Pesquisar no Blog

quarta-feira, 27 de novembro de 2019

Férias legais: passageiros têm direito a indenização em caso de problemas na viagem



Apesar da queda no número de incidentes envolvendo atrasos e extravios de bagagem, os transtornos ocasionados pelas companhias aéreas persistem. Saiba quais são os seus direitos enquanto consumidor


Viajar é uma experiência que faz parte da rotina de muitos brasileiros, ainda mais com a chegada das férias de Verão. De acordo com uma pesquisa do Ministério do Turismo, a maior parte da população que planeja uma viagem, escolhe o avião como meio de transporte.  Para se ter noção, o número de passageiros de voos domésticos e internacionais, em 2016, passou da faixa dos 109,6 milhões, conforme dados do Anuário do Transporte Aéreo, elaborado pela Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC).

Esse elevado número de pessoas que viajam anualmente faz com que as companhias aéreas e os aeroportos reforcem sua atenção no cuidado com seus clientes e seus pertences. E para a felicidade e tranquilidade de quem viaja, o Brasil é o 4º país do mundo em segurança operacional na aviação, ficando atrás apenas da Coreia do Sul, Cingapura e Emirados Árabes Unidos: ou seja, estamos na frente dos Estados Unidos ou qualquer outro país europeu. O dado é da Organização Internacional da Aviação Civil (OACI), conhecida pelo seu rigor e cuidado com suas normas técnicas e padrões operacionais, independente do país.


Atraso de embarque e direitos do consumidor

No entanto, nem tudo são flores. Viajar de avião também pode ser uma dor de cabeça para quem precisa lidar com o atraso dos voos. Entre 2011 e 2015, 20% das partidas dos voos tiveram algum tipo de atraso. Mas afinal, como proceder nesses casos?

“O passageiro deve procurar a companhia aérea para ser auxiliado durante o período de atraso, preterição de embarque ou cancelamento de voo”, comenta o advogado Marcel Kesselring Ferreira da Costa, especialista em Direito do Consumidor e Sócio Fundador do Escritório Ribeiro, Goulart, Iurk & Ferreira da Costa Advogados. A ANAC ainda delimita as obrigações das companhias no caso de atrasos:

·                     A partir de 1 hora: comunicação (internet e telefonemas);

·                     A partir de 2 horas: alimentação (voucher, lanche e bebidas);

·                     A partir de 4 horas: acomodação ou hospedagem (se for o caso) e transporte do aeroporto ao local de acomodação. Se você estiver no local de seu domicílio, a empresa poderá oferecer apenas o transporte para sua residência e desta para o aeroporto;

·                     Se o atraso for superior a 4 horas (ou a empresa já tenha a estimativa de que o voo atrasará esse tempo), ou houver cancelamento de voo ou preterição de embarque, a empresa aérea deverá oferecer ao passageiro, além da assistência material, opções de reacomodação ou reembolso.

Caso o consumidor se sinta lesado por conta do não cumprimento das normas, ele pode recorrer ao Juizado Especial Cível ou à Justiça Comum, a fim de uma indenização por danos morais. “A justiça entende que os atrasos de voo, preterição de embarque e cancelamento de voo somado ao descaso da companhia aérea, enseja reparação por danos morais. Além disso, pode-se exigir da companhia aérea a restituição dos gastos gerados pelo atraso, como alimentação, deslocamento e hospedagem, nos casos em que a companhia não fornece o auxílio devido”, comenta Marcel.

Para provar o caso, o passageiro deve tirar fotos dos painéis com a informação do atraso ou cancelamento dos voos, além de exigir da companhia aérea um documento de registro da ocorrência. “É fundamental o bilhete original e novo bilhete de reacomodação. Se houver perda de compromisso, fundamental que junte ao processo uma prova do compromisso perdido em virtude do atraso, preterição de embarque ou cancelamento de voo”, explica o advogado.


Extravio de bagagens

Apesar da queda de 70,5% no número de malas perdidas em viagens de avião nos últimos dez anos, o problema ainda causa dor de cabeça com quem passa por isso. Mas, antes de tudo, precisamos entender que o extravio de bagagens é a perda temporária ou definitiva dela, podendo ser temporário, caso não seja entregue já no desembarque ou definitivo, se nunca for entregue. “O passageiro deve procurar um funcionário ou guichê da companhia aérea para registrar o extravio da bagagem, relatando as características da bagagem extraviada e o endereço para entrega”, detalha o especialista.

Caso o cliente se sinta lesado com o extravio ou com a danificação da sua mala, também é possível recorrer ao Juizado Especial Cível ou à Justiça Comum, para requerer uma indenização por danos morais e materiais ao passageiro. Para comprovar isso, é necessário guardar o bilhete aéreo e as fotos da bagagem se entregue avariada. “Se o passageiro precisou adquirir bens durante o período sem a bagagem, por exemplo, roupas e materiais de higiene pessoal, é importante guardar a nota fiscal ou comprovante de compra para pedido de restituição dos valores gastos (danos materiais)”, completa Marcel.



Vai viajar no fim do ano? São necessários alguns cuidados para manter a casa limpa e segura


Mesmo com a empolgação é preciso vigiar as atenções para que tudo esteja perfeito na volta


Tem muita gente contando os dias para o recesso de fim de ano e férias. Para os que irão viajar, a empolgação pode estar ainda mais aflorada, não é mesmo? Planejar os roteiros, arrumar as malas e ir rumo ao destino escolhido é incrível. Porém, é necessário tomar algumas precauções para que nada saia do previsto em casa durante o período.

