Estudos estatísticos mostram que
80% (oitenta por cento) das pessoas sofrem, se martirizam, pensando em questões
ou fatos passados; 15% (quinze por cento) com eventos futuros e somente 5%
(cinco por cento) vivem com vigor o momento presente. A maioria das pessoas,
portanto, fica remoendo o passado ou tentando imaginar o futuro e se esquecem
de que somente no hoje é possível operar alguma mudança.
Dessa constatação talvez seja
possível afirmar que o homem moderno demonstra que seu ponto fraco é a
ansiedade, a inquietude, seu desejo de ter ou ser.
Ocorre que essa situação
emocional, além de gerar impaciência, insegurança e insatisfação, acaba por
desequilibrar os processos internos e externos da natureza que existem em nós.
A persistência desse
quadro, num processo lento que vai se alojando, acaba por desarmonizar a pessoa
que passa a apresentar um conjunto de sinais e sintomas que a ciência chama de
depressão.
A depressão, para alguns
estudiosos, é o mal da vida moderna e afeta pessoas de qualquer idade. É
preciso notar que seja no aspecto médico, humanístico ou espiritual, a
prevenção está no autoconhecimento, no amor a si mesmo e ao próximo. O
tratamento desse mal, em sendo aceito pelo indivíduo, deve associar os três
aspectos referidos – médico, humanista e espiritual -, pois que juntos trazem
um melhor resultado.
Na área da saúde, a terapêutica
para suprir a falta de neurotransmissores no cérebro a ser adotada será
prescrita pelo profissional médico e, eventualmente, pelo psicoterapeuta. Nas
relações humanas, principalmente a família e os amigos terão papel importante
prestando apoio, estímulo e incentivo constante na busca dos recursos para a
melhora do doente. No campo espiritual, devem ser investigadas as diversas
causas da doença, devendo ser propiciado a pessoa uma recepção fraterna, de
modo que a mesma se sinta apoiada e reconfortada, bem como que lhe seja
ministrado o passe, descongestionando determinados centros de força do nosso
corpo, e a água fluidificada, para ajudá-la na sua recuperação, e o estimulado
para o estudo que consola e traz esperança.
Há de se cuidar para que não seja
acrescentado ao estado de depressão o fator agravante e mantenedor do processo
chamado de obsessão, pelo qual há interferência negativa de um ser desencarnado
sobre o encarnado. Lembre-se que a ação dos espíritos é secundária, pois que
eles nada mais fazem do que aproveitar uma disposição natural, a abertura dada
pela pessoa, para exercer sua influência.
Em qualquer situação do dia-a-dia
é preciso cultivar o bom ânimo, os pensamentos saudáveis, as ações produtivas,
acreditando naquilo que estamos realizando, colaborando, dessa forma, para o
equilíbrio, reequilíbrio e bem estar do corpo e do espírito, pois energias
otimistas e de fé estarão sendo geradas, trazendo equilíbrio psicológico e
espiritual e, como consequência, sensação de paz.
“Orai e Vigiai” porque o coração
alegre é como um bom remédio, mas o espírito abatido seca até os ossos
(Provérbios 17-22)!
Paulo
Eduardo de Barros Fonseca - vice-presidente do Conselho Curador da Fundação
Arnaldo Vieira de Carvalho, mantenedora da Faculdade de Ciências Médicas da
Santa Casa de São Paulo