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sexta-feira, 13 de novembro de 2020

Low carb ajuda no tratamento ao diabetes tipo 1 e 2

Estudo recente desenvolvido pela Universidade de Ohio, nos Estados Unidos, comprova a eficácia da low carb no tratamento da doença


Defensora da prática low carb para tratamento do diabetes, a Associação Brasileira Low Carb (ABLC) tem mais um motivo para comemorar. Recentemente surgiu mais uma evidência científica comprovando a eficácia da estratégia no combate à doença. Trata-se de estudo clínico realizado pela Universidade de Ohio, nos Estados e Unidos, com 16 homens e mulheres com síndrome metabólica, precursora do diabetes. O objetivo da análise, publicada no Journal of Clinical Investigation Insight, era mostrar o que acontece com pessoas obesas portadoras dessa síndrome quando aderem a uma dieta com baixo número de carboidratos.

Após 4 semanas de prática alimentar low carb, mais da metade dos participantes (cinco homens e quatro mulheres) conseguiu reverter o quadro. Lembrando que suas dietas continham calorias para manter o peso estável. A grande dúvida desse estudo e de outras análises com objetivos semelhantes é saber se a restrição de carboidratos está diretamente ligada à melhoria no quadro do diabetes, por exemplo, ou se diz respeito apenas a um efeito colateral da perda de peso, essa assim a grande consequência da prática alimentar low carb.

O estudo feito pela Universidade de Ohio trouxe mais evidências para mostrar que a restrição modesta de carboidratos é suficiente para reverter a síndrome metabólica e suas decorrências


Números alarmantes do diabetes no país

O diabetes vem crescendo em números alarmantes no país. De acordo com a Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), divulgada em 2017 pelo Ministério da Saúde, o número de pessoas diagnosticadas com diabetes aumentou 61,8% entre 2006 e 2016, passando de 5,5% da população para 8,9%.

Diante desse quadro, torna-se evidente que o público em geral e diversos profissionais da área de saúde precisam se debruçar com mais afinco sobre a doença. O tratamento do diabetes não deve se resumir à utilização de medicamentos; a mudança simples de hábitos, como prática de atividade física e alimentação saudável, também são importantes no combate à doença. No que se refere à alimentação, merece destaque, conforme a ABLC, a prática alimentar low carb, que prioriza a ingestão de comida de verdade (alimentos naturais) e a restrição do consumo de açúcar e carboidratos refinados.

A low carb aparece como uma ótima solução para o combate e tratamento do diabetes, justamente porque a doença caracteriza-se pela elevação dos níveis de açúcar no sangue, seja diabetes tipo 1, em que o corpo é incapaz de produzir insulina, ou seja diabetes tipo 2, em que há resistência à insulina. O médico, diretor-presidente da ABLC, José Carlos Souto, explica que em todas as doenças em que o organismo humano é incapaz de metabolizar ou tolerar, total ou parcialmente, uma substância, o tratamento consiste em remover essa substância. “Por que seria diferente com o diabetes?”, indaga. Souto destaca a obviedade de que eliminação da glicose na dieta seja o tratamento para uma doença cuja característica definidora é o acúmulo de glicose no sangue.

De acordo com o médico endocrinologista e diretor científico de Medicina da ABLC, Rodrigo Bomeny, a low carb é vista como mais eficaz no tratamento do diabetes tipo 2, porque o consumo de carboidratos refinados (alimentos ultraprocessados) está intimamente associado ao surgimento dessa doença. Contudo, a prática alimentar também é muito útil para quem sofre do diabetes tipo 1. Conforme Bomeny, é costume dizer que pessoas com esse tipo da doença não precisam controlar a alimentação, já que o tratamento é realizado por meio da aplicação de insulina. “Mas não é tão simples simular esse ajuste de insulina tão minucioso feito pelo pâncreas”, diz.

A insulina é o hormônio responsável pelo redução da glicemia, ou seja, pela diminuição da glicose no sangue. Segundo o médico endocrinologista, vários estudos demonstram que manter um controle glicêmico rigoroso é essencial para mitigar as complicações relacionadas ao diabetes tipo 1. No entanto, essa contenção pode ser perigosa por ocasionar excesso de hipoglicemias - diminuição da quantidade de açúcar no sangue em níveis muito baixos -, cujos sintomas são, entre outros, desmaio, fadiga, fome excessiva.

“As pessoas têm uma falsa ideia de que com uma dieta com menos carboidrato terão mais hipoglicemia. Isso não é real. O que causa hipoglicemia é o excesso de insulina e não a falta de carboidrato,” explica Bomeny. Conforme o médico, ao se calcular a dose de insulina a ser aplicada, invariavelmente, erra-se a quantidade necessária. “São muitos fatores envolvidos, tais como quantidade e velocidade de absorção do carboidrato, local de aplicação da insulina, atividade física e estresse”, cita.

Nesse sentido, de acordo com Bomeny, a melhor forma de diminuir a ocorrência de hipoglicemia é reduzir a quantidade de insulina. E, para que o efeito contrário não ocorra, ou seja, a hiperglicemia (aumento de açúcar no sangue), acaba-se por restringir a quantidade de carboidratos. “Se seu corpo não lida bem com os carboidratos, por que usá-los como base de sua alimentação?”, questiona.

Para exemplificar como a prática low carb pode ser benéfica no tratamento do diabetes tipo 1, o diretor-presidente da ABLC cita estudo recém-publicado pela revista científica Pediatrics. A análise mostra que pacientes (crianças e adultos) que seguiram essa estratégia alimentar durante dois anos, em média, tomando medicamentos em doses menores do que as exigidas em uma dieta normal, apresentaram glicose no sangue em níveis mais controlados.


Extrema eficácia no tratamento do diabetes tipo 2

O diabetes tipo 2 caracteriza-se pela resistência das células à insulina. Como forma de vencer essa resistência, o organismo produz mais hormônio, o que gera um ciclo vicioso: quanto mais insulina mais resistente ao hormônio às células se tornam. Como efeito, o açúcar se acumula no sangue, causando uma intolerância do indivíduo à glicose.

Nesse sentido, a solução não passa apenas pela ingestão de insulina, embora em algumas situações ela possa ser necessária, mas pela diminuição da ingestão da substância mal tolerada, a glicose. O diretor-presidente da ABLC, José Carlos Souto, explica que todo carboidrato é digerido no organismo em glicose, sendo natural a melhora no quadro de diabetes tipo 2 com a low carb. Além disso, a prática alimentar produz redução espontânea do apetite e perda de peso, tratando condições que vêm atreladas à doença. “É muito comum que o diabetes ou o pré-diabetes sejam acompanhados de obesidade, sobrepeso ou aumento da gordura visceral”, diz.

