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segunda-feira, 18 de março de 2019

Medos e dúvidas que envolvem a cirurgia da catarata


A pedido da Central da Catarata (www.centraldacatarata.com.br), o médico oftalmologista e diretor do Hospital de Olhos de São Paulo (HOSP), Jorge Mitre, esclarece as principais dúvidas sobre a cirurgia. O especialista é um dos parceiros do negócio de impacto social que tem o objetivo de oferecer acesso às pessoas de baixa renda à cirurgia de catarata.


 Maior sensibilidade à luz, visão embaçada, sensação de neblina nos olhos, ajuste constante no grau dos óculos e percepção que as cores estão desbotadas – esses são apenas alguns dos sintomas percebidos por pacientes com catarata, doença responsável por 51% dos casos de perda de visão no planeta. Para se ter uma ideia do avanço da doença, a cada cinco segundos, uma pessoa se torna cega no mundo; no Brasil, a estimativa da Sociedade Brasileira de Oftalmologia é que existam sete milhões de pessoas com a doença. Embora o diagnóstico seja relativamente simples, a cura requer cirurgia. É aí que se encontra o principal entrave. Com receio, muitos pacientes – sobretudo os idosos –, adiam o procedimento. Para esclarecer as principais dúvidas dos pacientes, a Central da Catarata entrevistou médico oftalmologista e diretor do Hospital de Olhos de São Paulo (HOSP), Jorge Mitre.

Segundo o médico, postergar a decisão da cirurgia envolve riscos significativos, entre eles o glaucoma. Dr. Mitre explica que a catarata muito madura e envelhecida – ou seja, quando o paciente já tem a doença por um longo período – é mais difícil de ser removida; para quebrar o cristalino, demanda o uso de maior quantidade de energia no aparelho de faco. “Isso gera mais inflamação e mais tempo para recuperar a visão. Um outro problema que ocorre é o desenvolvimento do estrabismo. Quando o paciente já não enxerga em um dos olhos, o outro naturalmente se desvia”, esclarece.

O primeiro passo para o sucesso na cirurgia de correção da opacidade do cristalino é, segundo o oftalmologista, a escolha do local para realização do procedimento e a confiança depositada no médico. Para isso é preciso avaliar se a clínica possui bom nome no mercado – avaliação que pode ser feita verificando a qualidade das cirurgias realizadas – e que tenha um centro cirúrgico adequado, pois caso haja alguma complicação o médico poderá sanar rapidamente.

Além disso, o oftalmologista, ainda em consulta, deve esclarecer, com convicção, todas as dúvidas sobre o procedimento: como será a anestesia, cuidados no pós-operatório, se causa dor, quando voltará a enxergar, entre outros questionamentos. Desmistificando a catarata, o tratamento humanizado aumenta ainda mais a confiança do paciente para realização da cirurgia de catarata. “Quando isso acontece, o paciente chega convicto no dia da cirurgia, pois ele já rompeu todas as barreiras do medo”, conta o especialista.


Um longo trajeto para voltar a enxergar

São 1.967 quilômetros e 32 horas de viagem de Biritinga, interior da Bahia, à cidade de São Paulo. A possibilidade de voltar a enxergar – com segurança e um preço acessível –, motivou Maria das Graças Souza, 65 anos, a enfrentar o longo trajeto para realizar a cirurgia pela Central da Catarata. A aposentada enfrentava dificuldades para costurar e realizar os afazeres domésticos sozinha, mas a perda da visão revelou um problema ainda mais sério. Durante o diagnóstico da catarata, os exames alertaram para alta concentração de glicose no sangue. 

Marlene Souza, filha da aposentada, conta que após a cirurgia, a qualidade de vida da mãe melhorou muito; hoje, ela toma mais cuidado com a alimentação e a saúde – e voltou a costurar sem o uso dos óculos. “Assim que minha mãe saiu da sala de cirurgia, ela já voltou a enxergar.  Parecia uma criança, testando cada olho, enxergando as cores. Todos nós choramos de felicidade ao ver ela enxergando novamente”, relembra emocionada.

Na percepção do dr. Mitre, além da catarata, os pacientes chegam com outras doenças silenciosas. “É impressionante a patologia que os pacientes apresentam e nem sabem. Recebemos diariamente pessoas que estavam muito tempo sem opção para realizar a cirurgia; são pacientes idosos que não têm convênio ou condições de serem operados em uma clínica particular, por conta dos altos custos. Quando vamos examinar, com um diagnóstico mais profundo, percebemos que eles têm problemas muito mais sérios que a catarata, como a retinopatia diabética, degeneração macular ou deslocamento de retina; são doenças que precisam ser solucionados imediatamente. E somente a cirurgia de catarata não vai resolver o problema; a cirurgia, na verdade é o início de um processo amplo de recuperação do estímulo e da oportunidade de ampliar esses cuidados médicos”, revela o oftalmologista.

