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quinta-feira, 16 de julho de 2020

Julho sem férias: profissionais indicam brincadeiras em casa para reduzir ansiedade de jovens e crianças


Para ajudar na concentração e também nas emoções,
a orientação é a inclusão de atividades lúdicas na rotina Créditos: Divulgação
Futebol de pedrinhas, amarelinha maluca e pebolim na caixa fazem parte de cartilha com opções de jogos e brinquedos feitos com materiais recicláveis


Julho é o mês marcado pelas férias escolares, período em que as crianças e adolescentes aproveitam para se divertir, brincar com os amigos e relaxar após meses estudando. Pelo menos era assim até a chegada da pandemia da Covid-19. Porém, neste ano, com as regras de isolamento social, a rotina de estudos e o calendário escolar foram mais um desafio. Com um cronograma de aulas online e um novo formato de ensino, a ansiedade e também a dificuldade de manter a concentração no conteúdo ficam maiores com o passar dos meses. 

De acordo com a psicóloga Denise Sozzi, a alta demanda de atividades, somada ao novo formato de aulas, exige novas habilidades e um controle emocional maior por parte de crianças e jovens, o que pode desencadear o aumento do estresse. “Temos notado que nossos jovens têm dificuldade de manter a rotina de antes da pandemia. Com todas as atividades feitas em casa e todos dividindo os mesmos ambientes e, às vezes, os mesmos eletrônicos, mais ansiedade e desgaste podem ser gerados, por isso, é necessário mais organização da família”, diz a psicóloga.

Para ajudar na concentração e também nas emoções durante esse período, a orientação do coordenador pedagógico do Instituto Futebol de Rua, Eber Dartora, é a inclusão de atividades educativas, porém dinâmicas e lúdicas na rotina, aliando o aprendizado ao lazer e descanso da mente. “Temos orientado as famílias e as crianças a tomarem medidas simples, mas muito eficazes nesse momento, como reservar um tempo para estudo, preferencialmente na parte da manhã, mas jamais esquecer de possibilitar momentos para brincar e se divertir. São essas atitudes simples que contribuem significativamente no processo de aprendizado e na garantia da saúde emocional das crianças e adolescentes”, explica. 

O Instituto Futebol de Rua, que atende jovens e crianças em situação de vulnerabilidade social em todo o Brasil, preparou uma cartilha com diversas atividades para serem realizadas em casa durante o isolamento social, aliando habilidades educativas à descontração. Futebol de pedrinhas, amarelinha maluca e pebolim na caixa estão entre as opções de jogos e brinquedos que podem ser confeccionados com materiais recicláveis e na companhia dos familiares.

Para a assistente social Karine Lima, a cartilha “oferece possibilidades de interação entre a família de forma leve e possível em isolamento social. São materiais simples e de fácil acesso, que podem gerar momentos de diversão e relaxamento”.  

A participação e o apoio dos pais também são essenciais nesse processo para que as crianças se sintam mais motivadas com as atividades escolares e diminuam o índice de estresse e ansiedade. “O controle emocional da criança começa com o controle emocional dos pais. Essa é uma excelente forma de ajudar seus filhos, manter a calma com eles e com as intercorrências da vida. Algumas coisas não temos controle porque não dependem de nós. Outra forma de ajudar os jovens é na conversa com a escola para ver a melhor forma de entregar o material escolar”, aponta a psicóloga Denise. 

A cartilha também oferece dicas de atividades pedagógicas que podem ser trabalhadas com as crianças para contribuir com a formação humana: cultura da paz, gênero, cuidados de trânsito, educação financeira, combate ao racismo e reforço de valores como honestidade, amor próprio, responsabilidade, empatia e tolerância às diferenças. 

O material completo com as atividades e brincadeiras para estimular a criatividade e diversão das crianças durante as férias em casa está disponível no site https://www.futebolderua.org/cartilha-de-atividades.


Dia do Amigo: entenda como a amizade pode ajudar no combate à depressão


Coordenador da Anhanguera dá dicas de como auxiliar um amigo com sintomas de depressão durante o isolamento social

As mudanças de hábito provocadas pelo surgimento da covid-19 têm impactado não só na saúde física da população, mas também na saúde mental. Um estudo da Organização Mundial da Saúde (OMS) , divulgado antes da pandemia, revelou que a depressão é um problema crescente no país e já atinge 11,5 milhões dos brasileiros. Além disso, o levantamento mostrou que, no Brasil, mais de 18 milhões de pessoas sofrem de distúrbios relacionados à ansiedade.
O coordenador da Anhanguera de Niterói, Douglas Bianchi, explica que a pandemia tem colaborado para desencadear problemas emocionais, já que esse momento tem gerado um excesso de informações, despertado insegurança, incerteza e medo - pelo desconhecido e de ser contaminado e também pelo exigido isolamento social. Não à toa, o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus , afirmou em maio deste ano que o impacto da pandemia na saúde mental das pessoas já era extremamente preocupante .

A importância da amizade

Douglas explica que o momento que estamos vivendo torna ainda mais importante a proximidade com aqueles que gostamos. "Diante do perigo, o organismo aciona o nosso sistema de luta ou fuga e liberamos o cortisol - conhecido como hormônio do estresse. No caso do coronavírus, entretanto, não temos para onde fugir. Todo esse cenário contribui muito para o aumento dos casos de depressão e também de ansiedade e estresse pós-traumático. Por isso, contar com os amigos nessa fase pode ajudar a lidar com o momento, que é atípico para todos, e ainda reduzir as chances de depressão", afirma.
O Dia do Amigo, comemorado em 20 de julho, é mais uma oportunidade para celebrar e também reforçar os laços de amizade. Ter amigos traz benefícios tanto para a saúde mental como física, pois vínculos afetivos despertam as emoções positivas, promovendo bem-estar. "Alguns estudos mostram, por exemplo, que essas emoções influenciam nos batimentos cardíacos. Um estudo da Universidade Columbia, nos EUA, mostrou que pessoas que tem amigos são normalmente mais felizes, entusiasmados e satisfeitos com a vida", completa.

