Pesquisar no Blog

quarta-feira, 27 de novembro de 2019

Mitos e verdades sobre a fertilização in vitro


Há casais que sofrem de problemas de saúde que podem causar infertilidade. Isso faz com que tenham dificuldades em engravidar, mesmo quando a mulher ainda está em seu período reprodutivo. Nesses casos, é possível recorrer a técnicas de reprodução assistida, sendo a FIV (fertilização in vitro) a mais realizada no mundo devido às suas altas taxas de sucesso.

Contudo, em se tratando de uma inovação na área de medicina, a FIV também gera uma série de questionamentos. Os médicos da Clínica Origen, Dr. Marcos Sampaio* e Dr. Selmo Geber*, desvendam alguns mitos sobre o procedimento e as principais dúvidas ao se tratar do tema.

*Para esclarecer ou explorar algum ponto, estão disponíveis para entrevistas


A fertilização in vitro pode ser feita em qualquer idade

Mito. Indica-se, hoje, que as mulheres devam tentar a técnica até os 43 anos de idade, pois a viabilidade do embrião se reduz significativamente a partir desse momento. Entretanto, há casos de mulheres que, mesmo após os 43, conseguiram engravidar pelo procedimento de FIV.


Quanto mais embriões utilizar, maiores as chances de sucesso

Mito. A taxa de sucesso depende diretamente da qualidade do óvulo, que por sua vez está relacionada à “idade do óvulo”. Quanto mais jovem, maiores as chances de sucesso, independentemente do número de embriões. Por isso, mulheres mais jovens tem menos embriões transferidos.


É possível avaliar a fertilidade pelo ultrassom transvaginal

Verdade. Esse exame é essencial para verificar os órgãos reprodutores femininos. Isso porque é possível identificar os ovários e o útero. Por meio dele também é possível avaliar a reserva ovariana da mulher fazendo a contagem de folículos antrais. Dessa forma, ele auxilia na investigação e no tratamento da infertilidade.


Inseminação Artificial e Fertilização In Vitro são os mesmos procedimentos com nomes diferentes

Mito. Fertilização in vitro consiste na junção do óvulo com espermatozoide em laboratório (in vitro) e posterior transferência do embrião já formado para o útero. Inseminação artificial é a transferência intrauterina do sêmen preparado no momento da ovulação, após estímulo hormonal adequado (a fecundação ocorre naturalmente no organismo da paciente). As duas técnicas têm indicações específicas, avaliadas pelo médico especialista.


A fertilização in vitro pode ser usada para prevenir as doenças hereditárias?

Verdade.  A FIV pode prevenir doenças hereditárias. Os futuros pais, sabendo da existência de alguma doença genética, podem recorrer à seleção de embriões sem os genes responsáveis pela doença.  Ao optar pelo diagnóstico genético pré-implantacional, a chance de desenvolver a doença avaliada é muito inferior. Quando os futuros pais sabem de alguma doença genética na família, podem recorrer à técnica de seleção de embriões, por meio da qual são escolhidos aqueles que não possuem o gene portador do mal que aflige a família.


 A técnica é indicada apenas para mulheres com alterações tubárias

Mito. Casais com dificuldades para engravidar podem recorrer a esse procedimento mediante indicação médica. As razões que levam diversas pessoas a procurar pelo método são muito mais amplas, podendo incluir, inclusive, problemas de fertilidade por parte do próprio homem, como baixa contagem de espermatozoides e casais homossexuais que buscam por alternativas para formar uma família.


O bebê gerado pela fertilização in vitro é menos saudável

Mito. A diferença entre a fertilização natural e a in vitro acontece apenas até o momento da fecundação, já que o restante da gestação ocorre de maneira normal, no útero da mãe ou barriga de aluguel. Isso significa que o bebê gerado por esse método tem as mesmas chances de se desenvolver de forma saudável e normal quanto qualquer outro.


A fertilização in vitro funciona 100% das vezes

Mito. Não há como prover tal garantia, pois a implantação depende de uma série de fatores, principalmente da idade da mulher provedora do óvulo. Porém, em muitos casos, essa é a melhor chance do casal.


No Brasil já é possível pagar por uma barriga de aluguel

Mito. No Brasil a “barriga de aluguel” (útero de substituição) não tem caráter financeiro. Tal prática tem caráter altruísta e é permitida entre parentes ou em casos especiais autorizados pelo Conselho Federal de Medicina (CFM).


Curiosidade:


A fertilização in vitro é uma das técnicas mais modernas de tratamento da infertilidade. O primeiro bebê de proveta, gerado através da técnica de fertilização in vitro, foi Louise, que nasceu em 1978. A partir de então a técnica foi continuamente aperfeiçoada e hoje pode ser indicada para vários casais com os mais diferentes tipos de dificuldade em ter filhos.