Fazer uma listinha com o que precisa ser conferido ajuda para não se esquecer de nada, e com o auxílio da diretora da Limpezas Amelia separamos algumas dicas. “Não é só com a segurança que precisamos tomar cuidado quando deixamos nossa casa vazia, mas é importante ficar atento à limpeza e organização para que na volta (ou até mesmo durante a viagem) não apareçam transtornos”, fala Luara Milaina.

Para evitar desperdício de alimentos e mau cheiro é importante verificar as datas de validades dos produtos da geladeira e da despensa. Montar um cardápio com os alimentos que estão com a data de validade próxima ou doar é uma solução para evitar que eles estraguem e acabem no lixo. Quanto aos alimentos perecíveis que estão na geladeira, também precisam ser retirados para evitar contaminações e odores desagradáveis. “Para economizar um pouco na conta de luz é possível deixar a geladeira no mínimo”, ensina Luara.

Roupas sujas e molhadas merecem uma atenção especial, pois, não podem ficar como ‘tarefa pendente’. Nesse período, além do mofo, o odor do ambiente não ficará muito agradável, caso fiquem roupas por lavar. Portanto, é melhor lavar e secar todas as roupas para evitar esse tipo de problema. Se os tapetes, cortinas e roupas de cama mais pesada estão precisando ir à lavanderia, essa é a hora! Assim, no retorno, estará tudo limpinho.

   Se possível, programe uma super faxina para alguns dias antes da viagem. Isso evitará problemas com umidade ou mau cheiro enquanto a casa estiver fechada por alguns dias.  A Limpezas Amelia possui um time de diaristas que podem ser contratadas para um período de 8h, de acordo com a necessidade do cliente, por isso, todos os cantinhos serão higienizados para que não fique nada acumulado quando a casa estiver vazia. “Além da faxina, tirar lençóis e roupas de cama é o mais indicado para que o colchão possa ‘respirar’”, afirma Luara.

Depois da casa limpa é hora do checklist da segurança. As partes elétricas e hidráulicas merecem uma atenção especial também. Por exemplo, tirar os eletrodomésticos (menos a geladeira) da tomada é importante, e se morar em casa, pode desligar o registro de água para evitar vazamentos e economizar um pouco.  “Se a pessoa não tem conhecimento para ver os riscos de curto circuito ou de vazamentos é importante chamar alguém para dar uma olhada. Um pequeno vazamento pode causar alagamentos em casa, perda de móveis, objetos e a conta de água que virá muito cara. No caso de tomadas e fiação é pior ainda, pois um curto circuito pode causar um incêndio”, alerta José Ismael, diretor da Limpezas Amelia, que também presta serviços de Marido de Aluguel para auxiliar nesses casos.

Usar a iluminação para ajudar na segurança da residência é uma ótima dica. Instalar luzes que acendam sozinhas ao entardecer e apagam ao amanhecer é uma idéia para que a casa não pareça vazia.


Para finalizar, deixar uma chave reserva com alguém de confiança é essencial para que caso aconteça algum infortúnio a pessoa possa resolver.

Depois de conferir toda a listinha de tarefas é hora de pegar as malas e #partiuferias! Boa viagem!


O que não entra em férias...


A aproximação do final do ano gera grande expectativa nas crianças e adolescentes, que começam a planejar suas férias e a pensar numa nova rotina. Entre os assuntos e temas prediletos, muitas vezes estão a companhia dos amigos da escola e a própria escola. Mais ou menos o que os pais fazem quando estão longe dos filhos e passam uma boa parte do tempo, ou quase todo ele, falando dos filhos.

É comum encontrarmos mães e pais que, no último dia de aula, voltam o olhar para a professora e lançam as seguintes questões: “A colônia de férias aqui da escola começará quando?” Considerando que estamos diante de um intervalo escolar longo, o que colocar no lugar? Como preencher esse tempo? Há pais preocupados com a ociosidade de seus filhos e já pensam na "ginástica" que deverão fazer para ocupar esse período livre. 

Férias para quem? Recesso do quê?

As perguntas que fazemos sobre como ocupar esse período podem estar arraigadas a uma cultura de produção, que tem como foco a quantidade e a velocidade recorde com que tudo acontece. O tempo em que não se "produz" preocupa, incomoda, gera ainda mais angpustias. Mesmo criticando esse contexto, muitas vezes olhamos para nossos filhos e sugerimos que aproveitem o mês de férias para colocar tudo em dia, como fazemos com o nosso tempo livre, nos preparando para outro tempo e não vivendo o tempo que nos é presenteado. Preparar-se? Antecipar? Colocar em dia?

Precisamos orientar nossas crianças sobre como desfrutar o tempo livre. O sociólogo Domenico de Masi, que designou esse tempo de "ócio criativo", nos alerta para o fato de que hoje as máquinas podem realizar grande parte dos trabalhos que, até há bem pouco tempo, necessitavam da força física do homem. Assim sendo, restaram ao homem as atividades criativas. O mundo precisa de pessoas que dêem férias para tudo que funciona com o piloto automático, dando espaço para as manifestações criativas. Pessoas com habilidades de investigação, que busquem a construção de novos significados, em que o investimento do tempo esteja a serviço de um pensamento crítico, criativo e cuidadoso. Crítico no conhecimento, criativo na atuação e cuidadoso com a humanidade.

À escola cabe dar subsídios às crianças e adolescentes para o desenvolvimento dessas habilidades, mostrando que as relações que estabelecemos com o conhecimento partilhado no colégio estão em sintonia com esse mundo e nos mobilizam ainda mais, quando estamos fora dele, a exercitar um olhar que interroga, investiga, opina, pensa em contrapontos, o tempo todo, sem tirar férias!

