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sexta-feira, 31 de julho de 2020

A polêmica nota de R$200,00

No dia 29 de julho de 2020, foi anunciado pelo Banco Central (BACEN) que, em agosto, será colocada em circulação a nota de R$200,00, que incorporará a imagem do lobo-guará. Se antes, a nota de maior valor era a de R$100,00, agora, essa será substituída e o maior valor nominativo de dinheiro vivo em circulação será de R$200,00.

Segundo a diretora de administração do BACEN, essa nova nota é necessária para reduzir os custos de impressão, pois neste momento, aumentou a demanda por papel-moeda (dinheiro vivo ou em espécie). Esse aumento foi causado pelo cenário de incerteza que vivemos, diante da pandemia instalada e pelo saque do auxílio emergencial, já que, muitos beneficiários, além de preferirem dinheiro em espécie, não possuem conta em bancos.

Entretanto, existem incoerências nesta argumentação, uma vez que, segundo o próprio departamento de estatística do BACEN, este aumento é temporário. Empresas fechando as portas, trabalhadores sendo demitidos, colocar em circulação uma nova nota monetária não irá resolver os problemas que assolam nossa economia. Pelo contrário, pode corroborar para a perda da confiança social, já que a estabilidade da nossa moeda, assume um papel social relevante. E, diga-se de passagem, vivemos um momento de estabilidade inflacionária, não justificando mais uma vez, a criação da nota de R$200,00.

Para além desses argumentos, estamos indo na contramão mundial no que diz respeito ao combate a lavagem de dinheiro. A União Europeia, por exemplo, estuda tirar de circulação a nota de US$500,00 para dificultar atividades ilícitas. Outra questão é que cada vez mais, a internet tem sido utilizada para realizar pagamentos virtuais, não justificando, mais uma vez, a emissão dessa moeda.

Neste momento, criar a nota de R$200,00 não irá resolver nossos problemas, que, diga-se de passagem, são grandes: alto número de mortes devido a Covid-19, metade da população brasileira sem acesso a esgoto tratado, empresas falindo, pessoas ficando desempregadas e poucos recursos destinados para combater à pandemia. Quais são, de fato, nossas prioridades?

 


Pollyanna Rodrigues Gondin - tutora do curso superior de Blockchain, Criptomoedas e Finanças na Era Digital do Centro Universitário Internacional Uninter.


É preciso olhar a base da pirâmide na recuperação do mercado de entretenimento pós-pandemia

Nos últimos meses, a pandemia do novo coronavírus tomou conta de todo o mundo. Milhares de empresas colocaram seus funcionários em home office, o comércio fechou, os restaurantes se fortaleceram com os deliverys, muito negócios se reinventaram, migrando para o online,  mas, um setor em especial, tem sofrido absurdamente com os efeitos da crise de saúde: o de entretenimento. 

O setor foi o primeiro a parar e certamente será o último a retornar. Leio muitos críticos de internet comentando que os líderes do segmento são milionários, que são artistas que vendem seus shows a preço de ouro, ganham em cima de publicidade, entre outros produtos. De fato, isso não é mentira, mas esses analistas se esquecem da base do setor, aqueles que trabalham nos bastidores para que tudo aconteça. 

Estamos falando dos produtores de eventos, do vendedor de pipoca, do fornecedor do som, do barman, do músico que sobrevive com o couvert. Esses profissionais não estão tendo opção de criar lives e faturar com patrocínios, conforme boa parte dos artistas do mainstream têm feito. A crise nos pede para olhar para a base da pirâmide.

Um fato positivo trazido pelo momento é o exercício da empatia, a capacidade de se colocar no lugar do outro. Isso nos fez levantar cestas básicas, casas, ajudas de custo, mas, ainda precisaremos de mais. É necessário pensar em não pedir o ingresso de volta para salvar o produtor de eventos e considerar o enorme impacto que essa devolução tem neste ecossistema.  

Precisaremos adotar artistas locais e regionais como forma de manter o seu negócio. Não deixemos de consumir a arte do pequeno, assim como as campanhas falam dos estabelecimentos comerciais. Existem, no setor, milhares de chefes de família, mães, pais e filhos que tiram dali  o seu único sustento.   

Um povo sem cultura e entretenimento é um povo pobre e caberá a todos os consumidores do setor pensar no pequeno. Olhar a base da pirâmide. Que tal começar adotando um artista local? A ideia aqui não é o incentivo financeiro, mas que tal divulgá-lo diariamente nas redes sociais, apresentar para um amigo, para que ele não desanime e continue crescendo? 

O seu artista nacional preferido, um dia já foi local, valorize-o desde já. Enfim, sairemos mais fortes e, em breve, estaremos contemplando a arte em conjunto.

 



Alex Monteiro - sócio da Non Stop, maior agência de talentos digitais do Brasil

 

quinta-feira, 30 de julho de 2020

Como curar a sua compulsão por agradar?

Você tem dificuldade de dizer não? Um dos grandes desafios que temos enquanto mulheres é buscar constantemente a validação externa dos outros. Nos preocupamos muito com o que os outros pensam de nós, ou seja, com o julgamento alheio. Não tem como dizer que isso não tem a ver com gênero porque infelizmente tem. O homem tem mais facilidade em precificar seus projetos e se autopromover.

Essa compulsão por agradar, a dificuldade de dizer não e a necessidade de se desculpar frequentemente tem a ver com o Complexo da Boazinha. Esse complexo tem como efeito o medo de não querer brilhar muito, de não querer aparecer tanto, em se sentir desconfortável em dar uma opinião contrária. É aquela sensação de não querer ou não saber cobrar pelo seu trabalho. O sentimento de desconforto em falar sobre promoção e aumento de salário também é característico. Não espere a sua promoção chegar até você, porque isso dificilmente acontecerá. Nós mulheres temos que pedir a coroa porque receber uma promoção ou um aumento salarial é fruto do excelente trabalho que você desempenha e não um favor. Aqui eu indico um livro que se chama "A Síndrome da Boazinha: como curar a sua compulsão por agradar" da psicóloga Harriet Braiker.

Mas qual a relação que isso tem com gênero? Nosso grande desafio é que ainda educamos meninos e meninas de maneiras diferentes. Educamos meninos para liderar, arriscar; já as meninas para cuidar da casa, dos filhos, para serem mães. Pelo menos é essa expectativa que ainda recai a nós mulheres. Tem todo um movimento da indústria para fazer nos sentirmos insuficientes: com o nosso corpo, com as nossas roupas, com a nossa beleza. Sem falar do excesso de cobrança externa em relação de como a mulher tem que performar nessa sociedade. Em função do machismo e dessa diferença de criação, é notório que a autoestima e a autoconfiança da mulher nessa sociedade seriam abaladas.

E, claro, se você se posicionar, negociar o seu salário, as pessoas te julgarão como aquela que é ambiciosa, mandona, agressiva demais. Entretanto seremos julgadas de qualquer maneira. Meu conselho é que você tome decisões baseadas naquilo que verdadeiramente faz sentido para você e não para suprir expectativas alheias.

