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segunda-feira, 13 de abril de 2020

Gerações anteriores, que aprenderam com o quadro negro, agora ensinam os hiperconectados


Distantes e próximos. Duas palavras que, embora representam o antagonismo uma da outra, expressam muito bem o momento em que vivemos. Nos lares brasileiros, crianças e adolescentes se unem às mães, pais ou outros responsáveis, numa tentativa constante de criar, de uma semana para outra, uma nova rotina. Se o afastamento social assustou, por frustrar expectativas e muitos projetos para este ano, por outro traz, para aqueles que os têm, o reconhecimento que a tecnologia, empregada em seus diversos canais, torna menos angustiante passar pela quarentena. Das plataformas de streaming, que liberaram filmes, séries e mais canais de jornalismo, aos aplicativos de entrega, seja alimento ou qualquer outro item, os sinais de 4 ou 5G e o wi-fi se tornaram grandes aliados nestes últimos dias.

Nesta esteira tecnológica, revelou-se mais um: a educação. Para as famílias que cresceram e foram educadas em salas de aula tradicionais, com mesas e cadeiras enfileiradas, quadro negro, giz e talvez um retroprojetor ou filmes em VHS, o leque que se abre é vasto, estranho e duvidoso. E mesmo para os jovens, que já nasceram hiperconectados e estavam acostumados a ter o uso da tecnologia como um meio no processo pedagógico, estranham-se de vestir de avatar ao invés do uniforme. Cabe a escola se tornar um facilitador desse processo, informando e se fazendo entender aos responsáveis sobre o propósito pedagógico das atividades para auxiliar o aluno, que, mesmo mais apto a mudança, pode estranhar o uso da tecnologia não mais como o meio como as aulas acontecem, mas sim como o fim.

Os conteúdos precisam ser mantidos e a rotina de estudos preservada, respeitando os horários já programados. A sugestão é que o professor esteja disponível nos horários das aulas presenciais e promova debates e outras atividades e interações que os deixem motivados. Quando oferecemos as aulas e o atendimento no mesmo horário, um dos objetivos é justamente ajudá-los a gerir o tempo, pois o estudante entende que é aquele o momento que ele tem e que não pode ser desperdiçado. Já a concentração, que está ligada intrinsecamente com a motivação, tem que incluir atividades que sejam contextualizadas e dinâmicas. É difícil, sem dúvida alguma, mas contamos com um aspecto a nosso favor: os alunos de hoje são mais aptos à mudança, pois nasceram num mundo tecnológico e, portanto, com essa cultura já inserida em seus comportamentos.

Mas vale se atentar que investir nas facilidades tecnológicas das crianças e jovens não significa deixar de lado o convívio social, uma crítica, por sinal, bastante errônea ao processo de digitalização. Exemplo disto são os aplicativos de comunicação, que usamos para interagir com familiares, amigos de infância, grupos de condomínio e tantas outras pessoas que, até então, no presencial era até menos frequente. Os estudantes devem continuar se relacionando, seja com trabalhos em grupo ou propostas de debates sobre temas sempre contextualizados. E, quanto ao processo avaliativo, a adequação também é válida e a participação em chats e fóruns, presença em aulas por meio de vídeo e entrega de materiais entram na conta final.

Estas transições pelas quais vivemos não são fáceis, inclusive para as escolas, que embora algumas já até estejam acostumadas a explorar o uso tecnológico para aplicação das disciplinas, se veem agora dependentes dela. Fica, a cada dia que passa, mais claro a importância do papel do educador, que agora deve ser um profissional gabaritado para influenciar a busca de conhecimentos, guiar a rotina de estudos, desenvolver habilidades de socialização e aperfeiçoar tantas outras que vão sendo apresentadas ao longo do processo acadêmico. O uso da tecnologia, que já é uma realidade há alguns anos, mostra o seu lado catalisador da educação, aquele que facilita a apresentação de conteúdos e conecta a todos, em qualquer lugar do globo. Mas é também a tecnologia que vem mostrando que o contato físico é extremamente relevante no dia a dia de qualquer pessoa.






Luizinho Magalhães - graduado em pedagogia e especialista em formação de professores com MBA em gestão escolar e inovação na educação pela Universidade Católica Dom Bosco, em Campo Grande (MS). O executivo é diretor acadêmico da rede Luminova, escola inovadora que tem como objetivo democratizar o acesso à educação de qualidade, promovendo o crescimento humano e ascensão social no Brasil.