Dr. Marcos Sampaio - Marcos Sampaio é formado em Medicina pela Universidade Federal da Bahia, em 1987, obteve diploma em Fertilização in Vitro e investigação biomédica na Faculdade de Medicina de Valência, na Espanha. Em 1992, concluiu o doutorado em Ginecologia e Obstetrícia pela Universidade de Valência. Foi médico convidado do Instituto Valenciano de Infertilidade por cinco anos. O pós-doutorado em Embriologia e Fertilização foi concluído na Universidade de Melbourne – Austrália – onde trabalhou com um dos pioneiros da Fertilização in vitro no mundo, Prof. Alan Trounson. É o Diretor do Centro de Medicina Reprodutiva – Clínica Origen. Possui mais de 50 artigos científicos publicados e diversos capítulos de livros, além de 3 livros.





Dr. Selmo Geber - Formado em medicina pela Universidade Federal de Minas Gerais em 1989. Residência médica no Hospital Mater Dei e título de especialista em Ginecologia e Obstetrícia pela FEBASGO. Realizou doutorado em Fertilização in vitro e Embriologia no Royal Postgraduate Medical School, Universidade de Londres (Inglaterra) com os estudos pioneiros no mundo, em diagnóstico genético preimplantação. Pós Doutorado com pesquisa em células-tronco embrionárias. Livre docente pela UNESP. É Professor Titular do departamento de Ginecologia e Obstetrícia da Faculdade de Medicina da UFMG. Foi presidente da Sociedade Brasileira de Reprodução Assistida (SBRA) e Diretor da Rede Latinoamericana de Reprodução Assistida, para o Brasil. É pesquisador do CNPq. Possui 10 livros publicados, mais de 50 capítulos de livros e mais de 100 artigos científicos publicados em revistas especializadas.


Ultrassonografia com preparo ou ressonância magnética: descubra qual é o exame mais indicado no tratamento da endometriose



No Brasil, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), sete milhões de mulheres sofrem com a enfermidade, sendo que muitas ainda possuem dúvidas sobre o tratamento


Estima-se que uma a cada dez mulheres no mundo todo sofre com a endometriose. Os sintomas mais comuns são irregularidades menstruais, dores abdominais, dores durante o ato sexual e até dor para urinar e sangramento na urina. No Brasil, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), sete milhões de mulheres sofrem com a enfermidade. A endometriose é um distúrbio em que o tecido que reveste o útero cresce fora dele. O tecido pode estar presente nos ovários, nas tubas uterinas ou no intestino.

“Não existe ainda algo que explique o real motivo pelo qual algumas mulheres sofrem com esse problema, a tese mais discutida é a “menstruação retrógada”, que é quando o endométrio se solta das parede uterinas, e não liberado por completo durante a menstruação, e sobe pelas trompas”, explica o diretor clínico do Laboratório Rocha Lima, David Pares. Por conta disso, as células do endométrio vão para outras partes do organismo e se reproduzem, causando assim a endometriose.

O distúrbio atinge as mulheres na fase reprodutiva, e pode ser desenvolvida tanto entre a primeira menstruação como na menopausa. “O problema é que algumas mulheres acabam não procurando um especialista por achar que é algo normal menstruar com dor, e muitos médicos também ignoram as queixas de cólicas das pacientes, o que atrasa o diagnóstico”, explica Pares. Como a doença afeta partes do sistema reprodutor, as mulheres acabam tendo dificuldades para engravidar.

Existem diversos exames complementares que são fundamentais para o diagnóstico da doença como a ultrassonografia e a ressonância magnética. Muitas mulheres costumam ter dúvidas na hora de escolher o exame mais indicado. “Por conta do baixo custo e da facilidade, a ultrassonografia com preparo deve ser o primeiro exame solicitado. Além disso, na ultrassonografia é feito um preparo intestinal que possibilita uma melhor visualização das estruturas e um diagnóstico mais preciso”, diz o diretor clínico. 

Além disso, os ovários e o peritônio pélvico são os locais que apresentam maior frequência de tecido endometrial ectópico. Portanto, a ressonância magnética deve ser feita em casos mais específicos, pois o custo-benefício da ultrassonografia com preparo é maior e por ele ser um método efetivo na detecção da endometriose.





Dr. David Pares - Diretor clínico possui mestrado em Medicina (Obstetrícia) pela Universidade Federal de São Paulo (1987), e doutorado em Medicina (Obstetrícia) pela mesma Universidade. Foi Chefe da Medicina Fetal no Laboratório Fleury e proprietário do Lego Laboratório, precursor do atendimento especializado na saúde da mulher. Atualmente é professor adjunto e Chefe do Departamento de Obstetrícia, da Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo.


