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quarta-feira, 9 de setembro de 2020

Preconceitos podem fazer pessoas com epilepsia omitirem a doença

Estigmas relacionados à doença impactam na qualidade de vida dos pacientes que se sentem inseguros devido à imprevisibilidade da ocorrência de crises e precisam lidar com a falta de compreensão das pessoas sobre o tema

 

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a epilepsia atinge mais de 50 milhões de pessoas no mundo, com estimativa de que 3,5 milhões não recebem ou não fazem o tratamento adequado. A falta de informações e estigmas associados à doença impactam na qualidade de vida dos pacientes que, muitas vezes, não procuram ajuda, encontram dificuldades para se inserir na sociedade ou até mesmo conseguir um emprego. Para mudar essa perspectiva, datas como o Dia Nacional e Latino-Americano de Conscientização sobre Epilepsia, comemorado no dia 9 de setembro, são importantes formas de chamar atenção para o tema e alertar a respeito de especificidades da doença.

A epilepsia é caracterizada por descargas elétricas anormais e excessivas no cérebro que são recorrentes e geram as crises epiléticas. "É como se alguma área do cérebro tivesse um curto circuito, um desarranjo na parte elétrica", explica a neurologista Irina Raicher, gerente médica da Zodiac. Um dos sintomas mais conhecidos, e que costuma assustar quando presenciado, é a convulsão, marcada por movimentos rítmicos involuntários de membros, braços e pernas, mordedura da língua e salivação intensa. Mas a neurologista alerta: "não necessariamente uma pessoa que tem uma convulsão é epiléptica. Para o diagnóstico, é preciso ter pelo menos duas crises epilépticas não provocadas em um intervalo maior de 24 horas ou diagnóstico clínico feito pelo médico. Lembrando que as crises também podem ser sutis, mais fracas, como breves desligamentos como em uma parada comportamental, na qual a pessoa fica um tempo sem responder, com o olhar parado, por exemplo".

É justamente a imprevisibilidade da ocorrência das crises que causa insegurança em quem apresenta a doença. Esse fator somado ao preconceito e os mitos que existem, faz com que muitos se privem de ter uma rotina comum. Mas, de acordo com a Liga Brasileira de Epilepsia, até 70% dos indivíduos com epilepsia têm suas crises controladas com medicamentos antiepilépticos. "Dessa forma, a qualidade de vida é preservada, tornando possível acompanhar a escola normalmente, fazer um curso superior, se desenvolver em uma profissão, como todos os outros", afirma Irina. "Também existem casos mais graves da doença, em menor porcentagem".

Além disso, afirmações como "epilepsia é uma doença contagiosa", "pessoa com epilepsia não deve praticar atividade física, muito menos dirigir", "pacientes com epilepsia têm dificuldade mental" são grandes mitos que precisam ser desconstruídos. No que diz respeito às atividades físicas, por exemplo, desde que não envolvam esportes radicais, há estudos que comprovam os efeitos benéficos tanto físicos quanto psicológicos, podendo promover a recuperação da autoconfiança e eliminando o medo de que novas crises aconteçam. 



Tratamento da epilepsia

Ao contrário do que muitos dizem, alguns tipos de epilepsia têm cura e os sintomas podem ser controlados por medicamentos. Para o tratamento ser bem-sucedido, é necessário existir um comprometimento e um certo rigor do paciente. Segundo Irina, um modo de garantir uma maior eficácia é envolvê-lo nas tomadas de decisões clínicas, deixando que ele escolha a opção que melhor se adeque ao seu organismo, dia a dia e realidade. Entretanto, a construção dessa relação de decisão compartilhada entre paciente e médico requer que mais informações confiáveis sobre a doença estejam disponíveis para as pessoas. "Essa questão de participar das escolhas envolve tudo, desde saber os eventos adversos de cada medicamento até conhecer o quanto cada um pode proporcionar mais qualidade de vida. As decisões abrangem também o custo do tratamento, que é um importante fator de adesão ao tratamento", afirma Irina. 



O que fazer

Caso presencie uma crise, a primeira coisa a se fazer é colocar a pessoa de lado e afastá-la de possíveis perigos. Se possível, leve-a para um lugar seguro. Se não houver a presença de traumas, coloque um travesseiro embaixo da cabeça para evitar ferimentos. Caso identifique algum trauma, não movimente a região da cervical. Mantenha-se ao lado dela até ela acordar. Se o episódio durar mais que cinco minutos, chame um serviço de emergência. Não dê nenhuma medicação para a pessoa, isso deve ser feito por uma equipe de saúde especializada. E o mais importante, contrariando a sabedoria popular, não introduza nenhum objeto na boca da pessoa e nem tente segurar a língua.



Zodiac Produtos Farmacêuticos

www.zodiac.com.br

 

Campanha Setembro Verde reforça a importância da biossegurança na odontologia


Nunca o tema da biossegurança foi tão importante como agora, quando o mundo enfrenta os desafios da pandemia de covid-19. Intitulada Setembro Verde, a Campanha de Conscientização da Biossegurança em Odontologia (SETBIO) ganha relevância especial no ano de 2020, sua segunda edição. A iniciativa, que conta com o apoio dos Conselhos Federais e Regionais de Odontologia, incluindo o Conselho Regional de Odontologia de São Paulo (CROSP), tem como objetivo estimular medidas para prevenção de acidentes e contaminações durante as consultas.