A eficácia da prática alimentar low carb no tratamento do diabetes tipo 2 também é corroborado por diversas evidências científicas, tais como ensaio clínico randomizado feito pela Universidade da Califórnia, em São Francisco, e publicado em dezembro de 2017 no jornal científico Nutrition & Diabetes.  No estudo, pacientes diabéticos e com sobrepeso foram divididos em dois grupos: um com uma dieta composta por 45% a 50% de carboidratos e limitado a ingerir 500 calorias diárias; e outro grupo com uma dieta cetogênica ou very low carb (VLC), podendo ingerir calorias ilimitadas.

Como resultado, mais do que o dobro do grupo que praticou a estratégia com baixo consumo de carboidratos reduziu o valor de hemoglobina glicada para menos de 6,5, saindo da definição de diabetes. Souto explica que a melhor métrica para avaliar a remissão do diabetes com medidas de estilo de vida é a redução da hemoglobina glicada, pois é ela que fornece uma média da glicemia nos últimos 90 dias. Assim, muitos pacientes inseridos no grupo da prática alimentar cetogênica pararam de usar medicamentos para diabetes, enquanto no grupo com ingestão mais alta de carboidratos nenhum paciente conseguir largar a medicação.

Os benefícios comprovados fizeram com que a Associação Americana do Diabetes, em inglês American Diabetes Association (ADA), tida como autoridade no assunto, recomendasse, em suas diretrizes atualizadas para 2019, a prática alimentar como alternativa dietética válida para o tratamento do diabetes tipo 2. Entre as vantagens da low carb, segundo a ADA, estão: perda de peso, redução da pressão arterial, aumento do HDL, o chamado colesterol bom, e redução dos triglicerídeos.


Caso real

Um exemplo que comprova a eficácia da low carb no tratamento do diabetes diz respeito à senhora Maria (nome fictício), que contava com 43 anos na época em que adotou a estratégia e compartilhou exames clínicos com seu médico.

Em apenas 45 dias de prática alimentar low carb, alimentando-se basicamente de ovos, carne e bacon, Maria, que é diabética tipo 2, melhorou diversos índices clínicos, o que ainda não havia conseguido adotando uma dieta hipocalórica de 1200 calorias.

Com estatura de 1,64m, Maria pesava 90Kg antes da prática alimentar, conseguindo reduzir seu peso para 80 kg depois de restringir o consumo de carboidratos. O nível de glicose no sangue baixou de 133 md/dL para 86 md/dL e a hemoglobina glicada foi de 6% para 5,1%. As mudanças possibilitaram à Maria reduzir as doses de seus remédios pela metade.

 



Porta-vozes

Dr. José Carlos Souto - diretor presidente da ABLC

Dr. Rodrigo Bomeny de Paulo – médico endocrinologista e diretor de Medicina na ABLC

Patrícia Gomides Ayres – nutricionista da ABLC


Novembro Azul: 40% dos homens que bebem refrigerante tem mais risco de desenvolver Câncer de Próstata

 

 Imagem do google
Dra. Luanna Caramalac explica a importância de uma dieta equilibrada para prevenir o surgimento de tumores

 

Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INC), o tumor na próstata é o segundo mais comum entre o público masculino, com taxa de mortalidade ainda alta. Embora os motivos da aparição do tumor ainda sejam estudados pela classe médica, alguns comportamentos devem ser considerados importantes e evitados, como por exemplo os descuidos na alimentação.

Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) apontam que de cada 100 casos de câncer no Brasil, 13 estão associados ao sobrepeso e obesidade. “Determinados alimentos podem ajudar a proteger o organismo já existem outros que podem potencializar o aparecimento de tumores”, afirma Dra. Luanna Caramalac

De acordo com a Dra Luanna Caramalac, ter uma dieta balanceada pode ser uma grande aliada para a prevenção do câncer de próstata. “Alguns estudos mostram que as gorduras boas, encontradas por exemplo no azeite de oliva, sementes de girassol e chia e até no abacate, exercem efeito benéfico quando consumidos em um contexto alimentar saudável,” explica a nutricionista.

No caso do Salmão e da sardinha, que são ricos em ômega-3, possuem potente ação anti-inflamatória, também são recomendados para a prevenção. “Para enriquecer ainda mais a dieta, é válido se alimentar com vegetais verde-escuros, como brócolis e couve-flor, por serem fontes de indol-3-carbinol, e atuarem, igualmente, de forma positiva, assim como o alho e a cebola, por possuírem ácidos sulfurados que evitam os  danos celulares, " alerta Caramalac.

Muitos alimentos contêm funções protetoras das células, como fitoesteróis, vitaminas C e E e betacaroteno, “Esses nutrientes não são consumidos isoladamente, ou seja, é a combinação deles que proporciona os benefícios que os alimentos podem oferecer para quem os consomem”, completa a Dra. Luanna Caramalac

Um estudo divulgado no American Journal of Clinical Nutrition, apontou que beber refrigerante diariamente pode favorecer o surgimento de tipos agressivos de câncer de próstata. Os resultados mostraram um aumento de 40% no risco de desenvolver a doença entre homens que bebiam 330 mililitros de refrigerante por dia, o que equivale a quase uma latinha. Segundo a Dra. Luanna Caramalac, da mesma forma que é preciso investir em uma alimentação adequada, também é importante reduzir o consumo de alimentos ultra processados, como exemplo, refrigerantes, sorvetes, salsichas, comidas congeladas. “Esses produtos passam por um maior processo industrial possuem componentes químicos que aumentam o risco de diversas doenças, inclusive o câncer,” finaliza.

Conheça 3 grupos alimentares que auxiliam na prevenção do Câncer de Próstata: 

 

1– Oleaginosas 

Nozes, amêndoas, amendoins, castanhas são alguns dos representantes deste grupo alimentar rico em selênio. Esse sal mineral é antioxidante e ajuda na renovação das células. Além disso, a vitamina E presente nas oleaginosas é responsável pela melhora do funcionamento do sistema imunológico.

 

2 – Brócolis e Couve-flor

Por serem fontes de indol-3-carbinol, e atuarem, igualmente, de forma positiva na prevenção.

 

3– Romã

Recentemente, descobriu-se que substâncias ativas no suco de romã (como a pomegranate), possui ação antioxidante, têm impacto na adesão e na migração de células cancerosas no câncer de próstata.

 

Nutricionista Dra. Luanna Caramalac Munaro - CRN-3 49383 - atua na área da saúde integrativa com o foco em prevenção e tratamentos de doenças crônicas não transmissíveis, como: doenças autoimunes, depressão, infertilidade, câncer, diabetes, HAS, compulsão alimentar e emagrecimento.