Rocha Lima

Tuberculose: novo medicamento reduz tempo de tratamento pela metade



Tratamento para a infecção latente (quando a bactéria está adormecida) levava de seis a nove meses, agora, deve durar três. Medicamento será ofertado no SUS a partir de 2020
Foto: Erasmo Salomão / ASCOM MS

A partir do próximo ano, o Governo do Brasil deve passar a oferecer um novo medicamento para tratar a tuberculose latente, aquela em que há a presença da bactéria adormecida, mas sem doença, ou seja, não há os sintomas como tosse prolongada e febre. A estimativa é de que há 30 mil pessoas nestas condições no país e que, caso contraiam doenças como o HIV/aids, quando o sistema imunológico está mais fragilizado, podem vir a desenvolver a forma ativa da tuberculose.
O medicamento rifapentina, utilizado por 3 meses, é indicado nestes casos. A oferta do tratamento para os 30 mil brasileiros será possível porque a instituição internacional Unitaid, parceira da Organização Mundial da Saúde (OMS) na busca por soluções inovadoras na prevenção, diagnóstico e tratamento de doenças, conseguiu negociar uma redução de 70% no preço do tratamento, passando de US$ 45 para US$ 15.
 "A redução no preço do tratamento da tuberculose latente é um passo significativo para nos dar condições de incorporar um novo esquema medicamentoso para  prevenção da tuberculose no SUS, que é eficaz ao mesmo tempo em que diminui pela metade a duração do tratamento. As pessoas estão mais dispostas a aderirem e completarem tratamentos mais curtos. Assim, a nossa expectativa é alcançar e tratar mais pessoas que podem adoecer de tuberculose ativa e alcançar as metas internacionais de eliminação da tuberculose até 2030", afirma o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta.

A incorporação do medicamento no Sistema Único de Saúde (SUS) será analisada pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec), que assessora o Ministério da Saúde na decisão de incorporar novas tecnologias no SUS. Agora, a viabilidade financeira está assegurada para a oferta do medicamento às pessoas com tuberculose latente, com uma economia de cerca de US$ 900 mil, considerando a compra do medicamento para tratar 30 mil pessoas no Brasil.
TRATAMENTO

Atualmente, o tratamento para a tuberculose latente é feito com o medicamento isoniazida, com a administração de 180 doses em seis meses ou 270 doses em 9 meses. Com o novo esquema terapêutico pelo medicamento rifapentina, o tratamento deve durar 3 meses com a administração de 12 doses, ou seja, um comprimido por semana. Assim, o tempo de tratamento cairá pela metade, passando de seis ou nove meses para apenas três meses. A terapia preventiva impede que a tuberculose latente se torne ativa.
"O anúncio de hoje do Brasil é exemplar", disse o diretor executivo da Unitaid, Lelio Marmora. "A Unitaid está entusiasmada em testemunhar o primeiro impacto que este acordo inovador terá para milhares de pessoas vulneráveis à tuberculose no Brasil", completou.
A negociação para redução do preço do medicamento rifapentina foi conduzida pela Unitaid, em conjunto com o Fundo Global (de Combate à AIDS, Tuberculose e Malária) e a empresa farmacêutica Sanofi. Com a redução, a expectativa é de que cerca de 100 países tenham condições de ofertar o medicamento, além de ajudar a diminuir a ocorrência da tuberculose.
TUBERCULOSE

Segundo estimativa da Organização Mundial da Saúde (OMS), um quarto da população mundial tem tuberculose latente, quando a bactéria está adormecida. A expansão do tratamento para tuberculose latente faz parte da estratégia da OMS para reduzir a doença para menos de 10 casos por 100 mil habitantes.
No Brasil, em 2018, foram diagnosticados 75.717 casos novos de tuberculose ativa, o que corresponde a um coeficiente de incidência de 36,2 casos para cada 100 mil habitantes. Alguns grupos estão mais suscetíveis a desenvolverem a doença (com a presença dos sintomas), como as pessoas que vivem com o HIV que têm cerca de 25 vezes mais risco de desenvolverem tuberculose ativa quando comparado a pessoas que não têm o vírus. Isso acontece por causa da fragilidade do sistema imunológico e, por isso, pode acometer também pessoas em uso de terapias imunossupressoras, utilizadas por pacientes transplantados.  
O Brasil tem conseguido avanços significativos no cuidado e tratamento da tuberculose. O país atingiu as Metas dos Objetivos do Desenvolvimento do Milênio (ODM) de enfrentamento à tuberculose, que previa reduzir, até 2015, o coeficiente de incidência e de mortalidade da doença em 50% quando comparado com os resultados de 1990. Em 2017, foram registradas 4,6 mil mortes pela doença.
UNITAID
A Unitaid visa tornar a resposta global mais eficaz, identificando formas de prevenir, tratar e diagnosticar o HIV/AIDS (+ co-infecções), a tuberculose e a malária de forma mais acessível, eficiente e rápida. E, a partir deste ano, a doença de Chagas. Integram a instituição o Brasil, Chile, França, Noruega e Reino Unido, além da Espanha, Coreia do Sul e a Fundação Bill & Melinda Gates.

O projeto IMPAACT4TB, financiado pela Unitaid (2017-2021), tem trabalhado em 12 países altamente afetados, incluindo o Brasil, para estabelecer o tratamento com rifapentina, chamado de 3HP, como uma terapia acessível, de qualidade garantida e menos tóxica para a prevenção da tuberculose. Liderado pelo Aurum Institute, o IMPAACT4TB já está fornecendo o novo tratamento a 6.700 pacientes no Brasil.