Estamos sempre no papel de backstage, de não brilhar tanto. A primeira missão para acabar com essa história toda é ouvir nossa voz interna, não a de autocrítica e desvalorização, mas pensar: se tivesse outra pessoa ouvindo seus próprios julgamentos, o que ela pensaria de você? Teria dó, uma certa pena? Então, ouça a sua voz interna, reduzindo o volume de autocrítica que nos desvaloriza. Aqui é importante se olhar de maneira mais generosa e gentil.

A segunda missão é aprender a dizer não. Mas como? Primeiramente, tenha em mente que nunca vamos agradar todo mundo. A minha sugestão é começar aos poucos. Se para você existe um desconforto emocional de se posicionar de maneira contrária, comece a exercitar aos poucos.

Na prática, a questão é como se posicionar. O problema não é se posicionar, mas sim a forma como eu me posiciono. Todos nós estamos com excesso de trabalho durante a quarentena. Então, vamos imaginar que seu horário de trabalho seja das 8h às 18h e às 17h30 você recebe um relatório do seu chefe que você precisa entregar, e que seja algo difícil de fazer de maneira rápida.

Em um primeiro momento, você diria sim e passaria 3 a 4 horas extras fazendo esse trabalho para agradar o seu chefe, não é verdade? Outra coisa comum é assumir responsabilidades e trabalhos externos que não são seus. Esses exemplos são clássicos da compulsão por agradar e pela dificuldade de dizer não. Aqui é preciso nomear os seus sentimentos e necessidades que você possui e que não estão sendo atendidos.

O primeiro passo é expor fatos e evidências daquilo que te desagradou. O segundo passo é acolher os seus sentimentos e expô-los. Normalmente, as pessoas pensam o contrário, que se mostrar vulnerável é sinal de fraqueza ou fragilidade, mas a vulnerabilidade traz a conexão e a confiança necessárias para avançarmos em qualquer relação. O terceiro é expor as suas necessidades. Por exemplo, você precisaria de um dia a mais para entregar a tarefa que lhe foi dada? Por que não expor essa necessidade para que o outro tenha em mente quanto tempo você leva para executá-la? O último e quarto passo tem a ver com o pedido, que é diferente de uma exigência. Aqui é legal perguntar ao gestor se isso pode ser feito de uma outra maneira. "Para eu te entregar o relatório com qualidade, eu preciso de um dia a mais. Podemos combinar que da proxima vez voce me entrega essa atividade com mais antecedência?" Nesse momento você está estabelecendo limites saudáveis para essa relação. Esses 4 passos são utilizados nos estudos de Comunicacao Nao Violenta (CNV) de Marshall Rosenberg. É importante mencionar aqui que o estudo da CNV não é um estudo de como ser passiva, mas como eu nomeio as minhas emoções e as expresso de maneira adequada.

Agora vamos para a terceira missão: valorizar o seu repertório. Os traumas e dilemas que você passou na sua vida, os desafios da sua história que são somente seus, isso ninguém te tira porque é o que te faz ser quem você é hoje. Aqui a dica principal é não se comparar com os outros. Isso é injusto porque além das pessoas terem realidades diferentes, você se diminui quando se compara com a realidade do outro.

Você precisa sempre se comparar com o seu repertório: como eu era em relação a essa habilidade a um ano atrás? Como era a Carine há 2 anos sem a experiência da Escola ELAS? A sua história te faz ser única no ambiente que você está hoje e a valorização do seu próprio repertório te permite autorizar seu brilho para que você possa ser inspiração para outras mulheres. Ou seja, a autorização do seu brilho faz com que você permita outras mulheres a brilharem também.

Se estamos falando de um ambiente de união entre as mulheres, nós precisamos nos apoiar e alguém precisa ter a confiança necessária para se expor. É comum outras mulheres se reconhecerem quando uma delas emite uma opinião, levanta a mão em uma reunião com a maioria masculina, porque elas se sentem representadas. Então, a partir do momento que você autoriza o seu brilho, outras pessoas brilham ao seu redor. Não se apequene para caber em um espaço que não é do seu tamanho. Muitas vezes não queremos mostrar nossas conquistas para o ambiente com medo de sermos taxadas de ambiciosas, mas definitivamente não vale você pagar o preço de mudar você, a sua essência para caber em um espaço que é muito menor do que a sua luz. É exatamente o oposto: se você for maior do que esse espaço vá embora!

É preciso proteger os seus valores para lidar com o ambiente, mas você não precisa fazer da mesma forma que as outras pessoas fazem. Conflitos vão existir no ambiente de trabalho, mas não deixe seus inegociáveis de lado. Qual é o máximo que pode acontecer ao se posicionar? Se você é uma boa profissional e gera excelentes resultados, ninguém irá te demitir por você respeitar o seu horário de trabalho e colocar os seus limites.

Ao invés de pensar: será que meu gestor vai gostar do meu trabalho? Pense: será que EU vou deixar de fazer um compromisso pessoal importante que tenho para entregar esse relatório? Nesse ponto, precisamos de uma inversão de jogo no sentido de valorizar o seu repertório e entender que quanto mais eu me posicionar no ambiente de trabalho estabelecendo limites, mais as pessoas irão me respeitar. E para isso, o autoconhecimento é essencial para saber nomear seus sentimentos e suas necessidades. Se você não souber, terá dificuldade de lidar com as pessoas.

Por fim, não se esqueça: seu repertório te faz ser única! Brilhe!

 



Carine Roos - cofundadora da ELAS e especialista em Desenvolvimento de Mulheres


Pesquisa aponta que 30% dos moradores da região Sudeste mudaram planos de viagens para julho devido à pandemia

Levantamento do iq mostrou ainda que 48% pretendiam ou têm hábito de usar milhas no planejamento das férias

 


A pandemia de covid-19 obrigou 30% dos moradores da região Sudeste a cancelar ou adiar planos de viagem para as férias de julho. É o que aponta uma pesquisa recente do iq, startup de serviços financeiros digitais, sobre o comportamento dos consumidores em relação ao turismo neste mês, período típico das férias escolares. A pesquisa revela ainda que, entre os que tinham planos de viajar, 48% pretendiam ou têm hábito de usar milhas no planejamento das férias. Outros 22% declararam não ter feito planos de viagem para julho.

De acordo com o especialista em finanças pessoais e cofundador do iq, Fernando Iodice, os dados demonstram a importância do planejamento das férias de julho por parte dos consumidores. Para explicar esse raciocínio, ele cita o estudo “10 Tendências Globais de Consumo”, publicado em 2019 pela consultoria de inteligência estratégica global Euromonitor International[1], que apontou mudanças significativas nas expectativas dos viajantes. “Os estudos mostram que hoje é mais comum que as pessoas procurem viagens que sejam experiências transformadoras e imersivas e não apenas um roteiro de pontos turísticos. Portanto, é natural que, diante de todas as limitações e medidas de distanciamento social impostas pelo contexto da pandemia, os planos sejam adiados até que o momento seja mais adequado e seguro para realizar uma viagem que atenda a todas as expectativas”, analisa.

