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terça-feira, 24 de abril de 2018

Logística Reversa: a chave para um planeta mais sustentável


Nos últimos anos, a sustentabilidade se transformou em um dos temas mais discutidos no setor empresarial. Isso é fruto, principalmente, da conscientização social. O ser humano está cada vez mais certo de que os recursos naturais que estamos utilizando são finitos. Dessa maneira, se não nos preocuparmos com o planeta, as próximas gerações estarão ameaçadas. O tripé reduzir, reutilizar e reciclar é uma tendência cada vez mais presente em nossa sociedade.

Seguindo essa forte tendência, o conceito de Logística Reversa também passou a ser muito difundindo no universo corporativo, se transformando em uma ferramenta fundamental para a sustentabilidade no setor empresarial. De acordo com a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), Logística Reversa é um instrumento de desenvolvimento econômico e social caracterizado por um conjunto de ações, procedimentos e meios destinados a viabilizar a coleta e a restituição dos resíduos sólidos ao setor empresarial, para reaproveitamento, em seu ciclo ou em outros ciclos produtivos, ou outra destinação final ambientalmente adequada.

Com leis relacionadas às questões ambientais muito mais rígidas, as empresas e indústrias se viram na obrigação de desenvolver projetos voltados a logística reversa. A Lei 12.305/2010, obriga os fabricantes e distribuidores a recolherem as embalagens usadas. Hoje em dia já não basta reaproveitar e remover os refugos do processo de produção. O fabricante é responsável por todas as etapas até o final da vida útil do produto. Por isso, a Logística Reversa está cada vez mais presente nas operações das empresas, desta forma, o investimento para desenvolvimento de embalagens mais sustentáveis, retornáveis ou descartáveis, vem promovendo não só a redução do peso dos recipientes, que já colaboram para redução do impacto ambiental, mas também a diminuição dos custos de industrialização por serem mais leves. Além disso, outro ponto favorável fica por conta do crédito perante a opinião pública, já que as empresas demonstram que estão preocupadas, também, com o meio ambiente.

Há muito desperdício tanto nos processos industriais como nos processos de coleta seletiva e a Logística Reversa possibilita a reutilização desse material ou, se não for possível o reuso, ela promove o descarte correto do mesmo. Dessa maneira, as empresas têm se esforçado para reintegrar os resíduos nos processos produtivos originais, minimizando as substâncias descartadas na natureza e reduzindo o uso de recursos naturais. Fabricantes de bebidas, por exemplo, têm gerenciado o retorno das garrafas desde os pontos de venda até os centros de distribuição.

Em uma pesquisa feita com a cadeia de suprimentos de cervejas e refrigerantes, onde os integrantes terceirizaram o processo de coleta e retorno de embalagens usadas para reciclagem, foi obtida uma economia anual de mais de U$ 11 milhões. Ambos lados se beneficiam com a logística reversa. O consumidor acaba cumprindo com sua consciência ecológica, recuperando parte do valor do produto, enquanto a empresa produzirá novos produtos com menos custos e insumos. Quem está no meio dessa cadeia também se beneficia, já que novas oportunidades de negócio são geradas e há uma maior inserção no mercado de trabalho para a parcela marginalizada da sociedade.



Para completar, fica evidente que a Logística Reversa é uma maneira eficiente de recuperar os produtos e materiais das empresas que foram descartados, tornando-se peça fundamental para as empresas que querem ser sustentáveis. Atualmente, as empresas modernas já entenderam que além de lucratividade, é necessário atender aos interesses sociais, ambientais e governamentais, para assim atingir a sustentabilidade. É preciso satisfazer os stakeholders, que inclui governo, comunidade, acionista, clientes, funcionários e fornecedores, que avaliam a empresa de diferentes ângulos. A logística reversa ainda está em difusão no Brasil, já que é aplicada somente por empresas de grande e médio porte. Porém o potencial de crescimento nos próximos anos é muito promissor.