A biossegurança é um fundamento imprescindível na Odontologia, pois é o princípio da atenção à saúde geral do paciente e de toda a equipe de saúde bucal. Ela engloba muito mais do que a simples utilização de barreiras físicas para o atendimento. Mais do que isso, a biossegurança envolve conhecer microbiologia, epidemiologia e infecção. “É necessário também conhecer aspectos relacionados às vacinas obrigatórias e facultativas oferecidas à população, por exemplo. O cirurgião-dentista precisa ter em mente todos esses conhecimentos para fazer boas escolhas no cuidado odontológico de todas as pessoas envolvidas nos procedimentos, tanto pacientes quanto a equipe”, explica Mary Caroline Macedo, membro do Grupo de Trabalho de Biossegurança do CROSP.

A Odontologia, em comparação a outras áreas de saúde, tem como diferencial a grande proximidade física com que os cirurgiões-dentistas atendem seus pacientes, estando em contato com a saliva e com as vias aéreas superiores, o que reforça a atenção à biossegurança. “Por esta razão, é fundamental a troca de EPIs a cada paciente. O cirurgião-dentista pode realizar procedimentos que geram aerossóis e em alguns casos, quer sejam urgência ou emergência, correm risco de atender pacientes infectados com o coronavírus. Portanto, todo cuidado é pouco”, frisa Mary Caroline.  

Também é importante que haja tempo para a dispersão dos aerossóis e uma limpeza de superfícies com agentes descontaminantes capazes de assegurar que o ambiente possa ser reutilizado.

Os consultórios odontológicos estão preparados e equipados para receberem os pacientes, de acordo com todas as normas de biossegurança, o que mantém o risco de contágio em um patamar mínimo. “Campanhas são sempre bons momentos para se retomar princípios fundamentais. A SETBIO assegura que o assunto biossegurança, em toda a sua amplitude, possa ser repensado, reestudado e reorganizado”, reforça Mary Caroline.

 



Conselho Regional de Odontologia de São Paulo (CROSP)

www.crosp.org.br


Dente do siso: todo mundo precisa tirá-lo?

Cirurgião bucomaxilofacial explica em quais situações é importante fazer a sua extração


Os dentes do siso, também conhecido como "dente do juízo" pela idade que normalmente erupcionam na cavidade bucal, são os últimos dentes a aparecer na boca, e a sua extração é uma cirurgia que causa muito receio às pessoas e geram questionamentos se a remoção é sempre necessária.

De acordo com um estudo publicado na Revista Surgeon, no Reino Unido, aproximadamente 152 mil pessoas realizam essa cirurgia, no Brasil não existe um dado exato, mas seguindo a estimativa desta pesquisa, considerando o número de habitantes brasileiros, 480 mil pessoas realizam a cirurgia de extração do siso.

A sua principal função é aumentar a eficiência mastigatória dos alimentos mais sólidos e duros. No entanto, com as mudanças dos hábitos alimentares, a partir da introdução de alimentos cozidos e industrializados, que são mais fáceis de serem mastigados, esses dentes foram perdendo sua função e muitas pessoas nascem inclusive sem eles.

"60 a 70% da população são indicados para fazer essa extração, só no consultório onde eu atuo, são aproximadamente 100 exodontias por mês. Por isso é importante sempre fazer uma radiografia para verificar se eles realmente não estão presentes, pois podem estar dentro do osso e às vezes o paciente nem sabe da sua existência", comenta o cirurgião bucomaxilofacial Dr. Fábio Ricardo Loureiro Sato.

Quando o siso começam a nascer, principalmente em pacientes em que os dentes são grandes para uma arcada dentária pequena, acontece de não ter espaço para eles saírem completamente e acabam ficando presos dentro da gengiva, e associados com a dificuldade de higienização por estarem localizados no fundo da boca, podem gerar um processo inflamatório no local, causando mau hálito, dor e inchaço.

"Esses dentes também podem estar associados ao aparecimento de cistos e tumores nos maxilares. Por isso, em muitos casos, a extração dos dentes do siso é recomendada. Entretanto, se caso o dente consiga erupcionar totalmente e o paciente consiga manter uma boa higienização, a sua extração não é obrigatória", explica o Dr. Fábio Sato.

A infecção na região é causada normalmente por acúmulo de restos alimentares abaixo da gengiva que recobre o dente, esse problema é chamado de pericoronarite e a principal preocupação é que ele pode evoluir para situações de maior gravidade, com infecções que podem inclusive levar a morte.

A idade ideal para a remoção é entre 16 a 20 anos, quando a raiz não está totalmente formada e o osso ainda apresenta menor rigidez, o que facilita a extração e evita possíveis complicações, como fraturas de mandíbula e parestesia, que é uma dormência persistente após a realização do procedimento cirúrgico por alguma lesão nos nervos da região.

"Muito da preocupação que se tinha no passado em relação ao procedimento cirúrgico é minimizada hoje em dia com a utilização de técnicas avançadas, que melhoram a recuperação no pós-operatório. Uma cirurgia para extração dos dentes do siso raramente ultrapassa 1 hora", afirma o cirurgião.

Além disso, ele complementa que os pacientes podem ser sedados, diminuindo o seu nível de ansiedade, tanto antes como depois da cirurgia, trazendo muito mais conforto. Isso possibilita a realização da extração dos quatro dentes do siso em uma única sessão. Em casos especiais, devido a algumas condições sistêmicas de saúde ou mesmo risco de fratura da mandíbula, esse procedimento pode ser realizado em ambiente hospitalar.