Amanda Costa e Natália Monteiro
Agência Saúde, com informações da Unitaid



Dor nas costas: 5 dicas para aliviar o desconforto


Pequenas mudanças nos afazeres diários já apresentam resultados


Lombalgia, nome que se dá para a dor nas costas, na região lombar. Ela está entre as causas mais comuns de problemas de saúde no mundo. Afeta jovens e adultos, com impactos significativos para os aspectos do bem-estar físico, psicológico, emocional e social do paciente, além de fatores econômicos e, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), cerca de 80% da população mundial sofrerá desse mal. 

A boa notícia é que pequenas mudanças na postura já ajudam a prevenir e aliviar os sintomas, como praticar alongamento, cuidado ao deitar e ao levantar, postura correta para pegar e carregar pesos, entre outros. É o que revela o Dr. André Evaristo, ortopedista do Hospital Sírio-Libanês e especialista em cirurgia da coluna. “A lombalgia pode ser específica, quando decorre de alguma fratura ou doença mais grave — que precisa de intervenção cirúrgica e medicamentosa — e pode ser inespecífica, decorrente de postura incorreta, sedentarismo, erro ao praticar exercícios, envelhecimento, entre outros fatores. Neste caso, as alterações na rotina, para corrigir o vício postural, pode ajudar muito”, explica o especialista. 

A dor pode se apresentar como aguda: forte, geralmente após grande esforço físico e com duração de dias; ou dor crônica: não muito forte, mas contínua, com duração de semanas. Ambas podem irradiar para os membros superiores e inferiores. 

Apesar de a coluna vertebral estar dividida entre cervical, no pescoço; dorsal, na região da caixa torácica; lombar, na região do abdômen e abaixo da região abdominal; sacral, na altura da bacia e coccígea, na região do cóccix, próximo ao ânus; é na lombar que ocorre a maior concentração de força para a sustentação do corpo, por isso está mais sujeita às dores. “Na dor, é importante consultar o seu médico, pois em consulta fazemos a anamnese, para conhecer o histórico do paciente, e exame físico, para identificar o tipo e a causa. A partir daí seguimos com as orientações apropriadas para cada caso”, comenta Dr. André.

Veja 5 dicas que o especialista separou para ajudar a aliviar e prevenir o problema:

1- Correção postural no dia a dia: andar com a coluna ereta, com ombros retos, respeitando a anatomia do seu corpo; ao sentar, apoiar as costas e os pés, sem escorregar; deitar e levantar de lado, com cuidado e apoio das mãos; dormir de lado, com travesseiro que suporte o pescoço e alinhe a cabeça ao corpo. Ao abaixar para pegar objetos, flexionar os joelhos. Ao carregar sacolas pesadas, distribuir o peso entre os dois braços. Ao usar mochila, distribuir o peso nos dois ombros. Com malas e carrinhos pesados, empurrar, não puxar. Ao realizar atividades em locais altos, tentar subir em um apoio, de modo que coluna e cabeça permaneçam retas, e os braços para realizar a atividade fiquem na altura da cabeça, não acima. Ao usar o computador, o monitor deve estar na altura dos olhos. No caso do celular, também procurar deixar na altura dos olhos. Ao dirigir, apoiar as costas e a cabeça.

2- No trabalho sentado e em pé: se sentado, fazer pequenos intervalos para se alongar e pequenas caminhadas, como ir ao café ou ao banheiro; se em pé, sempre que possível, realizar pequenos movimentos de rotação com os pés e tornozelos. Durante os intervalos, procure um local para se sentar e, preferencialmente, elevar um pouco as pernas e os pés. 

3- Alongamento: alongamentos evitam tensão nos músculos, promovendo relaxamento e bem-estar. 

4- Exercícios físicos: conte com profissional de educação física para orientação da postura e atividades adequadas. Exercícios aeróbicos colaboram com a manutenção do peso. Já a musculação, se feita corretamente, fortalece a musculatura que vai dar suporte para a coluna vertebral.

5- Cuidado com a saúde emocional: “aspectos emocionais também colaboram para uma coluna tensionada. Um quadro depressivo, por exemplo, pode provocar muitas dores no corpo”, alerta o Dr. André. Se perceber excesso de tristeza, é importante procurar auxílio especializado. 





Dr. André Evaristo – Ortopedista especializado em coluna. Formado pela Universidade de Marília, fez residência médica em Ortopedia e Traumatologia no Hospital do Servidor Público Municipal (SP) e é Especialista em Cirurgia da Coluna. É membro da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia, da Sociedade Brasileira de Cirurgia da Coluna e da North American Spine Society (NASS). Atualmente, atende no Núcleo de Medicina Avançada do Sírio Libanês, nos hospitais Villa Lobos e AACD. Instagram: @dr.andrecoluna / Facebook: @DrColunaAndreEvaristo

Como incrementar vendas no mercado de alimentação e atrair mais clientes


Especialista dá dicas para empreendedores do setor que querem se diferenciar da concorrência


O cliente chega no seu estabelecimento. Pode ser uma cafeteria, lanchonete ou restaurante. Ele está com fome. A primeira coisa que você precisa saber é se ele está a trabalho ou lazer.

