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sexta-feira, 27 de julho de 2018

Agosto Verde Claro lembra a importância da prevenção, tratamento e diagnóstico precoce dos linfomas

 
Linfomas fazem parte dos cânceres das células do sistema imunológico. São mais de 60 diferentes tipos de câncer. De forma simples, podemos dizer que se dividem em linfomas de Hodgkin (LH) e linfomas não Hodgkin (LNH).


A Organização Mundial da Saúde instituiu a campanha “Agosto Verde Claro” para alertar a população sobre esses tipos de cânceres.

Segundo a médica hematologista, Daniela Ferreira Dias, coordenadora do Departamento de Transplante de Medula Óssea do Hemomed Instituto de Oncologia e Hematologia, o sinal mais frequentes que indica linfoma é o aparecimento de ínguas (gânglios) em região cervical, (pescoço), inguinal (virilha) e axilar." Além desse aumento ganglionar, geralmente endurecido e indolor, pode haver perda de peso, aumento de transpiração, febre e cansaço sem motivo", alerta a hematologista.


Linfoma de Hodgkin e linfomas não Hodgkin

A diferença entre o linfoma de Hodgkin e os linfomas não Hodgkin está nas características das células malignas. Quem faz essa diferenciação é o médico patologista olhando ao microscópio.

Segundo o hematologista, Marcelo Bellesso, coordenador do projeto de subespecialidades de Linfomas Não Hodgkin do Hemomed Instituto de Oncologia e Hematologia, o linfoma de Hodgkin (LH) geralmente tem melhor prognóstico. A taxa de resposta ao tratamento é satisfatória e pode alcançar 75% a depender do subtipo de linfoma e seus fatores prognósticos específicos.

“Os linfomas não Hodgkin, embora composto por dezenas de subtipos diferentes, podem ser separados em dois grupos básicos de comportamento clínico: os agressivos, de crescimento rápido, e os indolentes, de crescimento lento. Os primeiros, quando tratados adequadamente, têm taxa de resposta ao tratamento de cerca de 70%. A abordagem dos linfomas não Hodgkin indolentes é diferente e aceita-se a depender da sua apresentação, apenas a observação e acompanhamento. Entretanto, quando o paciente começa a apresentar sintomas da doença, aí sim entramos com o tratamento. O objetivo é utilizar um regime que seja efetivo, mas, ao mesmo tempo, que cause poucos efeitos colaterais. Dessa forma, o paciente pode ter uma longa sobrevivência com excelente qualidade de vida”, explica o hematologista do Hemomed.


Causas dos linfomas

A causa da expressiva maioria dos linfomas é desconhecida, embora a imunossupressão possa estar relacionada com o surgimento de Linfomas Não Hodgkin como em paciente com AIDS ou naqueles em uso de drogas imunossupressoras, e também o surgimento após infecções com Epstein Barr Vírus, HTLV-1 vírus e presença da bactéria Helicobacter Pylori.

“Importante é o diagnóstico precoce, pois quanto mais precoce a descoberta dos linfomas, maior a chance de uma taxa de resposta positiva ao tratamento”, alerta a médica hematologista Daniela Dias.


Medicina personalizada

Maior centro ambulatorial privado no tratamento do câncer no país, com 10 mil pacientes atendidos por mês em todas as subespecialidades, o Hemomed Instituto de Oncologia e Hematologia mantém intercâmbio com os principais centros onco-hematológicos do mundo como o MD Anderson e a Universidade de Miami.

Segundo o médico Adelson Alves, hematologista e presidente do Hemomed, essa integração com os melhores centros de pesquisa e tratamento do câncer no mundo permite ao Instituto oferecer aos seus pacientes os mais inovadores tratamentos de câncer, adotando como foco uma medicina personalizada e altamente comprometida com o bem-estar do paciente.