Em relação ao pós-operatório, ele costuma ser bem tranquilo, e depende muito da colaboração do paciente, respeitando as recomendações do profissional. A maioria das pessoas que passam por essa cirurgia relata praticamente ausência total de dor no pós-operatório.

"Para isso, é recomendado que nos primeiros três dias a dieta seja gelada e pastosa, e que atividades físicas mais intensas e a exposição ao sol sejam evitadas. Dessa forma, em poucos dias o paciente se recupera e já pode retornar às suas atividades normais do cotidiano", finaliza o Dr. Fábio Ricardo Loureiro Sato.

 



Dr. Fábio Sato - Formado pela Odontologia na USP, é mestre e doutor em Cirurgia Bucomaxilofacial. Sua atuação é principalmente no tratamento da Disfunção Temporomandibular através de procedimentos minimamente invasivos, Cirurgia Ortognática para Correção das Deformidades Dentofaciais, além de outros procedimentos como Enxertos Ósseos, Implantes Dentários e demais relacionados à área.


Obesidade: a “pandemia” causada pelo sedentarismo

Médicos avaliam que a falta de exercício físico regular contribui para um aumento de peso que pode levar a complicações de doenças


O isolamento social mudou os hábitos da população ao redor do mundo. As rotinas não são mais as mesmas e o sedentarismo tomou conta da maioria das casas durante o período de pandemia. Agora, a preocupação de médicos e nutricionistas é que a humanidade enfrente outra pandemia: a da obesidade.

Segundo a endocrinologista do Hospital Brasília Jamilly Drago, a obesidade é uma doença crônica evolutiva, “, ou seja, quando não tratada, pode estimular outras doenças graves como a hipertensão arterial e o Diabetes Mellitus. Além disso, é um fator agravante para uma infecção mais severa de coronavírus.

A endocrinologista conta que, no começo da quarentena, já havia uma preocupação com o aumento do peso da população, pois o confinamento proporciona aumento de peso. Entretanto, de acordo com Drago, a alimentação inadequada não foi sozinha a causadora do excesso de peso. A falta de atividade física também ajudou nesse acréscimo.

“Eu não imaginei que em pouco tempo meus pacientes pudessem ter adquirido tanto excesso de peso. No consultório, 6 em cada 10 pessoas relataram aumento de 4 a 12 kg em média. Raros foram os que perderam ou mantiveram seu peso nesses últimos meses”, destaca.

De acordo com dados mais recentes do Ministério da Saúde, em março de 2020, cerca de 55% da população brasileira estava com excesso de peso e 19,8% estava obesa. Para a endocrinologista, após seis meses de isolamento, esse número pode ter aumentado.


 Obesidade e coronavírus

Um estudo feito pela Universidade da Carolina do Norte em parceria com o Banco Mundial, divulgado em agosto, revelou que vacinas contra a gripe são menos eficazes em pessoas obesas. O relatório ainda aponta a possibilidade de vacinas contra a Covid-19 terem o mesmo efeito reduzido.

A proposta não afirma que uma vacina será ineficaz em populações obesas, mas este deve ser um fator a se considerar como um modificador de dados.

Mesmo que uma pessoa obesa contraia uma versão mais leve de coronavírus, a condição promove alterações no metabolismo, como resistência à insulina e inflamação. Isso pode provocar uma resposta deficiente à infecção por Covid-19.

Para a doutora Drago, o problema não está apenas na dificuldade de se alimentar bem, mas no reinício de alguma atividade física, seja ao ar livre ou home fitness. “Encontro resistência no começo do ‘novo normal’. Isso pode prejudicar a saúde, piorar as doenças crônicas de base e, em especial, a saúde do coração”, avalia.

 

Atividade física em casa

Nos últimos meses, a Organização Mundial da Saúde levantou hashtags a fim de estimular as atividades físicas em casa. Nas redes sociais, as #HealthyAtHome (#SaudávelEmCasa) vêm acompanhadas de exercícios simples, variedades de atividades e movimentos diferenciados por idade.

“Com a pandemia do novo coronavírus, a rotina mudou de forma expressiva, incluindo redução de atividade física e piora do hábito alimentar. Além disso, o isolamento social associado ao sedentarismo acarreta alteração do humor, interferindo na saúde mental das pessoas”, afirma Rafael Leal, Nutrólogo no Hospital Brasília.

De acordo com o médico, a ansiedade e o medo do desconhecido estimulam a falta de hábitos saudáveis. “Porém, no momento devemos nos adequar à nova realidade.  Praticar atividade física regular, seja em casa ou em locais apropriados, e ter uma alimentação balanceada são os pilares para manter o corpo saudável e minimizar a chance de doenças crônicas, além da evolução desfavorável da infecção por Covid-19”, finaliza.


Dificuldade para engravidar: conheça os principais motivos

Especialista em saúde da mulher comenta o problema que afeta 15% dos casais


Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) classificam como inférteis os casais que tentam engravidar e encontram dificuldades após o período de um ano, mesmo com relações frequentes e sem qualquer forma de contracepção. Segundo a entidade, 15% dos casais em idade reprodutiva são afetados, ou seja, cerca de 80 milhões de pessoas no mundo. Problemas como cistos, hipotireoidismo, endometriose, adenomiose, miomas, alterações hormonais, entre outros, estão entre as causas mais comuns. 

“Os números são altos e a situação pode assustar um pouco, mas é importante destacar que infertilidade não é igual a esterilidade. O casal infértil tem muitas chances de engravidar, o importante é determinar as causas e agir para solucionar”, explica Dr. Marcos Tcherniakovsky, ginecologista e obstetra, especialista em endometriose e Diretor de Comunicação da Sociedade Brasileira de Endometriose (SBE). 