A nós, adultos, cabe lembrar que estas habilidades são desenvolvidas, também, por meio da literatura, da música, do teatro, do cinema, de encontros sem cronômetro, de olhares suspensos, de orelhas que não se cansam de escutar, do bolo saboreado, do almoço mais demorado, do computador desligado, da televisão assistida a dois, de um mundo de injustiças também conversado.

Interrogar, opinar, pensar em contrapontos, criar novas possibilidades de relações com as pessoas e com o mundo, colocam de férias permanentes a passividade, a repetição e o desencontro e convocam para ação sujeitos ativos, marcados pelos valores do encontro, da solidariedade, do compromisso ético, que saem de férias conosco!





Antoniella Cavassin - coordenadora do Ensino Fundamental Anos Iniciais do Colégio Marista Santa Maria e Danielle Barriquello é coordenadora do Ensino Fundamental Anos Iniciais da Rede Marista de Colégios

Dezembro vermelho: saiba como o vírus HIV afeta a respiração


Saiba como portar o vírus pode afetar a saúde respiratória das pessoas!


Quem é portador do vírus HIV não necessariamente tem a doença desenvolvida, ou seja, não tem Aids, mas continua tendo que tomar inúmeras medidas para cuidar melhor da saúde. Como você sabe, o HIV é quem causa a Aids, também conhecida como Síndrome da Imunodeficiência Adquirida.  

A grande questão em torno da Aids, ainda sem cura, é como ela age no corpo humano. Contraído pelo contato sexual sem proteção correta ou com sangue contaminado, o vírus HIV ataca as nossas células imunológicas. 

Mais especificamente, o vírus consegue se transportar até os nódulos linfáticos, que é onde são produzidas e armazenadas em nossas células de defesa. Aquelas que são responsáveis por proteger o nosso corpo quando algum invasor entra no organismo com a finalidade de causar algum dano.

O vírus passa a agir rapidamente, usando as células saudáveis (que ele precisa usar como hospedeiras) para produzir enzimas com o intuito de se duplicar. Ao longo do tempo, as nossas células de defesa vão perdendo a habilidade de combater outras doenças, e é por isso que pessoas infectadas são tão suscetíveis a doenças “banais”.

O nosso organismo se torna vulnerável a infecções oportunistas, o que pode ser um sério problema nos casos de doenças respiratórias, como pneumonias e até gripes. Por mais que possa parecer algo inofensivo para um não portador da Aids, pode ser fatal para um soropositivo.

As doenças mais comuns que costumam acometer os pacientes soropositivos são nos pulmões, no trato intestinal, no cérebro e nos olhos. Os medicamentos usados no tratamento atuam no sistema imunológico, porque bloqueiam o HIV nas diferentes fases do seu ciclo, reduzindo a quantidade do vírus no corpo.


Doenças Respiratórias

Quem sofre de alergias respiratórias vai entender do que estamos falando: uma simples exposição a um alérgeno pode desencadear crises de asma, rinite, sinusite, entre outras alergias. E isso pode acontecer com o seu sistema imunológico funcionando perfeitamente.

Em um paciente soropositivo, uma simples gripe pode se transformar em uma tuberculose, por exemplo. Você já deve ter ouvido falar que ninguém vai à óbito tendo como motivo principal a Aids. Mas, sim, em decorrência. 

O nosso sistema respiratório está em constante exposição porque precisamos respirar para viver, e nem sempre podemos controlar o que está no ar ao nosso redor. Um soropositivo que fuma, por exemplo, tem muito mais chances de sofrer um infarto do miocárdio ou até de desenvolver doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC).

Entre os principais sintomas da DPOC estão falta de ar e tosse com produção de expectoração. Ela é uma doença progressiva, o que, basicamente, quer dizer que se agrava com o tempo.

Quem sofre deste mal pode ter muitas dificuldades de realizar atividades simples do dia a dia, como subir escadas, por exemplo. A nossa capacidade de aplicar qualquer esforço físico fica extremamente comprometida uma vez que nossa respiração é afetada.

Você pode nunca ter ouvido antes falar de DPOC, mas com certeza já ouviu nomes como bronquite crônica e enfisema pulmonar. Esses são apenas termos diferentes para se referir à DPOC.  


Como se proteger?

Ter um purificador de ar em casa pode ser uma das principais proteções para um portador da Aids, que além da ajuda dos remédios para o bom funcionamento do seu sistema imunológico, vai poder diminuir consideravelmente a sua exposição a microrganismos. 

Essa “purificação” do ar vai evitar o contato com poeira, poluição, fungos, ácaros, vírus e bactérias que podem pairar no ar.


Hiperidrose atinge cerca de 1% da população mundial


Técnica cirúrgica resolve a doença em aproximadamente 100% dos casos


Suor excessivo nas mãos, pés, axilas e região craniofacial podem ser sintomas de hiperidrose, um problema que atinge cerca de 1% da população mundial. A doença consiste na disfunção do sistema nervoso autônomo simpático e afeta, principalmente, a autoestima, a vida social e no trabalho destes pacientes.
De acordo com o cirurgião torácico do Hospital Nossa Senhora das Graças, Paulo Boscardim as pessoas que têm suor em excesso nas regiões da axila, mãos e região craniofacial, em 60% dos casos, também apresentam hiperidrose plantar, que é o suor nos pés. “Em 30% por cento deste pacientes, a cirurgia torácica resolve o problema do suor nos pés”, destaca o médico. O procedimento também trata do odor das axilas e o rubor facial, ou seja, o vermelhidão no rosto.