Como ajudar

Reconhecer os sintomas iniciais da depressão é essencial para conseguir ajudar quem passa pelo problema. Entre os principais sinais de alerta estão: irritabilidade, desinteresse, falta de motivação e apatia, desespero, sentimento de vazio, pessimismo, sensação de culpa, de inutilidade e de fracasso, além de baixa  autoestima . Falta de ânimo ou energia incapacitante também estão nessa lista. "A pessoa deve ficar atenta se não se sentir capaz de se arrumar, pentear o cabelo, tomar banho; ou executar pequenas atividades domésticas e de home office, por exemplo. Além disso, ter pensamentos obsessivos, falta ou excesso de sono e apetite, interpretação distorcida e negativa da realidade, dificuldade de concentração, raciocínio mais lento e esquecimento também indicam que algo pode estar errado", explica Douglas.
O apoio de amigos e familiares faz muita diferença para quem está deprimido ou com sintomas iniciais dessa doença. Por isso, o coordenador da Anhanguera elenca algumas dicas para aqueles que querem contribuir de alguma forma:
• Ouça mais e fale menos;

• Mantenha contato constante, mostre que está "presente" ou peça a alguém próximo;

• Tenha empatia e não faça julgamentos. Evite dar sermão, condenar ou banalizar;

• Não cobre grandes mudanças de hábitos, pois isso desperta ansiedade. Respeite os limites do amigo;

• Use a tecnologia a seu favor. Com ela, é possível reduzir o isolamento através de atividades em rede, como jogos e vídeo chamadas, além de ser um meio para leitura, estudos, psicoterapia on-line e um guia para exercícios físicos, o que ajuda a manter a mente ocupada e corpo em movimento;

• Incentive a consulta com um profissional. Quando os sintomas se tornam graves a ponto de atrapalhar as relações interpessoais de estudo ou trabalho, além das funções vitais, como sono e apetite, está na hora de buscar auxílio de um especialista.

Criatividade em tempos de pandemia: as Festas Itinerantes


O tempo da festa tem sido celebrado ao longo da História como tempo de utopias.

A FESTA, o que é a festa? O termo latino festus, era aplicado à celebração e ao culto dos “falsos deuses” e suas representações. Como expressão teatral de uma organização social, a festa é um fato político, religioso e simbólico. Traz a importante função de introjetar valores e normas da vida coletiva, sentimentos e conhecimentos comunitários.

A festa dentro da festa deve ser estudada, seja pela forma autoritária com que a recebemos pela transposição de valores ibero-europeus, pela cultura indígena e crioula em nosso país em priscas eras de nossa história. Eram tempos imemoráveis... relata Mary del Priori, em Histórias da Gente Brasileira- Colônia, v. 1 ).


Tempos de fantasias, de sonhos, celebrações, transformados em tempos de negação de um presente medíocre ameaçador e sufocante.... Um exercício de liberdade humana! Um reencontro do homem consigo mesmo o angustia e deprime.

Mas, o tempo da festa eclipsa o calendário da rotina e do trabalho dos homens, substituindo-o por um tempo de criatividade, ora afirmando a perenidade das instituições de poder... Sem deter o tempo, nem contradize-lo, mas sim articulando-o, a festa termina por dar à vida diária sua armadura habitual. Complexas são as relações e representações que fazemos de nossa existência.

Jogo de espelhos, em uma festa “sem zombar, zombam de muitos”.  Tempo invertido, de zombarias e disfarces. aquele da Festa Itinerante. Criador de brechas de resistência.
Espaço de múltiplas trocas de olhares, risos e euforias. Em cada casa um significado peculiar, com vida própria. Distribuição de comida e bebida a animam, a música, o ritmo, permitem momentos de integração, partes de um todo comemorativo. As regras começam a ser abandonadas...

O Controle sobre a Festa: tentativa de ordenar o inordenável. Leis e regras procuram esvaziar a função catártica da festa. Luz, silencio, câmeras e vigilância- antídoto contra as transgressões? mas as festas não apenas ensejam reunião de pessoas, como ressaltam a necessidade de comunicação e socialização. Não são apenas uma válvula de escape, mas um grito desafiador. Circulando de festa em festa, a Festa Itinerante se torna um espaço de revolta ritualizada, de dar um fim à tristeza, de esquecimento.
Uma rajada de bom senso nos é trazida por Rodrigo Karpat. 

Embora o controle da festa tente ordenar o inordernável, como muito bem colocou a Professora Maria Celeste, considerando que a festa tem como característica primordial celebração, precisamos lembrar que atualmente, por vivermos em grandes centros urbanos precisamos levar em conta o aumento natural e constante da população , que encontram como saída a construções de conglomerados de residências, denominados condomínios, é neste prisma que a festa com “limite” se faz necessário.

Porém, em tempo de pandemia, a máxima é a não realização de confraternizações e consequentemente nos deparamos com a diminuição dos problemas de convívio que delas surgem, o que em contradição a alegria, traz o tom cinza e melancólico a nossas vidas. O ser humano é social por natureza, tende a procurar o seu bando, a sua turma, a sua família.