Se tratando especificamente da saúde da mulher, de acordo com o Ministério da Saúde, a infertilidade pode estar relacionada a:  

Ovários: a presença de cistos, inflamações, ausência de ovulação, problemas de baixa tireóide (hipotireoidismo), idade da mulher a partir de 35 anos e menopausa precoce podem causar quadros de infertilidade.  


Tubas uterinas: a obstrução das tubas pode impedir o encontro do óvulo com o espermatozóide. Os motivos para isso podem variar de doenças que causam inflamação pélvica, como endometriose, adenomiose, Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) e até alteração do muco cervical. 

“A endometriose é responsável por 30% a 50% dos casos de infertilidade. Ela acontece quando o tecido do endométrio, que deveria ser expelido na menstruação todos os meses, migra no sentido oposto, para a cavidade abdominal e órgãos da pelve. Da mesma forma, a adenomiose que faz com que o endométrio se instale na parede muscular do útero (miométrio), causando alterações que  provocam não apenas quadros de infertilidade, mas abortamento frequente”. Por outro lado cerca de 30% são assintomáticas comenta o médico. 


Óvulos: Alterações na ovulação como em espermatozóides podem interferir na fecundação. Dessa forma, exposição à radiação e medicamentos tóxicos, assim como problemas nos cromossomos podem interferir na sua qualidade e fertilidade.  


Hormônios: é na parede do endométrio que ocorre a fixação do embrião, para o desenvolvimento da gestação. Este ambiente é regulado pelos hormônios estrógeno e progesterona, que se não estiverem em funcionamento normal podem dificultar a gravidez.  

“Exames de imagem colaboram para o diagnóstico correto, como ultrassonografia e ressonância pélvica. Os tratamentos vão depender do histórico de saúde da paciente e do problema responsável pelo quadro de infertilidade”, comenta Dr. Marcos. 

O acompanhamento de rotina com o médico ginecologista, para manter a saúde da mulher em dia e evitar que os problemas se agravem, são essenciais. Por meio dele, é possível detectar, inclusive de forma precoce, patologias que possam causar infertilidades. “O ginecologista pode tratar das doenças de sua especialidade e também indicar um tratamento multidisciplinar, até que a fertilidade seja restabelecida”, esclarece o Dr. Marcos.

 



Dr. Marcos Tcherniakovsky – Ginecologista e Obstetra - Especialista em Endometriose e Vídeoendoscopia Ginecológica (Histeroscopia e Laparoscopia). Atualmente é Médico Responsável pelo Setor de Vídeo-Endoscopia Ginecológica e Endometriose da Faculdade de Medicina da Fundação do ABC. É Médico Responsável na Clínica Ginelife. Especialista em Ginecologia e Obstetrícia pela FEBRASGO e Diretor de Comunicação da Sociedade Brasileira de Endometriose. Membro da Comissão Nacional de Especialidades em Endometriose pela Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO) Instagram: @dr.marcostcher


Setembro Verde: um alerta para diagnóstico precoce de câncer de intestino


O câncer de intestino é o terceiro mais comum no Brasil. De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca), a previsão, em 2020, é de aproximadamente 41 mil novos casos. O câncer colorretal, como também é denominado, classifica-se como o segundo mais incidente na população masculina e o terceiro mais incidente nas mulheres. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), é o terceiro tipo de câncer que mais mata pessoas no mundo. Desenvolve-se gradativamente por uma alteração nas células, que começam a crescer de forma desordenada sem apresentar qualquer sintoma. Por isso, a campanha “Setembro Verde” serve para alertar a sociedade sobre as formas de prevenção e diagnóstico da doença. Quanto mais cedo é diagnosticado, maiores são as chances de cura.

Um dado preocupante vem gerando alerta: o aumento do número de casos desse tipo de câncer em pessoas cada vez mais jovens. Recentemente, o tema veio a público com o falecimento do ator Chadwick Boseman, que morreu aos 41 anos de idade, vítima do câncer de cólon. O astro do filme “Pantera Negra” já lutava há quatro anos contra a doença. De acordo com Lucas Sant’Anna, médico oncologista que integra o corpo clínico do Hospital Dona Helena, de Joinville (SC), a média de diagnóstico é de cerca de 65 anos, sendo que a grande maioria dos diagnósticos ocorrem em pacientes com mais de 50. O motivo pelo aumento em adultos jovens são os maus hábitos.

“Os principais fatores de risco evitáveis são o tabagismo, etilismo, obesidade, ingestão elevada de carne vermelha e embutidos”, aponta o oncologista. Segundo o INCA, as taxas de incidência são maiores no Sul do Brasil. Uma das explicações é  o predomínio do consumo de carnes vermelhas e gordurosas. Na região, há uma elevada prevalência de excesso de peso e obesidade, inatividade física, tabagismo, ingestão de bebida alcoólica e consumo de carnes processadas (salsicha, presunto, linguiça, carne seca etc.).

O médico ressalta que existem fatores de risco não modificáveis que também causam a doença, como presença de pólipos intestinais, histórico de câncer de cólon em familiares, histórico de doenças inflamatórias intestinais (retocolite ulcerativa e doença de Crohn) e certas síndromes genéticas, como, por exemplo, síndrome de Lynch e polipose adenomatosa familiar.