O cirurgião torácico realiza um corte ou clipagem do nervo que estimula o suor. São realizadas duas incisões de cerca de meio centímetro na região das axilas, por onde introduz uma câmera ótica com a função de transmitir as imagens ampliadas. “Dessa maneira, é possível intervir com mais precisão”, ressalta.
A cirurgia é realizada apenas com a autorização do paciente. “Não basta apenas os parentes ou o médico concordar com o procedimento. O paciente deve analisar o grau de incômodo que o suor em excesso causa na sua vida”, considera o médico.


Efeito colateral

A hiperidrose reflexa ou compensatória é o efeito colateral mais comum da cirurgia, apesar de ser raro. Neste casos, o paciente para de suar onde tanto o incomodava e passa a suar em outros locais do corpo.

Segundo o Dr. Boscardim os fatores que aumentam a probabilidade da compensação grave se manifestar são o IMC (índice de massa corpórea) maior que 26, pessoas que já suam muito em diversas parte do corpo e pessoas que apresentam a hiperidrose craniofacial. “Realizamos uma seleção criteriosa dos pacientes, assim há uma diminuição considerável de incidência da hiperidrose reflexa grave. A cura do problema se aproxima de 100%”, destaca o cirurgião torácico.

Recuperação do paciente

A cirurgia, que pode ser realizada por homens ou mulheres de todas as idades, dura aproximadamente 15 minutos para cada lado e deixa uma cicatriz mínima. A recuperação é rápida e os pacientes podem ter alta no mesmo dia ou nó máximo, na manhã do dia seguinte”, destaca.

O resultado é percebido rapidamente. De acordo com o Dr. Boscardim já no centro cirúrgico o paciente passa a não suar. “Em dois a três dias retorna ao trabalho ou à escola e após três semanas pode praticar exercícios físicos”, ressalta.


Especialista explica as diferenças entre os sintomas da dengue, Zika vírus, Chikungunya e febre amarela


Infectologista do São Cristóvão Saúde esclarece as principais dúvidas sobre as arboviroses


As arboviroses são doenças infecciosas causadas pelos chamados arbovírus, que incluem dengue, Zika vírus, febre Chikungunya e febre Amarela. Todas são transmitidas pelo “famoso” mosquito Aedes aegypti, e são mais comuns no verão, devido as pancadas de chuva frequentes que aumentam a quantidade de reservatórios de águas paradas e consequentemente a velocidade de reprodução do mosquito transmissor.

Segundo o infectologista do São Cristóvão Saúde, Dr. Jorge Paez, dentre essas doenças, todas podem ser fatais, mas a Dengue tem os casos mais graves, “O Ministério da Saúde divulgou o preocupante dado informando que ao menos 591 pessoas faleceram após serem infectadas pela dengue no Brasil, de janeiro até o dia 24 de agosto deste ano, quatro vezes mais que no mesmo período de 2018.”

Ele alerta que embora as doenças tenham sintomas muito parecidos, a intensidade muda de uma para outra, “Febre, dor de cabeça, mal-estar, dor nas articulações, manchas vermelhas, náusea e vômito são os principais. Entretanto, a dor de cabeça costuma ser mais intensa na dengue, enquanto a dor nas articulações é muito intensa no caso da Chikungunya e o Zika vírus raramente apresenta febre ou outros sintomas mais característicos. Além disso, o Zika vírus pode ter como sintoma um quadro de conjuntivite sem secreção.”, disse o especialista.


“Todo paciente que viva em área onde se registram casos de dengue, ou que tenha viajado para locais com ocorrência de transmissão da doença precisa ficar alerta. Caso apresente febre ou demais sintomas como náusea, vômitos, mialgias (dor muscular), artralgia (dor nas articulações), cefaleia (dor de cabeça), dor retro-orbital, pontos avermelhados no corpo e irritações na pele precisam se dirigir ao atendimento médico mais próximo com urgência. O profissional de saúde procurará sinais de alerta e tratará de acordo com a classificação de risco”, completou o infectologista.

Todas as arboviroses podem ser fatais. Nas grávidas, caso o feto seja infectado pelo Zica vírus, a criança pode desenvolver lesões cerebrais irreversíveis e ter sua formação física comprometida. “As doenças neurológicas, especialmente em crianças infectadas no útero materno, têm sequelas de intensidade variável, por isso todo cuidado é pouco.”, finaliza o profissional do São Cristóvão Saúde.



No Dia Mundial de Combate à Aids, Seconci-SP dá orientações para a prevenção e tratamento da doença


Do ano 2000 a junho de 2018, registrou-se um total de 717.318 casos de Aids no país


Segundo dados do Unaids, programa das Nações Unidas dedicado às soluções para o combate à Aids, entre 2000 e 2018, o Brasil apresentou um aumento de 21% no número de novos casos de infecções por HIV, vírus da imunodeficiência humana, causador da doença. Ainda no período, registrou-se um total de 717.318 casos da enfermidade no país. Diante deste crescimento, o Seconci-SP (Serviço Social da Construção) alerta para o Dia Mundial de Combate à Aids, no próximo domingo (1/12), e traz orientações para a prevenção e tratamento da doença.

O clínico geral do Seconci-SP, dr. José Alfredo Penteado, explica que a Aids é causada pelo vírus Imunodeficiência Humana (HIV), que ataca o sistema imunológico responsável por defender o organismo de doenças. “É uma enfermidade silenciosa. Após a infecção, o corpo humano leva de 30 a 60 dias para produzir anticorpos anti-HIV. Há soropositivos que demoram anos para apresentarem os primeiros sintomas e há aqueles que não desenvolvem a doença”, explica o médico. Os primeiros indícios se assemelham a sintomas de resfriados, como febre, mal-estar ou uma gastroenterite, por isso, a enfermidade pode passar despercebida.

