.

Atrás apenas das doenças cardiovasculares e neoplasias, o diabetes é a terceira causa de óbitos no Brasil. Em 1990, ele ocupava a 11ª causa de morte entre os brasileiros. Na contramão de outras doenças crônicas não transmissíveis, a taxa de mortalidade do diabetes no Brasil vem crescendo de forma relevante. Saltou de 12,8 mortes por 100 mil habitantes, em 1992, para 28,8 mortes, em 2010.

Além de impactar diretamente o dia a dia dos pacientes, o problema também é crucial para os cofres públicos, em função dos custos associados ao tratamento, que perdura ao longo de toda a vida do diabético. Entre os dez países com maior número de pessoas com diabetes e gastos em Saúde, o Brasil figura em segundo lugar, segundo o Atlas da Federação Internacional de Diabetes. Entre custos diretos e indiretos, em 2014, foram gastos US 15,7 bilhões no atendimento de brasileiros com diabetes.


Dengue: Teste rápido detecta doença em até 10 minutos

Disponibilizado nas Unidades Básicas de Saúde da zona sul de São Paulo, administradas pelo CEJAM, exame é realizado após o quinto dia de suspeita

 

Celebrado no penúltimo sábado do mês de novembro, o Dia Nacional de Combate à Dengue marca o início de uma série de ações de prevenção ao mosquito Aedes aegypti, transmissor da doença.

Febre alta, dor de cabeça e atrás dos olhos, perda de apetite, cansaço e manchas vermelhas pelo corpo são alguns dos sintomas que caracterizam a dengue, que pode se agravar conforme a condição de saúde de cada paciente. Por ser de origem viral, o tratamento foca no controle dos sintomas até que o corpo se recupere. "Pessoas que usam anticoagulantes, por exemplo, estão mais predispostos a desenvolver a dengue hemorrágica, que é mais severa", explica Patrícia Ishida, enfermeira da Vigilância da Saúde do Centro de Estudos e Pesquisas "Dr. João Amorim" (CEJAM).

O teste rápido de dengue, realizado após o quinto dia de suspeita da doença com amostras de sangue, é disponibilizado em todas as Unidades Básicas de Saúde gerenciadas pelo CEJAM, na zona sul de São Paulo, e possibilita um diagnóstico rápido e seguro em até 10 minutos.

A melhor forma de prevenção da dengue é evitar a proliferação do mosquito transmissor, eliminando água parada em vasos de plantas, pneus velhos, telhas, piscinas sem uso e lixos. Além disso, deve-se manter a caixa d’agua limpa e bem tampada. "Não basta apenas não ter água parada. Mesmo nos locais em que a água secou, os ovos do mosquito podem se reproduzir se houver um novo contato com a água. Portanto, é necessário limpar e esfregar as áreas", recomenda Ishida.

A partir de novembro, a temporada de chuvas e calor que forma ambientes mais propícios para reprodução do mosquito transmissor, os serviços de saúde administrados pelo CEJAM, no Jardim Ângela e Capão Redondo na zona sul de São Paulo, intensificam as iniciativas de conscientização e combate contra a doença, com busca por focos nas residências da comunidade, verificações de ambientes com entulhos e busca ativa em residências com casos confirmados de dengue.

 


Centro de Estudos e Pesquisas "Dr. João Amorim" (CEJAM)

https://cejam.org.br/


Pediatra alerta para o risco de subnotificações do sarampo na pandemia

A queda das notificações de sarampo no continente americano durante a pandemia preocupa a Organização Panamericana de Saúde (Opas), já que há uma possibilidade de subnotificação importante a nível global. 


O continente americano tinha o selo de erradicação do sarampo em 2016, mas voltou a registrar casos da doença nos anos seguintes, fenômeno que especialistas relacionam à queda na cobertura da vacina tríplice viral. A diminuição das aplicações da primeira dose da vacina na América Latina é um alerta, já que desde janeiro, uma análise de 25 países da região mostra que o número de imunizações aplicadas ficou abaixo do patamar do ano passado.

Para a pediatra do grupo Prontobaby, Priscila Matos, a vacina é a melhor forma de prevenção da doença e todos devem tomá-la, já que o calendário de vacinação no Brasil é amplo e gratuito.

"Não existe nenhuma medicação específica para o tratamento do sarampo, portanto todos devem se vacinar", afirma.

A seguir, Priscila Matos esclarece as principais dúvidas sobre riscos e prevenção da doença. Confira:

O que é Sarampo?

O Sarampo é uma doença viral aguda causada pelo Morbilivirus. A transmissão ocorre, principalmente, no inverno e primavera através de aerossóis respiratórios e gotículas. Mas, a epidemia de Sarampo é um fenômeno global.

Quais são as principais causas da doença?

A doença é infecciosa aguda, de natureza viral, e pode se manifestar em todas as idades, especialmente, em crianças, jovens e adultos. Ela é transmitida pela fala, tosse e espirro, por exemplo, e extremamente contagiosa. Mas, que pode ser prevenida com vacina.