Nilo Cini Junior - empresário e presidente do Instituto de Logística Reversa (ILOG)

Tornamo-nos uma "república togada"?


Os troianos receberam de Júpiter a missão de edificar uma grande república "togada" no Lácio. Fizeram-nos, depois das largas vicissitudes, fados favoráveis e contrários, tão magistralmente relados por Virgílio em a Eneida.

Efetivamente, Roma foi uma república (e um império), "togada". O significado disso está em que, mais importante que as muralhas e fortificações, tudo deveria acontecer naquele império, que  dominou o mundo, segundo as regras jurídicas; construíram-nas de maneira tão perfeita e complexa que até este momento histórico o direito romano é importante, não só nos meios acadêmicos, quanto na atividade dos Tribunais encarregados de ditar a jurisprudência.

Em resumo, ninguém era livre ilimitadamente. O direito configurava o plano do exercício das liberdades; tudo era possível aos nobres, aos metecos, aos plebeus, aos estrangeiros, e até mesmo aos escravos, nos limites, mais ou menos extensos, que as regras de direito conferiam aos membros da sociedade romana e aos sítios de sua expansão. Para exemplificar, Pôncio Piltados foi sempre caracterizado como o governador provincial que lavou as mãos, mas, em verdade, cumpriu uma regra de direito: o governador não podia ditar a pena de morte. Esta era da competência do povo, em assembleia, tal como ocorre com nossos Tribunais Populares ou do Júri. Ao declinar de sua competência em favor de outro órgão, "lavou as mãos", como poderíamos dizer de todos nossos magistrados que se dizem incompetentes, por razões da lei, e dela declinam em favor de outro órgão judiciário,  pessoal ou colegiado.

Posto isto, creio ser possível informar que ingressamos num período, depois dos desmandos do Executivo, de república e democracia togadas. Nossas decisões judiciais é que tem traçado os caminhos da política. Nossas notícias cotidianas da grande mídia vem dos Tribunais e não dos meios políticos. Embora muitos conceitos romanos tenham recebido nova conotação contemporânea, a exemplo do "fiat justitia pereat mundus" - "faça-se justiça, ainda que o mundo pereça" - óbvia inconveniência em nossos tempos, o mundo travado por âncora pesada de grampos curvos nem sempre é desejável.

Isso porque as magistraturas também tendem ao excesso e, por consequência, a degenerar-se. Não estão isentas de pungentes lutas intestinas. O resultado são decisões não raro conflitantes, que levam aos cidadãos de um país, e aos estrangeiros que nele querem investir, o péssimo sentimento da insegurança jurídica, fenômeno que enseja o acanhamento de realizações no sentido do desenvolvimento e do bem estar coletivo. E, sendo escravos da lei, os magistrados estão vaticinados a cumpri-las, justas ou injustas, mudadas ou não as circunstâncias sociais que a justificaram, em que pesem, vez ou outra, rara, nos darem o presente forjado aos solavancos na "mutação jurisprudencial". Tratando-se, o Judiciário, de um poder que somente vê os fatos passados, é "reacionário", na medida em que simplesmente reage e, quando se torna prospectivo, é justamente acusado de invadir a seara de outros poderes. "Razões humanitárias" são raramente bem vistas pelos agentes do símbolo de olhos vendados. Essa posição estacionária, transposta pela vida fogosa e cambiante, levou os países de outro sistema jurídico, do "common law", fundado nos costumes dos Tribunais, a criar os "Tribunais de Equidade", para não verem cada vez mais turvado o ideal de justiça.

A Ministra Cármem Lúcia disse prever o século XXI como século do Judiciário. Previsão de trevas medievais, com a qual, por certo, não concordamos. O avanço político democrático deve ser determinado pelo povo; por meio de seus representantes eleitos, não de uma casta concursada ou nomeada e vitalícia, em que o ser humano, que não está na capa, mas no âmago de um processo de gelo, é mais objeto que homem.  E vistos os fatos pelo retrovisor.  Aqueles representantes, políticos, em benefício próprio, criaram a "classe política" e também se tornaram vitalícios. Esse é outro tema, a ser devidamente observado no contexto da indispensável e autêntica reforma política que nosso País reclama.

