Pesquisar no Blog

terça-feira, 7 de abril de 2020

Atividade do comércio cai 16,2% em março e registra recorde histórico, revela Serasa Experian


Todos os setores tiveram queda na comparação com fevereiro; especialistas da Serasa Experian dão dicas para conquistar novos clientes e gerar mais receita


A atividade do comércio brasileiro em março deste ano teve a maior queda no comparativo mensal da série histórica, iniciada em 2000. A redução foi de 16,2%, na comparação com fevereiro/20, feitos os devidos ajustes sazonais, segundo o Indicador de Atividade do Comércio da Serasa Experian. Clique aqui e confira os dados.

O economista da Serasa Experian, Luiz Rabi, diz que este movimento era esperado e que deve ser uma tendência para os próximos meses. “Com as pessoas ficando mais em casa e muitas lojas físicas fechadas, cai automaticamente o consumo de itens, principalmente os não essenciais, como Veículos e Materiais de Construção, que apresentaram a maior retração em março. Na contramão estão áreas essenciais, como Supermercados e Combustíveis, cujo impacto foi menor pelo consumo e necessidade de abastecimento das cidades”.


Atividade fraca em todos os segmentos

Todos os setores registraram declínio na variação mensal, sendo os mais significativos naqueles em que a compra pode ser postergada – Veículos, Motos e Peças (-23,1%) e Materiais de Construção (-21,9%). Combustíveis e Lubrificantes tiveram a menor diferença com relação a fevereiro/20, com -5,5%. Confira no gráfico abaixo todas as informações por setor:

 


Na análise interanual – março/20 x março/19 – as vendas no varejo tiveram retração de 13,7%, puxada por Veículos, Motos e Peças (-26,3%) e Materiais de Construção (-17,9%). Móveis, Eletrodomésticos, Eletroeletrônicos e Informática (-15,1%) e Tecidos, Vestuário, Calçados e Acessórios (-11,1%) aparecem na sequência, com Combustíveis e Lubrificantes (-8,7%) e Supermercados, Hipermercados, Alimentos e Bebidas (-2,4%).

Acesse o link abaixo e confira todos os dados do indicador:

 




Serasa Experian

"ONDE ESTAVA DEUS NAQUELES DIAS?"


            A pergunta lançada como um grito por Bento XVI ao visitar o campo de extermínio de Auschwitz em 2006 ecoa 14 anos mais tarde diante dessa versão hodierna da peste representada pelo Covid-19. Onde estava Deus quando permitiu o surgimento desse vírus que mata, enferma, esgota recursos materiais e financeiros, fecha igrejas, destrói empregos, joga bilhões de homens livres em prisão domiciliar? Lembro que a pergunta profundamente humana de Bento XVI foi estampada em todos os jornais e replicada em todos os idiomas. Causava um certo desconforto, uma espécie de cheque mate teológico aplicado às pessoas de fé. Até, claro, pararmos para pensar.  

O Papa, qualquer Papa, é um ser humano sujeito às nossas mesmas angústias e inquietudes. Ele não fala com Deus todos os dias através do celular. Quem ainda não se interrogou sobre o silêncio de Deus? Quem, perante a dor, o sofrimento e a aflição, nunca clamou pela interferência direta do Altíssimo?

            O paciente Jó, sofredor sempre fiel, nos fornece antigo exemplo bíblico desses brados da nossa débil natureza, que soam e ressoam através das gerações. A manifestação de Bento XVI, que ele mesmo chamou de grito da humanidade, foi humilde e reiterada expressão dessa mesma humanidade. Nem mesmo Jesus escapou a tão inevitável contingência: "Pai! Por que me abandonaste?"

            Não conheço Auschwitz. Contudo, visitei o campo de concentração de Daschau e o memorial lá existente. Saímos, minha mulher e eu, com a impressão de havermos visitado um santuário onde a presença de Deus era quase palpável. E isso não se constituiu numa contradição. Ao contrário, aquele lugar de tantos padecimentos se converteu, de modo inevitável, em silencioso ambiente de reflexão e oração, no qual se percebe com nitidez o que acontece quando os homens, prescindindo do Senhor do bem, se bestializam e se convertem em senhores do mal.

            É fácil imaginar, igualmente, a presença divina atuando nos incontáveis gestos de solidariedade que, por certo, ocorrem numa situação como aquela. Ativo no coração dos que o amam, ali agia o Deus de todas as vítimas, consolo dos que sofrem, esperança dos aflitos e destino final dos seus filhos. É claro que a nós pareceria mais proveitoso um Deus que atuasse como gerente supremo dos eventos humanos, intervindo para evitar quaisquer males, retificando a imprudência dos homens, proclamando verdades cotidianas em dizeres escritos com as nuvens do céu, fazendo o bem que não fazemos, a todos santificando por ação de seu querer e pela impossibilidade do erro e do pecado.