Em nosso país ocorre a maior festa do mundo, com certeza o sorriso do brasileiro é reflexo da alegria contagiante do carnaval, a maior desordem que se tem relato no mundo todo. É sabido que em cidades como Salvador, Olinda, Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte, a desordem se torna o grito de ordem, e os condomínios periféricos a estas grandes festas precisam entram na dança pelas suas sacadas, áreas comuns e até mesmo dentro de seus quartos, quando o movimento de desordem, como em uma inversão de valores,  se torna momentaneamente a nova ordem, então a falta de regra virá a regra.

Porém, um temporal chamado Covid-19, apagou as luzes, tornando a vida de todos cinza, a páscoa se foi, os aniversários, viagens, os churrascos e tudo mais que pudesse ter aglomeração passou em branco e tudo isso foi imposto em um estado de exceção por lei, pelos decretos estaduais, municipais e federais que impuseram corretamente a ordem de não aglomeração e de imposição de distanciamento social.

No entanto, em meio ao distanciamento social, a flexibilização da quarentena, mesmo em momento ainda delicado, surge e mesmo que de forma tímida, as festas itinerantes, transformam o tom cinza e vermelho, em azul, amarelo, rosa e em todas as cores que pudermos imaginar. Como em um desenho infantil que perdeu a cor de repente, e que pode ser retomada magicamente através de festas itinerantes, que passam rapidamente e deixam a alegria no ar.

E em pleno São João, que comemora o nascimento de João Batista, que traz alegria a todas cidades brasileiras com quermesses, fogueiras, barracas do beijo, dos doces, do quentão, foi adaptada em tempo de Covid, para que pudesse continuar a levar alegria a milhares de lares que enfrentam problemas de convívio, perda de emprego, instabilidade emocional e outros.

No âmbito condominial com muita cautela e segurança, as festas juninas itinerantes podem ser realizadas e mudar um pouco a perspectiva no condomínio. Porém, precisamos verificar preliminarmente se no município e estado em que o evento será realizado não tem decreto em vigência proibindo aglomeração. Se houver o jeito será partir para o ambiente virtual.

Para que sejam viabilizadas as festas itinerantes o síndico ou um grupo de moradores lançam a ideia, e sendo a vontade da maioria, o condomínio monta uma comissão para dar início a organização, que deverá contar com a supervisão do síndico e a adoção de todas medidas de segurança, tais como suspensão da barraca do beijo e de brincadeiras de contato por exemplo. Deverá ocorrer de forma mais amena, mas sem perder a alegria do momento. Até a quadrilha deve ser suspensa e substituída por um cantor em um veículo itinerante ou no centro do prédio para que e as pessoas acompanhem das janelas e sacadas.

Para dar início a organização da confraternização é importante avaliar preliminarmente junto com os condôminos a aprovação ou não de festa. Isso pode ser feito por uma pesquisa simples no ambiente virtual.

O síndico tem autonomia para realizar decidir seguir em frente com a proposta, ainda mais se for tradição no condomínio, mas se não for a vontade da maioria, em função deste momento, a ideia deverá ser suspensa.

Caso a festa seja aprovada pela maioria, os horários devem ser restritos e o evento deverá ser mais parecida com uma celebração em família do que com um grande evento.
Imperioso destacar que se deve respeitar as regras de distanciamento social, colocação de totem de álcool gel e a limpeza deve ser reforçada. Uma boa sugestão também é distribuir cartilhas de procedimento. E, por ora, sem convidados de fora do condomínio. E, claro, o evento deve ser em local arejado, ao ar livre.

O orçamento para a confraternização deve ser levando em conta uma vez que estamos em um momento de poupar recursos, assim deve-se ter mente que o objetivo é trazer um pouco de alegria para os nossos condomínios e não exagerar na medida. É momento de solidariedade, confraternizar, nada de eventos profissionais e sim de encontro caseiro, alegre, mas respeitando distanciamento social, regras de segurança.

O prédio investe dentro de um orçamento aprovado em assembleia ou se destina uma verba para isso.

Porém, se as regras acordadas não forem respeitadas o síndico deve agir. O caminho para evitar problemas é organizar bem, dentro das normas de segurança, respeitando os decretos em vigência e orientar sempre a todos para que tudo ocorra de forma alegre e sem atritos.

A festa deve ocorrer respeitando as normas restritivas ou de abrandamento social em cada local e evitando aglomerações, e mesmo que a festa ocorra dentro do planejado no condomínio nada impede que qualquer um que se sinta prejudicado requeira alguma ação de forma judicial visando impedir a realização da festa itinerante dentro do condomínio.  Porém, a palavra de ordem é, festejar para atrair coisas boas, sorrir e deixar a alma feliz.





Maria Celeste Cordeiro Leite dos Santos - Professora do Departamento de Teoria Geral do Direito da Faculdade de Direito da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Livre-Docente em Direito Penal pela Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo. Pós-Doutora em Psicologia Clínica pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Doutora em Direito pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Mestre em Filosofia pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Mestre em Direito pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo.


Rodrigo Karpat - Advogado militante na área cível há mais de 15 anos, Dr. Rodrigo Karpat é sócio no escritório Karpat Sociedade de Advogados, Coordenador de Direito Condominial na Comissão Especial de Direito Imobiliário da OAB-SP e referência em direito imobiliário e questões condominiais. É frequentemente solicitado entre os meios jornalísticos e ministra palestras por todo o Brasil.