Como o vírus está presente no sangue, sêmen, secreção vaginal e leite materno, a melhor maneira de evitar a contaminação é a prevenção, especialmente com a utilização correta de preservativos, além do uso de agulhas e seringas descartáveis. O contágio também pode ocorrer durante a gestação, logo, é obrigatório por lei que toda gestante faça o teste de HIV logo nas primeiras consultas do pré-natal.

“Hoje, o HIV é uma infecção crônica e não mais letal como no passado. É preciso desmistificar que os portadores da doença estão sentenciados à morte. Por isso, deve-se ter consciência de que, quanto antes o diagnóstico for feito, mais cedo o portador do vírus pode iniciar o tratamento antirretroviral e assim evitar que a infecção evolua para a Aids”, explica o médico.

O diagnóstico da infecção pelo HIV é feito a partir da coleta de sangue ou por fluido oral de forma gratuita no Sistema Único da Saúde (SUS), nas unidades da rede pública e nos Centros de Testagem e Aconselhamento (CTA). Os exames podem ser feitos de forma anônima. Além deles, também é possível saber onde fazer o teste pelo Disque Saúde, pelo número 136.

Penteado ressalta também que o Seconci-SP dispõe de uma estrutura laboratorial completa para a realização dos exames necessários para a detecção da enfermidade, além de uma equipe multidisciplinar capacitada para orientação. Por esta razão, é muito importante que o trabalhador procure atendimento caso tenha alguma suspeita. 


Pré-Exposição e Pós-Exposição à infecção demandam medicamentos distintos

Em 2017, o Brasil passou a ofertar a Profilaxia Pré-Exposição (PrEP) como forma de potencializar a proteção contra o vírus. Destinado especialmente às pessoas com maior vulnerabilidade ao contágio – como profissionais do sexo, casais sorodiferentes, gays, travestis e transexuais –, o medicamento deve ser tomado por via oral diariamente. Hoje, além do SUS, a PrEP também já está disponível em serviços específicos habilitados para oferecê-la.

Como não previne Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST), o medicamento deve ser combinado com outras formas de prevenção. Além disso, quando tomado regularmente, seu uso reduz o risco de infecção pelo HIV em mais de 90%.

Após a exposição ao vírus, o Ministério da Saúde oferece atendimento gratuito por meio da Profilaxia Pós-Exposição, ou simplesmente PEP, um tratamento com terapia antirretroviral (TARV) por 28 dias para evitar a sobrevivência e a multiplicação do HIV no organismo de uma pessoa.

O procedimento é indicado para pessoas que podem ter sido expostas ao vírus em situações como violência sexual, relação desprotegida (sem o uso do preservativo ou ruptura) e acidente ocupacional (contato direto com objetos perfurocortantes ou com material biológico contaminados). Para ser eficaz, a PEP deve ser iniciada logo após a exposição de risco, em até 72 horas.

Após diagnosticada a Aids, o tratamento é feito por meio de 22 medicamentos antirretrovirais que são divididos em 38 apresentações, fornecidos gratuitamente pelo SUS. Embora a doença não tenha cura, estes medicamentos combatem o vírus e fortalecem o sistema imune. “Cada paciente demanda uma medicação específica de acordo com o grau da síndrome. Se tomada de forma correta e contínua, é possível aumentar seu tempo de vida e diminuir o risco de desenvolver outras doenças, como tuberculose, pneumonia e câncer”, orienta o médico. Ainda que com todos os atuais recursos de precaução e tratamento ao vírus, a melhor forma de prevenção à doença ainda é o acesso à informação.


Pesquisa observa efeito da melatonina contra o câncer de ovário



Imagem mostra efeito do tratamento com melatonina sobre a morte celular (caspase-3 ativada) no câncer de ovário experimental. Controle à esquerda e tratado com melatonina à direita 
divulgação



Professor da Unesp Botucatu estuda benefícios do chamado "hormônio do sono"


Mais que estimular o “sono dos anjos”, a melatonina também atua como um poderoso antioxidante natural e anti inflamatório. Este hormônio, produzido pela glândula pineal, localizada bem no meio no cérebro, é essencial para a regulação do nosso “relógio biológico”.  

Esta substância tem chamado atenção de pesquisadores do mundo todo, justamente pelo seu potencial de combater radicais livres (moléculas liberadas pelo metabolismo do corpo e que provocam envelhecimento e morte celular) e, por sua vez, inúmeras doenças. Entre elas, o câncer. 

O Prof. Luiz Gustavo Chuffa, do Departamento de Anatomia do Instituto de Biociências da Unesp de Botucatu (IBB), por exemplo, testa há cerca de três anos os efeitos da melatonina no combate ao câncer de ovário. Os testes têm sido realizados in vivo (cobaias) e in vitro.

Ao que tudo indica, a melatonina, quando produzida em altas concentrações no período noturno, permite que a célula tumoral tenha um metabolismo semelhante ao da célula normal. Diferente do que é observado durante o dia, onde ela continua a exibir o fenótipo metabólico tumoral (efeito Warburg). 

“Até o momento, observamos que a melatonina induz a morte de uma linhagem celular de câncer de ovário e esses efeitos parecem ser dependentes dos seus receptores. Estamos investigando alguns alvos-chave do metabolismo mitocondrial responsável pela glicólise e pela fosforilação oxidativa (etapa de metabolismo da célula) para entender melhor esses eventos e verificar prováveis mecanismos de ação da melatonina”, comenta.