Iodice aponta, ainda, que o uso de milhas também é sinal da valorização do turismo entre os hábitos de consumo. “O fato de quase metade dos respondentes ter declarado utilizar milhas para comprar viagens demonstra que o planejamento das férias é um item importante para as finanças pessoais dos consumidores”, ressalta.

Em relação aos destinos nacionais mais cobiçados, os estados da região Nordeste e o interior de São Paulo permanecem entre os favoritos para as férias de julho, repetindo a tendência apontada no levantamento da Associação Brasileira de Agência de Viagens (ABAV) de 2019[2]. Já para viagens internacionais, os países da América do Sul e do Norte continuam entre os destinos mais citados, seguidos de perto pela Europa.

A pesquisa do iq sobre o comportamento do brasileiro em relação ao turismo no mês de julho teve 1030 respondentes, em todo o país, dos gêneros masculino (63%) e feminino (37%), entre 18 e 55 anos. Do total de respondentes, 59% são residentes da região Sudeste. A pesquisa ouviu, ainda, residentes de outros 22 estados, como Bahia (5,6%); Paraná (4,2%); Distrito Federal (4%); Ceará (3,8%); Piauí (3,8%); Santa Catarina (2,5%); Goiás (2,3%); e demais estados (14,8%).



A inclusão da criança com Síndrome de Down, desde o nascimento até a velhice


Quando o meu filho mais velho, o Chico, nasceu, transformou a minha vida, a do pai e a de todos os familiares. Tudo começou com a descoberta da cardiopatia, logo na gravidez e, depois de um exame, veio a confirmação da Síndrome de Down. Foi um grande impacto. Ninguém espera uma notícia assim. Mas do susto nasceu a vontade de ajudar, de compartilhar a experiência e mostrar como a descoberta pode trazer vivências incríveis. Conforme fomos aprendendo e descobrindo aquele universo cheio de dúvidas e incertezas, criamos um portal de conteúdo, com o objetivo de transformar as realidades das famílias, acolher e informar a população sobre a síndrome de Down (Trissomia 21).

Passamos a compartilhar as nossas experiências com médicos, terapias e, mais tarde, as que adquirimos com a escola. Já faço isso há quase quatro anos. A ideia foi crescendo, muitas famílias foram se identificando, mandando suas dúvidas, pedindo indicações, contando suas histórias e acompanhando o desenvolvimento do Chico e das irmãs, Maria Clara e Maria Antonia.

Hoje esse trabalho foi ampliado por meio da ONG Nosso Olhar, que trabalha para mobilizar e educar a sociedade para um mundo mais inclusivo. Os projetos idealizados visam garantir a capacitação, inserção no mercado de trabalho, a independência financeira e autonomia das pessoas com deficiência. Acredito na inclusão dessas pessoas na sociedade durante toda a vida, desde a infância até o envelhecimento. Nossos projetos refletem isso.

Trabalhamos com alguns pilares que movem nossos projetos e ações: acolhimento das famílias, oferecer acesso à educação, capacitar as pessoas com deficiência, inseri-las no mercado de trabalho, promover ações para garantir a participação da terceira idade e informar a sociedade, para tornar a inclusão uma realidade.

Quando o assunto é acolhimento, pensamos no momento da notícia. A família descobre a chegada de uma criança com deficiência. É importante para os pais trabalharem a vinda desse bebê, entenderem o que a deficiência intelectual pode trazer em relação aos cuidados, o que pode vir atrelado à alteração cromossômica e o que deve ser feito.

Essa criança pode ter uma comorbidade associada, como uma cardiopatia, por exemplo. A ideia é mostrar caminhos e possibilidades. Apresentar profissionais que possam ajudar a entender a deficiência, mostrar as especificidades e investigar se podem ter mais coisas atreladas, de acordo com cada uma. No caso da Síndrome de Down (Trissomia do 21), há maior incidência em relação a algumas doenças, como as cardiopatias, doenças respiratórias, problemas na tireoide, perdas auditivas, problemas de visão e outras.

O acolhimento básico da família núcleo é uma importante etapa. Se a descoberta for durante a gestação, esse acolhimento será fundamental para a família se preparar psicologicamente e entender quais cuidados devem ser tomados, para que essa criança viva bem como qualquer outro ser humano, com todos os direitos assegurados.

Esse acolhimento é para que se chegue a esse entendimento, seja na gravidez, como foi no meu caso, ou na hora do parto. O objetivo é trabalhar essa notícia emocionalmente e acolher essa criança com amor e confiança. Isso, junto aos estímulos, é que vai fazer com que esse ser humano ultrapasse os desafios atrelados à Síndrome de Down. Sempre pensando que cada um é único, tem as próprias características.

Outro papel importante do acolhimento é aprender a lidar com frustações. Os pais costumam idealizar um filho e podem criar um mito em seus pensamentos. É preciso trabalhar essa notícia com a mãe, o pai, os irmãos e familiares. Quando são acolhidas, essas famílias aprendem, recebem informações e entendem o que é a deficiência intelectual.

A ideia é educar a sociedade, levar informação, mostrar os direitos e buscar a inclusão, por meio de trocas de experiências. Para acabar com rótulos precisamos levar informação a todas as famílias, com ou sem filhos com deficiência.

Pessoas com Síndrome de Down podem tudo o que quiserem, dentro de seus próprios tempos e limites. Elas podem estudar, trabalhar, serem produtivas e participar da construção de uma sociedade para todos. Acredito que a sociedade precisa ter acesso à informação, para que ocorra a verdadeira inclusão.

Meu propósito junto à ONG Nosso Olhar é trabalhar pela a aceitação da diversidade; a inovação na descoberta de novas possibilidades; o acolhimento das famílias de forma estendida; a conscientização; a educação cidadã; a informação de qualidade; as legislações e políticas públicas inclusivas.

Nossa missão é transformar o mundo em um lugar mais inclusivo, para que todas as crianças e jovens tenham oportunidades iguais”.

 



Thaissa Alvarenga - fundadora da Associação Nosso Olhar



Quarentena no Brasil: Buscas sobre ansiedade crescem durante a pandemia


Especialistas explicam os sintomas mais comuns e ensinam como lidar com a doença

 

A crise de ansiedade tem sintomas físicos característicos que fazem com que a pessoa perceba que algo diferente está acontecendo. Taquicardia, respiração ofegante, sudorese excessiva, tremores, alterações intestinais, insônia, formigamento, falta de ar, alterações alimentares, dores de estômago, entre outros sintomas são comuns. O comportamento online das pessoas também tem servido como base para mostrar como a ansiedade cresceu desde o início da pandemia e como ela preocupa a população.  Uma pesquisa recente do Google, revela que a procura dos brasileiros pela frase “como é ter crise de ansiedade” teve uma alta superior a 5.000% entre janeiro a julho e a busca pelo tema ansiedade como um todo aumentou três vezes mais do que a média dos últimos 16 anos.