Depressão duradoura



Há quatro razões básicas para uma depressão levar mais de 1 ano para ser superada: diagnóstico errado, remédio ou dosagem inadequado, psicólogo ineficiente e/ou indisposição do paciente para lidar com as dores que estão gerando a situação em questão.
Sobre diagnóstico errado, a depressão pode ser efeito de uma fobia, ou seja, seria secundária; precisando ser tratada a causa, como Fobia Social, que pode gerar depressão; ou ainda, poderia ser um diagnóstico de “Síndrome de Esgotamento” e fobia de voltar ao trabalho e os seus pesos.
Em termos de medicação, há a possibilidade de testar outros medicamentos (cada um precisaria mostrar algum efeito benéfico em até três meses) e/ou dosagens. Ademais, há testes farmacogenéticos que orientam, segundo o DNA do indivíduo, quais as medicações mais adequadas para cada pessoa de acordo com a sua doença, seja de base orgânica ou psicológica.
Referente à psicoterapia, há inúmeras abordagens da psicologia que não buscam a mudança, mas sim o autoconhecimento, que muitas vezes é falso e ajuda em nada, podendo piorar o quadro por vezes ao criar problemas que não existiam ou propor ideias que digam que o paciente não mudará e precisará se acostumar com a tristeza que sente. Hoje, há processos de psicoterapia que auxiliam, de fato, na superação e até cura de fobias, depressão, síndrome do pânico, vazios existenciais e outros sofrimentos, inclusive com o auxílio da hipnose, hoje podendo ser utilizada no tratamento das causas e não efeitos dos problemas dos indivíduos.
Além das três causas acima, há a comum indisposição para “pagar os preços” da mudança para sair da depressão, seja um divórcio (que tende a diminuir a condição financeira de um ou dos dois cônjuges, lidar com o medo de ficar sozinho e com o que as outras pessoas poderão dizer); reconhecer que não é tão bom quanto pensava, seja como amigo, esposo, mãe ou profissional, precisando buscar se redimir, dentro do possível e/ou mudar a postura; se esforçar para atingir os próprios sonhos e não apenas reclamar do quão difícil é a vida ou o quanto os pais não foram bons o suficiente ou como a crise atrapalha; e até pagar o preço de não comer o que quiser e fazer exercício físico para perder peso, seja por questões estéticas ou de saúde.
Enfim, a depressão, no geral, é o efeito do acúmulo de pequenos e médios pesos do viver (os grandes costumam ser resolvidos e não protelados, como a dor da morte de um filho, estupro ou descoberta de um câncer agressivo), seja trabalhando no que não gosta, tendo um relacionamento minimamente satisfatório, uma baixa autoestima e/ou pouco orgulho da própria existência.
As medicações para depressão, frequentemente, são anestésicos para a tristeza, necessários para muitas pessoas em diferentes momentos de dor na vida; mas, enquanto as causas destas dores não forem superadas ou curadas, elas poderão durar décadas, dependendo diariamente de analgésicos emocionais para não afundarem num viver melancólico.


Dr. Bayard Galvão - Psicólogo Clínico formado pela PUC-SP, Hipnoterapeuta e Escritor. Especialista em Psicoterapia Breve, Hipnoterapia e Psiconcologia, Bayard é autor de cinco livros, criador do conceito de Hipnoterapia Educativa e Presidente do Instituto Milton H. Erickson de São Paulo. Ministra cursos para profissionais da área da saúde e atendimentos individuais utilizando estes conceitos.  www.hipnoterapia.com.br


Brasileiros com mais de 50 anos inscritos no Cadastro Positivo são os que menos comprometem a renda com crédito consignado, revela Serasa Experian


Menor comprometimento demonstra consciência dessa população mais madura, de acordo com o estudo inédito. Se tomado de forma planejada, esta modalidade de crédito é a alternativa mais barata para cobrir o pagamento de dívidas caras e dar fôlego ao orçamento


Um estudo inédito da Serasa Experian feito com base nas informações do Cadastro Positivo identificou, dentre aqueles que utilizam alguma modalidade de crédito bancário, que a população acima de 50 anos tem uma melhor consciência financeira na hora de contratar empréstimo consignado. Segundo o levantamento realizado em maio, a população deste grupo pagou uma parcela média de R$ 432, o que representa 14,0% da renda – o menor comprometimento na comparação com as demais faixas etárias. O resultado é próximo da média geral: o consignado compromete 14,2% do poder de compra dos brasileiros inscritos no Cadastro Positivo. Veja abaixo a tabela com todos os detalhes:


“O débito direto na folha de pagamento ou na aposentadoria tende a facilitar o controle das despesas no mês porque quem contratou deveria considerar como salário mensal disponível o valor já com o desconto. Com mais experiência de vida, as pessoas acima dos 50 anos costumam estar numa fase financeira mais cuidadosa, principalmente na hora de contratar um empréstimo para não comprometer um valor muito alto da renda mensal”, diz o economista da Serasa Experian, Luiz Rabi.

Os brasileiros acima dos 50 anos também são os mais adeptos ao crédito consignado no país, empréstimo conhecido por ter a menor taxa de juros do mercado e por descontar as parcelas diretamente da folha de pagamento ou da aposentadoria de quem o solicitou. De acordo com o estudo, 30,0% dos brasileiros com mais de 50 anos inscritos no Cadastro Positivo tinham algum empréstimo consignado ativo em maio. O menor uso foi visto entre os jovens de 18 a 25 anos (2,4%) e, na média geral da população, a taxa ficou em 16,2%. Veja o gráfico abaixo:


Segundo Rabi, por ter juros mais baixos e o desconto direto na fonte, o consignado é uma modalidade que costuma atrair o consumidor, principalmente para fazer a substituição de dívidas. “Com muito planejamento e de forma consciente, é um recurso que serve de alternativa para cobrir o pagamento de contas mais caras, como cartão de crédito e o cheque especial, dando fôlego ao orçamento para evitar a inadimplência. Essa faixa de idade também concentra os mais idosos, principalmente os aposentados, que normalmente já lideram os pedidos pela segurança e estabilidade de uma renda fixa e, em momentos de incerteza, acabam utilizando ainda mais esse tipo de crédito para ajudar nas despesas da família.”