Mudar para lucro real é opção para diminuir tributos em 2020 perante à crise da Covid-19


Orientação é da ROIT Consultoria e Contabilidade, e vale também para pequenas empresas. Prazo para mudança neste ano se encerra em 30 de abril.


A crise ocasionada pela pandemia do novo coronavírus obriga as empresas a buscarem saídas para a redução de custos e a sustentabilidade no mercado. Uma das formas de diminuir despesas está na gestão fiscal, que inclui migrar de regime tributário: o que pode significar pagar menos impostos. 

Para diminuir as perdas de 2020 devido à Covid-19, uma opção é mudar do regime de Lucro Presumido ou mesmo do Simples Nacional para o de Lucro Real: regime recomendável nesse momento de margens baixas e prováveis prejuízos. A orientação é da ROIT Consultoria e Contabilidade – organização que tem sede em Curitiba e escritórios em São Paulo e Brasília. 

De acordo com o sócio-diretor da ROIT, Lucas Ribeiro, há uma série de vantagens em adotar este regime como base de cálculo para o pagamento de tributos, inclusive para as pequenas empresas. “A opção pelo lucro real pode ser utilizada por empresas de todos os portes e segmentos, inclusive para quem está no Simples Nacional. Para estas é possível migrar e garantir uma tributação muito inferior, considerando benefícios fiscais e diversas oportunidades nesse momento de crise”, atesta.

Lucas pontua também que, por ser mais complexo, o regime do Lucro Real exige uma gestão financeira e documental mais rigorosa da empresa. Isso, porém, não deve ser encarado como impeditivo para optar por esse regime. Ao contrário: o rigor na gestão fiscal e financeira é indispensável para a sobrevivência do negócio.

A consultoria lembra que a migração de regime só pode ser feita no início de cada ano fiscal, mediante o primeiro recolhimento de Imposto de Renda da Pessoa Jurídica, o IRPJ. Para quem pretendia seguir pelo Lucro Presumido, tem até 30 de abril para decidir migrar para o Lucro Real. 


VANTAGENS

O especialista lista uma série de vantagens da opção pelo lucro real. Nesse regime, por exemplo, depreciações, amortizações e juros fazem diminuir a incidência de tributos. São aproveitados, nesse regime, créditos do PIS e do Cofins, entre outros benefícios de ordem tributária.

“É possível remunerar os sócios a título de juros sobre o capital próprio, o que permite reduzir até 19% da carga tributária sobre os lucros. Caso haja prejuízos fiscais, não há tributação de IRPJ e CSLL, que são pagos sempre no Lucro Presumido e no Simples Nacional. E a empresa pode optar pela apuração do lucro trimestral ou anual, acumulando prejuízos para compensar com momentos em que vier a ter lucro. Enfim, o regime leva em conta a situação real da empresa, e não o que ela presume que venha a ser. O valor a ser pago em tributos se torna o mais justo”, explica Lucas Ribeiro.


O executivo, por outro lado, adverte: embora, de um modo geral, a opção por lucro real tende a ser mais vantajosa, cada caso precisa ser minuciosamente analisado. O empresário deve buscar auxílio do seu contador e advogado tributarista – um investimento para que o empreendedor adote uma gestão financeira e tributária mais eficiente, sem correr grandes riscos. “As contas precisam ser feitas com muito cuidado”, sublinha.


Como gerenciar uma equipe de sucesso durante a crise


O acirramento da competitividade no mercado deixou em evidência o papel da liderança para o sucesso das organizações. Nesse contexto, é importante destacar que ser um verdadeiro líder não é sinônimo de dar ordens, mas saber organizar, delegar tarefas, tomar decisões acertadas e, especialmente, servir de inspiração, pois isso motiva e ajuda a reter os seus melhores talentos.

Mas como gerenciar uma equipe durante períodos de crise? Se comandar pessoas em circunstâncias normais já não é uma tarefa simples, os períodos turbulentos podem abalar a confiança de muitos gestores experientes.

A missão do líder sempre enseja maiores responsabilidades do que qualquer outro membro do time. Afinal, é ele quem deve apontar os rumos certos e as diretrizes a serem seguidas para resultados bem-sucedidos. Diante de um período de crise, o peso de encontrar soluções eficientes e colocá-las em prática é ainda maior.