Pós graduada em nutrição clínica funcional- VP, pós graduada em adequação nutricional e manutenção da homeostase, pós graduanda em nutrição comportamental- IPGS, formação em modulação intestinal.

 

Vacina contra COVID-19: você se sente seguro para imunizar seu filho?


Pediatra explica segurança vacinal e seu reflexo na população infantil


O nosso corpo nasce com um verdadeiro exército que o defende de micro-organismos. Há barreiras físicas, como cílios, lágrimas e muco e outras invisíveis a olho nu: os nossos anticorpos.

As vacinas são formas de treinar esse exército para que saiba como, quando e contra quem lutar. Extremamente seguras, as vacinas salvam a vida de 2,5 milhões de pessoas em todo o mundo anualmente e são desenvolvidas seguindo rígidos protocolos de segurança.

Neste ano, diversas farmacêuticas estão em uma verdadeira corrida para tentar descobrir uma vacina contra o novo coronavírus e, dessa forma, tentar conter a pandemia de COVID-19. Nesta semana, a norte-americana Pfizer anunciou que teve 90% de sucesso na imunização de pacientes voluntários.

Nas redes sociais, uma pergunta figura no feed de tempos em tempos: você teria coragem de tomar uma vacina contra a COVID-19? E de vacinar seus filhos?

A discussão tem sido alvo de disputa política e discussões acaloradas. "Acredito que as vacinas são seguras e estejam passando pelos protocolos necessários, mas é importante destacar que a maioria das crianças foi marginalizada e seguem fora dos estudos das vacinas", alerta o médico pediatra Dr. Paulo Telles, especialista pela Sociedade Brasileira de Pediatria.

O caminho para a vacinação pediátrica, segundo o médico, exigirá uma expansão gradual de grandes testes com adultos e adolescentes e, em seguida, em crianças mais novas. "A vacina da Pfizer foi aprovada pelo FDA para ser testada em crianças a partir dos 12 anos. Nenhum estudo está sendo feito com crianças abaixo dos 5 anos de idade!"

Será necessário uma série de estudos robustos sobre eficácia e segurança do imunizante e avaliação criteriosa sobre os efeitos colaterais antes de chegar ao público infantil.

Para o Dr. Paulo, o ponto mais importante a ser discutido é o risco da vacina versus os riscos da COVID-19 em crianças.

 

"Quase um ano após o primeiro caso de infecção que, nas crianças, a doença é leve, sem maiores riscos e sem diferença em termos de gravidade e complicações quando comparados a outros quadros virais aos quais nossos filhos são expostos há séculos e com os quais convivem muito bem", diz o médico.

Em média, crianças que frequentam escolas podem ter de 8 a 15 casos virais por ano sem precisarem ser isoladas. "Com isso, quero dizer que não podemos tolerar nenhum efeito colateral nos testes das vacinas, já que a COVID-19 é benigna em crianças. E os números provam isso: dos 1,1 milhões de testes positivos no Brasil, 2,5% foram em crianças até 9 anos e só 0,1% dos óbitos foi neste público, segundo a Secretaria de Saúde de São Paulo", destaca Dr. Paulo.

Todos os especialistas concordam que os dados pediátricos são vitais para o lançamento da vacina e o licenciamento de uma imunização para uso no público infantil não pode ser baseado só em dados de adultos.

"As vacinas mudaram o curso da mortalidade infantil ao longo do último século e sou 100% a favor delas, mas neste caso, precisamos pensar no quanto os pais se sentem confortáveis em inscrever seus filhos para uma vacina experimental e devemos reforçar a importância da vacinação contra outras doenças", destaca o pediatra, lembrando que os índices de vacinação nas crianças caíram abruptamente em 2020.

"Optar por não vacinar a criança não é uma decisão individual, mas sim coletiva, porque pode atingir toda a sociedade e permitir a volta de doenças já eliminadas da circulação, como aconteceu com o sarampo em nosso país", lembra o médico, "é fundamental levar informação, quebrar conceitos errados, preconceituosos e lutar contra a desinformação das redes sociais".

É fundamental desenvolver na população a importância da saúde coletiva para a erradicação de doenças, uma vez que lutamos há séculos contra agentes invisíveis e, "neste momento de pandemia, sentimos na pele e de forma radical como nossas vidas são frágeis e como precisamos pensar na saúde de forma coletiva".

 


Dr. Paulo Nardy Telles - CRM 109556 @paulotelles  • Formado pela Faculdade de medicina do ABC  • Residência médica em pediatra e neonatologia pela Faculdade de medicina da USP  • Preceptoria em Neonatologia pelo hospital Universitário da USP  • Título de Especialista em Pediatria pela SBP  • Título de Especialista em Neonatologia pela SBP  • Atuou como Pediatra e Neonatologista no hospital israelita Albert Einstein 2008-2012  • 18 anos atuando em sua clínica particular de pediatria, puericultura.

Dia Mundial do Diabetes: glicemia descontrolada eleva possibilidade de complicações para pacientes com Covid-19

A alta concentração de glicose (açúcar) no sangue é considerada fator de risco para pacientes que contraem a COVID-19 
Créditos: Freepik


Obesidade e diabetes estão entre os principais fatores de risco no combate ao vírus


Fortalecimento do sistema imunológico, controle do peso, aumento da memória e concentração são alguns dos benefícios de uma alimentação saudável. Ter o hábito de consumir refeições balanceadas e nutritivas evita o excesso de gordura corporal, que pode levar a outras complicações na saúde, como o surgimento de doenças cardiovasculares e diabetes. 

Em um cenário de pandemia, a obesidade e a alta concentração de glicose (açúcar) no sangue são considerados fatores de risco para pacientes que contraem a COVID-19. No final de outubro, o informe epidemiológico da Secretaria de Saúde do Paraná indicou que 32% dos pacientes que morreram por coronavírus tinham o diabetes como fator agravante, e outros 7% tiveram complicações por causa do excesso de peso. 

A nutricionista Andressa Troles, da equipe de check up do Hospital Marcelino Champagnat, explica que o diabetes é uma doença crônica caracterizada pela produção insuficiente de insulina que gera um excesso de glicose no sangue e essa disfunção pode ser um agravante e sinal de alerta com a COVID-19. “Pacientes com diabetes não têm mais riscos de contrair COVID-19, mas sim de maior gravidade da doença, caso a glicemia esteja descontrolada”, afirma. 