Nordeste lidera a contratação de crédito consignado

Considerando a população em geral, o Nordeste lidera o uso do consignado com 20,4%. Na sequência estão: Norte (18,5%), Sudeste (16,0%) e Sul (15,4%). Na outra ponta, o Centro-Oeste é a região que menos utiliza essa modalidade de crédito, com 13,9%.

Por UF, os três Estados que mais contratam são: Piauí (26,0%), Maranhão (24,7%) e Acre (23,6%). Já os que menos utilizam são: Goiás (13,9%), Mato Grosso (13,8%) e Distrito Federal (10,8%). Confira todas as informações na tabela abaixo:
Considerando apenas a população acima de 50 anos, é vista a mesma tendência: Piauí (44,7%), Maranhão (42,5%) e Rio Grande do Norte (41,4%) se destacam como os Estados com o maior número de pessoas dentro desta faixa com crédito consignado contratado no país. Na outra ponta, os menores percentuais estão no Mato Grosso (23,9%) e no Distrito Federal (20,8%).

“As unidades federativas do Norte e Nordeste, por serem menos desenvolvidas, caracterizam-se por uma participação maior do setor público na economia, seja como empregador direto ou como transferidor de recursos por meio de programas e benefícios sociais. Isto faz com que as operações de crédito consignado, tanto para servidores ativos e inativos, como para beneficiários do INSS, sejam mais típicas nestas regiões, comparativamente ao centro-sul do país”, finaliza Rabi.

Metodologia
A partir das informações da base de dados do Cadastro Positivo da Serasa Experian, o levantamento inédito considerou uma fotografia de maio dentro de uma amostra de 1,7 milhão de pessoas que utilizam alguma modalidade de crédito financeiro em todo o país para identificar o comportamento dos brasileiros em relação ao crédito consignado como: representatividade e comprometimento da renda, com visões por faixa de renda, idade, Estados e Regiões do Brasil.




Serasa Experian


Pandemia foi uma grande “prova-surpresa” para as escolas



A pandemia de Covid-19 afetou praticamente todos os setores da sociedade, nesta que foi classificada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como a maior crise sanitária mundial de nossa época. A Educação no Brasil não fugiu à regra e foi atingida em cheio, com as escolas sendo fechadas em todo o país a partir do dia 17 de março. Poucos meses atrás, quem de nós diria que o grande desafio deste setor para 2020 seria o fechamento das escolas por conta da pandemia. E que, em vez de estarmos discutindo tópicos mais propositivos como as habilidades do futuro ou modelos de avaliação, tivemos que debater esta não abertura das instituições e de toda a problemática que envolve este fato. E, mais ainda, como iríamos proceder para que o aprendizado não fosse (muito) impactado, conforme fosse transportado do ensino presencial para a educação à distância?

E, dentro deste cenário, a pandemia foi como uma prova-surpresa não somente para as escolas, como também para todos os agentes envolvidos no processo educacional: gestores escolares, educadores e pais de alunos. Observamos que as escolas que tiveram melhor resultado ao se depararem com a nova realidade de ensino remoto foram as cuja proposta guardasse maior flexibilidade em relação ao modelo de aprendizado tradicional, ou seja, que conseguissem se adaptar ao mundo digital com maior natividade e rapidez. No entanto, houve escolas que se viram completamente despreparadas para o novo panorama e precisaram correr atrás do tempo perdido. 

Para estas, que precisaram agir de uma forma absolutamente emergencial, sentimos que o desempenho foi menos satisfatório. Estas instituições acabaram falhando na prova-surpresa, oferecendo um rascunho de educação à distância, sem os devidos cuidados, avaliações e aprendizados. Foi até pensando nisso que desenvolvemos um estudo inédito, o Diagnóstico Nacional da Educação, cujos resultados ajudarão diretores e mantenedores de escolas avaliarem, antecipadamente, se sairão, ao final desta crise, mais ou menos fortes do que entraram.

Para os gestores das instituições de ensino que ainda não se adaptaram ou que não tiveram feedback positivo do que foi executado, o momento é de calma. Nada está perdido. Sempre estimulamos as escolas a fugirem de fórmulas mágicas que prometam o céu e a terra e sim que busquem entender que suas próprias evoluções de metodologia de aprendizado, e perceber que elas perpassam toda a comunidade escolar. Isso é possível de alcançar com a ajuda de experimentos e, principalmente, feedbacks das famílias. Os aprendizados conjuntos, com empatia entre as partes, têm potencial de se transformarem em absolutos provedores do melhor ensino.

E os próximos anos serão decisivos no que diz respeito às escolas que vão performar melhor e àquelas que seguirão com resultados abaixo do esperado. É hora de investir em modelos híbridos de ensino, onde parte possa acontecer presencialmente e parte seja executada de forma remota, sob pena de novamente acabar surpreendido por uma mudança estrutural, mesmo que menos expressiva que uma epidemia global. Obviamente nos anos iniciais, esse uso não necessariamente vai envolver complexas tecnologias. Entretanto, há diversos exemplos de escolas que estão conseguindo trabalhar componentes de ensino à distância poderosos, sem que, necessariamente, precisem utilizar tecnologia de ponta.