Você pode até me perguntar por que saber isso faz diferença. Porque saber isso faz toda a diferença! Explico melhor: quando um cliente frequenta uma empresa deste ramo, ele vai avaliar três coisas: a qualidade da comida, o atendimento e o ambiente.

Se você descobre qual o propósito do cliente, você pode direcionar um desses valores para impactá-lo da forma adequada. Se o cliente veio porque tem fome, a qualidade da comida importa mais. Se veio a trabalho, o ambiente fica em primeiro plano e, se for por lazer, o que mais importa é o atendimento.

Mas como identificar o real motivo?

O cliente chega, senta-se e pega o cardápio: Está com fome!

O cliente chega e começa a mexer no celular: Veio a trabalho, para um encontro de negócios e talvez até está aguardando mais uma pessoa!

O cliente chega e fica olhando em volta: Veio a lazer.

E como fazer o cliente sair satisfeito, voltar e ainda indicar seu estabelecimento para os outros?

Se está com fome, explique todo o cardápio. Descreva algumas opções, sugira promoções e abra espaço para ele discutir com você qual a melhor opção para ele. Assim ele vai comer mais tranquilo e ficar feliz com o que escolheu, afinal, teve a sua consultoria!

Se está a trabalho, ofereça a senha do wi-fi antes dele pedir. Use uma forma criativa para lhe entregar a senha como, por exemplo, eu um papel que foi rabiscado para ele descobrir o que tinha sido escrito no papel que tinha em cima, como se fosse um segredo. Faça o cliente sorrir, assim ele relaxa e consome mais!

Se o momento é de lazer, entretenha-o! Converse com ele. Sugira alguns pratos de forma descontraída. É uma ótima oportunidade para conhecer esse cliente, saber quais são suas preferências e transformá-lo em um freguês, assim ele voltará por sua causa!

É fundamental manter o foco no cliente, não no produto!  Assim o resultado vai ser nem mais saboroso!





Roni Szuchman - atua como consultor focado em Expansão de Mercado, Abertura de Canais de Vendas e Marketing Criativo. Unindo sua experiência no mundo do marketing com expertise em estratégia de vendas, ajuda as empresas a ampliar seus mercados e obter resultados através da abertura de novos canais e ferramentas de vendas.  Possui mais de vinte e cinco anos de experiência nas áreas de Marketing, Publicidade e Propaganda com atuação em agências de propaganda e startups. Atua há mais de dez anos como palestrante sobre Marketing.


Você sabe o que avaliar na hora de contratar um seguro?



Pense rápido: você sabe o que é necessário avaliar na hora de contratar um serviço? Claro, cada um tem suas peculiaridades e essas devem ser analisadas pontualmente. Vamos, então, falar sobre seguros? A modalidade mais popular é o seguro de automóvel. As pessoas já têm mais familiaridade com o assunto e, em geral, sabem o que avaliar nas apólices.

Mas e se o assunto for o seguro de vida?

Para começar, acho interessante falar em cultura. Superintendência de Seguros Privados (SUSEP) revelou que o seguro de pessoas - que incluem seguros de vida, de acidentes pessoais, doenças graves, entre outras modalidades de proteção – registrou avanços em 2018. De acordo com a entidade, a alta foi de 10% em relação aos valores de 2017 e a contratação desse tipo de seguro chegou a R$ 38 bilhões no ano passado. Aliás, em 2017, a arrecadação do segmento ultrapassou, pela primeira vez, a arrecadação do setor de veículos.

Em contrapartida, uma pesquisa feita pela Universidade de Oxford, em 2017, mostrou que o mercado de seguros ainda tem muito para crescer. De acordo com o estudo, 19% dos brasileiros tinham algum tipo de seguro de vida à época, enquanto a média em outros 11 países é de 32%.

Com base nesses números é possível enxergar que há um número importante de pessoas que sequer cogita ter um seguro de vida. Os motivos variam. Um deles tem relação com o valor a ser pago. Isso acontece, pois no imaginário popular, a primeira coisa que vem à cabeça quando se fala em seguros é o seguro auto.

Muitas pessoas ainda desconhecem que há seguros no mercado para atender a toda a população - e alguns nichos específicos de mercado - que normalmente cabem no bolso. Essas apólices têm valor mensal a partir de R$ 25,00 e representam uma maneira de poupar algum dinheiro para um momento de necessidade importante. Por exemplo, há seguros de vida para pessoas com diabetes, outros específicos para atender a terceira idade, alguns oferecem cobertura como proteção contra doenças graves. Há seguros especiais para pais ou responsáveis por pessoas com Síndrome de Down e outros para tratamento de crianças e jovens de até 19 anos que venham a ter algum tipo de câncer. Ainda, há seguros que incluem cobertura no caso de funeral. A maioria das pessoas foge do assunto, mas também há uma grande parcela da população que se vê desamparada quando perde um parente e precisa providenciar tudo para a despedida, um momento tão difícil.