De acordo com o biólogo, alguns tipos de tumores parecem ter envolvimento direto com a quantidade de melatonina produzida pelo corpo. Apesar de já saber-se que indivíduos com câncer dormem pouco e tem baixos níveis de melatonina ainda não se sabe se o inverso é verdadeiro. Ou seja, se aqueles que dormem pouco estão mais propensos a desenvolverem câncer.

“Hoje o que podemos dizer é que um sono de qualidade, associado a boa produção de melatonina, deve ter um papel protetor contra o desenvolvimento do câncer - incluindo, claro, outros fatores envolvidos. No caso do câncer de ovário, somente quando suplementados com melatonina é que conseguimos matar as células e atenuar a invasão”, complementa.


Melatonina como suplemento

Esta pesquisa conta com a colaboração de uma das principais sumidades no assunto: Prof. Russel Reiter. O biólogo norte-americano, docente em Neurociências e Anatomia na Universidade de Ciências da Saúde em San Antonio, Texas (EUA), é especialista nos aspectos protetores da melatonina. Iniciou seus trabalhos pouco tempo depois da caracterização da molécula da melatonina, em 1958.

Segundo ele, dormir menos pode de fato trazer consequências mais sérias à saúde do ser humano. Por isso tem sido um dos principais defensores da suplementação de melatonina exógena, ou seja, fabricada artificialmente pela indústria farmacêutica [por se tratar de um hormônio endógeno, produzido naturalmente pelo corpo, não é patenteável]. Apesar de ser liberada sua comercialização em vários países, o produto ainda não é regularizado pela Anvisa, no Brasil.

“Nos EUA, a melatonina é vendida como um suplemento sem receita. Na Europa, é vendida por prescrição. Na China, está disponível como um ‘mercado de balcão’. Considerando seus inúmeros benefícios, sinto que a melatonina é extremamente subutilizada. Deve estar prontamente disponível visto que tem muitos benefícios e é muito menos tóxica que outros medicamentos, como por exemplo a aspirina”, argumenta Reiter.

“Acredito que ainda tem muito a ser explorado, mas até o momento a melatonina já demonstrou ter muitas atividades benéficas. Importante salientar é que cada caso é um caso em termos de tratamento. Então a consulta com o especialista sempre deve ser seguida por mais que a melatonina não tenha efeitos colaterais. Vale a pena destacar que seu consumo excessivo pode aumentar a sonolência no período diurno”, pondera Chuffa.


Luz do celular é inimigo do sono

O corpo humano, como qualquer ser vivo, precisa economizar energias em algum momento do dia para seu desenvolvimento. Porém este botão de “liga / desliga” não é tão simples de acionar uma vez que este “gatilho” fica justamente no nosso cérebro. 

E diferente do que muitos pais costumam dizer às crianças, na hora de convencê-las a ir para a cama, não basta apenas “fechar o olho para o sono chegar”. Para produzir mais melatonina e, consequentemente, “atrair o sono”, é preciso escuridão total. 

“Um segundo de luz - por exemplo aquela acendida para ir ao banheiro à noite - é suficiente para inibir a produção de melatonina. Mas deixar a TV ligada ou usar o celular na cama certamente são os grandes vilões do sono”, enfatiza Chuffa.

Além do uso excessivo da luz artificial durante à noite, a produção natural de melatonina pode ser interrompida com uso de medicamentos e o envelhecimento em si.

A privação do sono também é um inimigo, que afeta principalmente quem trabalha no período noturno ou faz viagens transmeridionais com frequência, criando o famoso “jet leg” - aquela alteração do ritmo biológico após mudanças do fuso horário em longas viagens de avião.


Curiosidades

Diariamente um ser humano, com ciclo circadiano normal, produz em média de 120 a 180 pg/ml de melatonina durante a noite (com pico na metade da noite ou auge da madrugada). Essa concentração cai drasticamente durante o dia (em torno de 20-40 pg/ml). 

Pesquisas recentes apontam ainda que pessoas com disfunção na produção de melatonina e alteração na qualidade do sono estão mais propensas a desenvolver: síndrome metabólica, ganho de peso, alterações cardiovasculares, distúrbios cognitivos, entre outros.

Mas não são apenas os seres humanos que produzem melatonina. Animais e plantas também produzem esta substância. Outro fato interessante é que a melatonina está 100 vezes mais concentrada nas mitocôndrias (organelas responsáveis pela respiração celular) quando comparado à circulação sanguínea.


Nutrição adequada auxilia na prevenção e controle de doenças


Um apoio nutricional não deve ser procurado apenas com foco no emagrecimento, mas principalmente para manutenção da saúde e prevenção de doenças


Muitas pessoas buscam o apoio do nutricionista para eliminar peso ou quando se tem um diagnóstico de uma doença, como diabetes, hipertensão, acúmulo de gordura no fígado etc. Outras entendem que cortar somente o 'açúcar' seria o ideal para o controle de doenças, por exemplo, e não buscam um acompanhamento mais especializado.

Segundo a Nayara Massunaga Okazaki, nutricionista, mestre e doutoranda em doenças cardiovasculares pela Unifesp, uma nutrição adequada pode prevenir doenças e tornar a vida mais saudável.

Os avanços na nutrição transformam a rotina alimentar em uma poderosa ferramenta para melhorar a qualidade de vida, analisando os nutrientes e como eles podem beneficiar o funcionamento do organismo de cada indivíduo. "Uma alimentação balanceada, com os nutrientes adequados, pode diminuir o stress, melhorar o humor e facilitar o controle do peso. A nutrição em níveis corretos pode aprimorar os rendimentos físicos, potencializar o desenvolvimento de crianças e adolescentes e conservar a saúde", comenta Nayara.


