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quarta-feira, 20 de março de 2019

Qual é o impacto do uso da tecnologia em sala de aula na aprendizagem dos alunos?



A chegada dos nativos digitais às escolas está transformando a forma com que os educadores ministram suas aulas. O uso da tecnologia em sala de aula como modelo de aprendizagem ainda gera muito debate entre especialistas da área, entretanto, o assunto precisa ser explorado.  Sobretudo, porque o tema está entre os destaques da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), que deverá ser implementada em todas as escolas do Brasil até 2022.

O uso da tecnologia em sala de aula é importante, pois auxilia no processo de aprendizagem e pode servir como ferramenta para que o professor tenha acesso a aplicativos, sites e jogos que contribuam para a dinâmica e contexto de aplicação das disciplinas. Recursos como estes podem envolver e atrair mais ainda a atenção do aluno, que poderá melhorar seu desempenho nas atividades, estimular sua autonomia, despertar sua curiosidade, entre outros benefícios.  

Contudo, ainda existem diversos alunos que não são tão ligados a essas ferramentas, por isso é fundamental mesclar o uso desses recursos com os materiais didáticos utilizados em sala de aula. A melhor maneira de usar a tecnologia para o aprendizado é entender que ela serve como aliada para a realização de atividades colaborativas. Deste modo, o professor não deve depender exclusivamente dos recursos digitais para planejar a sua aula, e sim buscar contemplar atividades colaborativas e proporcionar a interação dos alunos por meio destas. A tecnologia no ensino bilíngue, por exemplo, já é uma realidade em muitas escolas e auxilia o aluno na expansão de conhecimento de vocabulário, ou, até mesmo, na hora de conferir pronúncias. 


Desafio do uso da tecnologia em sala de aula

Apesar dos pontos positivos, o uso das ferramentas digitais em sala de aula ainda é um grande desafio para as escolas no Brasil, seja por questões de infraestrutura das instituições ou até mesmo pela formação de professores, que ainda não estão preparados para utilizar estes recursos. Ou seja, Parte superior do formulárioainda existem profissionais tradicionais que não fazem o uso da tecnologia em sala de aula, ou, aqueles que têm uma visão moderna e a usam demasiado. Portanto, é necessário considerar os objetivos e as situações em que a tecnologia se aplica para que haja sempre um ponto de equilíbrio.

Esse papel cabe à escola, ou seja, trabalhar cada vez mais na formação e aprimoramento desse profissional. Incluir a tecnologia na formação é essencial para que ele saiba aplicar e dosar seu uso em sala de aula. E o professor por sua vez, deve sempre estar em constante formação e buscar aperfeiçoar e atualizar seus conhecimentos.
Portanto, a tecnologia não deve ser uma ferramenta para distração e entretenimento do aluno, e sim um recurso produtivo e uma consequência natural da aula. Hoje em dia, os alunos encontram as informações muito rapidamente, por isso o professor deve se aperfeiçoar e avançar junto com relação às ferramentas tecnológicas. O ponto principal de atenção é cuidar para que a tecnologia não substitua o precioso  contato do professor com o aluno, a empatia sempre fundamental para não substituir o convívio no processo de  troca inerente à educação.







Rone Costa - Gerente de Desenvolvimento e Relacionamento do Systemic Bilingual, programa pioneiro de educação bilíngue no Brasil


Acompanhar o desenvolvimento da criança é fundamental para a identificação precoce de uma doença rara


  • Médicos ressaltam a importância em utilizar a “Caderneta de Saúde da Criança” para acompanhar a evolução dos pequenos
  • Qualidade de vida de um portador de doença rara está intimamente ligada à rapidez e efetividade do diagnóstico
  • Entre a gama de doenças consideradas raras, encontra-se a Distrofia Muscular de Duchenne que acomete um a cada 3.500 meninos nascidos vivos


De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), é considerada uma doença rara aquela que atinge até 65 pessoas em cada 100 mil indivíduos. Estima-se que no Brasil há 13 milhões de pacientes com algum tipo de doença rara, segundo pesquisa da Interfarma, sendo que 75% dos casos se manifesta na infância. Diante deste cenário, médicos ressaltam a importância de acompanhar o desenvolvimento da criança para identificar precocemente uma dessas enfermidades.

Acredita-se que há de cinco a dez mil doenças raras no mundo. “É complicado limitar um número porque a todo momento podem se descobrir novas enfermidades. Há muitas possibilidades, visto que a grande maioria tem causa genética”, afirma Alexandra Prufer de Q. C. Araujo, professora de Neurologia infantil da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e pesquisadora do Centro de Investigação Neuromuscular IPPMG/UFRJ.

Segundo a médica, muitas doenças genéticas vão se expressar de acordo com o passar dos dias, semanas e muitas vezes anos. “O bebê pode nascer sem nenhuma anormalidade e em uma determinada idade começa a mostrar dificuldade em realizar algumas atividades, que outras crianças na mesma faixa etária fazem com facilidade. Isso é um alerta e os pais e responsáveis devem ficar atentos ao desenvolvimento da criança e ao menor sinal de anormalidade procurar o apoio do pediatra”, explica a Dra. Alexandra, enfatizando que é imprescindível que o médico esteja capacitado para reconhecer um conjunto de sinais e, a partir de então, desenhar os diferentes diagnósticos e encaminhar ao especialista.