Assim, para definir qual tipo de seguro vai atender melhor as necessidades de cada indivíduo é preciso analisar alguns aspectos. Por exemplo: se a pessoa não tem familiares próximos e não for casada, pode ser interessante escolher um seguro que ofereça cobertura em caso de invalidez ou de doença grave. Se a pessoa estiver iniciando uma família, é importante considerar que, em caso de imprevistos, a criança deverá contar com o valor da indenização até chegar à maioridade e completar sua educação. Por isso, é interessante atentar ao valor da apólice e certificar-se de que o benefício será suficiente para sustentar a criança até lá. No caso de pessoas com nível econômico alto e estável, um seguro pode ajudar na manutenção do padrão de vida mesmo que algum acidente aconteça e até isentar familiares ou o parceiro das despesas decorrentes do falecimento.

A definição do seguro ideal vai variar de acordo com o objetivo de cada um, das suas condições de vida e dos planos para o futuro. É interessante conversar com um corretor de confiança para esclarecer dúvidas e entender o que pode ser melhor para o seu perfil.





Francisco de Assis Fernandes - diretor comercial da American Life, seguradora brasileira reconhecida por oferecer seguros a nichos específicos com mais de 25 anos de mercado – www.alseg.com.br


4 dicas para o profissional de comunicação ser bem-sucedido na transformação digital


PRNewswire/  A consultoria McKinsey indica que cinco elementos são fundamentais para o sucesso da transformação digital das empresas: ter os líderes certos e com experiência digital, efetuar a construção de capacidades para a força de trabalho do futuro, capacitar as pessoas a trabalharem de novas maneiras, dar às ferramentas diárias vitais para uma atualização digital e comunicar-se frequentemente por meio de métodos tradicionais e digitais.

Você deve pensar que são elementos triviais e até óbvios, mas muitas companhias falham na transformação digital. Um estudo da Bain revela que profissionais em todo mundo enfrentam uma realidade amarga: apenas 5% deles alcançam ou excederam as expectativas de transformação. Ainda há muito trabalho pela frente.
Pode-se dizer que a área de Comunicação chegou atrasada no processo de transformação digital. Somente agora talentos do setor começam a usar ferramental tecnológico para apoiar seu trabalho e a mudar a mentalidade em prol de uma transformação bem-sucedida.

Métricas e soluções como inteligência artificial (AI) e aprendizado de máquina (machine learning) passam a ser grandes aliadas do departamento em prol de resultados efetivos de negócios, estratégia que há tempos pautam o Marketing e outros setores.

Assim, se você, profissional de comunicação, quiser se dar bem nessa nova era, precisa se preparar e não é para o futuro. É para ontem! Separei 4 dicas para você chegar lá. Vamos nessa?


1. Mude sua mentalidade já

A resistência é o grande perigo de qualquer mudança. Segundo a McKinsey, uma boa prática nesse sentido é entender por que mudanças são importantes e como elas impactam no sucesso e no futuro da organização. Essa mentalidade, de acordo com a consultoria, aumenta em até três vezes a chance de uma transformação digital de sucesso. Que tal, então, se abrir para o novo, pensar nas novas possibilidades que a transformação digital pode trazer para sua empresa e sua carreira?


2. Invista nas ferramentas tecnológicas adequadas

Métricas e inteligência artificial precisam ser seus melhores amigos a partir de agora. Sua área precisa definir métricas que sejam chave para o departamento e que, essencialmente, tenha um impacto em todo o negócio. Qual métrica você busca na área? Que tal apostar na automação e na inteligência artificial para ajudar a mapear essas métricas? Depois, torne as informações acessíveis para toda a organização, o que mais do que duplica a probabilidade de uma transformação bem-sucedida.


3. Veja os dados com outros olhos

O principal ativo da nova era da comunicação são os dados. O comportamento da mídia dos clientes nos canais digitais revela muito sobre isso. Para alavancar esses dados, no entanto, as empresas não precisam apenas de tecnologias. Também devem criar as condições organizacionais necessárias para poder fazer pleno uso da capacidade de desempenho oferecida pela tecnologia.


4. Pense nos processos

Pensar em processos significa capturar o máximo de dados possível sem depender de talentos específicos. E aqui entra mais uma vez a automação. Essa abordagem do processo facilitará a rotina e ajudará o time a focar no que realmente importa: na estratégia de comunicação.





Thais Antoniolli - Presidente da PR Newswire América Latina



FONTE PR Newswire América Latina


Lawtechs: como elas estão transformando o mercado jurídico?



As lawtechs, ou legaltechs, têm se expandido cada vez mais no mercado jurídico brasileiro, principalmente na área privada. Esse crescimento é tanto que, segundo um levantamento da Associação Brasileira de Lawtechs e Legaltechs (AB2L), realizado em setembro deste ano, já há mais de 100 startups oferecendo soluções para esse mercado. Em 2017, eram apenas 20. Com isso, nos próximos anos, a carreira do profissional jurídico se transformará digitalmente.