Um outro estudo realizado por cientistas da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) mostra que a ansiedade tem afetado mais a população adulta do Estado de São Paulo, segundo dados coletados entre os dias 24 de abril a 24 de maio.

Para entender melhor os sintomas, como tratar e para que as condições dos pacientes não se agravem, a psiquiatra do São Cristóvão Saúde, Dra. Daniela Gava e a psicóloga do CAIS - Centro de Atenção Integral à Saúde, Aline Melo, abordam informações sobre a crise de ansiedade e como lidar com o distúrbio.

“A ansiedade como emoção humana é autolimitada e nos ajuda a criar saídas, soluções para o que está por vir. Ela passa a ser um transtorno mental quando é persistente, de difícil controle, desproporcional às situações que estão mobilizando o sofrimento, invariavelmente acometendo o padrão funcional dessas pessoas. O transtorno de ansiedade pode se manifestar de diversas formas clínicas, como transtorno do Pânico, TOC - Transtorno obsessivo-compulsivo, Fobias, Transtorno de Ansiedade Generalizado e Transtorno de Estresse pós-traumático, e exigem tratamentos específicos.”, afirmou a psiquiatra, Dra. Daniela Gava.

Durante uma crise de ansiedade, os pensamentos da pessoa ficam muito confusos e desordenados, por isso, a dica é tentar manter a atenção no que realmente está ocorrendo e não nos pensamentos ruins. Isso pode ajudar a pessoa a se conectar com a realidade e tirar o foco da ansiedade. É importante tentar trabalhar a respiração de maneira pausada e profunda, para acalmar tanto os sintomas físicos como emocionais, ajudando na recuperação de controle e relaxamento. Se aproximar de alguém de confiança, também ajuda a sentir-se mais seguro nesse momento.

Quem nunca teve uma crise de ansiedade pode não entender o que o outro está passando, não saber como ajudar ou até mesmo atrapalhar. A doutora Daniela diz que basta agir de forma empática, se mostrar preocupado, ouvir o que a pessoa tem a dizer e sugerir atividades que desviem o foco da crise. A psicóloga Aline reforça ainda a importância da respiração nesse momento. “Tente focar a atenção da pessoa em outros pontos em vez de querer compreender o motivo ou o que a pessoa está sentindo, como em um exercício de respiração mais pausada e profunda ou outras possibilidades de relaxamento, sempre visando acalmar, de maneira gradativa a pessoa.” disse.

Caso a pessoa não esteja conseguindo dormir há dias ou esteja com uma gastrite, por exemplo, que não melhora nem com medicamentos para o estômago por conta da ansiedade, é necessário procurar um serviço especializado para entender o grau dos sintomas e indicarem o melhor tratamento. “A medicação é um fator extremamente importante para o controle da ansiedade quando a pessoa não consegue mais controlar sozinha, porém, existem outras formas que pareadas a medicação, podem potencializar seu efeito e contribuir de uma maneira efetiva na melhoria dos pacientes. A psicoterapia é uma delas: aprender sobre si, seus gatilhos associados a ansiedade, desenvolver reflexões para melhoria de comportamentos e crenças colaboram para uma evolução positiva. Técnicas de relaxamentos, meditação e exercícios físicos também podem ajudar nesse processo de recuperação, porém, sempre é importante em paralelo a tudo isso o acompanhamento médico no que diz respeito adaptação desse paciente em relação a medicação, dosagem e tratamento.”, afirmou a psicóloga, Aline Melo.

E o principal, faça atividades prazerosas, como pintar, costurar, cozinhar, entre outras. “Tudo que lhe gera prazer te confere uma sensação de bem-estar, melhorando seu quadro emocional, por isso, encontre momentos em seu dia para realizar atividades que te tragam alegria. Nosso corpo precisa de momentos de relaxamento para aliviar o estresse e os momentos de tensão. A meditação, os exercícios físicos e o relaxamento são ótimos para trabalhar o controle da ansiedade.”, finaliza Aline Melo.



Educadora parental explica os efeitos de uma educação abusiva no desenvolvimento emocional dos filhos

 Telma Abrahão reforça que compreender as consequências fisiológicas e emocionais de uma educação autoritária e sem afeto é fundamental para os pais mudarem a forma de agir com seus filhos


Formada em biomedicina, a Educadora Parental Telma Abrahão tem transformado a vida de milhares de famílias ao redor do mundo, com a proposta de re-educar os pais para educarem seus filhos de forma mais respeitosa e assertiva, efetivamente, produzindo excelentes resultados a curto, médio e longo prazo.

Num mundo em constante transformação, onde queremos tudo cada vez mais rápido, muito se fala a respeito da “falta de limites” que vemos nas crianças, porém a maioria dos pais se sentem perdidos quando o assunto é a educação dos filhos. Uma das dúvidas mais frequentes é: “Como educar crianças para se tornarem adultos responsáveis, capazes, bem resolvidos e com boa autoestima, sem bater, punir ou castigar?” Seria possível?

 De acordo com a especialista Telma Abrahão, a resposta é sim! Certamente não é o caminho mais fácil, pois exige tempo e dedicação, porém possível se os pais se dedicarem a estudar e a aprender mais sobre o que motiva determinados comportamentos indesejados nos filhos.

 “Gerar um filho, amamentar e proteger é instintivo, mas educar não. Se você educar no modo automático ou por instinto, vai errar e muito. Precisamos aprender novas formas de reagir aos desafios comportamentais das crianças e compreender de uma vez por todas, a responsabilidade que o papel de pais nos impõe. Não é a escola, nem as babás ou os familiares que possuem o dever de educar uma criança. Esse dever é dos pais e a construção de um ser humano responsável e emocionalmente saudável precisa começar dentro de casa, no dia a dia, na transmissão de importantes valores, através de um modelo que inspire respeito, de um ambiente que proporcione afeto, segurança e limites claros ”, afirma Telma.

 A Educadora Parental reforça que compreender as bases de uma educação respeitosa é fundamental para os pais mudarem a forma de agir com seus filhos. “Crianças não são pequenos adultos, elas possuem o cérebro imaturo, são dominadas pelas emoções e ainda não aprenderam a lidar com o que sentem. Elas vão aprendendo conforme se desenvolvem e também de acordo com o ambiente onde vivem.”

 O problema é que quando os pais não compreendem isso, acabam esperando um comportamento que elas não possuem condições de ter. A maioria das “birras”, por exemplo, não são um ataque contra os pais, elas são a manifestação dessa imaturidade cerebral para lidarem com o que sentem. Podem ser ainda, necessidades físicas não atendidas como cansaço, fome, sono ou necessidades emocionais não atendidas como falta de afeto ou acolhimento emocional.