O cirurgião do aparelho digestivo Caetano Marchesini, especialista em cirurgia bariátrica do Hospital Marcelino Champagnat, em Curitiba, explica o porquê dessa relação perigosa entre obesidade e coronavírus. “O excesso de gordura é uma inflamação crônica do corpo, que leva à imunossupressão, à redução da capacidade do sistema imunológico. Ou seja, com a imunidade afetada, o organismo do obeso tem mais dificuldade em combater o vírus”, diz. Marchesini conta que, na época do vírus H1N1, de 37 a 47% dos pacientes obesos infectados pelo vírus evoluíam a doença para quadros mais graves. Agora, com o coronavírus, a estatística quase dobrou. De 70 a 80% dos obesos infectados pela COVID-19 evoluem para sintomas graves da doença.

Para evitar complicações e manter a saúde e o bem-estar mesmo durante a pandemia, muitos brasileiros têm buscado encontrar formas adequadas a cada caso para combater a obesidade. Uma das alternativas médicas em pacientes com alto IMC é a cirurgia bariátrica. Marchesini conta que muitos pacientes obesos lhe procuraram preocupados em emagrecer, por entenderem o risco que a obesidade lhes trazia frente ao coronavírus. 

Com pré-diabetes, o chef de cozinha Vavo Krieck, 48 anos, passou pelo procedimento que seguiu todos os rigorosos protocolos de segurança sanitária adotados pelo hospital. O paciente tinha 134 quilos (oito dos quais ganhou na pandemia), mas já perdeu 20, após pouco mais de 45 dias da cirurgia. “A pandemia serviu como um grande espelho na vida de todo mundo. Coisas que antes a gente achava que conseguia controlar, o tempo em casa mostrou que não dava mais pra varrer a sujeira para baixo do tapete. Eu achava que a hora que eu quisesse, eu conseguiria emagrecer. Mas notei que não é bem assim”, diz Vavo.

Somados à obesidade e ao pré-diabetes, outros fatores que fizeram com que o chef de cozinha optasse pela cirurgia foram a  hipertensão, apneia e a falta de fôlego para brincar com os filhos gêmeos de cinco anos. “Já estou praticando atividade física três vezes por semana, meu fôlego já está melhorando, minha pressão arterial voltou completamente ao normal. Não poderia ter tido decisão melhor. Todos os aspectos da vida começaram a melhorar”, analisa o paciente.


Nutrição

Mas nem todas as pessoas acima do peso necessitam de cirurgia bariátrica. De acordo com a nutricionista Andressa Troles, da equipe de check up do Hospital Marcelino Champagnat, a cirurgia começa a ser indicada para pessoas com IMC maior que 35 para pacientes com comorbidades (diabetes, pressão alta) e 40 aos pacientes com obesidade mórbida. Ainda assim, cada caso é analisado individualmente. Abaixo desse patamar, o indicado é uma alimentação saudável e balanceada. 

Além do combate à obesidade e ao diabetes, uma refeição nutritiva traz benefícios para a saúde como um todo, melhorando a qualidade do sono, disposição e concentração. Para estabelecer uma boa dieta, a nutricionista dá algumas dicas de como começar: 

- Fazer trocas saudáveis – a bolacha pela fruta com granola, cookies integrais, iogurte natural, por exemplo

-  Aumentar o consumo de frutas e verduras ao dia, entre 3 e 5 porções 

- Troque tudo o que tem farinha branca pela integral (pães, bolachas, macarrão, arroz)

- Acrescente ovos mexidos, frutas, aveia, granola no café da manhã e lanches intermediários 

- Adicione oleaginosas (castanhas) e sementes na alimentação

- Não tem tempo pra cozinhar?  Organize para ir à feira ou ao supermercado no fim de semana. Cozinhe marmitas para a semana toda (frango desfiado, carne moída, arroz integral, legumes diversos, sopas) e congele para ir consumindo na semana

- Não quer ter trabalho com o preparo? Ao invés de fast food, opte pelas marmitas fitness

 



Hospital Marcelino Champagnat

 

Dia Mundial do Diabetes: Saiba quais são os perigos dessa doença, que atinge 463 milhões de pessoas no mundo

O açúcar não é a única causa para o desenvolvimento dessa enfermidade. O excesso de calorias ingeridas, má alimentação, obesidade, sedentarismo e histórico familiar também são fatores agravantes

 

O Dia Mundial do Diabetes é promovido no dia 14 de novembro para dar luz a esse importante tema e também para conscientizar a população sobre a prevenção e tratamento da doença, que atinge 16 milhões de brasileiros, segundo dados da OMS.

Segundo pesquisa realizada, em 2019, pela Federação Internacional de Diabetes (IDF, na sigla em inglês), 463 milhões de pessoas no mundo, entre 20 e 79 anos, possuem diabetes. As estimativas se baseiam nos casos diagnosticados, portanto, os números reais assustam porque podem ser ainda maiores do que os registrados, já que muitas pessoas possuem diabetes sem saber.

É uma doença silenciosa e perigosa. Você já deve ter ouvido falar que o açúcar é o grande vilão para o desenvolvimento da doença, mas ele não é o único: o excesso de calorias ingeridas, má alimentação, obesidade, sedentarismo e histórico familiar são fatores de risco para o desenvolvimento dessa enfermidade, que é um problema global e tem aumentado cada vez mais nos últimos anos.

A enfermidade ocorre pela falta de insulina e/ou pela incapacidade da insulina exercer adequadamente sua função no organismo, causando um aumento da glicose (açúcar) no sangue, chamado de hiperglicemia, que pode prejudicar vários órgãos, entre eles os nervos, vasos sanguíneos, rins, olhos, coração, colocando a vida do portador da doença em risco.

Existem diferentes tipos de diabetes:


- Tipo 1 (insulinodependente): geralmente diagnosticado na infância ou adolescência. O pâncreas produz pouca ou nenhuma insulina, resultando na retenção da glicose no sangue ao invés de ser utilizada como energia pelas células do corpo. Nesse tipo, a pessoa precisa ser tratada por meio de aplicações diárias de injeções de insulina;


- Tipo 2: é responsável por quase 90% dos casos, costuma ser mais frequente em adultos e está associado a um estilo de vida não saudável. Aparece quando o organismo não consegue utilizar adequadamente a insulina que produz ou não produz insulina suficiente para controlar a taxa de glicemia. O tratamento é feito por medicamentos, exercícios físicos e planejamento alimentar;


- Diabetes gestacional: as mudanças hormonais durante a gravidez podem aumentar o nível de glicose no sangue da gestante, mas o aumento de peso excessivo também é um fator de risco.