Efetividade na comunicação

A comunicação eficiente é uma competência primordial para grandes líderes, independentemente do momento em que a sua organização esteja passando — o sucesso de cada ação dentro da empresa depende do nível de alinhamento dos diálogos.

Em tempos de crise, a efetividade na comunicação do gestor requer ainda mais atenção. Isso porque, em primeiro lugar, é preciso conter possíveis descontroles emocionais para minimizar os impactos sobre a produtividade do time.

Hoje, as informações circulam em uma velocidade muito grande e, infelizmente, as pessoas se aproveitam dessa facilidade para espalhar notícias falsas. Por isso, o posicionamento do líder fará toda a diferença para direcionar o foco ao que realmente importa.

Nesse cenário de incertezas e apreensão, o líder deve, antes de tudo, entender os fatos e eventuais impactos sobre o seu negócio, traçar um plano de ações para enfrentar os obstáculos e, então, passá-lo para sua equipe.

O mais relevante nesse momento é que essa comunicação seja clara e objetiva; sem ruídos para atrapalhar as metas e objetivos.


Antecipação de conflitos 

Uma liderança forte está entre os principais elementos necessários ao alcance da excelência e do crescimento de uma marca no mercado. Essa postura também vai fazer toda a diferença quando a organização passa por turbulências.
Nessa fase, o descontrole da liderança pode acirrar conflitos, estimular disputas por poder, e isso acarreta um efeito bastante negativo no time — o bem coletivo deixa de ser uma prioridade e a desmotivação da equipe cresce.

Quando o gestor tem o domínio do panorama da crise e possíveis impactos, eles conseguem antever algumas circunstâncias com potencial para gerar conflitos e agir de forma antecipada para que eles não ocorram. Isso contribui bastante para diminuir os pontos de desgaste.


Inteligência emocional 

Além das pressões econômicas naturalmente impostas pelas crises, é comum que nesses períodos o gestor tenha que lidar com críticas, acalmar os ânimos internos, entre outras atitudes que exigem uma inteligência emocional da sua parte.

Assim, as atitudes reativas podem significar grande impasse à manutenção de um clima harmônico. Um ambiente de ânimos acirrados, sem empatia, normalmente traz grandes prejuízos para a motivação dos funcionários.

O controle das emoções do líder é uma das principais armas para ajudar a manter o equilíbrio interno e transmitir segurança. Isso também ajuda o gestor a enxergar as pessoas certas do time para auxiliar mais ostensivamente no combate ao problema.


Capacidade de manter a equipe equilibrada

Como mencionado, a inteligência emocional do gestor reflete de modo significativo no comportamento dos funcionários. Portanto, cada atitude será decisiva para o equilíbrio da equipe — desde a delegação de tarefas até as ações para reter os seus talentos.

Se o líder perde o controle do gerenciamento da crise e o clima dentro da organização fica muito tenso, por exemplo, com dificuldades para o diálogo, além de se sentirem desmotivados, muitos profissionais competentes podem optar por abandonar a empresa, o que só aumenta os prejuízos.

No que diz respeito à pandemia de coronavírus no Brasil, especialmente diante dos últimos acontecimentos que trouxeram um viés político para a questão, a diretoria da empresa precisa usar da sabedoria para conduzir os colaboradores e evitar a exaltação dos ânimos, pois isso também repercute de maneira negativa nos projetos de recuperação.

O direcionamento do time é a peça-chave para que todos os planejamentos funcionem bem. Se ele transmite segurança e autoridade, a tendência é que haja menos ruídos na comunicação e toda a equipe se mantenha engajada em prol dos objetivos traçados.

Do contrário, dificilmente haverá um alinhamento de pensamentos e ações. Logo, as chances de fracassar e sofrer consequências ainda mais pesadas com a crise se elevam.


 Como é possível o bom líder buscar ferramentas para potencializar resultados?

Durante o enfrentamento de uma crise, a palavra-chave para superar, ou pelo menos reduzir as adversidades, é a criatividade — todas as medidas para imprimir um bom ritmo de produtividade são muito bem-vindas.

No caso do coronavírus, que exige um isolamento das pessoas e, consequentemente, alterar a rotina de trabalho nas empresas, não há outra alternativa a não ser a busca por ferramentas para dar continuidade na execução do máximo de tarefas possíveis.