                                                                                                          Foto: divulgação

Mortalidade materna aumenta no Brasil

Índice de mortes de gestantes cresceu em 2016. Estados do Norte são os que apresentam os piores índices


Dados do Ministério da Saúde (MS) apontam aumento da mortalidade materna. Após anos de queda, em 2016 os índices voltaram a subir e se distanciaram ainda mais da meta acordada, pelo Brasil com a ONU, que era de 35 mortes por 100 mil nascidos vivos, para 2015.

E mais longe ainda do limite tido como aceitável pela Organização Mundial de Saúde, OMS, de 20 óbitos para cada 100 mil nascidos vivos. A situação no Estado de São Paulo também não é diferente, são observadas 47 mortes maternas para cada 100 mil nascidos vivos.


Novos dados

Ontem foram divulgados dados do MS que são preocupantes. Em 2015, o País registrou 62 mortes por 100 mil nascidos vivos. Já em 2016, foram mais de 64 óbitos de gestantes por 100 mil.

“A grande maioria das mortes maternas poderia ser evitada, se tivéssemos condição para fazer o diagnóstico rápido, além de investimento na qualificação contínua de recursos humanos.”, afirma Rossana Pulcineli Francisco, presidente da SOGESP (Associação de Obstetrícia e Ginecologia do Estado de São Paulo).

Segundo ela, as principais causas das mortes de gestante são hipertensão, hemorragia e infecção pós-parto e outro fato muito importante é a falta de infraestrutura para atendimento adequado destas mulheres.

Os números agora divulgados apontam que a situação é pior em estados do Norte do Brasil, onde os óbitos aumentaram 11%. Amapá e Maranhão apresentam as taxas mais elevadas de mortalidade.

O Ministério da Saúde alega que o maior obstáculo para a queda no número de óbitos é a falta de leitos obstétricos, mas ressalta que muitos dos leitos destinados às gestantes são ocupados por mulheres que fizeram abortos inseguros. Por ano, são 220 mil internações sendo esta a terceira causa de mortes de gestantes.

AMAMENTAÇÃO É BENÉFICA PARA O FILHO E PARA A MÃE


Campanha mundial pela amamentação acontece entre os dias 1 e 7 de agosto


"Aleitamento materno: a base da vida". Este é o tema da Semana Mundial de Aleitamento Materno (SMAM) de 2018, que acontece entre os dias 1 e 7 de agosto. Definido pela Aliança Mundial para Ação em Amamentação (WABA, sigla em inglês) a ação ocorre em 120 países, incluindo o Brasil, e busca destacar a importância do tema na saúde de mães e filhos.

Segundo relatório do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) e da Organização Mundial da Saúde (OMS), em colaboração com o Global Breastfeeding Collective, publicado em 2017, apenas 23 dos 194 países pesquisados registraram índices de amamentação exclusiva acima de 60%, em crianças menores de 6 meses. No Brasil, o índice foi de 38,6%.


O leite materno, comprovadamente, oferece a nutrição ideal e ajuda no amadurecimento do sistema imunológico do bebê, prevenindo e combatendo infecções. "Também está provado que o primeiro desenvolvimento cognitivo do bebê se inicia junto à mãe, nas mamadas, ao fixar o olhar materno, recebendo os estímulos visuais e auditivos que aumentam as conexões e sinapses cerebrais. Sabemos das dificuldades na rotina do dia a dia das mães, mas reforçamos sempre os benefícios para os dois", destaca a Dra. Denise Bedoni, pediatra coordenadora do Hospital Leforte, Unidade Morumbi.

Para as mulheres, amamentar também contribui para a prevenção do diabetes e do câncer de mama. Estudo publicado na revista JAMA Internal Medicine  revelou que a amamentação por períodos mais longos foi associada a uma redução graduada em 25% a 47%, na incidência de diabetes (https://jamanetwork.com/journals/jamainternalmedicine/article-abstract/2668634).