Sintomas e tratamentos

Pacientes com câncer colorretal podem apresentar dor ao evacuar, alteração do padrão intestinal (constipação ou diarreia) e sangue nas fezes. Outra alteração comum é a ocorrência de anemia, que ocorre em virtude da perda de sangue pelas fezes. De acordo com o oncologista, o tratamento depende do estadiamento inicial do tumor. “De forma geral, para pacientes que não apresentam doença metastática ao diagnóstico, a cirurgia é a terapia de escolha com intuito curativo. Para pacientes em estágio II ou III de câncer de cólon, pode ser necessário a realização de quimioterapia após a cirurgia, para diminuir as chances de recidiva”, explica. “Para tumores de reto também pode ser necessário realizar quimioterapia e radioterapia antes ou após a cirurgia”, completa o profissional.

A terapia padrão para o câncer de intestino colorretal não metastático inclui quase sempre a colectomia, ou seja, a ressecção cirúrgica de parte do intestino. Após a cirurgia, o uso de bolsa de colostomia pode ser indicado para uso temporário ou mesmo definitivo. “Em casos mais avançados pode haver disseminação do câncer para outros órgãos, o que chamamos de metástase. A depender do local acometido podem surgir sintomas específicos, como falta de ar em caso de metástase pulmonar, e dor abdominal em caso de acometimento do fígado”, exemplifica o especialista.

Quanto mais cedo o diagnóstico, maior a chance de cura

O câncer colorretal é altamente curável, especialmente quando diagnosticado cedo, por isso é importante a realização de exames periódicos. O check-up é indicado a partir dos 50 anos. Caso não apresente alterações, os exames devem ser repetidos a cada 5-10 anos. A adoção de um estilo de vida saudável é a principal arma contra o surgimento de diversos tipos de câncer, dentre eles o colorretal. “Dieta rica em fibras e pobre em gorduras pode diminuir o risco dessa neoplasia. Cessação do tabagismo e evitar álcool em excesso também podem reduzir a incidência”, indica Lucas.

Setembro Dourado: Campanha alerta sobre câncer infantojuvenil e diagnóstico precoce

O câncer é uma das doenças que mais mata crianças e jovens de 1 a 19 anos, conforme estimativa do Instituto Nacional do Câncer (Inca). A cada hora, um novo caso de câncer surge em crianças e jovens no Brasil, com sintomas que podem estar disfarçados a de outras doenças comuns do período da infância. Por isso, é fundamental a atenção de profissionais da saúde, pais, educadores e a sociedade em geral sobre os principais sinais da doença.

Pensando em aumentar as chances de cura no cenário nacional, o Instituto Ronald McDonald, instituição sem fins lucrativos presente há mais de 21 anos no Brasil, investe em projetos de capacitação para profissionais da saúde, como o Programa Diagnóstico Precoce, de forma a ampliar a identificação precoce da doença.

De acordo com Teresa Fonseca, oncologista pediátrica e membro do conselho científico do Instituto Ronald Mcdonald, a dificuldade de reconhecer os sinais do câncer infantojuvenil se dá porque os sintomas são parecidos com os de outras doenças da infância.

"O mais frequente na criança é a leucemia. Em segundo lugar são os de cabeça e do sistema nervoso central. Em terceiro lugar são os tumores das ínguas, denominados de linfomas" lista a oncologista pediátrica Teresa Fonseca.

Conheça os principais sintomas do câncer infantil e juvenil:

• Palidez inexplicada;

• Perda de peso;

• Febre prolongada sem causa aparente;

• Hematomas ou sangramento;

• Dores nos ossos e nas juntas, com ou sem inchaços;

• Caroços ou inchaços - especialmente se indolores e sem febre ou outros sinais de infecção

• Vômitos acompanhados da alteração de visão e equilíbrio;

• Tosse persistente ou falta de ar;

• Sudorese noturna

• Reflexo branco no olho quando incide uma luz;

• Olho aumentado de tamanho com mancha roxa;

• Inchaço abdominal

• Dores de cabeça incomum, persistente ou grave

• Fadiga, letragia, ou mudanças no comportamento, como isolamento.


Setembro Azul

 Aceitar a perda auditiva é o primeiro passo para ouvir melhor

Aparelhos auditivos cada vez mais discretos e tecnológicos vêm ajudando a derrubar o tabu sobre a surdez


Neste mês em que se comemora a luta das pessoas surdas em busca de uma sociedade com menos preconceito e mais inclusão, por que tantos ainda têm vergonha de usar aparelho auditivo? O que mais vemos nas ruas são indivíduos usando óculos de grau sem nenhum constrangimento, inclusive com armações modernas e coloridas. E o que muitos não sabem é que estilo e elegância também já fazem parte do mercado de próteses auditivas. Os avanços tecnológicos vêm permitindo a criação de aparelhos cada vez mais bonitos e discretos, que mal aparecem no ouvido. No entanto, falta informação para quebrar esse tabu.

Trazer à tona a discussão sobre o tema é importante porque a deficiência auditiva, em geral, se agrava com o avançar da idade. O Brasil passa por um processo de envelhecimento da população e o número de idosos só tende a crescer. Com o passar dos anos, as células ciliadas da orelha interna começam a morrer. Porém, algumas pessoas perdem a audição mais cedo e mais rápido do que outras. Mas a vergonha de usar aparelho auditivo ainda faz com que a maioria demore mais de cinco anos para buscar ajuda especializada.