De todo modo, o povo já começou a perceber que nosso futuro não pode depender das magistraturas judiciárias.






                                                           
Amadeu Garrido de Paula - Advogado, sócio do Escritório Garrido de Paula Advogados.

POPULAÇÃO IDOSA DEVE TER ACESSO A SEGURO DE VIDA?


A população de pessoas com mais de 60 anos no Brasil foi inferior a 10% durante todo o século XX. Na última década, porém, esse perfil passou por rápidas transformações. De acordo com o último levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), entre 2005 e 2015, a proporção de pessoas com mais de 60 anos de idade cresceu em velocidade superior à da média mundial, saindo de 9,8% para 14,3%. Isso significa que dos 207 milhões de brasileiros, mais de 26 milhões estão acima dos 60 anos. A previsão é de que em 2027, menos de 10 anos, portanto, essa fatia chegue a 37 milhões de pessoas.

Os idosos ou a população da terceira idade sempre permaneceu esquecida pela maior parte dos setores da economia. Avaliava-se, talvez, que eles já não teriam mais desejos ou necessidades específicas a serem atendidas. Ou que os mesmos produtos, serviços e atendimentos prestados à população adulta em geral deveria ser direcionada a eles. Porém, conforme aponta levantamento realizado pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas, a realidade é justamente contrária. A pesquisa mostra que 34% dos idosos brasileiros sentem falta de produtos específicos para atender suas necessidades.

Nos últimos anos, estamos assistindo a uma movimentação – que poderia ser em volume um pouco maior – de empresas que passaram a se dedicar a esse público crescente. Isso é realmente importante. Os produtos mudaram, a tecnologia avançou absurdamente, a velocidade de informações é outra, assim como o vestuário, modo e estilo de vida, acesso às informações, viagens, condições de compra. Tudo mudou e muda diariamente. As pessoas continuam querendo ser bem atendidas em suas necessidades, olho no olho quando a compra é presencial, com agilidade e informações coerentes. Os detalhes fazem toda a diferença, não importa a faixa etária. São os detalhes diferentes que contam: usabilidade, custos, aplicação, características.

Por isso, sim, a população idosa deve ter acesso e poder contratar um Seguro de Vida adequado à sua realidade assim como pessoas de qualquer outra idade podem e fazem. Por que não contemplar nesses seguros serviços de acompanhantes, cuidadores, auxiliar de enfermagem, nutricionistas, fisioterapeutas, serviços odontológicos; acompanhamento a laboratórios e médicos, orientação para caminhadas, personal trainer especializado nesta geração?

Por que não disponibilizar um seguro desenvolvido especialmente para esse público e que garanta alguns benefícios importantes para o dia a dia da família, como assistência residencial, com serviços de chaveiro, eletricista, encanador, entre outros, além de dicas de nutrição e orientação para a realização de atividades físicas para os segurados? Que ofereça desconto em medicamentos e, especialmente, indenização em caso de morte do titular, seja por acidente ou causas naturais?

Claro, muitos pensarão que um seguro para essa fatia da população representa um grande risco para uma seguradora. Porém, com o crescimento dessa parcela da nossa sociedade - não só no Brasil, mas em todo o mundo - com o aumento da expectativa de vida e, principalmente, com todo o avanço médico e da tecnologia, é possível oferecer um bom seguro a essas pessoas, de modo que resguardem suas necessidades e de suas famílias e possa, além de tudo, dar alguma segurança a esses cidadãos.

Que bom que já há empresas no mercado atentas a isso! Que outras empresas em muitos outros segmentos também possam abrir os olhos para as necessidades e vontades desses consumidores também!





Francisco de Assis Fernandes - diretor comercial da American Life, seguradora brasileira reconhecida por oferecer seguros a nichos específicos com mais de 25 anos de mercado – www.alseg.com.br


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