Pais rígidos e autoritários criam filhos ansiosos, desconectados e nervosos. Tudo isso porque o medo e o estresse constante liberam grandes quantidades de cortisol no corpo dessa criança em desenvolvimento e podem trazer problemas como, dificuldade de concentração, de aprendizado e até mesmo de socialização. O estresse é uma resposta fisiológica a uma situação adversa e que desencadeia mudanças químicas, que afetam os mais diversos sistemas do nosso corpo e quando constantes, podem trazer problemas para a criança, como dificuldade no aprendizado ou de concentração. 


Existem três tipos diferentes de respostas ao estresse

O Centro de Desenvolvimento da Criança da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, cita três tipos diferentes de resposta ao estresse: positiva, tolerável e tóxica, dependendo da intensidade desse estresse. O que mais preocupa é a terceira opção, que é chamado de estresse tóxico.

Ele pode ocorrer quando uma criança vivencia dificuldades, que são constantes e prolongadas, sem o apoio emocional adequado dos pais ou cuidadores. Entre os exemplos mais comuns, estão: violência doméstica, abusos físico ou emocional, negligência, falta de cuidados, pais viciados em álcool ou drogas, pais depressivos ou ainda casos de pobreza extrema.

Pais que não conseguem cuidar do filho, que brigam o tempo todo, que não se dedicam a amar e se conectar com os filhos, podem fazer com que a criança entre em um estado permanente de estresse, considerado tóxico. Isso pode gerar consequências por toda a vida. Esse fator aumenta a probabilidade da criança apresentar atrasos no desenvolvimento e problemas de saúde mais tarde, como abusos de drogas e depressão, além de dificuldade de socialização e aprendizado.

Diante do estresse, o corpo e o cérebro entram em estado de alerta, aumentam a frequência cardíaca e liberam mais hormônios, como adrenalina e cortisol. Depois de um certo tempo, é esperado que e o corpo volte ao estado natural, mas se o apoio emocional e o acolhimento dos pais não ocorrer, essa resposta se mantem ativa, inclusive quando já não existe mais um perigo evidente.

As pesquisas feitas até agora demonstram que estabelecer uma relação emocional estável, com adultos que se preocupam com o bem-estar da criança, pode prevenir e até mesmo reverter os danos do estresse tóxico.

Com a experiência de ter atendido e ajudado inúmeros pais, Telma deixa alguns questionamentos para refletirmos e assim entendermos as necessidades emocionais de pais e filhos. “Como esperar que uma criança aprenda a se autocontrolar, se muitos pais até hoje não aprenderam a fazer isso? Como desejar ter filhos seguros se tantos pais têm dúvidas sobre seu próprio valor e se sentem perdidos na vida porque são fruto de uma infância cheia de punição e pouca conexão emocional?”.

Realmente precisamos nos Re-educar para estarmos aptos a educar com o amor e o respeito que toda criança merece.


Lançamento do livro “Pais que Evoluem”

Com o objetivo de auxiliar ainda mais os pais na árdua tarefa de educar os filhos para se tornarem adultos responsáveis e realizados, Telma Abrahão lançará seu primeiro livro, intitulado “Pais que evoluem: Um novo olhar para a infância”, pela editora Literare Books. O lançamento oficial no Brasil acontece dia 10 de julho.

Na obra a autora faz um convite a uma profunda reflexão sobre a importância do papel dos pais na formação de seres humanos mais equilibrados e apresenta uma verdadeira revolução na forma de educar os filhos.

O livro, que está sendo aguardada ansiosamente pelos quase 150 mil seguidores que a Educadora Parental, palestrante e agora também escritora, contabiliza em suas redes sociais, estará à venda nas principais livrarias do país. A pré-venda já está disponível na editora através do link: https://landing.literarebooksinternational.com.br/paisqueevoluem. Nos Estados Unidos o livro poderá ser adquirido através do Amazon.com.

 

Os benefícios do exercício físico para o cérebro

 Depois do exercício físico, ficamos mais calmos, menos irrequietos, mais motivados e animados.

 


Pensar em maior produtividade é pensar em cuidar da saúde. O trabalho enobrece, mas desgasta, ele suga a energia e nos deixa estafados, enquanto cuidar da saúde, praticar exercício físico e cuidar da alimentação, aumenta a sua energia vital.

O cérebro reage como um músculo, atrofia com o desuso. Aí você pode dizer: "Quem falou que eu não uso meu cérebro?". Sim, Ok. Se isso é fato em sua vida, mas você não pratica exercício físico, então a pessoa está muito provavelmente sob os efeitos do estresse, que desgasta as conexões das bilhões de células nervosas, um desgaste que pode levar a depressão, que ao contrário da expansão, contrai certas áreas cerebrais.

Para Personal Trainer Giulliano Esperança, o exercício físico, ele expande suas áreas cerebrais, ele promove de uma forma singular, alterações biológicas que aumentam as conexões entre as células neuronais. Aumenta também os níveis de adrenalina, dopamina, serotonina e endorfina.

Quando os neurocientistas começaram a estudar os efeitos do exercício nas células cerebrais, identificaram melhora nas habilidades cognitivas, na saúde mental, devido a fatores de crescimento neuronais, com uma condição: "O movimento físico, é a única forma de promover o aumento dos fatores de crescimentos neurais." Giulliano ainda questiona"Entende que antes de emagrecer, muita coisa vai acontecer em seu metabolismo?" Pode ser que você não ligue para questões estéticas e nem goste de fazer exercício físico, mas praticar atividade física faz com que o indivíduo se torne mais inteligente.




Giulliano Esperança - Personal Trainer e Diretor Executivo do Instituto do Bem-Estar em Rio Claro/SP, Bacharel em Educação Física UNESP/Rio Claro, Especialistas em Fisiologia do Exercício Unifesp/SP, Especialista em Marketing - Madia Marketing School, Master Coach Sociedade Latino Americana de Coaching, Diretor tecnico da Sociedade Brasileira de Personal Trainers, Premiado pela Sociedade Brasileira de Personal Trainers em Excelência pelos serviços prestados como Personal Trainer, Homenageado pelo CREF4/SP pelo Comprometimento e Ética Profissional em 2016. Eleito do Profissional do Ano na Categoria Emagrecimento pela USP de Ribeirão Preto em 2016, Criador do Método Storm12 com mais de 6000 alunos espalhados pelo Brasil e Exterior, Mestrando do Laboratório de Nutrição e cirurgia metabólica da FMUSP, na área de oncologia.


Dia do Orgasmo: nutrólogo fala sobre alimentos que podem ajudar a aumentar o apetite sexual

 Allan Ferreira também fez uma seleção com alguns mais consumidos, revelando se eles realmente têm poder sobre a libido. Confira


Nesta sexta-feira , 31 de julho, é lembrado o Dia do Orgasmo, "ponto alto" do prazer sexual. Mas, nem todos conseguem atingir o ápice, como aponta um estudo organizado pelo Projeto de Sexualidade do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo, a USP. Conforme o levantamento, cerca de um terço das brasileiras nunca tiveram um orgasmo.