Quanto tempo o vírus demora a se manifestar no corpo?

O período de incubação varia de oito a 12 dias desde a exposição ao vírus e o início dos sintomas. Nos primeiros cinco dias pode haver manifestação de febre alta, tosse, coriza e conjuntivite. As manchas vermelhas características da doença surgem entre o terceiro e o sétimo dia, com início atrás das orelhas e distribuição para todo o corpo.

Como se prevenir?

A melhor e única forma de prevenção é com a vacina. Não existe nenhuma medicação específica para o tratamento, portanto todos devem se vacinar.

Quem já se vacinou quando pequeno deve tomar a vacina outra vez?

Quem já se vacinou quando criança deve receber a dose de reforço na adolescência ou quando adulto. Serão até duas doses dependendo da situação vacinal anterior. Quem está com a vacina atrasada ou nunca se vacinou deve procurar pontos de vacinação.

Quais medidas os pais devem tomar para prevenir os filhos?

A melhor medida é vacinar os seus filhos. Atualmente, existe uma corrente contra vacinas e isso faz com que doenças, que até pouco tempo estavam controladas, voltem, como o próprio sarampo. O medo e os mitos das vacinas estão levando a um surgimento de novos surtos de doenças, o que de fato está colocando, diretamente, toda a população em risco.


Oftalmologistas promovem 24 horas de ações para conscientizar a população sobre os riscos do diabetes

No dia 21 de novembro, o Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO) realizará uma série de ações em suas mídias sociais para falar sobre diabetes e saúde dos olhos

 

O que o diabetes tem a ver com a visão? Tudo. Com o objetivo de esclarecer essa e outras dúvidas sobre a doença e de como proteger a saúde dos olhos, o Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO) realizará, no dia 21 de novembro (sábado), uma maratona de atividades em suas mídias sociais. Os usuários das redes sociais poderão enviar perguntas, depoimentos e comentários. Interessados poderão ainda participar de sessões de teleorientação com médicos voluntário, após terem se inscrito pelo site www.24hpelodiabetes.com.br.

Ao final, serão horas de entrevistas e palestras com dicas de prevenção, com a participação dos Conselhos de diferentes especialidades médicas, bem como profissionais de outras categorias da área da saúde. Assim, transcorrerá o projeto 24 horas pelo diabetes, uma mobilização nacional que faz alusão ao Novembro Azul, mês que marca o Dia Mundial do Diabetes, celebrado em 14 de novembro.


Calendário - Esse ano, em função do calendário eleitoral, o CBO realizará seu esforço de mobilização uma semana depois da data oficial. Um dos principais temas a serem abordados nas conversas com especialistas está a retinopatia diabética, maior causa de cegueira em pessoas em idade laboral e uma das complicações frequentes no diabético. A prevalência é de 19% na população maior de 65 anos.

"O Conselho Brasileiro de Oftalmologia entende que o diabetes é um tema que deve ser visto como prioridade pela saúde pública. Por isso, convidamos Governo, sociedades médicas e entidades da sociedade civil para fazerem parte dessa grande mobilização. Vamos levar esclarecimentos à população sobre o quão prejudicial o diabetes pode ser à visão e a importância da prevenção e do controle da doença, de uma forma geral", afirmou o presidente do CBO, José Beniz Neto.

Além de palestras e debates, a ação contará com a participação voluntária de celebridades, influenciadores, como blogueiros e youtubers, e atletas que vão deixar recados sobre suas experiências com o diabetes e alertando sobre os cuidados de prevenção da doença. Entre os participantes engajados estão o jornalista e apresentador Alexandre Garcia, o chefe de cozinha Alex Atala, além de medalhistas olímpicos, como a jogadora de basquete, Magic Paula, e as atletas paraolímpicas Aline Rocha e Vanessa Cristina.


Pandemia - A estratégia de ação virtual foi adotada pelo Conselho Brasileiro de Oftalmologia em função da pandemia de Covid-19, que exige o respeito a protocolos de segurança para evitar a contaminação pelo coronavírus. Contudo, independentemente desse desafio, o CBO, que organiza o evento com o apoio de inúmeras outras instituições, confia no êxito da iniciativa.

A programação completa das atividades de 21 de novembro, com foco nas mídias digitais, ficará disponível na página do CBO. Também pode ser acessada no site do evento (www.24hpelodiabetes.com.br). Para acompanhar as atividades, basta se conectar no canal do CBO no Youtube, por onde ocorrerá a transmissão.

Além dessa mobilização nacional, neste mês de novembro, diversas outras iniciativas locais vêm sendo realizadas nas cinco regiões do país, sempre com a atenção aos cuidados exigidos pela pandemia. Com o apoio do CBO, em diferentes estados, como Ceará, Bahia, Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais e Santa Catarina, médicos oftalmologistas voluntários promoveram atendimentos à população, com o uso da tecnologia, por meio do teleatendimento, e o cadastro e triagem de pacientes para realizar exames de fundo de olho e identificar e tratar pacientes com retinopatia diabética.