Essa transformação pode, muitas vezes, preocupar os profissionais. Afinal, tudo que é novo gera receios. Com a vinda de novas tecnologias, é comum as pessoas temerem ser substituídas. O mercado jurídico, conhecido por ser mais conservador, terá que se adaptar as novas tecnologias. A expectativa para as mudanças são tantas que, segundo uma pesquisa feita pela LawGeex, startup de IA (Inteligência Artificial), as lawtechs movimentaram 1 bilhão de dólares no mundo, só em 2018. E esses números tendem a crescer.

O primeiro passo para dar em direção às oportunidades que virão com estas startups é entender que elas não irão substituir o advogado ou profissional jurídico. Na verdade, elas trarão muitos benefícios não somente para o mercado, mas também para a carreira destes profissionais como um todo. As novas tecnologias buscam gerar uma maior otimização de muitos processos hoje considerados operacionais. Com menos processos burocráticos, sobrará tempo para os profissionais atuarem de forma mais analítica e com mais assertividade. Isso demandará um novo mindset, mais focado aos estudos e à qualidade das entregas.

Provavelmente, esse será o fim da era dos escritórios cheios de estagiários em funções meramente operacionais. Desde o início de sua carreira, o advogado precisará ser um agente de mudanças, explorando sua capacidade de raciocínio. Precisaremos inovar na profissão desde muito cedo. Tudo o que não exigir habilidades estritamente humanas, será eventualmente por inteligências artificiais.

Tanto é que já existem startups focadas na formulação de respostas padrão para despachos com características mais simples, outras em arquivar documentos, em analisar dados para encontrar as causas raízes dos problemas e apontar soluções, entre outras. O monitoramento e gestão dos processos também é feito de forma inteligente e rápida, por meio de softwares. Dessa forma, além do advogado ter a oportunidade de trabalhar com dados, um mercado exponencial, são abertas novas demandas jurídicas dentro das companhias, e, consequentemente, novas chances de carreira.

As lawtechs vêm, portanto, com o objetivo de não só facilitar a administração dos processos jurídicos para os profissionais de direito, bem como tornar a justiça mais acessível à população. O maior desafio para os advogados que entram neste ambiente é, no futuro, permitir o acesso à justiça a todos, de forma natural, digital e democrática. Para quem pretende se atualizar e conhecer um pouco mais desse nicho, é essencial participar dos diversos congressos, feiras e encontros voltados para a tecnologia no direito, além de acompanhar os influenciadores do setor pelas mídias digitais. A ordem é estar sempre aberto a aprender.  




Tauan Mendonça - advogado e pós-graduado em gestão de negócios pela Fundação Dom Cabral. É headhunter e sócio da VITTORE Partners, consultoria de recrutamento especializada nos mercados Jurídico, Tributário, Compliance e Relações Governamentais.


MP transforma Embratur em agência e prevê benefícios fiscais para o turismo


Iniciativas tem como objetivo ampliar presença do Brasil no exterior, melhorar o ambiente de negócios no país e reduzir o custo Brasil

O presidente da República, Jair Bolsonaro, assinou nesta quarta-feira (27) Medida Provisória 907, apresentada pelo Ministério do Turismo, em conjunto com as pastas da Economia e da Infraestrutura, que transforma a autarquia Embratur em uma Agência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo, extingue cobranças e mantém importantes benefícios fiscais para segmentos turísticos a partir de janeiro de 2020. O documento, publicado no Diário Oficial da União, segue para aprovação no Congresso Nacional.

