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quarta-feira, 25 de julho de 2018

O segredo do sucesso e do fracasso das micro e pequenas empresas no Brasil


Alguém me disse um dia que o Brasil não é para negócios amadores, só os bons sobrevivem. Eu fiquei de pé e aplaudi. Infelizmente, no meu dia a dia como mentora e consultora de empresas, chego a ficar em choque com a falta de profissionalismo das empresas, pois a maioria acredita que não precisa de uma estrutura ou de controles financeiros.
Poderia escrever um post com as top 100 frases bizarras do mundo dos "quase negócios" que ouço por semana. São frases como “eu sei que preciso fazer o financeiro, mas é chato, faço quando dá” ou “isso não é importante, preciso vender".
Agora, você sabe qual é o nosso objetivo, quando falamos em controles, em ter um fluxo de caixa? É ter o dinheiro suficiente para saldar os compromissos e, como uma empresa tem compromissos que vencem diariamente, é preciso que ela tenha dinheiro diariamente. Simples demais.
Contudo, infelizmente, muitos micro e pequenos empresários confiam mais na própria convicção em vez de fazerem uso de ferramentas de controle, certos de saberem de “cor” quais são seus compromissos e quais valores envolvidos neles. Dessa forma, assumem compromissos baseados na própria convicção e, quando menos esperam, são surpreendidos com novos impostos ou acontecimentos que não faziam parte de seus “planos”.
Geralmente, quem trabalha na base do improviso, costuma abrir um buraco para ‘tampar’ outro, só que cada buraco é sempre maior que o anterior. É o começo do fim de uma empresa possivelmente promissora.
Se não é esse o quadro que queremos para nossa empresa, está na hora de deixar de lado a administração por meio de memória e começar a fazer anotações do fluxo de caixa nem que seja em saco de pão, contendo as contas a pagar e a receber.
Você sabe o que é ponto de equilíbrio?
O ponto de equilíbrio de uma empresa é o valor mínimo que ela deve faturar, de modo que, em um determinado tempo, ela consiga igualar o total de despesas com o total de receitas. Traduzindo, quanto preciso faturar por mês para ficar em zero a zero, isso é, sem lucro nem prejuízo.
Sua empresa tem despesas chamadas de custo fixo e variáveis. Os custos fixos são despesas inevitáveis, independentemente do quanto você produza, uma única peça ou um milhão por mês. Alguns exemplos de custos fixos: aluguel, água, luz, telefone, encargos administrativos, folha de pagamento e tributos, IPTU e por aí vai.
Já os custos variáveis, crescem conforme aumenta a produção, exemplo: matéria prima, embalagens, insumos da produção, imposto de vendas, comissão, frete e a lista não para.
Logo, você precisa conhecer todos os custos variáveis de cada item vendido, só assim saberá quanto lucro cada item está trazendo para o caixa.
Você ficará surpreso ao saber que alguns dos produtos mais vendidos pode estar gerando prejuízo, enquanto o lucro de produtos desprezados está mantendo a empresa de pé.
Para mim, ser amador é não querer se profissionalizar, é aquele que deixa o ego falar mais alto que as necessidades do negócio. Talvez você como dono da "firma" não imagine o quanto o SEU fracasso como empresário pode afetar vidas. Se você não for bem, sua família não estará bem financeiramente, você não será feliz e seus funcionários perderão os empregos. Logo, as famílias sofrerão com os danos, você vai começar a atrasar os pagamentos dos fornecedores, que logo trará prejuízo para toda a cadeia.
Com isso, antes de abrir um negócio, faça pelo menos o básico, e depois se profissionalize, mas não trate isso como se fosse um trabalho de faculdade.



Nany Martins - mentora Executiva da Awee4Life.
 

Sentenciados de BH passarão por reconhecimento facial


Projeto vai facilitar apresentação periódica de condenados


Foi assinado hoje, 24 de julho, no Fórum Lafayette, em Belo Horizonte, contrato para viabilizar a identificação de sentenciados por meio de reconhecimento facial. O documento foi firmado por representantes do Instituto Ajudar, que financiará a aquisição do sistema, e da empresa Biomtech –empresa especialista em biometria facial– , que vai implantar a ferramenta.

A tecnologia de reconhecimento facial será utilizada para aqueles que cumprem prisão domiciliar, suspensão condicional da pena (sursis), suspensão condicional do processo ou estão em livramento condicional e têm, periodicamente, que se apresentar à Justiça para informar suas atividades.

O juiz auxiliar da Presidência do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), Luiz Carlos Rezende e Santos, ressaltou que o projeto vai facilitar a apresentação de 700 a 800 sentenciados que comparecem diariamente ao Fórum para informar suas atividades. Até novembro deste ano, serão cadastrados no sistema de reconhecimento facial mais de 5.000 condenados, inicialmente, em processos em trâmite na Vara de Execuções Penais (VEP) e na 5ª Vara Criminal da capital. Em uma nova etapa, a tecnologia vai atingir os processos dos Juizados Especiais Criminais.