            Nesse paraíso terrestre, nada seria como é e nós não seríamos como somos. Não haveria cruz, nem Cristo. Não haveria lágrimas, nem dor. Tampouco morte, ou vida. É o imenso respeito divino à nossa liberdade que configura a existência humana como tal e que nos concede o direito de bradar aos céus. No entanto, tão rapidamente quanto Deus nos ouve, ouve-nos nosso próprio coração. Sim, porque Deus estava ali, em Auschwitz, como estava em Daschau. Mas não havia lugar para ele no coração dos algozes.

            Nesta quaresma das quarentenas, nesta semana que nos leva à Páscoa da Ressureição, aprendamos com as lições da história, da ciência e da prudência. Aprendamos com o que acontece quando o materialismo, o relativismo e os totalitarismos investem na concretização de seus projetos de poder. Eles jamais abandonam o tabuleiro das opções e seus males sempre se fazem sentir.






Percival Puggina - membro da Academia Rio-Grandense de Letras, é arquiteto, empresário e escritor e titular do site www.puggina.org, colunista de dezenas de jornais e sites no país. Autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia; Pombas e Gaviões; A Tomada do Brasil. Integrante do grupo Pensar+.

Estava com intercâmbio marcado? Confira o que pode ser feito nesta época


A pandemia do novo coronavírus (COVID-19) atingiu diversos setores e um dos dos que mais sofreu com essa situação foi o de turismo. Para se ter ideia,  85% das viagens foram desmarcadas no mês de março, de acordo com dados divulgados pela Associação Brasileira de Agências de Viagens (Abav Nacional). Outro dado alarmante divulgado por estimativas da  Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) revela que só na primeira quinzena de março foi registrado perda de aproximadamente dois bilhões de reais no setor.

Com a crise gerada pela pandemia, muitas pessoas tiveram suas viagens e intercâmbios cancelados - o que gerou transtornos emocionais  e financeiros. Muitos se organizaram, juntaram dinheiro para realizar esse sonho, alguns conseguiram chegar ao destino outras não. O intercâmbio é um projeto realizado a longo prazo, que inclui uma série de questões, como um planejamento específico da viagem - que pode conter um pacote com moradia, alimentação, escola para curso de inglês, a compra de pacotes de turismo, entre outras questões. 

As escolas de inglês suspenderam temporariamente as aulas presenciais e agora todas são online. Por isso, é preciso ver como está a situação no país em que o intercâmbio foi marcado, se as fronteiras estão abertas, bem como o funcionamento das escolas e os cursos de inglês. Além disso, se você for com o intuito de trabalhar é necessário ver se esse é o momento certo, já que grande parte dos comércios estão fechados ou reduzidos ao máximo.

Abaixo, listo algumas dúvidas comuns para esclarecer o assunto:


Posso remarcar minha viagem? 

As agências de intercâmbio estão mais flexíveis para remarcar a viagem. O ideal é entrar em contato com a agência que você fechou o intercâmbio, com a escola que comprou o pacote, também com a companhia aérea e tentar remanejar essa viagem. Nesse momento, é necessário conversar e ver a melhor solução. Muitas agências não estão cobrando esse adiamento, como é nosso caso, começamos a adiar as viagens de março, abril e maio e, as viagens que estão planejadas a partir de junho, vamos esperar chegar mais perto para ver a melhor a solução. 


Posso cancelar e receber meu dinheiro de volta? 

Normalmente, quando você consegue comprovar que o cancelamento aconteceu por motivo de força maior e falta menos de sete dias para a viagem, a companhia aérea pode descontar de 5% a 20% desse valor. No caso do seu pacote de intercâmbio é necessário verificar todas as informações que estão no seu contrato e se atentar às práticas de cancelamentos e multas que as escolas utilizam. Se você já comprou seus passeios ou ingressos para shows, pode ficar tranquilo que as empresas responsáveis estão trabalhando para ressarcir esse valor da maneira mais rápida possível. 


Como fica minha passagem aérea? 

Caso tenha comprado a passagem aérea pela internet você tem sete dias para desistir da sua compra. Agora, se comprou há bastante tempo e está próximo da data da viagem deve verificar com a companhia aérea a possibilidade de adiantamento ou recebimento do dinheiro de volta. O primeiro passo é conversar com a companhia aérea e ver quais eram os prazos de cancelamento, caso você não tenha uma boa receptividade, vale a pena reclamar no SAC da empresa ou fazer a reclamação da própria agência reguladora, em São Paulo seria o Procon. 





Bruno Jesus - sócio-fundador da The Six International Studies, agência de intercâmbio com o foco no Canadá


Posts mais acessados