O ideal é que o líder comece a se preparar para eventualidades antes que elas venham a acontecer, isto é, ter um plano de prevenção para os riscos que envolvem sua atividade, bem como as respectivas soluções caso o problema se instale.

Graças aos avanços das tecnologias, hoje diversas funções podem ser realizadas remotamente, no home office, uma modalidade de trabalho que aumenta a cada dia e que certamente será um dos principais aliados enquanto o problema do coronavírus não for controlado.

Porém, a maior dúvida talvez seja como gerenciar uma equipe e controlar o rendimento com esse tipo de trabalho. Nesse contexto, o estabelecimento de metas claras pelo líder é o primeiro parâmetro para alcançar um bom fluxo da atividade.

Além disso, outras metodologias de gestão de tempo também se mostram eficientes e podem ser não somente utilizadas pelo líder, mas principalmente recomendadas aos colaboradores.

Um exemplo de ferramenta já consagrada nesse sentido é o método Pomodoro — a cada 25 minutos de atividade a pessoa descansa 5 minutos, até completar o ciclo de 2 horas.


Gerenciando de forma eficiente os recursos de pequenas e médias empresas em tempos de crise

Embora a pandemia de coronavírus vá atingir todos os mercados de maneira global, as pequenas e médias empresas estão mais expostas às oscilações na economia e, sem dúvidas, muitas delas têm a sua sobrevivência comprometida nesse momento.

Por essa razão, vale a pena conferir os nove principais insights de uma mentoria coletiva para empreendedores sobre geração, fluxo de caixa e o impacto financeiro do Covid-19.


São eles

Comunique com transparência a situação do caixa da empresa para as lideranças, definindo quais ações serão tomadas e um intervalo para mensuração de resultados e novas decisões;

1.Identifique até cinco projetos que serão transformados em planos de ação com acompanhamento das principais lideranças semanalmente, dividindo a responsabilidade entre cada um deles;

2.Elabore um plano financeiro considerando cenários distintos — pessimista, moderado e otimista e assume que pode ocorrer uma queda drástica de receita;

3.Defina as métricas vitais para acompanhamento da sobrevivência da empresa— fluxo de caixa futuro, vendas, retenção de clientes e margem de contribuição. E monitore diariamente;

4.Corte primeiramente os gastos pelas despesas administrativas — viagens, cartões corporativos, ferramentas não essenciais, enfim, tudo aquilo que fuja dos limites de atividade permitidos no momento;

5.Concentre os esforços no core do seu negócio, que já está validado e é lucrativo. Nesse momento, é recomendado cortar ou reduzir investimentos em novos produtos, sobretudo aqueles que não geram retorno a curto prazo. Afinal, manter um cliente que já comprou com você antes é mais fácil que adquirir um novo; o segredo é encontrar formas inovadoras de engajar seus clientes ativos;

6.Renegocie os prazos de pagamentos com os fornecedores, preferencialmente que essas datas coincidam com o seu fluxo de recebíveis;

7.Tente renegociar prazos de carência e taxas nos bancos, evitando prejudicar sua análise de crédito.

8.Aproveite as linhas de crédito de curto prazo pré-aprovadas, mas tome cuidado, pois o custo da dívida pode ficar alto.

9.Como você pôde ver, embora o mais competente dos gestores não possa prever uma situação de crise, ou impedir que ele afete o seu negócio, quando existe um bom preparo e expertise para lidar com os desafios — um líder que sabe como gerenciar uma equipe e demais recursos da empresa —, as chances de superar o prejuízo são bem maiores.

Gostou do artigo? Agora que você aprendeu algumas boas formas de gerenciar sua equipe durante a crise, aproveite para praticar a sua contribuição com a nossa sociedade compartilhando essas dicas nas suas redes sociais!







Georgia Roncon - Empresária e empreendedora com mais de 13 anos de experiência em gerenciamento comercial, marketing, desenvolvimento de equipes, criação de produtos e implementação de cultura organizacional e inovação, atualmente é Co- Founder do ECQ Lifelong Learning. É formada em Letras Inglês e possui MBA em Gestão Empresarial e Marketing pela FGV. Apaixonada por educação, marketing e tecnologias é  co- fundadora da AGE GROUP, que atua em seguimentos como:  Turismo, Investimentos e com Educação em Inovação e Tecnologia com o ECQ Lifelong Learning, que opera tanto no Brasil e nos EUA.
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