O Fundo Mundial para Pesquisa sobre Câncer, do Instituto Norte-Americano para Pesquisa sobre o Câncer inclui a amamentação entre as recomendações para prevenir o câncer de mama. De acordo com a entidade, amamentar reduz o risco de incidência da doença no caso da mãe e de sobrepeso ou obesidade, no caso da criança.(https://www.wcrf.org/dietandcancer/recommendations/breastfeed-your-baby)

Outro ponto que merece destaque durante a campanha se refere à alimentação da gestante. "A futura mãe costuma ficar preocupada com a produção do leite. Por isso, a recomendação é buscar uma alimentação com produtos com a menor taxa possível de industrialização. A dieta tem que ser variada, incluindo pães e cereais, frutas, legumes, verduras, derivados do leite e carnes. Uma boa ingestão de água, além de sucos e chás, também é importante, dando a certeza de que a sede está sendo saciada", explica Marisa Diniz Graça, nutricionista do Hospital Leforte, Unidade Liberdade.

A amamentação será um dos temas debatidos durante a IV Jornada de Pediatria, que o Hospital Leforte realizará no próximo dia 18 de agosto, em São Paulo. O evento reunirá pediatras de todo o País, para discutir, também, distúrbio do sono, diagnóstico e tratamento de doenças neurológicas e vacinação, entre outros assuntos, com a participação de especialistas renomados.  


Veja abaixo alguns mitos e verdades sobre amamentação


1. Existe leite fraco?

Mito: Cada mãe produz o leite adequado para as necessidades de seu bebê. Se a criança mama regularmente e está ganhando peso, não há motivo para preocupação.  O leite materno é menos encorpado e mais claro que o leite de vaca. Mas isso não impede que seja rico em nutrientes. Essa é a maior dúvida entre as mães, que acabam interrompendo o aleitamento materno exclusivo.


2.Stress interfere na produção de leite? 

Verdade. Mães que estão passando por situações de stress ou muita tensão podem, muitas vezes, produzir uma quantidade anormal de adrenalina, que bloqueia a oxitocina, um dos hormônios que influenciam na amamentação. Por este motivo, essas mulheres tendem a produzir leite em quantidade insuficiente.


3.Amamentar acelera a perda de peso da mãe?

Verdade. Mantendo uma dieta rica e balanceada, a mãe que amamenta de maneira exclusiva nos primeiros meses volta mais rapidamente ao seu peso normal. O corpo gasta cerca de 700 calorias todos os dias, somente para produzir leite para o bebê.


4.O bebê necessita mamar a cada três horas?

Mito. Não há uma regra rígida em relação ao horário e a periodicidade. Essas questões variam conforme a demanda do bebê. A mãe deve oferecer o leite em "livre demanda", ou seja, toda vez em que o bebê sentir fome, o que pode variar de duas a três horas. Uma atenção especial deve ser dada a bebês que dormem muito. Acima de quatro horas, deve ser acordado para mamar, evitando casos de desidratação e hipoglicemia.


5.Alimentos consumidos pela mãe influenciam no sabor do leite? 

Verdade. Pesquisas indicam que, desde a amamentação, o bebê já pode sentir os sabores e aromas dos alimentos consumidos pela mãe por meio do leite. Isso o deixa mais disponível para aceitar os mesmos alimentos durante a introdução da alimentação complementar.


6.Canjica e cerveja preta aumentam a produção de leite.

Mito. Não existe nenhuma relação entre a ingestão de alimentos e o aumento ou diminuição da produção de leite. O que aumenta a quantidade de leite é a sucção regular da criança. Portanto, quanto maior a oferta de mamadas, maior será a produção de leite.


7.É preciso revezar as duas mamas para amamentar.

Mito. O ideal é que o bebê esvazie uma mama e na próxima mamada seja oferecida a outra. Isso é importante porque o leite posterior só é alcançado depois de alguns minutos de mamada. Essa é uma porção rica em açúcar e gordura que ajuda o bebê a se saciar e ganhar peso mais rápido. Caso não ingira esta parte do leite, ele terá fome mais rapidamente.


8.Amamentação deve ser exclusiva até os seis meses.

Verdade. O recomendado é que a criança seja amamentada de maneira exclusiva até os seis meses. A partir daí, deve-se intercalar a oferta de alimentos pastosos, sólidos e outros líquidos. O aleitamento deve continuar até os dois anos.



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