Pensando nisso, e para celebrar a data, o nutrólogo Allan Ferreira, do Hospital Anchieta de Brasília, listou alimentos que podem te ajudar a "chegar lá", os famosos afrodisíacos. Ele acrescenta que a perda da libido pode ser causada por diversos fatores, como estresse, uso de medicamentos, doenças, entre outros. "Manter uma saúde física e mental é fundamental para o desejo. Além é claro de uma alimentação balanceada", pontua.

De acordo com o especialista, poucos alimentos têm ação comprovada para aumentar a libido, até porque existem alguns com uma conotação romântica, como morangos, chocolate e chantilly, que podem estimular a imaginação, contribuindo assim, de maneira indireta com o clima romântico.

O nutrólogo explica que outras substâncias, que promovem sensação de relaxamento e desinibição como um vinho, ou bebidas alcoólicas, podem até ajudar no clima, mas por ter efeito mais sedativo, podem prejudicar o desempenho sexual. "Muitas raízes como ginseng, tribulus terrestres e catuaba são descritas por ter efeito estimulante, que indiretamente ajudam no apetite sexual. Mas seu efeito ainda é discutido", pontua.

Mitos e verdades
Como mencionado anteriormente pelo Dr Allan, há alimentos comumente consumidos que não são afrodisíacos. Pensando nisso, ele listou alguns mitos e verdades. Confira:

--CASTANHAS E NOZES: As nozes e castanhas ajudam a aumentar o fluxo sanguíneo para os órgãos genitais e isto contribui para o aumento da libido. Elas são fonte de arginina, um aminoácido que estimula o óxido nítrico, capaz de promover maior circulação sanguínea na região do pênis ou do clitóris. A vitamina E presente neles também contribui para o aumento de fluxo sanguíneo na região dos órgãos genitais. E a niacina, vitamina do complexo B, possui ação vasodilatadora.

--OSTRAS: Não há estudos que comprovem que as ostras melhoram a libido. O que poderia levar à este benefício é o fato das ostras serem ricas em zinco, mineral responsável pela regulação da testosterona. Se a pessoa tem uma queda hormonal e você dá ostra repõe o zinco e volta a produção dos hormônios, mas ela seria afrodisíaca apenas no paciente com deficiência de zinco.

--CHOCOLATE: Ao contrário do que muitos acreditam, o chocolate não ajuda a melhorar a libido. Alguns estudos levantam a hipótese da cafeína e outros estimulantes presentes no chocolate dar um pouco de vigor para quem estiver cansado e assim contribuir para a libido, mas não houve conclusão nenhuma --CHOCOLATE: Ao contrário do que muitos acreditam, o chocolate não ajuda a melhorar a libido. Alguns estudos levantam a hipótese da cafeína e outros estimulantes presentes no chocolate dar um pouco de vigor para quem estiver cansado e assim contribuir para a libido, mas não houve conclusão nenhuma

--PIMENTA: Já ouviu em apimentar a relação? A ingestão de pimenta gera reações fisiológicas no corpo como, por exemplo, transpiração, aumento da frequência cardíaca e da circulação sanguínea. Este efeito estimulante pode ajudar na excitação e apetite sexual. --PIMENTA: Já ouviu em apimentar a relação? A ingestão de pimenta gera reações fisiológicas no corpo como, por exemplo, transpiração, aumento da frequência cardíaca e da circulação sanguínea. Este efeito estimulante pode ajudar na excitação e apetite sexual.

--MANJERICÃO: Pelo seu aroma. O manjericão também melhora a circulação sanguínea.

--MEL: O mel é rico em vitaminas do complexo B (necessárias para a produção de testosterona) e em boro (uma substância que ajuda o organismo a metabolizar e usar o estrogênio - hormônio feminino). Alguns estudos sugerem que o mel também pode elevar os níveis de testosterona no sangue. --MEL: O mel é rico em vitaminas do complexo B (necessárias para a produção de testosterona) e em boro (uma substância que ajuda o organismo a metabolizar e usar o estrogênio - hormônio feminino). Alguns estudos sugerem que o mel também pode elevar os níveis de testosterona no sangue.

--MAMÃO: O mamão (como a semente de anis) é estrogênico, o que significa que ele tem compostos que agem como o estrogênio, o hormônio feminino. Ele pode ser usado para aumentar a libido da mulher.

--Alcaçuz, Canela, Cravo - A estimulação olfativa e gustativa ajudam a aguçar nossos sentidos. Usá-los em uma sobremesa ou mesmo para aromatizar um jantar romântico, pode ter efeito estimulante na libido.

"Alimentos mais leves, e bem temperados, cheirosos tem seu efeito estimulante, ajudando a aguçar os sentidos", destaca. Ele continua: "carnes leves (como peixe), temperados com pimenta e/ou gengibre, acompanhados de uma sobremesa com chocolate e morangos, pode ser uma boa pedida", finaliza.


Bater nas crianças: um projeto político

"Há muitos anos, percebi de repente que o país a que pertencemos não é, como quer a retórica mais corrente, o país que amamos, e sim aquele do qual nos envergonhamos."(Carlo Ginzburg)

 

"Ninguém morreu por ter apanhado na infância", é frase corrente na boca de homens - e não raro mulheres - que foram pais nos anos setenta, período no qual a violência institucional era vendida como virtude. Aliás, não esqueçamos que já a bandeira nacional, escolhida por um outro governo militar, adotou a frase do pensador positivista Augusto Comte, mas tirou o “amor” da frase, porque era pouco másculo. Ficou só “ordem e progresso”, depois rebatizado na ditadura por “segurança e desenvolvimento” ou simplesmente pelo slogan “ame-o ou deixe-o”.

Nas casas de classe média, os pais que trabalhavam para mal pagar as prestações da televisão colorida que ficava exposta na sala como troféu pelo seu esforço em ser dedicado, viam os filhos rebeldes como um sinal de falta de patriotismo e de fracasso da sua autoridade particular. E, por isso, lições precisavam ser ensinadas. Não lição de amor, mas de obediência, que era o nome certo daquilo que eles chamavam de respeito. “Precisa respeitar pai e mãe, fazer o que eles mandam, porque eles sabem o que é melhor para você". Considerando os pais que apoiavam um regime que matava e torturava, saber o que era melhor para os filhos situava-se em um patamar que beirava o surreal,  embora fosse, na verdade, trágico.

E não havia com quem reclamar: o que eles faziam era o que o pensamento no poder chamava de Educação, pra não virar vagabundo, comunista, maconheiro. Todas essas palavras, faladas com asco, repulsão, como um palavrão inominável, associavam-se com liberdade de escolha e responsabilidade individual e eram negadas, porque isso desviava os jovens. Para proteger os filhos desse perigo, usavam, se necessário, a violência física. Para poder crescer e virar um adulto de bem, insistiam, enquanto o país estava sob censura, o Congresso sendo fechado ao bel-prazer, as pessoas sumindo nas esquinas, e as tenebrosas transações grassando longe dos olhos (dos pais pagadores de impostos, sem nenhuma conta atrasada), como a árvore solitária que cai no coração da floresta. 