Para detectar essa patologia é necessário realizar o exame de sangue. Contudo, alguns sintomas podem ser identificados com mais facilidade: poliúria (urinar demais), aumento do apetite, alterações visuais, feridas que demoram a cicatrizar, distúrbios cardíacos e renais.

É importante não minimizar os sintomas e procurar um médico para manter os exames em dia, além da prática de hábitos saudáveis. Quando o diabetes não é tratado podem surgir complicações graves com risco de vida.

 



Trasmontano Saúde

https://www.trasmontano.com.br/

 

Monumentos do Rio de Janeiro e de Brasília se "vestem" de azul pela conscientização para os riscos do diabetes

Em ação coordenada pelo Conselho Brasileiro de Oftalmologia, iniciativa busca chamar a atenção da população para a importância da adoção de hábitos saudáveis e de fazer exames preventivos


O Castelo da Fiocruz, no Rio de Janeiro, e os prédios do Congresso Nacional e da Catedral de Brasília, no Distrito Federal, ganharão iluminação azul a partir desse sábado (14) como parte das comemorações pelo mês de prevenção ao diabetes. Os responsáveis por esses monumentos aceitaram prontamente o convite do Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO) para aderirem à campanha do Novembro Azul.

"Estamos falando de pontos de grande visibilidade em cidades importantes. O fato de terem mudado a iluminação simboliza a preocupação de todos com a saúde individual e coletiva e, certamente, fará vários motoristas, passageiros e pedestres que passarem em frente desses prédios a se perguntarem se estão com os exames para prevenção ao diabetes em dia", disse o presidente do CBO, José Beniz Neto.

Neste ano, o Conselho Brasileiro de Oftalmologia está coordenando uma série de ações em vários estados, buscando conscientizar a população sobre os riscos do diabetes. Em vários locais, seguindo as recomendações de distanciamento para evitar a contaminação pela Covid-19, foram ou serão realizados esforços concentrados para facilitar o acesso de pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) a exames de prevenção para o diabetes e a retinopatia diabética, complicação que pode levar à cegueira.


24 horas - O ponto alto das atividades organizadas pelo CBO acontece no dia 21 de novembro, quando ocorrerá uma maratona no ambiente virtual, com foco na prevenção e no esclarecimento dos brasileiros sobre o tema. O projeto 24 horas pelo diabetes incluirá a apresentação de entrevistas e palestras, bem como de depoimentos de pacientes, artistas e celebridades. A ação digital contará com a participação dos usuários das redes sociais, que poderão enviar perguntas, depoimentos e comentários. Interessados poderão também participar de sessões de teleorientação com médicos voluntários.

A programação completa das atividades de 21 de novembro, com foco nas mídias digitais, ficará disponível na página do CBO, dedicada ao evento (www.24hpelodiabetes.com.br). Dentre os pontos ressaltados, está a repercussão que o diabetes traz para a saúde ocular. Cristiano Caixeta Umbelino lembra que a retinopatia diabética é uma das principais causas de cegueira. "O crescimento da prevalência do diabetes no mundo reforça a urgência de ações efetivas. No Brasil, entre 2006 e 2019, a prevalência de diabetes passou de 5,5% para 7,4%, segundo dados do Ministério da Saúde", destaca.


Sem diagnóstico - No Brasil, 50% das pessoas com diabetes, em especial os que estão na faixa etária de 55 e 74 anos, não sabem que têm o diagnóstico dessa doença. Esse dado é mais prevalente e proporcionalmente igual entre homens e mulheres, de acordo com o Estudo Longitudinal de Saúde do Adulto (Elsa). Para o Conselho Brasileiro de Oftalmologia, essa subnotificação é preocupante, pois a falta de acompanhamento da doença pode desencadear complicações graves ao paciente.

Com 16,8 milhões de pessoas com diabetes, o Brasil ocupa a quinta posição do ranking mundial, segundo o Atlas da Federação Internacional do Diabetes (IDF, em inglês). Nesse contexto, as mulheres são as mais acometidas, no entanto, o aumento da prevalência da doença nos homens tem sido expressivo. Segundo a série histórica do Sistema de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel) do Ministério da Saúde, em 2018, 7,1% dos homens e 8,1% das mulheres são portadores da doença.

Atrás apenas das doenças cardiovasculares e neoplasias, o diabetes é a terceira causa de óbitos no Brasil. Em 1990, ele ocupava a 11ª causa de morte entre os brasileiros. Na contramão de outras doenças crônicas não transmissíveis, a taxa de mortalidade do diabetes no Brasil vem crescendo de forma relevante. Saltou de 12,8 mortes por 100 mil habitantes, em 1992, para 28,8 mortes, em 2010.

Além de impactar diretamente o dia a dia dos pacientes, o problema também é crucial para os cofres públicos, em função dos custos associados ao tratamento, que perdura ao longo de toda a vida do diabético. Entre os dez países com maior número de pessoas com diabetes e gastos em Saúde, o Brasil figura em segundo lugar, segundo o Atlas da Federação Internacional de Diabetes. Entre custos diretos e indiretos, em 2014, foram gastos US 15,7 bilhões no atendimento de brasileiros com diabetes.

Dia Mundial do Diabetes: especialista explica sobre doença que acomete cerca de 300 milhões de pessoas em todo o mundo

Segundo Jaqueline Pais, endocrinologista do Hospital Icaraí, há uma influência genética no diabetes tipo 1 e no diabetes tipo 2, com fatores de risco como pressão alta, obesidade, história familiar de diabetes, colesterol, triglicerídeos altos e apneia do sono


Oficialmente, o dia 14 de novembro é conhecido como o Dia Mundial do Diabetes. Por meio de dados fornecidos pela Federação Internacional de Diabetes (IDF, sigla em inglês), em todo mundo, mais de 300 milhões de pessoas têm a doença e um alto percentual vive em países em desenvolvimento. Atualmente, no Brasil, há mais 13 milhões de pessoas vivendo com diabetes, o que representa 6,9% da população.  "A enfermagem no cuidado dos pacientes com diabetes" será tema do Dia Mundial do Diabetes 2020.

Com a temática “Enfermagem”, escolhida pela International Diabetes Federation (IDF), o Dia Mundial do Diabetes 2020 vai abordar como os enfermeiros fazem a diferença na vida das pessoas acometidas pela doença. O tema visa alertar sobre  o papel do enfermeiro na luta pela prevenção e pelo diagnóstico precoce do diabetes e/ou de suas complicações agudas e crônicas.  

Jaqueline Pais, endocrinologista e coordenadora do serviço de Clínica Médica do Hospital Icaraí,  explica que a diabetes é uma doença crônica, na qual o corpo não produz insulina ou não consegue utilizar adequadamente a insulina que produz (esse hormônio controla o nível de glicose no sangue).