Benefícios da nutrição

O termo nutrição caracteriza uma sequência de processos do organismo, que englobam a ingestão do alimento, sua digestão, a absorção dos nutrientes, o metabolismo e a excreção. Esses processos têm por objetivo produzir energia e manter as funções vitais do organismo. 

Os nutrientes são substâncias presentes nos alimentos, que fornecem energia para o funcionamento do corpo. Essas substâncias são responsáveis pela formação, conservação e crescimento de todos os tecidos do organismo, auxiliando também no bom funcionamento dos órgãos. Os nutrientes podem ainda ajudar em funções intestinais e na hidratação do corpo. Eles podem ser classificados como macronutrientes (carboidratos, proteínas e lipídeos) e micronutrientes (vitaminas e minerais). 

"O importante é lembrar de que uma alimentação equilibrada é fundamental para o bom funcionamento do corpo. O acompanhamento de um profissional auxilia muito no desenvolvimento da educação alimentar de cada pessoa. Nenhum alimento sozinho possui todos os nutrientes necessários para a manutenção da boa saúde, por isso é sempre bom o auxílio de um nutricionista, que poderá oferecer uma dieta individualizada, rica e variada", finaliza.




Nayara Massunaga Okazaki - nutricionista, Mestre e Doutoranda em doenças cardiovasculares pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), atuando há mais de dez anos em pesquisa e atendimentos clínicos. Já ministrou mais de mil horas aulas em pós-graduação de nutrição funcional, esportiva e fitoterapia; palestrou nos maiores eventos do segmento, como Arnold Conference, Congresso Internacional de Nutrição Funcional da VP, Congresso da Sociedade Paulista de Cardiologia (SOCESP), entre outros. Seu objetivo é proporcionar aos pacientes saúde, qualidade de vida e autonomia nas escolhas alimentares, inclusive com dicas financeiras para se alimentar corretamente e gastar menos.
Instagram: @naymassunaga.nutri

Mitos e verdades sobre a fertilização in vitro


Há casais que sofrem de problemas de saúde que podem causar infertilidade. Isso faz com que tenham dificuldades em engravidar, mesmo quando a mulher ainda está em seu período reprodutivo. Nesses casos, é possível recorrer a técnicas de reprodução assistida, sendo a FIV (fertilização in vitro) a mais realizada no mundo devido às suas altas taxas de sucesso.

Contudo, em se tratando de uma inovação na área de medicina, a FIV também gera uma série de questionamentos. Os médicos da Clínica Origen, Dr. Marcos Sampaio* e Dr. Selmo Geber*, desvendam alguns mitos sobre o procedimento e as principais dúvidas ao se tratar do tema.

*Para esclarecer ou explorar algum ponto, estão disponíveis para entrevistas


A fertilização in vitro pode ser feita em qualquer idade

Mito. Indica-se, hoje, que as mulheres devam tentar a técnica até os 43 anos de idade, pois a viabilidade do embrião se reduz significativamente a partir desse momento. Entretanto, há casos de mulheres que, mesmo após os 43, conseguiram engravidar pelo procedimento de FIV.


Quanto mais embriões utilizar, maiores as chances de sucesso

Mito. A taxa de sucesso depende diretamente da qualidade do óvulo, que por sua vez está relacionada à “idade do óvulo”. Quanto mais jovem, maiores as chances de sucesso, independentemente do número de embriões. Por isso, mulheres mais jovens tem menos embriões transferidos.


É possível avaliar a fertilidade pelo ultrassom transvaginal

Verdade. Esse exame é essencial para verificar os órgãos reprodutores femininos. Isso porque é possível identificar os ovários e o útero. Por meio dele também é possível avaliar a reserva ovariana da mulher fazendo a contagem de folículos antrais. Dessa forma, ele auxilia na investigação e no tratamento da infertilidade.


Inseminação Artificial e Fertilização In Vitro são os mesmos procedimentos com nomes diferentes

Mito. Fertilização in vitro consiste na junção do óvulo com espermatozoide em laboratório (in vitro) e posterior transferência do embrião já formado para o útero. Inseminação artificial é a transferência intrauterina do sêmen preparado no momento da ovulação, após estímulo hormonal adequado (a fecundação ocorre naturalmente no organismo da paciente). As duas técnicas têm indicações específicas, avaliadas pelo médico especialista.


A fertilização in vitro pode ser usada para prevenir as doenças hereditárias?

Verdade.  A FIV pode prevenir doenças hereditárias. Os futuros pais, sabendo da existência de alguma doença genética, podem recorrer à seleção de embriões sem os genes responsáveis pela doença.  Ao optar pelo diagnóstico genético pré-implantacional, a chance de desenvolver a doença avaliada é muito inferior. Quando os futuros pais sabem de alguma doença genética na família, podem recorrer à técnica de seleção de embriões, por meio da qual são escolhidos aqueles que não possuem o gene portador do mal que aflige a família.


 A técnica é indicada apenas para mulheres com alterações tubárias

Mito. Casais com dificuldades para engravidar podem recorrer a esse procedimento mediante indicação médica. As razões que levam diversas pessoas a procurar pelo método são muito mais amplas, podendo incluir, inclusive, problemas de fertilidade por parte do próprio homem, como baixa contagem de espermatozoides e casais homossexuais que buscam por alternativas para formar uma família.


O bebê gerado pela fertilização in vitro é menos saudável

Mito. A diferença entre a fertilização natural e a in vitro acontece apenas até o momento da fecundação, já que o restante da gestação ocorre de maneira normal, no útero da mãe ou barriga de aluguel. Isso significa que o bebê gerado por esse método tem as mesmas chances de se desenvolver de forma saudável e normal quanto qualquer outro.