A catarata é a principal causa de cegueira em pacientes com diabetes no Brasil; eles têm o risco duplicado de desenvolver a doença, quando comparados com a população geral. Nesses pacientes, a catarata aparece mais cedo e evolui mais rápido do que a versão senil da doença – que acomete pessoas idosas. A consulta oftalmológica para os seniores é decisiva para alterar as condições de saúde ocular e reduzir o número de deficientes visuais por causas que poderiam ser evitadas. A dificuldade de enxergar causada pela catarata é considerada um dos primeiros sinais durante o processo de envelhecimento. Contudo os sintomas mais comuns dos pacientes com catarata são muitas vezes negligenciados pelos idosos e pelos familiares.

“No envelhecimento, a sensação que o idoso tem é que tudo está piorando na vida dele. Há redução na mobilidade, dores e já não conseguem mais ler, ver tevê ou realizar as atividades corriqueiras que gostava. Quando realizamos a cirurgia de catarata – e devolvemos a ele a visão –, percebemos de imediato o impacto gerado na vida desse paciente”, afirma o oftalmologista. Nesse contexto, o acesso a informações sobre como vencer o medo e os desafios do atendimento são essenciais para que o problema da catarata não comprometa a qualidade de vida.





 www.centraldacatarata.com.br


Como estimular os pequenos a escovar os dentes


No Dia Mundial da Infância, o Conselho Regional de Odontologia de São Paulo (CROSP) mostra como incentivar as crianças a cuidarem da saúde bucal;


Problemas odontológicos comuns como cáries e doença periodontal podem ser evitados com consultas periódicas ao odontopediatra


Educar as crianças sobre a importância da higiene bucal diária é uma tarefa que exige paciência e criatividade. Desde cedo, a escovação deve ser um hábito diário e deve contar com a supervisão de um adulto no momento da limpeza. 

Segundo Claudia Cinelli, odontopediatra e membro da Câmara Técnica de Odontopediatria do Conselho Regional de Odontologia de São Paulo (CROSP), a recomendação é fazer a higiene ao acordar e sempre após as refeições. “A escova de dente deve ter cerdas macias e cabeça pequena para facilitar os movimentos e o creme dental precisa conter flúor, uma concentração mínima de 1.100 ppm, pois como comprovado cientificamente, essa quantidade é efetiva para prevenção de futuras cáries ”, diz a especialista.

Sobre a quantidade de creme dental, a odontopediatra Claudia diz que depende da idade. O ideal é iniciar com uma pequena porção (correspondente a meio grão de arroz) e aumentar aos poucos até a medida de um grão de ervilha, conforme o crescimento da criança.

Outra recomendação para habituar as crianças à limpeza dos dentes é o próprio exemplo dos pais. Ao participarem juntos da escovação dos pequenos, os responsáveis mostram que a escovação faz parte dos hábitos diários.
Durante a higienização, brincadeiras lúdicas como músicas, livros e fazer interação com personagens que a criança goste também podem tornar a escovação mais agradável. Deixar a criança escolher a cor ou o personagem da escova dental facilita a familiarização com o objeto que será usado diariamente.


Orientação para os pais

A odontopediatra afirma que os pais devem ser orientados a realizar a escovação dos filhos desde o aparecimento do primeiro “dente de leite”. Nessa fase, a recomendação é que os adultos tenham total responsabilidade pela higiene da criança. A partir dos três até os cinco anos de idade a criança pode iniciar a escovação sozinha, mas sempre sob a supervisão dos pais.

“A habilidade manual das crianças para a adequada escovação é adquirida aos poucos, por isso, é recomendado que os responsáveis acompanhem a higiene bucal até os nove anos de idade”, explica ela.

Os cuidados com a saúde bucal não devem ser deixados de lado durante o período em que a criança está na escola. Também cabe à instituição incentivar as crianças a fazerem a higiene. Para promover as boas práticas, o colégio pode oferecer oficinas e aulas que abordam o tema, além de estabelecer um horário para escovação conjunta como efeito motivacional para os pequenos.


Visita ao odontopediatra

Para combater qualquer tipo de medo que a criança tenha de ir ao(a) cirurgião(ã) - dentista, toda a equipe do consultório odontológico deve ser treinada para dar boas-vindas aos pais e à criança.