"O crescimento da prevalência do diabetes no mundo reforça a urgência de ações efetivas. No Brasil, entre 2006 e 2019, esse recorte passou de 5,5% para 7,4%, segundo dados do Ministério da Saúde", destaca o vice-presidente do CBO, Cristiano Caixeta Umbelino, coordenador do Projeto 24 horas pelo diabetes. Em 2018, a Organização Mundial de Saúde (OMS) avaliou existirem 400 milhões de diabéticos no mundo. Em 2040, a projeção é de que existam mais de 640 milhões de pessoas com a doença.


Diagnóstico - Também chama a atenção no Brasil que 50% das pessoas com diabetes, em especial os que estão na faixa etária de 55 e 74 anos, não sabem que têm o diagnóstico dessa doença. Com 16,8 milhões de pessoas com diabetes, o Brasil ocupa a quinta posição do ranking mundial, segundo o Atlas da Federação Internacional do Diabetes (IDF, em inglês).

Atrás apenas das doenças cardiovasculares e neoplasias, o diabetes é a terceira causa de óbitos no Brasil. Em 1990, ele ocupava a 11ª causa de morte entre os brasileiros. Devido ao seu caráter silencioso, o diabetes deveria receber atenção prioritária dos gestores públicos e privados de saúde, avaliam especialistas. Na maioria das vezes, ela manifesta sintomas apenas em estágios avançados de comprometimento, fato que contribui para o aumento de suas taxas de mortalidade e morbidade.

Além de impactar diretamente o dia a dia dos pacientes, o problema também é crucial para os cofres públicos, em função dos custos associados ao tratamento, que perdura ao longo de toda a vida do diabético. Entre os dez países com maior número de pessoas com diabetes e gastos em Saúde, o Brasil figura em segundo lugar, segundo o Atlas da Federação Internacional de Diabetes. Entre custos diretos e indiretos, em 2014, foram gastos US 15,7 bilhões no atendimento de brasileiros com diabetes.


Hoje, 16 de novembro, é o Dia Nacional de Atenção à Dislexia

Instituto ABCD divulga Carta Aberta "Precisamos falar sobre a dislexia" com metas para educação 2021


A dxisleia é o trnorsanto de arnepaizdo mais frneqete no Brsail, aftaendo dtraemnite o dnesevlvoimteno de habdlidie de lietrua, escirta e mtaeamcita.

 

Se você teve dificuldade para ler esse curto parágrafo acima, saiba que mais de 7,8 milhões de pessoas no Brasil têm dislexia e enfrentam dificuldades semelhantes na leitura. Estima-se que esse seja o número de pessoas disléxicas no País, o que corresponde a cerca de 4% da população brasileira.

A maioria dessas pessoas é subdiagnosticada e negligenciada no atendimento de suas necessidades educacionais específicas por ausência de políticas públicas, acesso precário à educação inclusiva e falta de conscientização social.

O ano de 2020 tem sido desafiador para a sociedade em vários aspectos, entre os quais a educação é um dos maiores pontos de atenção das famílias durante a pandemia. Por isso, para nós do Instituto ABCD este cenário abre espaço para fortalecer nosso trabalho de apoiar brasileiros e brasileiras com dislexia. Desta forma, anunciamos antecipadamente nossas metas para 2021:


1) Ampliar informação: disseminar o conhecimento sobre a dislexia, compartilhando ainda mais informações que reforçam a necessidade de implementar políticas públicas que valorizem o uso de ferramentas educacionais inclusivas; e estimular mais estudos e trocas com instituições e pesquisadores internacionais para acelerar trabalhos de educação favoráveis ao aprendizado de pessoas com dislexia;


2) Ampliar formação: atrair apoiadores para o programa de formação de professores "Todos aprendem", visando a fortalecer práticas pedagógicas que favoreçam a aprendizagem de todos os alunos, inclusive aqueles com dificuldades de aprendizagem. Já capacitamos mais de 16 mil professores em sete anos e, para o próximo ano, definimos a meta de dobrar esse número;


3) Ampliar parcerias: atrair parceiros e Centros de Referência com o objetivo de multiplicar o conhecimento de qualidade sobre a dislexia;


4) Ampliar alcance de soluções: levar o aplicativo EduEdu, uma das principais ferramentas digitais de apoio à alfabetização e que tem sido bastante útil para as famílias durante o isolamento, para mais pessoas em todo o Brasil. Atingimos 250 mil downloads em dez meses e temos como meta ultrapassar a marca de 1 milhão de usuários até o final de 2021, firmando o app como uma ferramenta eficaz para o apoio ao ensino.

Esperamos que a experiência vivida neste ano permita avançar e fortalecer este debate, que é interesse de todos.

 


Instituto ABCD

Juliana Amorina - diretora presidente

Nicolas de Camaret - diretor executivo

Julia Braga - gerente de produtos e desenvolvimento


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