Para o juiz diretor do Foro, Christyano Lucas Generoso, a proposta tem benefícios para o usuário e para a gestão jurisdicional. “O sentenciado não vai precisar passar pelas catracas do fórum, vamos precisar de menos servidores para atendê-lo e teremos mais pessoas para trabalhar na movimentação processual. Essa iniciativa vai livrá-lo também de possíveis constrangimentos em filas ou nas dependências da instituição”, ressaltou.

A tecnologia aplicada ao reconhecimento facial vai permitir que o sentenciado receba um documento, semelhante a um tíquete, com data e horário do comparecimento ao fórum. “É um produto inovador, desenhado especialmente para o Poder Judiciário. Tenho certeza de que essa tecnologia vai ampliar ainda mais e solucionar também outros gargalos”, previu o CEO da empresa Biomtech, Paulo Ottoni. Ele comentiou ainda que o resultado das apresentações será mantido em um banco de dados que facilitará também a emissão de relatórios pelos gestores do sistema.

A implantação do sistema de tecnologia será possível graças aos recursos arrecadados com as penas pecuniárias, aqueles valores em dinheiro estabelecidos no caso das transações penais ou em sentenças condenatórias, que foram repassados ao Instituto Ajudar. O presidente do Instituto, Stanley Gusmann, reiterou as vantagens da implantação da nova tecnologia e ressaltou o cumprimento da legislação, especialmente do ponto de vista humanitário. “O comparecimento ao Fórum gera um transtorno logístico às instituições e regulamentadoras públicas, então, porquê não usar a tecnologia para facilitar esse processo?”, comentou. Para ele a solução oferece uma forma de cumprimento digno e humano das obrigações do apenado.

Os recursos das penas pecuniárias são aplicados no financiamento de projetos apresentados por entidades públicas ou privadas, com finalidade social, previamente cadastradas, ou para atividades de caráter essencial à segurança pública, educação e saúde.

A expectativa é implatar a solução inicialmente no Fórum Lafayette, em um segundo momento o sistema poderá ganhar bases fixas em outras regiões de Belo Horizonte como Centro, Barreiro e Venda Nova, ampliando também o cadastramento para outros setores do judiciário percorrendo inclusive o interior.


Como fica a relação diplomática entre Brasil e Nicarágua após morte de estudante?


Especialista em direito internacional do Mackenzie explica como a fatalidade impacta na relação entre os países e como a família pode mover uma ação judicial na Nicarágua 


De acordo com o professor de direito internacional da Universidade Presbiteriana Mackenzie, Clayton Vinicius Pegoraro de Araújo, a convocação do embaixador brasileiro ao Itamaraty (Ministério das Relações Exteriores) é um alerta para autoridades da Nicarágua, sinalizando que o governo quer explicações para definir medidas que garantam a segurança dos brasileiros que correm riscos por conta da suposta invasão de paramilitares. “Esse gesto inicial é entendido como uma retaliação e um possível rompimento de relações diplomáticas, mas é pouco provável que isso aconteça”, sinaliza o especialista.

Araújo ressalta que a convocação do chanceler da Nicarágua para explicar o trabalho que está sendo feito para identificar e punir os responsáveis é um alerta para outros países. “O episódio sinaliza um possível risco para outros estrangeiros que moram no país. É uma situação trágica que fugiu do controle e as autoridades locais precisam investigar e dar suporte, que neste caso, já tomou proporções de comoção social”.

O especialista explica que a família da estudante brasileira Raynéia Gabrielle Lima, de 30 anos, morta nesta segunda-feira (23) no sul da capital da Nicarágua, onde cursava medicina, pode mover uma ação, mas os termos jurídicos devem cumprir as leis do pais onde aconteceu o fato. “Neste caso as autoridades brasileiras precisam dar suporte, mas é limitado por conta da soberania por que as investigações precisam ser realizadas pelo país onde aconteceu o crime”.

Além disso, o professor comenta que o local onde ela estava deveria ter segurança e proteção para que uma pessoa armada não entrasse, mas é importante lembrar que o país vive um momento de quase guerra civil, em uma convulsão social, política e armada. Com a cautela devida, os familiares podem mover uma ação na Nicarágua exigindo a responsabilização pela pessoa que cometeu o ato, mas vale frisar que, do ponto de vista internacional, não seria possível responsabilizar o governo daquele país.

Araújo finaliza alertando para as próximas ações do Itamaraty, “em um cenário de caos em outro país, o governo brasileiro precisa ter um senso atualizado com os números de brasileiros na Nicarágua, para oferecer suporte e alertar sobre os riscos”.



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