"Não há demérito algum em usar aparelho auditivo. Hoje em dia já existem aparelhos minúsculos, com tecnologia digital. E, a cada ano, são criadas soluções auditivas cada vez mais sofisticadas. É o caso do aparelho Opn™, que permite conexão sem fios com TV, smartphone, laptop e outros dispositivos eletrônicos inteligentes. Por que não fazer uso dessa tecnologia para voltar a ouvir e ter mais confiança para conversar com familiares, amigos e colegas de trabalho? O aparelho auditivo contribui para melhorar a autoestima", afirma a fonoaudióloga Marcella Vidal, da Telex Soluções Auditivas.

Pesquisa realizada pelo site Hear-it revelou que os próprios familiares e amigos sentem-se intimidados em abordar a questão porque o deficiente auditivo, na maioria das vezes, não reage bem. Dos 85% que disseram ter tocado no assunto com amigo ou parente, 47% acharam a conversa delicada. "Falar sobre deficiência auditiva nunca é fácil, por causa da resistência que as pessoas têm em admitir que já não ouvem bem. Mas isso é necessário. Familiares e amigos podem oferecer um apoio importante. O uso de próteses auditivas, quando indicado, resulta em melhoras significativas na qualidade de vida", pontua Vidal.

É importante lembrar que a perda auditiva adquirida na idade adulta, quando não tratada, pode acarretar também uma perda psicológica e social, com insegurança, medo, dificuldades no convívio em sociedade e até mesmo prejuízos na ascensão profissional. "Com o dia a dia agitado e cada vez mais conectado, a quebra do preconceito em relação ao uso de aparelhos de audição é fator primordial para que o indivíduo aceite sua limitação auditiva, procure tratamento e, assim, possa continuar a ter uma vida ativa e produtiva", conclui a fonoaudióloga da Telex.

Ao sentir alguma dificuldade para ouvir, o primeiro passo é consultar um médico otorrinolaringologista, que irá avaliar a causa, o tipo e o grau da perda auditiva. A partir do resultado de exames como o de audiometria, que é realizado por fonoaudiólogos, será indicado o tratamento mais adequado. Muitas vezes, o uso de aparelho auditivo é a melhor opção para devolver a audição.

Pesquisa revela que Brasil tem 10,7 milhões de surdos

Há 500 milhões de surdos no mundo, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). No Brasil, são 10,7 milhões de pessoas com deficiência auditiva. Desse total, 2,3 milhões têm deficiência severa. A predominância é na faixa de 60 anos de idade ou mais (57%). Vinte por cento dos idosos com deficiência auditiva não conseguem sair sozinhos, só 37% estão no mercado de trabalho e 87% não usam aparelhos auditivos. A surdez atinge 54% de homens e 46% de mulheres. Os dados constam de estudo feito em setembro de 2019 com brasileiros surdos e ouvintes, pelo Instituto Locomotiva e a Semana da Acessibilidade Surda.

Ainda segundo a pesquisa, 9% das pessoas com deficiência auditiva nasceram com essa condição. Os outros 91% a adquiriram ao longo da vida, sendo que metade teve perda auditiva antes dos 50 anos. E entre os que apresentavam deficiência auditiva severa, 15% já nasceram surdos.

O levantamento revelou ainda que indivíduos com deficiência auditiva severa têm três vezes mais risco de sofrer discriminação em serviços de saúde do que pessoas ouvintes. Além disso, 40% disseram não se sentir à vontade para falar sobre quase tudo com os amigos; e 14% sentem o mesmo em relação à família.


Por que Setembro Azul?

O mês de celebração das pessoas com deficiência auditiva é conhecido como Setembro Azul porque nele se comemora o Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência (21/9) e o Dia Nacional do Surdo (26/9). A cor remonta à Segunda Guerra Mundial, quando os nazistas identificavam todos os deficientes com uma faixa azul no braço.


Aprenda a identificar 5 doenças que se manifestam pela boca

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Muitos sintomas comuns do dia a dia podem indicar problemas maiores


Muita gente não sabe, mas a nossa boca, assim como nossos olhos, é um grande indicador de como vai a saúde. Por vezes, aftas, feridas que não cicatrizam, mudanças no paladar ou até o mau hálito, podem indicar que há um problema mais sério acontecendo em nosso organismo.

A Odontologia Integrativa, que reúne novos conceitos com as Práticas Integrativas e Complementares, busca fazer essa conexão e visualizar as doenças bucais de forma mais profunda, com visão interdisciplinar. Para simplificar, ela enxerga nossa boca como um reflexo do que ocorre em nosso corpo e mente.

A especialista na prática, Rosely Cordon, nos ensina à quais sintomas devemos nos atentar para identificar 5 dessas doenças.


1. Anemia

A anemia acontece em nosso organismo decorrente da falta de alguma substância essencial para o funcionamento, como o ferro ou a vitamina B12. Apesar de os sintomas mais comuns serem a fadiga, falta de ar ou palidez, ela também pode se manifestar em nossa língua. As papilas podem diminuir ou desaparecer, deixando-a com um aspecto liso. Por causa disso, o paciente pode também perder o senso do paladar.


2. Diabetes

O nível desequilibrado de insulina e glicemia no sangue pode causar sintomas bucais como mau hálito, boca seca e um aumento nos casos de cárie. Tais condições de saúde bucal são a porta de entrada para infecções, que interferem diretamente no aumento da glicemia.