"Como resultado, o nível de glicose no sangue fica alto. Se esse quadro permanecer por longos períodos, poderá haver danos em órgãos, vasos sanguíneos e nervos. Existe o diabetes tipo 1, em que o sistema imunológico destrói as células beta do pâncreas, e aí pouca ou nenhuma insulina é liberada para o corpo. Esse tipo de diabetes  representa 5-10% do total de pessoas  com a doença e aparece geralmente em crianças e adolescentes. Já o diabetes tipo 2 é o mais comum, no qual o indivíduo não produz insulina suficiente ou não consegue usá-la de forma adequada, e se manifesta mais frequentemente em adultos", esclarece.  

Dentre os fatores de risco,  a profissional do Hospital Icaraí ressalta que há uma influência genética no diabetes tipo 1 e no diabetes tipo 2, com fatores de risco, como pressão alta, obesidade, histórico familiar de diabetes, colesterol e/ou triglicerídeos altos, apneia do sono, etc. 

"O diagnóstico é feito por meio de um exame de sangue, com pelo menos 8h de jejum. Se o exame vier maior que 100 mg/dL, deve ser feita a curva glicêmica , em que é utilizado um xarope de glicose", afirma Jaqueline, acrescentando que o tratamento inclui a dieta, exercícios físicos e medicamentos,  que devem ser prescritos pelo médico, que saberá o melhor remédio de acordo com o perfil do paciente. 

A endocrinologista ainda salienta que os critérios para o diagnóstico de diabetes são: Hhemoglobina glicada ≥ 6,5% - ou – ;  glicemia de jejum ≥ 126mg/dL - ou -; glicemia pós-prandial de duas horas ≥ 200mg/dL no teste de tolerância à glicose. - ou – ; e glicemia ao acaso (em qualquer horário) ≥ 200mg/dL em pacientes sintomáticos (poliúria, polidipsia e perda de peso).

 

Vacina contra Covid-19 desenvolvida por empresa brasileira em parceria com companhia americana recebe apoio da Anvisa para testes em humanos

A decisão foi tomada após uma reunião bem-sucedida com a Agência no dia 06 de novembro de 2020, onde foi apresentado dados pré-clínicos promissores e robustos em testes já realizados em roedores com a S1 da PDS


A vacina que visa prevenir a infecção por Covid-19, desenvolvida pela empresa brasileira de biotecnologia Farmacore, em parceria com a PDS Biotechnology Corporation, acaba de receber o apoio da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) para complementar documentação para iniciar os testes em humanos fase 1/2. A decisão foi tomada após uma reunião bem sucedida com a Agência no dia 06 de novembro de 2020, onde foi apresentado dados pré-clínicos promissores e robustos em testes já realizados em roedores com a vacina em desenvolvimento pela Farmacore e PDS.

Denominada Versamune®-CoV-2FC, a vacina é a combinação de uma proteína SARS-CoV-2 recombinante, com a nanotecnologia da plataforma Versamune®, da PDS Biotech, uma tecnologia patenteada para a ativação das células T.

A Farmacore está em contato com agências governamentais específicas com o objetivo de estender o financiamento pré-clínico para cobrir o próximo ensaio clínico em humanos, previsto para começar no primeiro semestre de 2021. "PDS Biotech e Farmacore agora estão um passo mais perto de conseguir avançar com os estudos e criar uma vacina para combater a COVID-19 através da nanotecnologia da plataforma  Versamune®", disse o Dr. Frank Bedu-Addo, CEO da PDS Biotech.

Os resultados pré-clínicos demonstraram potencial para induzir uma resposta imune ampla e robusta. Estamos ansiosos para avaliar nossa vacina em parceria com a Farmacore em ensaios clínicos com humanos e para avançar com nossos estudos, que mostra o potencial de novas vacinas baseadas em Versamune®, para fornecer proteção de longo prazo contra infecção por vírus SARS- Cov2 (Covid 19). ”

“Nesta pandemia global, é responsabilidade da comunidade científica ser agil e garantir que estamos priorizando a vacina com maior potencial clínico e que podemos progredir mais rapidamente”, disse Helena Faccioli, CEO da Farmacore. "Estamos entusiasmados em continuar avançando na parceria com a PDS Biotech e em ter o apoio da ANVISA para fornecer a oportunidade de desenvolver um tratamento no Brasil na luta contra esta pandemia."

As empresas planejam utilizar vários locais de pesquisa e desenvolvimento nos Estados Unidos e no Brasil para progredir no desenvolvimento pré-clínico e clínico da vacina. A Farmacore liderará os esforços regulatórios e de ensaios pre-clinicos e clínicos no Brasil, enquanto a PDS Biotech continuará a contribuir com conhecimento científico e suporte operacional.


Sobre a PDS Biotechnology

A PDS Biotech é uma empresa de imunoterapia em estágio clínico com um crescente número de imunoterapias contra o câncer e vacinas contra doenças infecciosas com base na plataforma de tecnologia de ativação de células-T Versamune® (propriedade intelectual da empresa). O Versamune® efetivamente fornece antígenos específicos da doença para captação e processamento in vivo, além de ativar a importante via imunológica do interferon do tipo 1, resultando na produção das potentes células-T “killer”, além de anticorpos neutralizadores. A PDS Biotech tem criado várias terapias com base em combinações de Versamune® e antígenos específicos de doenças, projetados para treinar o sistema imunológico a reconhecer melhor as células da doença e efetivamente atacá-las e destruí-las. Para saber mais, visite www.pdsbiotech.com ou siga-nos no Twitter em @PDSBiotech.


Sobre Farmacore

A Farmacore é uma empresa start-up de biotecnologia fundada em 2005, com foco em pesquisa e desenvolvimento de produtos imunobiológicos inovadores para uso nos setores de saúde humana e veterinária. É uma empresa de base tecnológica que realiza pesquisa e desenvolvimento de produtos e processos para os setores humano e veterinário. Desenvolve produtos biotecnológicos e imunobiológicos inovadores e agrega valor a eles em todas as etapas do desenvolvimento, desde a concepção do projeto até a produção de biomoléculas. Para saber mais visite: www.farmacore.com.br.


Sobre o Versamune®-CoV-2FC

O Versamune®-CoV-2FC  é um projeto de vacina para COVID-19 desenvolvida em conjunto entre PDS Biotech e Farmacore, que combina a plataforma Versamune® de ativação imune com uma proteína recombinante a partir do Coronavírus 2, da Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS-CoV-2) reconhecível por nosso sistema imunológico (antígeno). O perfil alvo da vacina é fornecer rápida indução de anticorpos neutralizantes, bem como células-T “killer” e células-T de memória contra o vírus SARS-CoV-2, em pacientes vacinados com Versamune®-CoV-2FC para proteger contra o COVID-19 e impedir a propagação da infecção.