Para tanto, a recomendação é de que o ambiente seja amigável para facilitar a adaptação do comportamento e transmitir segurança, tornando a visita agradável. “Durante a consulta, o profissional poderá utilizar, por exemplo, a técnica de ‘dizer, mostrar e fazer’, para assim, a criança se habituar às consultas odontológicas”, indica Claudia Cinelli.

É essencial que o odontopediatra tenha compreensão do desenvolvimento cognitivo da criança e faça uso do vocabulário apropriado de acordo com o nível de compreensão. Também é importante que o profissional conheça as capacidades físicas e motoras do seu paciente, pois assim estabelecerá um elo de confiança, entendendo seus medos, anseios e dificuldades.


Orientações

A odontopediatra e membro da Câmara Técnica do CROSP, Claudia Cinelli, destaca alguns cuidados essenciais para os pais sempre estarem atentos:

- A boca é a porta de entrada de várias bactérias e, por isso, é preciso manter os dentes sempre limpos para que elas não se multipliquem e causem danos aos dentes e tecidos adjacentes.

- Os doces, sob qualquer forma, são os grandes vilões da boca. Eles têm açúcar e são encontrados em refrigerantes, bolos, balas, chicletes, bolachas, biscoitos, achocolatados, leite de soja, sucos artificiais, entre outros. De acordo com a Associação Brasileira de Odontopediatria (ABOPED), a orientação de ingestão de açúcar deve ser feita somente após os dois anos de idade e no máximo duas vezes ao dia.

- O núcleo familiar deve estar envolvido com as estratégias de prevenção, que incluem a alimentação adequada e escovação/higiene oral correta.





Conselho Regional de Odontologia de São Paulo (CROSP)


Março é o Mês Mundial de Combate a Endometriose


Bastante dolorosa, um dos seus principais sintomas é a cólica menstrual.

Quando o assunto é cólica, só as mulheres sabem o quanto passar por isso é incômodo. Ela pode interferir muito na qualidade de vida, ainda mais quando as dores se intensificam e prolongam. Além disso, pode se tratar de um problema de saúde que vem sendo cada vez mais diagnosticado: a endometriose. 

O problema ocorre quando a mulher não elimina totalmente o sangue da menstruação, fazendo com que esse fluxo invada outros órgãos o que pode desencadear inflamações. Em alguns casos, pode levar a infertilidade e até procedimentos cirúrgicos. "A endometriose pode ser superficial, em que as lesões não são passíveis de visualização em exames como ecografia e ultrasom, ou com comprometimento profundo, que acometem cavidades abdominais muito importantes, como barriga e intestino", explica o ginecologista e obstetra do Hospital Nossa Senhora das Graças, Dr. Francisco Furtado Filho .

A diversidade de sintomas é um fator que segundo o médico muitas vezes pode dificultar o diagnóstico. Normalmente a mulher apresenta cólica de intensidade variável, dor de cabeça, no corpo, dores lombares, e alteração das funções intestinais. "Em certas pacientes se manifesta apenas discretamente, com leve aumento na intensidade das cólicas menstruais. Em outras, pode ser um martírio, com dores fortes e sangramentos abundantes", comenta. "Mas há também mulheres que não sentem dor e descobrem a doença após muitas tentativas frustradas de engravidar", acrescenta o médico.

A confirmação do diagnóstico é feita com base na história clínica da paciente, pela dosagem no sangue de uma substância chamada CA125 e por imagem suspeita vista pelo ultrassom. "Novos exames como PCR, SAA, Anticardiolipina IgG, IgA e IgM representam uma opção para pesquisa e tratamentos imunológicos futuros desta patologia", afirma. O diagnóstico, além disso, inclui a videolaparoscopia, um procedimento de endoscopia no qual se visualiza a cavidade abdominal por meio de uma videocâmara, podendo também, por meio dela, a realização de intervenção cirúrgica. 

Segundo o especialista não há uma causa específica para o problema, pois é decorrente de uma pré-disposição natural, genética ou, ainda, de fatores externos, tais como alimentação, sedentarismo, exposição a hormônios e estresse. "A faixa etária com maior incidência é entre 17 e 40 anos de idade, ou seja, durante a vida reprodutiva da mulher. Mas há casos que fogem a essa regra", avalia o médico. 

O tratamento da endometriose pode ser feito com medicamentos ou cirurgias, em casos mais graves. "O tratamento clínico medicamentoso complementar é uma alternativa que deve ser avaliada caso a caso", ressalta. A dica é que a mulher consulte regularmente o seu médico e ginecologista. "Quanto antes o diagnóstico, melhor o prognóstico futuro em termos de qualidade de vida e de capacidade reprodutiva", finaliza. 

 

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