Segundo Jaqueline
Pais, endocrinologista do Hospital Icaraí, há uma influência genética no
diabetes tipo 1 e no diabetes tipo 2, com fatores de risco como pressão alta,
obesidade, história familiar de diabetes, colesterol, triglicerídeos altos e
apneia do sono
Oficialmente, o dia 14 de novembro é conhecido como
o Dia Mundial do Diabetes. Por meio de dados fornecidos pela Federação
Internacional de Diabetes (IDF, sigla em inglês), em todo mundo, mais de 300
milhões de pessoas têm a doença e um alto percentual vive em países em
desenvolvimento. Atualmente, no Brasil, há mais 13 milhões de pessoas vivendo
com diabetes, o que representa 6,9% da população. "A enfermagem no
cuidado dos pacientes com diabetes" será tema do Dia Mundial do Diabetes
2020.
Com a temática “Enfermagem”, escolhida pela
International Diabetes Federation (IDF), o Dia Mundial do Diabetes 2020 vai
abordar como os enfermeiros fazem a diferença na vida das pessoas acometidas
pela doença. O tema visa alertar sobre o papel do enfermeiro na luta pela
prevenção e pelo diagnóstico precoce do diabetes e/ou de suas complicações
agudas e crônicas.
Jaqueline Pais, endocrinologista e coordenadora do
serviço de Clínica Médica do Hospital Icaraí, explica que a diabetes é
uma doença crônica, na qual o corpo não produz insulina ou não consegue
utilizar adequadamente a insulina que produz (esse hormônio controla o nível de
glicose no sangue).
"Como resultado, o nível de glicose no sangue
fica alto. Se esse quadro permanecer por longos períodos, poderá haver danos em
órgãos, vasos sanguíneos e nervos. Existe o diabetes tipo 1, em que o sistema
imunológico destrói as células beta do pâncreas, e aí pouca ou nenhuma insulina
é liberada para o corpo. Esse tipo de diabetes representa 5-10% do total
de pessoas com a doença e aparece geralmente em crianças e adolescentes.
Já o diabetes tipo 2 é o mais comum, no qual o indivíduo não produz insulina
suficiente ou não consegue usá-la de forma adequada, e se manifesta mais
frequentemente em adultos", esclarece.
Dentre os fatores de risco, a profissional do
Hospital Icaraí ressalta que há uma influência genética no diabetes tipo 1 e no
diabetes tipo 2, com fatores de risco, como pressão alta, obesidade, histórico
familiar de diabetes, colesterol e/ou triglicerídeos altos, apneia do sono,
etc.
"O diagnóstico é feito por meio de um exame de
sangue, com pelo menos 8h de jejum. Se o exame vier maior que 100 mg/dL, deve
ser feita a curva glicêmica , em que é utilizado um xarope de glicose",
afirma Jaqueline, acrescentando que o tratamento inclui a dieta, exercícios
físicos e medicamentos, que devem ser prescritos pelo médico, que saberá
o melhor remédio de acordo com o perfil do paciente.
A endocrinologista ainda salienta que os critérios
para o diagnóstico de diabetes são: Hhemoglobina glicada ≥ 6,5% - ou – ;
glicemia de jejum ≥ 126mg/dL - ou -; glicemia pós-prandial de duas horas ≥
200mg/dL no teste de tolerância à glicose. - ou – ; e glicemia ao acaso (em
qualquer horário) ≥ 200mg/dL em pacientes sintomáticos (poliúria, polidipsia e
perda de peso).
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