  

Você sabe como descartar o lixo de maneira correta?

Especialista ensina 6 medidas simples para ajudar e proteger o meio ambiente


Os números são altos. No Brasil são geradas 78,4 milhões de toneladas de resíduos sólidos por ano. Desses, 30 milhões de toneladas são descartados de forma inadequada. Para completar, a média de resíduos gerados por uma pessoa chega a um quilo por dia. E um dado alarmante: medicamentos, fármacos e embalagens de cosméticos, entre outros resíduos chamados de micropoluentes, além de perfurocortantes e infectantes gerados em nossas casas, são classificados como resíduos urbanos e, com isso, a lei afasta a obrigatoriedade do descarte adequado, permitindo que o mesmo seja feito no lixo comum.

O assunto é tão sério que a ONU criou um grupo de estudo para criação de soluções inovadoras para a gestão do lixo doméstico (isso porque o resultado do descarte inadequado é poluição e contaminação do meio ambiente). Para evitar que isso ocorra, fazer a nossa parte em casa é de grande ajuda. De acordo com Rafael Zarvos, especialista em Gestão de Resíduos Sólidos e fundador da Oceano Gestão de Resíduos, com algumas medidas simples podemos contribuir e proteger o meio ambiente.

Para ajudar nessa missão, o especialista dá seis dicas de como descartar o lixo em casa de forma correta. Confira!

• "Separar o resíduo orgânico do lixo comum. Para isso, a melhor opção é ter uma composteira ou contratar o serviço de coleta em domicílio. A compostagem é um sistema prático, compacto, higiênico e amigo do meio ambiente, onde minhocas e microorganismos transformam restos de alimentos em adubo de alta qualidade";

• "Muitas pessoas não sabem o que fazer com o óleo de cozinha que sobra. Uma boa ideia é colher o óleo utilizado, colocar em uma garrafa PET e levar em um PEV (Ponto de Entrega Voluntária), próximo à sua casa ou contratar o serviço de coleta em domicílio";

• "Tenha uma lixeira apenas para os produtos recicláveis. Assim, fica mais fácil organizar na hora de levar para a coleta seletiva do prédio ou em postos de entrega voluntária. É importante higienizar (basta passar água) os resíduos antes de entregá-los para a reciclagem";

• "Colocar os rejeitos (como são chamados os resíduos que não pode ser reaproveitados), como absorventes, fraldas, fitas adesivas, etiquetas, papel higiênico e papel engordurado em caixas de papelão, separados da lixeira doméstica";

• "Alguns itens precisam de descarte ambientalmente adequado. São eles pilhas e baterias (que contêm cádmio, chumbo, mercúrio, manganês, cobre, níquel, lítio, cromo e zinco), além de medicamentos, cosméticos, produtos de limpeza e produtos de higiene pessoal, uma vez que estes contêm micropoluentes. Objetos perfurocortantes também devem ter o descarte adequado pelo risco de contaminação ou de cortes";

• "Tente evitar o uso de sacolas plásticas para descartar o seu lixo. No lugar delas, opte por sacos de papel ou caixas de papelão. Vale lembrar que as sacolas plásticas são um dos itens que mais demoram a se decompor".

 


Oceano
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Chile anuncia reabertura de fronteira para estrangeiros a partir de 23 de novembro

 Medida acontecerá de forma gradual e em um primeiro momento somente pelo Aeroporto Arturo Merino Benítez


Após quase 250 dias fechadas devido à pandemia do novo coronavírus, as fronteiras do Chile já têm data de reabertura para receber os primeiros estrangeiros apenas por via aérea e por meio do Aeroporto Arturo Merino Benítez. Dessa forma, a partir da meia noite da próxima segunda-feira, 23 de novembro, segundo decreto oficial, serão retiradas as restrições para entrada de turistas internacionais, os quais deverão cumprir restritas medidas sanitárias de acordo com o protocolo elaborado pelo Ministério da Saúde – do qual participou a Subsecretaria de Turismo.

O primeiro requisito será que, antes de chegar ao Chile, os passageiros deverão preencher uma declaração juramentada constando a origem, destino, condição de saúde e possíveis sintomas relacionados ao coronavírus – procedimento similar ao que foi implementado há alguns meses para cidadãos chilenos.

O subsecretario de Turismo, José Luis Uriarte, comemorou o anúncio, já que será possível reativar o setor turístico e dar mais um passo no plano que o governo implementou. Entretanto, destacou a importância de todos continuarem se cuidando e respeitando os protocolos sanitários para não haver retrocesso. 

“Apesar de ser possível visitar o Chile, com a abertura das fronteiras e entrada permitida de turistas estrangeiros, a pandemia ainda não terminou. Essas medidas não significam que podemos relaxar, pelo contrário, devemos ser ainda mais responsáveis e cuidadosos, pois conforme a condição sanitária permita, avançaremos ainda mais para poder reativar o setor”, completou Uriarte.

O protocolo para ingresso de estrangeiros contempla, além da declaração juramentada de cada visitante, um exame PCR negativo feito até 72 horas antes do voo.

Dessa forma, os turistas não precisarão fazer quarentena, mas serão controlados por meio de um aplicativo que os monitorará de maneira constante. Isso permitirá o rastreamento do itinerário do visitante e ação rápida ao surgimento de qualquer sintoma que requeira atenção.

O subsecretario de turismo explica que o PCR negativo é parte fundamental para manter a segurança do país. “Ninguém poderá embarcar em seus locais de origem se não tiverem o exame negativo”.

O protocolo de reabertura de fronteiras para ingresso de turistas estrangeiros será realizado de forma gradual. Por isso, primeiramente ele será feito por via aérea e somente pelo Aeroporto Arturo Merino Benítez. A entrada por via terrestre e marítima permanecerá fechada a espera que a condição sanitária permita sua reabertura.

 

Pagamento do 13º salário pode sofrer mudanças em 2020


Lei que possibilitou a redução da jornada e salário de empregados e a suspensão de contratos de trabalho não contempla os impactos na gratificação natalina, traz dúvidas e insegurança jurídica



Com a chegada do final do ano, se aproxima também o período de pagamento do 13° salário, mas com as mudanças nas regras trabalhistas em função da pandemia, essa gratificação natalina tem causado dúvidas e divergências. Já que a Lei nº 14.020/2020, publicada em março, apesar de possibilitar a redução da jornada e do salário ou a suspensão do contrato de trabalho, não abordou expressamente se haveria diferença no cálculo do subsídio de Natal, a partir das modificações legais ocorridas.