A fertilização in vitro funciona 100% das vezes

Mito. Não há como prover tal garantia, pois a implantação depende de uma série de fatores, principalmente da idade da mulher provedora do óvulo. Porém, em muitos casos, essa é a melhor chance do casal.


No Brasil já é possível pagar por uma barriga de aluguel

Mito. No Brasil a “barriga de aluguel” (útero de substituição) não tem caráter financeiro. Tal prática tem caráter altruísta e é permitida entre parentes ou em casos especiais autorizados pelo Conselho Federal de Medicina (CFM).


Curiosidade:


A fertilização in vitro é uma das técnicas mais modernas de tratamento da infertilidade. O primeiro bebê de proveta, gerado através da técnica de fertilização in vitro, foi Louise, que nasceu em 1978. A partir de então a técnica foi continuamente aperfeiçoada e hoje pode ser indicada para vários casais com os mais diferentes tipos de dificuldade em ter filhos.





Dr. Marcos Sampaio - Marcos Sampaio é formado em Medicina pela Universidade Federal da Bahia, em 1987, obteve diploma em Fertilização in Vitro e investigação biomédica na Faculdade de Medicina de Valência, na Espanha. Em 1992, concluiu o doutorado em Ginecologia e Obstetrícia pela Universidade de Valência. Foi médico convidado do Instituto Valenciano de Infertilidade por cinco anos. O pós-doutorado em Embriologia e Fertilização foi concluído na Universidade de Melbourne – Austrália – onde trabalhou com um dos pioneiros da Fertilização in vitro no mundo, Prof. Alan Trounson. É o Diretor do Centro de Medicina Reprodutiva – Clínica Origen. Possui mais de 50 artigos científicos publicados e diversos capítulos de livros, além de 3 livros.





Dr. Selmo Geber - Formado em medicina pela Universidade Federal de Minas Gerais em 1989. Residência médica no Hospital Mater Dei e título de especialista em Ginecologia e Obstetrícia pela FEBASGO. Realizou doutorado em Fertilização in vitro e Embriologia no Royal Postgraduate Medical School, Universidade de Londres (Inglaterra) com os estudos pioneiros no mundo, em diagnóstico genético preimplantação. Pós Doutorado com pesquisa em células-tronco embrionárias. Livre docente pela UNESP. É Professor Titular do departamento de Ginecologia e Obstetrícia da Faculdade de Medicina da UFMG. Foi presidente da Sociedade Brasileira de Reprodução Assistida (SBRA) e Diretor da Rede Latinoamericana de Reprodução Assistida, para o Brasil. É pesquisador do CNPq. Possui 10 livros publicados, mais de 50 capítulos de livros e mais de 100 artigos científicos publicados em revistas especializadas.


Ultrassonografia com preparo ou ressonância magnética: descubra qual é o exame mais indicado no tratamento da endometriose



No Brasil, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), sete milhões de mulheres sofrem com a enfermidade, sendo que muitas ainda possuem dúvidas sobre o tratamento


Estima-se que uma a cada dez mulheres no mundo todo sofre com a endometriose. Os sintomas mais comuns são irregularidades menstruais, dores abdominais, dores durante o ato sexual e até dor para urinar e sangramento na urina. No Brasil, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), sete milhões de mulheres sofrem com a enfermidade. A endometriose é um distúrbio em que o tecido que reveste o útero cresce fora dele. O tecido pode estar presente nos ovários, nas tubas uterinas ou no intestino.

“Não existe ainda algo que explique o real motivo pelo qual algumas mulheres sofrem com esse problema, a tese mais discutida é a “menstruação retrógada”, que é quando o endométrio se solta das parede uterinas, e não liberado por completo durante a menstruação, e sobe pelas trompas”, explica o diretor clínico do Laboratório Rocha Lima, David Pares. Por conta disso, as células do endométrio vão para outras partes do organismo e se reproduzem, causando assim a endometriose.

O distúrbio atinge as mulheres na fase reprodutiva, e pode ser desenvolvida tanto entre a primeira menstruação como na menopausa. “O problema é que algumas mulheres acabam não procurando um especialista por achar que é algo normal menstruar com dor, e muitos médicos também ignoram as queixas de cólicas das pacientes, o que atrasa o diagnóstico”, explica Pares. Como a doença afeta partes do sistema reprodutor, as mulheres acabam tendo dificuldades para engravidar.

Existem diversos exames complementares que são fundamentais para o diagnóstico da doença como a ultrassonografia e a ressonância magnética. Muitas mulheres costumam ter dúvidas na hora de escolher o exame mais indicado. “Por conta do baixo custo e da facilidade, a ultrassonografia com preparo deve ser o primeiro exame solicitado. Além disso, na ultrassonografia é feito um preparo intestinal que possibilita uma melhor visualização das estruturas e um diagnóstico mais preciso”, diz o diretor clínico. 

Além disso, os ovários e o peritônio pélvico são os locais que apresentam maior frequência de tecido endometrial ectópico. Portanto, a ressonância magnética deve ser feita em casos mais específicos, pois o custo-benefício da ultrassonografia com preparo é maior e por ele ser um método efetivo na detecção da endometriose.





Dr. David Pares - Diretor clínico possui mestrado em Medicina (Obstetrícia) pela Universidade Federal de São Paulo (1987), e doutorado em Medicina (Obstetrícia) pela mesma Universidade. Foi Chefe da Medicina Fetal no Laboratório Fleury e proprietário do Lego Laboratório, precursor do atendimento especializado na saúde da mulher. Atualmente é professor adjunto e Chefe do Departamento de Obstetrícia, da Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo.


Rocha Lima

Posts mais acessados