3. Câncer Bucal

Esse tipo de câncer, em seus primeiros estágios, pode se assemelhar com aftas comuns. Para tirar a dúvida, a dica é esperar de uma semana à no máximo 10 dias, tempo em que aftas normalmente cicatrizam. Se depois desse período elas não sumirem, deve-se consultar o odontologista. Também é importante observar se estas feridas surgiram após a colocação de alguma prótese e neste caso, buscar ajuda do profissional o mais rápido possível, pois pode indicar uma má adaptação.


4. Leucemias

As leucemias, um tipo de câncer sanguíneo, podem causar uma gengivite. Mas antes de se preocupar, primeiro deve-se checar as outras causas possíveis, como a limpeza incorreta dos dentes, tabagismo ou até a gravidez. Caso ela persista apesar do tratamento básico, pode ser indicativo de um problema mais grave.


5. Imunossupressão

A redução da eficiência do sistema imunológico pode levar ao desenvolvimento de muitos problemas orais, como aftas, herpes e até a candidíase bucal, caracterizada por placas esbranquiçadas no interior da boca, mais conhecidas como ‘sapinho’. Também nos deixa mais vulneráveis ao coronavírus, que tem como um de seus primeiros sintomas a perda do paladar. O enfraquecimento desse sistema pode ocorrer por diversos motivos, como falta de vitamina D ou uma doença autoimune, como a artrite reumatoide, lúpus ou o HIV. Neste momento de pandemia, é sempre bom estar atento ao nosso sistema imunológico, importantíssimo para nos defender de qualquer doença.

 



Rosely CordonCirurgiã Dentista é pós-graduada em Bases da Medicina Integrativa pelo Instituto Israelita de Ensino e Pesquisa Albert Einstein, pesquisadora Mapas de Evidências Clinicas e de conteúdo para Vitrine de Conhecimento- Rede MTCI das Américas, BIREME, BVC, OPAS 2020. Projetos: Portal Todos pela Odontologia e Sorrir Muda Tudo. Canes Quality Treinamento Vivenciais (www.canesquality.com.br). E-mail: rcordon@usp.br/ WhatsApp: 11-97150-5609


Cinco dicas para o e-commerce driblar a greve dos Correios

A greve dos Correios ainda parece distante do fim. Com parte da população evitando sair de casa ou saindo somente para o essencial, o e-commerce e as entregas a domicílio ganharam força. Agora, boa parte dos lojistas sente o temor de ver as vendas caírem.

Estima-se que a paralisação da estatal esteja afetando oito em cada dez varejistas online de pequeno e médio porte, que dependem desse serviço como fonte principal dos fretes aos clientes, segundo pesquisa da Loja Integrada, plataforma para desenvolvimento de sites de vendas.

O momento pede que o e-commerce se reinvente, mais uma vez – especialmente aqueles que dependem exclusivamente dos Correios. Por isso, listo algumas dicas de como os lojistas podem driblar esse momento de dificuldade.

Busque alternativas de entrega – Transportadoras particulares e aplicativos de entrega são opções interessantes e que viabilizam as entregas até uma distância considerável. Para os clientes que compram na mesma cidade, oferecer a possibilidade de retirada ou drive-thru, também é interessante. O ideal é que os lojistas tenham alternativas de entrega constantemente em sua operação, buscando encontrar a mais adequada à demanda do cliente. Depender de um único meio, independentemente de qual seja, pode atrasar a recuperação dos negócios em momentos de crise como esse.


Apoie-se em marketplaces – Se as opções acima não são uma possibilidade para você, um caminho mais rápido é se aliar a grandes marketplaces, como Lojas Americanas ou Magazine Luiza, que têm sua estrutura de entrega com transportadoras e motoboys. Provavelmente, será preciso esticar os prazos de entrega – e isso precisa estar claro para o cliente.


Fortaleça sua comunicação – Para entender o impacto da comunicação na vida dos clientes, tente se colocar no lugar deles. As pessoas enfrentam uma pandemia, com toda a ansiedade e insegurança que o momento tem causado. Muitas não saem de casa há meses. Portanto, as compras online se tornaram praticamente a única opção. Então, ter problemas com a entrega de suas compras é mais uma frustação em meio a todos os problemas que estamos tendo. Por isso, a comunicação deve ser rápida, avisando os clientes sobre os possíveis atrasos antes que eles finalizem a compra, oferecendo também outras opções de transporte. Para aqueles que já estão com problemas na entrega em produtos que já foram comprados, a comunicação precisa ser ainda mais esclarecedora e paciente, oferecendo opções de cancelamento do produto com estorno do pagamento de forma rápida, sem burocracia.


Reforce a equipe de atendimento – Os clientes terão dúvidas sobre prazos de entrega e outras questões. Quanto mais rápidas forem as respostas, maior a possibilidade de ele realizar a compra. Facilite devoluções, recalcule prazos de entrega, ofereça alternativas. Não há nada mais frustrante que abrir uma solicitação em uma loja e receber a resposta automática de que um atendente falará com você em 48h. Vale também pensar em ações para depois da greve, como, por exemplo, entrar em contato com os clientes que desistiram da compra por causa do prazo e oferecer novamente o produto.


Prepare-se para novas crises – Não espere uma nova greve chegar para se adaptar. Use tudo que viveu nesse momento como aprendizado para os próximos momentos de dificuldade, como o reforço na equipe de atendimento e opções alternativas de entrega.

Esta não é a primeira e certamente não será a última vez que os Correios entrarão em greve – assim como outros empecilhos devem surgir ao e-commerce. Portanto, é preciso diversificar a operação, buscando ter sempre um plano B para se valer em momentos de crise. Mas não há dúvidas: com essas dicas, é possível driblar a paralisação!