“Em razão dessas alterações nos contratos trabalhistas, muitos empregados podem ter ficado por meses sem prestar qualquer tipo de serviço e alguns tiveram ainda redução significativa em sua carga horária. Nesse sentido, várias dúvidas em relação ao pagamento do 13° e uma insegurança jurídica tem surgido”, explica a coordenadora da área de Relações de Trabalho e Consumo no escritório Andrade e Silva Advogados, Bianca Dias de Andrade.

A especialista acrescenta que no caso da redução de salário e jornada, não há tanta controvérsia em relação à necessidade de pagamento da bonificação durante o período, uma vez que, mesmo que de forma reduzida, o empregado continuou prestando serviços. Inclusive o Ministério da Economia se posicionou neste sentido. Entretanto, sobre empregados que estiveram em suspensão contratual há maior divergência de entendimento entre os especialistas.

“Para alguns seria incorreto excluir os meses de suspensão do cálculo do 13º salário, já que a norma não trouxe previsão expressa a esse respeito. Para outros, os meses em que o empregado ficou em suspensão contratual, devem ser excluídos do cálculo, já que não houve nenhum tipo de trabalho no período”, comenta Bianca.

Apesar disso, segundo a advogada, não há como garantir que essa é a medida correta, uma vez que a legislação é recente e ainda não há posicionamento pacificado pelos tribunais. Contudo, a expectativa é que grande parte dos empregadores adotem esse posicionamento, excluindo os meses de suspensão de contrato para fins de pagamento do 13° salário, já que trará um impacto positivo no caixa das empresas.

A advogada orienta que esse período de suspensão contratual não se aplica para fins de aposentadoria, nem há recolhimentos previdenciários, por isso, não há que se falar em pagamento de 13º salário durante esse período. “Neste caso, se o empregado em determinado mês teve o contrato suspenso por mais de 15 dias, o referido mês não seria incluído para fins de pagamento da gratificação natalina”, explica.



Estado de calamidade

As medidas, possibilitadas pela Lei nº 14.020/2020, tendo em vista o estado de calamidade pública trazido pela covid-19, foram autorizadas, desde que cumpridos os requisitos exigidos na legislação. Em contrapartida, o governo efetuaria o pagamento do benefício emergencial, conforme disponibilidade orçamentária. Além disso, o último Decreto n° 10.517/2020, publicado em 14 de outubro de 2020, prorrogou o prazo de utilização das medidas, possibilitando que a redução ou suspensão seja adotada por até 240 dias, desde que o acordo tenha duração até 31 de dezembro deste ano.


Um caminho desafiador é apontado pela Conferência São Paulo Sua

A Conferência São Paulo Sua lançou para o diálogo social com a sociedade e os candidatos a prefeito, vice e vereadores o documento “São Paulo Sua para uma cidade do bem viver”. É a chamada Agenda mínima, necessária e imprescindível. Um Pacto pela Cidade formado por três áreas: o pacto pela vida, pelo trabalho e pela democracia dentro de uma cultura de paz. (https://bit.ly/32a9W0Y).

Fruto da participação de 1.000 lideranças de 150 entidades e instituições durante um ano em debates de equipes de trabalho, seminários, encontros e plenárias transformou-se num documento referencial da cidadania e da ideia de que São Paulo tem jeito. Foram realizadas lives convidando todos os candidatos a prefeito e vice a apresentarem suas propostas e compromissos em relação à Agenda mínima da São Paulo Sua. (www.saopaulosua.org.br)

Na contramão da dispersão partidária natural nas eleições a Agenda mínima propõe ser o caule e as raízes que a cidade precisa implementar e conquistar na maior cidade do continente americano.

Esta pandemia em curso e suas dramáticas consequências aumentam as responsabilidades em articular um amplo e plural arco de alianças democrático da sociedade civil  para pressionar os poderes executivo, legislativo e judiciário a estarem à altura dos desafios que a cidadania e a democracia exigem. O Plano Diretor Estratégico Municipal de São Paulo terá uma revisão na Câmara em 2021.Isto influi no desenvolvimento econômico e urbana de toda a cidade. Os interesses do capital imobiliário, das empresas de transportes públicos e do lixo, por exemplo, podem conflitar com os anseios de 2,5 milhões de paulistanos que não possuem moradia nem saneamento ambiental. Um legislativo sintonizado com a voz das ruas precisa crescer.

Daí a urgência de entender que a cidade invisível e a visível necessitam dialogar. Os ativos educacional,cultural,esportivo,empresarial,sindical,científico-tecnológico,religioso precisam estabelecer pontes e derrubar cercas. Uma cidade é rica quando ela distribui e não quando ela acumula riquezas. Um Pacto da Cidade respaldado pela sociedade civil para ajudar a ampliar os consensos e convergências entre os setores sociais para combater as desigualdades de todo o gênero. São Paulo possui 18 universidades e 570 faculdades formando mais de 80.000 universitários por ano. Podem debruçar-se criativamente para a melhoria da economia regional  e da saúde onde estão territorialmente inseridas .Conhecimento, cultura e inovação rimam com trabalho, renda e bem viver.

Por que não eleger o trabalho e a cultura como um centro de prioridades e foco de todos os segmentos organizados e instituições? Construindo oportunidades para 600.000 jovens de 18 a 29 anos disponíveis e desempregados. O equivalente a 12 Itaqueras lotados não merecem uma mobilização das inteligências coletivas com uma métrica mensal das conquistas realizadas? Isso numa cidade que possui 1,78 milhão de empresas ativas,28% da produção científica do País e R$700 bi de PIB.

É imperioso a cidade caminhar para uma gestão descentralizada nas 32 subprefeituras que têm em média 375 mil habitantes em 96 distritos equipada com mais profissionais, tecnologia e recursos. Amparando-as com a dinamização e empoderamento dos cerca de 20 conselhos municipais existentes na cidade com 15.000 lideranças eleitas. Ou seja São Paulo tem jeito.

A Conferência São Paulo Sua, que continuará ativa após as eleições, quer contribuir para que a cidade seja o polo irradiador das comemorações do Bicentenário da Independência e da realização da Semana de Arte Moderna de 2022 colocando asas nas pernas da esperança e das utopias.

 



Allen Habert - engenheiro e mestre pela EPUSP,foi membro do Conselho Universitário da UNICAMP e presidente do Sindicato dos Engenheiros no Estado de São Paulo.É diretor da CNTU-Confederação Nacional dos Trabalhadores Liberais Universitários e   coordenador da Conferência São Paulo Sua.

 

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