Mais que tudo, o momento agora é de união. É hora de apoiar as instituições de ensino, professores, pais e alunos a se prepararem para um novo começo em breve, com a volta gradual das aulas presenciais. Mais do que pensar em um projeto a longo prazo de tecnologia, é preciso fazer isso de um jeito novo, com apoio, com compreensão e empatia.

Queremos que seja esta uma oportunidade para as escolas refletirem e se planejarem, convidando todos os agentes da comunidade acadêmica a colaborarem. É nosso dever e vontade apoiar os professores e encorajá-los. Eles são guerreiros que estão na linha de frente nesta crise, com muita garra e flexibilidade, dando continuidade a essa luta. Aos pais, fica nosso convite para que eles reflitam sobre o seu papel e entendam o potencial de sua contribuição na jornada coletiva, nessa nova escola, rumo ao novo futuro. Por fim, clamamos aos líderes e gestores de instituições de ensino, que entendam que essa nova fase tem que ser trilhada em conjunto e que se mantenham atentos à medidas de saúde, ensino híbrido e gestão, com coragem e criatividade. 






Vahid Sherafat - CEO do Escolas Exponenciais, instituição independente que promove, 22 a 24 de julho de 2020, o Conecta EX Live (https://escolasexponenciais.com.br/evento/): maior evento online de educação da América Latina



Petrobras conclui a venda de campos de águas rasas


A Petrobras, em continuidade ao comunicado de 24/07/2019, informa que finalizou hoje a venda da totalidade da sua participação nos dez campos que compõem os Polos Pampo e Enchova, localizados em águas rasas na Bacia de Campos, no estado do Rio de Janeiro, para a Trident Energy do Brasil LTDA, subsidiária da Trident Energy L.P.

A operação foi concluída com o pagamento de US$ 365,4 milhões para a Petrobras, após o cumprimento de todas as condições precedentes, e considerando ajustes previstos no contrato e outras condições posteriormente acordadas entre as partes, e prevê o pagamento contingente de um valor adicional de US$ 650 milhões, incluindo US$ 200 milhões divulgados em 24/07/19. O valor recebido no fechamento da transação se soma ao montante de US$ 53,2 milhões pagos à Petrobras na assinatura dos contratos de venda, totalizando US$ 418, 6 milhões.

Essa operação está alinhada à estratégia de otimização de portfólio e à melhoria de alocação do capital da companhia, passando a concentrar cada vez mais os seus recursos em águas profundas e ultra-profundas, onde a Petrobras tem demonstrado grande diferencial competitivo ao longo dos anos.

De acordo com a Gerente Executiva de Gestão de Portfólio da Petrobras, Ana Paula Saraiva, o closing de Pampo e Enchova tem grande importância para a empresa. “Em um momento desafiador para a economia mundial e em particular para a indústria de óleo e gás, fechamos uma negociação relevante sob o ponto de vista estratégico e financeiro. O valor vindo da venda vai ajudar a reduzir a dívida da Petrobras e damos mais um passo na estratégia de focar recursos em águas profundas e ultraprofundas, em especial o pré-sal. Não estamos reduzindo a Petrobras, estamos tornando-a mais forte e resiliente, focada no que ela sabe fazer melhor”.

O Gerente Executivo de Águas Profundas da Petrobras, Carlos José Travassos, ressalta que a operação  pereniza o ciclo de vida dos ativos. “O desinvestimento dos polos de Pampo e Enchova se dá por meio da gestão de portfólio focada no futuro da Petrobras. Além de adicionar valores importantes ao caixa da companhia, essa operação evita gastos de descomissionamento e pereniza o ciclo de vida daquelas unidades por meio de novos investimentos, gerando empregos e valor para a sociedade brasileira”.

Para o Diretor Executivo de Relacionamento Institucional da Petrobras, Roberto Ardenghy, o anúncio da transferência da operação do polo Pampo e Enchova para uma operadora internacional é muito importante sobre vários aspectos. “Mostra que o Brasil continua sendo um país atrativo para o recebimento de investimentos internacionais, com mais competitividade e geração de empregos. Em relação à tecnologia, por exemplo, a tendência é a adoção de técnicas já aplicadas em outros países especialmente na área de águas rasas e campos maduros”.

Segundo Patrick Garo, General Manager da Trident Energy do Brasil, a empresa já tem planos para o ativo. “A Trident Energy do Brasil já conta com mais de 100 profissionais e esperamos chegar a mais de mil trabalhando direta ou indiretamente em nossas operações. Nossos planos são de longo prazo e faremos investimentos imediatos para aumentar a produção e proteger os ativos enquanto preparamos as campanhas de perfuração e workover. Com isso, esperamos pelo menos dobrar a produção atual”.



Sobre os campos

Os chamados Polos Pampo e Enchova estão localizados na Bacia de Campos,  no  litoral  do  Rio  de Janeiro,  e englobam  os campos  de  Enchova,  Enchova  Oeste,  Marimbá,  Piraúna,  Bicudo,  Bonito, Pampo, Trilha, Linguado e Badejo. A produção total de óleo e gás desses campos, de abril a junho de 2020, foi de cerca de 22 mil barris de óleo equivalente por dia, através das plataformas PPM-1, PCE-1, P-8 e P-65. Com essa transação, a Trident passará a ser a operadora dessas concessões com 100% de participação.