Nesse contexto devidamente justificado, apanhávamos pelas mais diversas razões: porque éramos crianças agitadas; porque respondíamos nossa mãe, porque não cumpríamos as tarefas que nos mandavam: lembro-me, dez, onze anos, ia até o Atapu, uma panificadora que ficava cerca de um quilômetro e meio de casa, beirando a rodovia expressa, comprar pão e leite, todos os dias. Nunca me aconteceu nada, exceto o medo de criança.  Medo de ir e medo de voltar e ter esquecido algo, receber uns cascudos e voltar de novo, mesmo que já tivesse escurecendo. Nada me acresceu essa experiência, não trouxe maturidade nem resiliência. Como tudo o que marcou a infância dos que apanhavam em casa, só trouxe medo.

Medo que era outro nome do respeito. Ter medo, baixar a cabeça, não responder, não reclamar, não dar um pio, vá para o quarto, vai perder o brinquedo, não vai sair por uma semana, e se fizer algo, apanha de novo. Para aprender. Nunca aprendíamos. Temíamos e sonhávamos com o fim do medo. Por isso a minha geração, no final dos anos setenta, início dos anos oitenta, abraçou com tanta fé e esperança a abertura política, o adeus melancólico dos militares, deixando o Planalto pela porta dos fundos, deixando para trás um rastro de crise econômica, miséria social e ignorância democrática. Mas com que fome avançamos para o pote da liberdade, querendo aprender tudo de qualquer jeito, sem amadurecer nada, porque já havíamos sofrido tanto.

Apanhei de cinta, de chinelo, de cabo de vassoura, tapa na cara, cascudo, beliscão, puxão de cabelo, no banheiro, tentando me esconder debaixo da cama e sendo puxado pelas pernas, na frente dos meus colegas porque cheguei 10 minutos atrasado de um festa - eu com 15 anos - meu pai na área esperando com o cinto. Às vezes ele chegava do trabalho, minha mãe dizia que tínhamos feito alguma coisa e ele dizia que no dia seguinte iríamos apanhar. Filosofava: não se pode bater com raiva que faz mal (para ele). A surra tem de ter um motivo, era pedagógico. Por isso, ele perguntava: por que estão apanhando? E nós assumíamos a culpa, confessando que tínhamos sido crianças, tínhamos tido a curiosidade dos jovens, e assim tirávamos das costas de meu pai a responsabilidade pelo castigo. E apanhávamos para aprender que ser criança e ser adolescente era ser uma coisa muito perigosa.

Agora temos, novamente, um governo cheio de militares, de discursos de pátria e de obediência. E um ministro da Educação que defende a “disciplina da vara”. Queria só deixar o alerta, para os que não viveram a experiência que a minha geração viveu. Apanhar só ensina uma coisa: a ter medo. E o medo só se transforma em uma coisa: ódio. Sim, funciona, é muito eficaz, por mais que a gente tente combater, o ódio vem, sempre vem. 

Ele, o ódio, é a chave do sucesso. Não há regime autoritário que exista sem esse componente. Não se iludam: eles sabem muito bem o que estão fazendo.

 



Daniel Medeiros - doutor em Educação Histórica e professor no Curso Positivo

danielmedeiros.articulista@gmail.com



QUARENTENA MUDA COMPORTAMENTO DOS USUÁRIOS DAS REDES SOCIAIS

Estudo desenvolvido pela FAAP, em parceria com a Socialbakers, mostra queda nas interações e no número médio de seguidores das celebridades no Instagram


a mais válida nessa quarentena. O estudo #MS360FAAP, desenvolvido a partir de uma parceria do Núcleo de Inovação em Mídia Digital (NiMD) da Faculdade Armando Alvares Penteado (FAAP) com a Socialbakers, mostrou uma queda percentual – se comparado com o início do ano – na média de seguidores das celebridades no Instagram. A redução foi de aproximadamente 34%, saindo de um número médio de 13,175 milhões (no primeiro trimestre) para 8,680 milhões neste segundo trimestre.

Com muito mais pessoas nas telas, devido ao distanciamento social por conta no novo coranavírus, o pensamento mais óbvio seria que as redes sociais teriam uma inundação de usuários e conteúdo, explica o professor Prof. Thiago Costa, um dos pesquisadores do estudo. Mas não foi o que aconteceu.

Entre janeiro e março deste ano, esse mesmo os perfis das celebridades alcançavam um crescimento de 17,3% no número médio de seguidores, na comparação com o período imediatamente anterior. Ou seja, depois de uma subida considerável, esse tipo de perfil teve uma queda percentual bem maior.

“É totalmente possível atribuir essa queda dos seguidores ao empobrecimento do conteúdo gerado pelas celebridades”, afirma Thiago Costa, que também é coordenador da pós-graduação em Comunicação e Marketing Digital da FAAP.

De acordo com o professor, a partir do momento em que não havia mais uma “vida glamorosa” e distante da realidade da maior parte das pessoas, o interesse do público diminuiu.  “A quarentena nos igualou. Qual o sentido em ver o look do dia se não tenho onde usar essa roupa? Não há mais o que aspirar na vida de uma blogueira, por exemplo. Ela está tão presa dentro de casa quanto qualquer outra pessoa. Ou pelo menos é isso que se espera”, afirma.

Outro ponto que pode ser considerado é o do mau exemplo dado por perfis conhecidos das redes, que não respeitaram as medidas restritivas e, por isso, foram “cancelados” pelo público. E os números não mentem: as interações feitas pelos usuários do Instagram nos perfis das celebridades também sofreram uma diminuição de 42,47% do primeiro para o segundo trimestre de 2020, justamente no auge da pandemia. Saíram de uma média de 150.385 por postagem para 86.503.

O Prof. Eric Messa, coordenador do NiMD-FAAP, aponta que aumentou a visão crítica do público. Portanto, comportamentos vistos como “politicamente incorretos” passam a ter um impacto muito maior, distanciando o influenciador de seus seguidores. Ele lembra que essa queda no volume de interações também se dá por outros fatores, como a diminuição de publicações patrocinadas por marcas e, ainda, uma consequência de novos hábitos de consumo de mídia durante a quarentena, como a televisão, por exemplo.


Facebook

Enquanto a situação das celebridades no Instagram se mostra difícil, no Facebook quem sofre são as marcas. A plataforma continua mostrando um ritmo descendente desde o início de 2020.

Um exemplo desse cenário é o segmento de páginas categorizado como “Marcas/Institucional”. No primeiro trimestre deste ano, comparando com o último de 2019, esse setor já havia sofrido uma diminuição de 31% na média de curtidores. De janeiro até o final de junho, a queda foi menor, de somente 7%, porém mantém o viés de diminuição: a média de curtidores era de 2.939.968 no primeiro trimestre e, em abril, maio e junho, ficou em 2.729.411.