 



Marcelo Pires - sócio-diretor da Neotix Transformação Digital. Designer de formação, escultor nas horas vagas, trabalha com design aliado à tecnologia há mais de 20 anos. Especialista em usabilidade, é o responsável pela direção de criação de projetos interativos na Neotix, caminhando pelas áreas de tecnologia, inovação, design, UX

http://www.neotix.com.br/

 

Por que continuar usando Excel?

Nos últimos anos, planilhas e relatórios tornaram-se instrumentos fundamentais para embasar as tomadas de decisão dentro das organizações. Diante desta demanda, a Microsoft desenvolveu o Excel no final dos anos de 1980 – software que rapidamente substituiu o Lotus 1-2-3 e popularizou-se entre a maioria de seus usuários.

O programa de computador foi criado para proporcionar mais eficiência às operações do cotidiano e melhorar a qualidade de visualização e padronização de dados. A partir de operações simples e intuitivas, o Excel tornou-se tão popular que passou a vir instalado na maioria dos computadores comerciais, e de acordo com o conhecimento do usuário era possível obter desde uma simples planilha até resultados mais complexos.

Mas, apesar do Excel ter sido, durante muito tempo, a melhor solução para estruturar a área financeira das empresas, o atual cenário mercadológico exige segurança e colaboração para a elaboração de um bom planejamento, incluindo orçamentos e previsões, análises e registros de resultados.

Neste contexto, as planilhas e os relatórios do Excel não são mais tão eficientes. Além da possibilidade de esconder erros e colocar em risco a saúde financeira dos negócios, estas ferramentas são incompatíveis com processos complexos que exigem integração com outros setores, tal como o planejamento e elaboração de orçamentos.

Entre as diversas desvantagens da utilização do Excel no controle financeiro, é importante destacar que planilhas são vulneráveis a fraudes, permitindo com que fórmulas e valores sejam facilmente alterados sem deixar rastro, já que faltam, ao Excel, recursos para controle e segurança. Outro ponto importante é que grande parte dos processos operacionais são manuais, altamente suscetíveis a erros humanos, encarecendo a mão de obra, aumentando o índice de retrabalho e os riscos de perdas por vazamento ou roubo de informações sigilosas.

Além disso, cabe ressaltar que, para gerar um relatório, são necessárias várias planilhas de fontes diferentes devido à sua pouca inteligência de integração, o que dificulta algumas práticas gerenciais.

Com a explosão do Big Data, novas tecnologias surgiram e se tornaram mais acessíveis, oferecendo melhores alternativas às tradicionais planilhas eletrônicas - ainda que muito importantes como ferramenta de apoio às atividades corporativas, mas, longe de serem ideais como ferramenta de gestão, planejamento e análise.

Atualmente, as soluções inteligentes para um bom desempenho corporativo são ferramentas de análise e de planejamento financeiro que tenham interface com o Excel, a fim de facilitar a adoção de novos sistemas de gerenciamento. Além disso, precisam oferecer modelos multidimensionais para a obtenção de insights mais profundos, opções de implementação em nuvem ou local, ferramentas de visualização e de criação de relatórios de autoatendimento fáceis de usar e,

modelagem ilimitada para cenários possíveis nos ambientes de simulação pessoal.

Com o Planning Analytics - desenvolvido com o IBM TM1, é possível trabalhar em um ambiente interativo e seguro, explorando e analisando todos os tipos de dados e facilitando o acesso às respostas mais relevantes às tomadas de decisões. Esta solução possibilita ações como localizar e mostrar variáveis e indicadores importantes, entender tendências e anomalias, comparar dados (tais como resultados reais e orçados), montar e comparar cenários, sinalizar desempenhos e compartilhar insights.

Além disto, explorando e analisando uma grande origem de dados dentro de ambientes multidimensionais, o Planning Analytics possibilita um planejamento financeiro integrado, oferecendo ferramentas para promover a colaboração em toda a empresa e, ajudar a manter a velocidade e a agilidade necessárias aos negócios.

Por tanto, ao contrário dos relatórios gerados por planilhas de Excel, em que dados são dificilmente mantidos em um único lugar após atualizações e novas versões, o Business Intelligence (BI) possibilita aos colaboradores que, respeitando suas respectivas hierarquias e permissões, acessem e interajam em um único ambiente.

O IBM Cognos Analytics é uma plataforma de inteligência de negócios que suporta todo o ciclo de análise, desde a descoberta à operacionalização, possibilitando a visualização e a análise. Quer seja na nuvem ou local, ajuda os gestores a visualizar o desempenho dos negócios, criando painéis e relatórios.

Além disso, graças à Inteligência Artificial, o IBM Cognos Analytics interpreta análises e apresenta insights com linguagem simples, identificando padrões ocultos nos dados. Fundamental para a gestão nos dias de hoje, o compartilhamento de insights críticos é simples e pode ser feito por meio de painéis e relatórios com qualquer pessoa da empresa, economizando tempo com a preparação automatizada de dados protegidos por regras de governança de escala ajustada, e controlando o acesso a informações sensíveis.

Diferente do Excel que não suporta alta escalabilidade, a medida em que o volume de dados aumenta, o IBM Cognos Analytics oferece recursos escaláveis para usuários, de acordo com o orçamento e a necessidade.

 



Emerson Douglas Ferreira - especialista em consultoria de planejamento, inteligência de negócio e soluções que auxiliam executivos na tomada de decisão desde 1995, e fundador da Meeting Strategic Solutions.

 

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