Para facilitar este acompanhamento, os pais e responsáveis podem contar com a “Caderneta de Saúde da Criança”, elaborada pelo Ministério da Saúde, que todo indivíduo recebe ao nascer. Neste documento consta o registro gráfico de crescimento, peso, vacinas necessárias e muitas outras informações fundamentais para observar a evolução dos pequenos. Porém, a especialista ressalta que a parte referente à vigilância do desenvolvimento muitas vezes é subutilizada. “O conteúdo apresentado permite acompanhar e entender possíveis dificuldades ou atrasos no desempenho de determinadas atividades infantis. Por exemplo, é esperado que dos seis aos nove meses o bebê duplique as sílabas. No máximo com nove meses completos ele tem que sentar sem apoio e com 15 meses (1 ano e três meses) andar sozinho. Se isso não ocorrer, essa criança deve passar pela avaliação de um pediatra para, depois de uma triagem, ser encaminhada a um especialista, a fim de descartar ou constatar o aparecimento de uma doença”.

As doenças raras podem envolver sistemas e órgãos como rim, fígado, coração, pele, ossos, sistema nervoso, entre outros, em diversas fases da vida do indivíduo. Algumas delas, geneticamente determinadas, vão afetar a parte de movimentação do corpo, sendo denominadas de doenças neuromusculares, da qual faz parte a Distrofia Muscular de Duchenne (DMD).

“É necessário desmistificar a ideia que muitos pais e familiares sustentam de que cada criança tem seu tempo. Isso não é verdade. Existe sim um padrão de normalidade para realizar determinadas atividades, com base em muitos estudos. Por mais que seja difícil admitir que um filho possa ser portador de uma doença incomum, quanto antes ele receber o diagnóstico correto, mais chances e qualidade de vida terá”, conclui a médica.


Distrofia Muscular de Duchenne

A Distrofia Muscular de Duchenne é uma doença hereditária, ligada ao cromossomo X, que degenera progressivamente os músculos pela ausência da distrofina, uma proteína que proporciona a estabilidade da membrana do músculo. A doença acomete um a cada 3.500 meninos nascidos vivos no mundo.

Os sintomas mais visíveis começam a ser percebidos quando o menino começa a andar. Dificuldades motoras, para caminhar, subir escadas e levantar podem representar um alerta ao pais, familiares e professores. Os sinais ficam bem claros a partir dos três anos, quando os sintomas começam a ficar mais evidentes e há progressão da doença.




Informações retiradas a partir de entrevista com a Dra. Alexandra Prufer, professora de Neurologia infantil da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e pesquisadora do Centro de Investigação Neuromuscular IPPMG/UFRJ, e dados da OMS – Organização Mundial da Saúde e pesquisa realizada pela Interfarma.


Tecnologia digital na escola: aliada ou vilã?


Na área educacional nos deparamos a cada dia com estudos e formações a respeito da tecnologia e de como ela influencia no processo de aprendizagem de crianças e adolescentes. Por vezes, principalmente a tecnologia digital é vista como “inimiga” no desenvolvimento da aula e na capacidade de concentração e atenção dos alunos. Por outro lado, são crescentes os estudos que demonstram que a tecnologia pode ser aliada da escola e que as instituições não podem ficar à margem do desenvolvimento tecnológico e das novas formas de comunicação e informação.

A expansão que o uso de tecnologia digital, principalmente dos smartphones, tem no contexto mundial é inegável. E isso atinge todas as gerações, de crianças a idosos, é raro não vermos as pessoas utilizando esses recursos diariamente. Porém, a maioria das escolas continua presa a processos tradicionais de ensino, como o excesso de exposição oral, o uso do livro didático com cópias de conteúdos no caderno e a supressão de qualquer uso de aparelhos eletrônicos em sala de aula. Um dos principais argumentos utilizados pelos docentes é que os estudantes não sabem utilizar adequadamente esses aparelhos, os utilizando somente para diversão e para acesso às diversas redes sociais. Porém, se nossas crianças e adolescentes não são orientados ao uso correto das tecnologias, tornando-as propulsoras no processo de aprendizagem e como recursos que podem ajudá-las em diversas atividades diárias, elas continuarão as utilizando de maneira errada e se tornarão escravas desses aparelhos, em uma relação passiva.

Dessa forma, no trabalho com as tecnologias digitais, a fim de que essas ferramentas possam ser aliadas no processo de ensino-aprendizagem, o professor precisa ser criativo e ousado ao planejar, orientar os alunos a filtrarem as informações que recebem diariamente, analisá-las, questioná-las para se chegar a um pensamento próprio e entender que o conhecimento só se constrói com pesquisa e produção. Os estudantes precisam ser instigados a dar novo sentido aos conteúdos que aprendem, a estabelecer uma relação com eles, de maneira interativa, sabendo utilizar a tecnologia digital como elemento facilitador na construção do próprio conhecimento.






Vanessa Queirós Alves - professora e tutora do curso de Pedagogia do Centro Universitário Internacional Uninter


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