Em relação à amplificação de postagens, ou seja, na compra de mídia, das cinco categorias analisadas, três aumentaram a quantidade de conteúdo impulsionado (Marcas/Institucional, E-Commerce e Entretenimento). Já o setor de Mídia/Notícias manteve a quantidade. Apenas 7% dos conteúdos recebem impulso financeiro.

Na contramão, o segmento de Bens de Consumo diminuiu o percentual de posts amplificados, de 63% para 59%.  “Mesmo que pequena, essa diminuição já deve ser uma consequência direta do movimento Stop Hate For Profit, que teve início em junho nos Estados Unidos e, desde lá, ganhou adesão de mais de 240 marcas que anunciaram o fim de suas campanhas de mídia no Facebook”, explica Messa.


Mais achados de destaque da pesquisa

- O setor de “Entretenimento” foi o que mais postou no Facebook no 2º trimestre, com uma média de 30 conteúdos por semana.

- 92% das postagens feitas no Facebook em abril, maio e junho de 2020, pelas principais páginas de “Mídia e Notícias”, continha algum tipo de link que levava o leitor para fora da plataforma, ou seja, outra página.

- 28% dos conteúdos postados pelos 100 maiores perfis do Instagram no Brasil não aparecem com nenhuma hashtag no texto.

- O tipo de postagem que mais gera engajamento para marcas no Instagram é o Carrossel (mais de uma foto no mesmo post). No segundo trimestre deste ano, em média, os 100 maiores perfis receberam 14.183 curtidas em conteúdos desse tipo.

O estudo #MS360FAAP apresenta trimestralmente o comportamento das 100 marcas e celebridades com mais interações no Facebook e Instagram. Os relatórios estão disponíveis no site www.faap.br/ms360faap.

 

 


Socialbakers

www.socialbakers.com


Quarentena afeta qualidade do sono e pode levar à insônia

Fatores emocionais e ansiedade têm influência direta em problema, que afeta 40% dos brasileiros; mudar hábitos e estipular uma rotina são importante aliados, explica especialista


Com o avanço da COVID-19, o novo coronavírus, a principal recomendação para evitar a transmissão da doença é ficar em casa. Contudo, o isolamento social provocado pela pandemia pode ter forte influência sobre sintomas da ansiedade, além de interferir na qualidade do sono.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a insônia afeta cerca de 40% dos brasileiros. Após dois meses de distanciamento, a orientação é encontrar alternativas a fim de evitar que o problema se agrave.

“O isolamento pode afetar o sono de várias maneiras”, afirma Adriane Zonato, médica Especialista em Medicina do Sono e Coordenadora do Laboratório de Sono do Hospital Ipo. “Estamos vivendo um momento em que várias pessoas estão com perdas financeiras, dificuldades no trabalho, preocupação com a saúde ou com problemas de relacionamentos em casa. Isso tudo pode dificultar, principalmente, na hora de dormir”.


Sono afeta diretamente a imunidade

De acordo com a otorrinolaringologista, ter um sono saudável é tão importante quanto manter uma alimentação balanceada e a prática de exercícios físicos. Além de garantir a energia necessária para as atividades diárias, aumentar a capacidade da memória, regular o metabolismo e os hormônios, a qualidade do sono também está ligada diretamente à imunidade, essencial para o momento em que vivemos.

“Vários estudos indicam que, principalmente em quadros virais, pessoas com privação de sono têm menor resposta de defesa comparadas às que não têm. É comum acharem que dormir as horas necessárias é perda de tempo, mas isso está errado. Dormir bem é fundamental para nossa saúde física e também mental, sobretudo para quem já possui algum histórico de estresse ou ansiedade”, afirma Adriane.

Isso porque pessoas ansiosas apresentam, naturalmente, mais dificuldade para começar a dormir, como também possuem um “sono fragmentado”, acordando diversas vezes durante a noite. “É comum deitar na cama, mas continuar com o pensamento acelerado”. Com a pandemia e o isolamento, essa ansiedade tende a aumentar.

“Nessa fase, vemos o aumento de sonhos e pesadelos, também relacionados com componentes emocionais. Acompanhados de uma agonia, geralmente representam um reflexo de um medo ou preocupação exagerada. Por isso, é importante entender o que significam, o que estão refletindo, e procurar a melhor maneira de aliviá-los”, afirma a médica.

A especialista ainda alerta sobre a importância de ficar atento quanto a regularidade e frequência dos sintomas. Pessoas que, antes do isolamento não se encaixavam em quadros de insônia, devem ter cuidado com os hábitos para que o distúrbio não seja agravado. “Se ela está com insônia agora, não quer dizer que vai permanecer assim posteriormente, mas ela deve, sim, cuidar para que não se torne crônico”.


Rotina, exposição ao sol e ambientes escuros

Em primeiro lugar, é fundamental manter uma rotina. Dormir ou acordar em horários diferentes todos os dias, pode ser prejudicial a longo prazo. “Não há problema em acordar um pouco mais tarde, seja pelo home office ou outros fatores. Mas é preciso cumprir os mesmos horários. Quanto mais regular eu tenho essa rotina de deitar ou levantar da cama, mas fácil fica para o cérebro se adaptar”.

Além disso, a exposição solar também é importante, uma vez que nosso cérebro funciona como um “relógio biológico”, sendo regido, principalmente, pelo dia e pela noite. “Quanto mais o cérebro tiver contato com a luz diurna, mais ele regula esse relógio. Por isso, a recomendação durante o dia é abrir as cortinas, deixar o ambiente iluminado e ficar exposto à luz do sol por cerca de uma hora”.

O mesmo vale para a noite: escurecer o ambiente também facilita o início do sono. Neste caso, deve-se cuidar, também, com a luz de aparelhos eletrônicos que, por possuírem uma luminosidade semelhante a solar, podem confundir o cérebro. Assim, a recomendação é que os celulares sejam desligados cerca de uma hora antes de deitar.


Menos café, mais chá

A alimentação também tem influência. Bebidas com cafeína, como chás e refrigerantes ativam ainda mais o cérebro, dificultando o início do sono. Desta forma, antes de dormir, estão liberados chás calmantes, claros e, principalmente, produtos derivados do leite, já que favorecem a produção de melatonina, hormônio responsável pelo sono. “Isso tudo condiciona seu cérebro para o estado de bem-estar, que favorece a sonolência”.

Por último, a especialista alerta para a importância dos exercícios físicos, mesmo durante o isolamento. Cerca de 30 minutos em três dias na semana já são suficientes para aliviar dores e dar mais tranquilidade durante a noite. “Apesar de todos estarem em casa, devem ficar ativos durante o dia. Sair do sofá, caminhar, dançar em casa, ou até dar uma volta na quadra, sempre com as proteções necessárias, são algumas atividades simples, mas importantes de serem praticadas”, conclui.

 



Hospital IPO

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