Conheça as vulnerabilidades do home office sobre as quais os cibercriminosos têm dedicado esforços para ciberataques


Pesquisa da Check Point sobre a proteção para o cenário do “novo normal” aponta que 75% dos profissionais de TI e segurança de organizações no mundo temem mais ciberataques com modelo misto de trabalho presencial e remoto; e no Brasil 51% dos ataques nos últimos 30 dias fizeram do e-mail o principal vetor


No mundo corporativo, um dos grandes impactos causados pela pandemia da COVID-19 foi o fenômeno da migração em massa das empresas para o trabalho remoto e, consequentemente, o aumento de vulnerabilidades das redes corporativas. Hoje, o ambiente do home office tem um novo perfil ao se tornar a extensão da empresa. Foi necessário profissionalizá-lo a ponto de incluí-lo no planejamento estratégico dos negócios, bem como na sua segurança corporativa. Estamos diante do Home Office S/A.

Segundo dados de uma recente pesquisa da  Check Point® Software Technologies Ltd. (NASDAQ: CHKP), uma fornecedora global líder em soluções de cibersegurança, com 271 profissionais da área de tecnologia e segurança de seus clientes em todo o mundo, hoje, a prioridade é reforçar seus níveis de segurança cibernética e impedir ciberataques, já que três em cada quatro especialistas em cibersegurança (75% dos entrevistados) temem um aumento de ameaças como resultado da nova modalidade mista de trabalho presencial e remoto. Ainda segundo esses profissionais, 51% deles apontam que os ataques direcionados aos endpoints em ambientes domésticos são uma grande preocupação, seguidos por ataques contra os dispositivos móveis dos funcionários (33%).

“A nova realidade do trabalho misto é uma situação completamente nova para o ambiente corporativo, e é por isso que estamos em uma fase de adaptação a esse novo ambiente. Em sua maioria, as empresas não estavam preparadas para esse movimento do home office em larga escala e da noite para o dia. Em face do “novo normal”, as prioridades das empresas não devem se concentrar apenas na implementação de ferramentas e métodos de trabalho que lhes permitam a continuidade de seus negócios, mas esses processos devem ser acompanhados por uma estratégia consolidada, por configurações corretas de serviços na nuvem e com foco em cibersegurança na acessibilidade e mobilidade dos dados ", afirma Claudio Bannwart, country manager da Check Point Brasil.

De acordo com análises dos pesquisadores da Check Point sobre os resultados da pesquisa, 65% das empresas bloquearam o acesso a informações corporativas produzidas a partir de computadores que não funcionavam na VPN corporativa. No entanto, ainda há uma grande porcentagem de empresas (35%) que não implementaram esse tipo de tática de segurança; portanto, deixaram a porta aberta para os cibercriminosos lançarem campanhas de ciberameaças, dentre as quais se destaca o phishing muito usado com o tema da pandemia Covid-19 como gancho (55%).

Como consequência do novo cenário em que as empresas brasileiras também estão caminhando, os serviços de comunicação e a troca de mensagens são os principais canais a serem protegidos, não apenas no uso de aplicativos de videoconferência, assim como em serviços corporativos, como o e-mail. De fato, pesquisadores da divisão Check Point Research (CPR) alertam que em 51% dos ataques que as empresas brasileiras sofreram nos últimos 30 dias, o e-mail foi o principal vetor, refletindo mais uma vez como as caixas de entrada combinadas com a falta de treinamento e a conscientização sobre cibersegurança dos funcionários em home office têm um peso muito relevante nessa equação. Os demais 49% dos ataques com arquivos maliciosos teve como vetor a Web.

Em relação aos arquivos mais usados para ataques, aqueles executáveis (.exe) foram os mais aplicados no Brasil (31,2%), seguidos pelos arquivos .dll (30,7%) nos últimos 30 dias.  

Nos últimos seis meses, considerando o início da quarentena da COVID-19, uma empresa no Brasil foi atacada em média 517 vezes por semana versus os 476 ataques por organização em todo o mundo. O tipo de exploração de vulnerabilidade mais comum no Brasil tem sido a execução remota de código (Remote Code Execution), impactando 72% das organizações no País.


Proteger ambientes de nuvem e dispositivos móveis, pilares básicos de segurança pós-pandemia

Na pesquisa global da Check Point, mais de 86% dos entrevistados afirmaram que o maior desafio de TI durante a pandemia foi a migração para home office; enquanto 62% identificaram o acesso remoto às informações, seguida pela proteção de endpoints (52%), como outros relevantes desafios. “Por esse motivo, ressaltamos a necessidade de planejar e implementar uma estratégia de cibersegurança baseada na proatividade e na prevenção de ameaças que permita proteger os acessos remotos e todos os dispositivos na rede corporativa”, reforça Bannwart.

Atualmente, estamos diante das 5ª e a 6ª gerações de ciberameaças, as quais se destacam por serem de múltiplos vetores, sofisticadas e capazes de se espalhar em larga escala o suficiente para evitar as principais medidas de segurança. Neste sentido, os cibercriminosos adicionaram mais um alvo para explorar vulnerabilidades, o home office, sem deixarem de lado a nuvem, uma tecnologia adotada por mais de 90% das empresas em todo o mundo, além de dispositivos móveis. É essencial que as empresas entendam esse aumento da superfície de ataque dos cibercriminosos e, dessa forma, adotem as melhores práticas e ferramentas de cibersegurança capazes de oferecer novas camadas de proteção para todos esses ambientes (home office, nuvem e dispositivos móveis).

Por fim, há mais dois pontos a serem considerados em cibersegurança não menos importantes. O primeiro deles refere-se à educação e ao treinamento dos funcionários em home office e àqueles que voltarão para os ambientes físicos de trabalho sobre os riscos envolvidos nos PCs domésticos não gerenciados conectados à rede corporativa.

O outro ponto é a obsolescência da infraestrutura. As empresas devem aproveitar esse momento em que tiveram de acelerar a transformação digital e profissionalizaram o home office, incluindo-o no planejamento estratégico dos negócios e na segurança corporativa, para eliminarem as vulnerabilidades de ativos e dispositivos obsoletos da rede corporativa.