Para o ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, as medidas representam mais um passo da Pasta em busca de mercados mais atrativos e competitivos com intuito de beneficiar diretamente a população. “Como orientação do presidente Jair Bolsonaro estamos modernizando a gestão e tirando o Estado das costas dos empresários e do povo. Todos ganham com isso”, destaca o ministro.
Entre as principais ações está a transformação da Embratur em Agência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo com status de Serviço Social Autônomo. O órgão será subordinado ao Ministério do Turismo mas terá orçamento próprio, recurso que virá do Sebrae. O montante será de 15,75% do adicional da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide) atualmente destinada ao Sistema S. A agência terá 60 dias para publicação de seu estatuto.
“Esta mudança da Embratur será fundamental para aumentar a presença do nosso país no cenário internacional. Teremos mais agilidade e modernidade para promover as ações necessárias com a possibilidade de realizarmos ações em parceria com a iniciativa privada. Será um novo momento para o Brasil como destino turístico mundial”, afirma o presidente da Embratur, Gilson Machado Neto.
Outra importante mudança é a queda de 25% para 7,9% no valor do imposto de renda retido na fonte sobre remessas para o exterior a partir de janeiro de 2020. A conquista assegura a manutenção de 358,3 mil empregos em todo o país. A tributação incide sobre venda de pacotes de viagens para o exterior e compra de passagens aéreas, entre outros. O benefício fiscal que estabeleceu a taxa atual de 6% termina em 31 de dezembro deste ano. Sem a MP a alíquota passaria a ser de 25% a partir de primeiro de janeiro de 2020.
De acordo com o texto da MP, o tributo pago será de 7,9% em 2020 e sofrerá um aumento escalonado nos anos subsequentes, sendo 9,8% em 2021; 11,7% em 2022; 13,6% em 2023; chegando a 15,5% em 2024.  O escalonamento foi necessário para atender ao disposto no art.116 § 1º da LDO 2019 (Lei 13.707, de 14 de agosto de 2018), aprovada pelo governo passado.
Outra proposta contemplada na Medida Provisória que também impacta diretamente na manutenção de empregos e na economia do país é a manutenção do benefício fiscal referente alíquota de IRRF incidente sobre do leasing das aeronaves e motores de aeronaves. Atualmente as empresas aéreas não pagam esse tributo, contudo esse benefício acabaria em 31 de dezembro de 2019 e a alíquota subiria para 15%. Com a MP foi possível reduzir o benefício para as companhias aéreas para 1,5% em 2020. Com o benefício, o setor aéreo prevê que 92 mil empregos e R$ 5,9 bilhões no PIB brasileiro serão mantidos. A iniciativa contribui para a ampliação do número de aeronaves no país, permitindo que cada vez mais pessoas possam voar e conhecer os destinos nacionais a preços mais baixos. Em 2020, 423 aeronaves vão voar pelo Brasil, o maior quantitativo da aviação desde 2015.
O possível aumento do custo operacional das empresas aéreas com o arrendamento mercantil de aeronaves e motores representaria mais um componente a pressionar a elevação do preço das passagens aéreas e diminuir o potencial de crescimento do setor. Cabe observar que os arrendamentos são efetuados em moeda estrangeira (dólar ou euro), que têm se valorizado perante o real em 2019.
De acordo com a MP haverá um escalonamento anual das alíquotas: de 1,5% para 2020; 3,0% para 2021; e 4,5% para 2022. O escalonamento dessa medida também foi necessário para atender ao disposto no mesmo artigo da LDO utilizado para definir a tributação das agências.A manutenção de benefícios para o setor se deve ao trabalho intenso de articulação do Ministério do Turismo, do Ministério da Infraestrutura e do trade turístico junto à equipe econômica do governo.
Neste primeiro momento não foi possível manter as alíquotas atuais por conta de restrições impostas pelo artigo 116 da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2019. “O documento aprovado pelo governo anterior impediu que mantivéssemos essa isenção, sobre risco de sermos penalizados por improbidade administrativa. Mas nosso compromisso é apresentar já no próximo ano, quando as regras orçamentárias permitirem, uma nova proposta para reduzir – ou mesmo eliminar – impostos que incidem sobre o nosso setor”, explicou o ministro.

Segundo Marcelo Álvaro Antônio, a nova Lei de Diretrizes Orçamentárias Anual (LDO), aprovada neste ano, permite que a Pasta apresente nova proposta de incentivos fiscais para o setor turístico. “No ano que vem, quando as regras orçamentárias permitirem, lutaremos para reduzir – ou mesmo eliminar – esses e outros tributos, bem como a inserção de outras importantes inciativas do setor que geram empregos e movimentam bilhões na economia brasileira”, pontua o ministro.

COBRANÇA JUSTA AO CONSUMIDOR - Outra mudança importante é a extinção da taxa cobrada pelo Escritório Central de Arrecadação e Distribuição (Ecad) sobre direitos autorais pela retransmissão radiofônica (como músicas) em quartos de hotéis e em cabines de embarcações turísticas, como navios de cruzeiros.
A Lei 11.771/2008 (Lei Geral do Turismo) considera que quartos de meios de hospedagem são unidades de frequência individual e de uso exclusivo do hóspede. Em 2018, o Ecad arrecadou R$ 1,1 bilhão. Deste total, R$ 50 milhões foram provenientes dos meios de hospedagem, o que responde a menos de 5% do total arrecadado.
“Nós entendemos a importância do Ecad para os nossos artistas e apoiamos o reconhecimento cada vez maior dos direitos autorais. Porém, não é justa a cobrança dentro dos quartos de hotéis e de cabines de cruzeiros, que é um evento impossível de averiguação. E quem paga a conta é o consumidor”, ressalta o ministro do Turismo.
O Ecad é autorizado por lei a cobrar a execução lítero-musical em locais públicos. Contudo os quartos de meios de hospedagem e as cabines de embarcações aquaviários não configura como locais públicos, mas sim individual. Ressalta-se, ainda, que as emissoras de TV e Rádio ou operadoras de divulgação assemelhadas de streamings, já pagam as taxas do Ecad. Ou seja, a cobrança dos direitos autorais dentro de um quarto de hotel, por exemplo, já está sendo taxada. Cobrar dos meios de hospedagem considera-se dupla taxação. A MP vem corrigir esse entendimento, pois taxa contribui para a composição de preços da hospedagem. Vale ressaltar que a MP mantém a arrecadação do ECAD dos direitos autorais nas áreas de uso coletivo dos meios de hospedagens e embarcações turísticas.

Posts mais acessados