Para mais detalhes sobre a pesquisa realizada pela Check Point com 271 profissionais de TI de segurança de organizações em todo o mundo, acesse: https://www.checkpoint.com/cybersecurity-the-new-normal/

Para informações sobre as soluções da Check Point para proteger forças de trabalho remotas, visite https://www.checkpoint.com/solutions/secure-remote-workforce-during-coronavirus/








Check Point Software Technologies Ltd.


Suspensão do protesto de débitos tributários precisa ser prorrogada


Alguns prazos para pagamentos de tributos foram postergados, entretanto, diante da lenta retomada econômica, é preciso ampliá-los para preservar as empresas


No início da quarentena no Estado de São Paulo, o Decreto 64.879/2020 reconheceu a situação de calamidade pública e, entre outras medidas, suspendeu os protestos de débitos tributários por 90 dias. Contudo, esse prazo venceu no dia 30 de junho, e as empresas passaram a ter suas dívidas protestadas sem condições de arcar com esses custos no momento, uma vez que a retomada do comércio tem sido gradual nas diferentes regiões do Estado e não há estimativa de recuperação econômica a curto prazo.

Por isso, o Conselho de Assuntos Tributários da FecomercioSP – por meio de ofício enviado nesta semana –, pede ao governador João Doria que reedite a medida de suspensão de protestos em um novo decreto e dê oportunidade para que os empreendedores paguem seus débitos parcelados.

Anteriormente, a FecomercioSP já havia solicitado a prorrogação do prazo de suspensão do recolhimento do Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias (ICMS) para as micros e pequenas empresas optantes pelo Simples Nacional e a ampliação da medida para todas aquelas que recolhem esse imposto por outros regimes de apuração e também a reabertura do Programa Especial de parcelamento do ICMS, com o número máximo de parcelas mensais estendido para 84, em vez do usualmente aplicado (60). Além disso, a Entidade solicita que os débitos possam ser quitados com créditos acumulados, ressarcimento do ICMS-ST ou precatórios próprios (ou de terceiros).

A Federação também sugere que seja estendida a validade da Certidão Negativa de Débitos (CND); enfatiza a necessidade da suspensão da cobrança do Imposto de Transmissão Causa Mortis e Doação (ITCMD), a fim de estimular as empresas a intensificar ações filantrópicas, com o objetivo de auxiliar os mais vulneráveis e os profissionais de saúde em um momento delicado; entre outros pleitos que auxiliarão empresas neste momento de grave crise em todos os setores econômicos.
 

A hora do home office: como as empresas estão se preparando para o período pós-pandemia?


Uma das características do profissional do futuro é a flexibilidade do trabalho, priorizando resultados ao cumprimento de horários


O home office surgiu como uma das alternativas mais seguras para proteger os trabalhadores e reduzir as chances de disseminação do novo coronavírus. Entretanto, essa mudança súbita na rotina de trabalho fez com que empresas e funcionários tivessem de se adaptar rapidamente, deixando o escritório e transferindo suas atividades para dentro de casa. Nessa corrida rumo à revolução tecnológica, quem sai ganhando são as empresas que, mesmo antes da pandemia, já ofereciam regimes de trabalho semipresencial ou contavam com estratégias voltadas ao teletrabalho.

Exemplo disso é o ISAE Escola de Negócios, instituição curitibana que está realizando projetos piloto de teletrabalho desde o último mês de março para testar o novo modelo e entender as necessidades dos funcionários. Luciana Grande, Coordenadora de Pessoas e Cultura do ISAE, que trabalha de casa desde a adoção das medidas pela instituição de ensino, já sentiu diferença nos resultados. “Não é porque meu horário oficial de trabalho é das 9h às 18h que eu sou produtiva apenas nesse espaço de tempo. Podemos ser produtivos em diversos outros horários, cabendo a cada um escolher o melhor momento para se dedicas as suas atividades”, diz a especialista.

A profissional de recursos humanos acredita que o home office veio para ficar, principalmente no caso de profissões que não exigem um espaço físico para a realização das tarefas, como o setor administrativo, comercial, marketing, desenvolvimento de produtos, finanças e TI. Por outro lado, funções relacionadas aos serviços de zeladoria, portaria e manutenção, por exemplo, devem ser eliminadas em muitas empresas.  Entretanto, Luciana relembra a criação urgente de leis específicas que regulamentem o teletrabalho. “A flexibilização do trabalho já é algo que vem sendo discutido há tempos e deve ser o foco principal na transformação de nossas leis trabalhistas”, afirma. Entretanto, apesar de necessária, a flexibilização do trabalho vem gerando receio por parte dos empresários, que alegam ‘perda do controle sobre os funcionários’.

“As leis trabalhistas brasileiras atuais ainda são muito pautadas no controle. Sair da competitividade rumo à colaboração pode ser algo positivo para essa construção de confiança entre chefes e funcionários”, diz. Para isso, a especialista sugere uma mudança estrutural na delegação de funções, trocando a cobrança pelo horário de trabalho por uma valorização de entregas e resultados. “Trabalho é o que eu faço e não onde eu estou”, complementa. Essa mudança reflete, também, em uma redução de gastos por parte da empresa, que não precisará mais despender dinheiro com aluguel de salas, manutenção e limpeza. “Neste caso, é papel do empresário oferecer todos os materiais necessários para que o colaborador possa desenvolver suas atividades com qualidade, desde mesas e cadeiras adequadas até aparelhos eletrônicos e conexão com à internet”, completa Luciana.


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