Pesquisar no Blog

quarta-feira, 13 de dezembro de 2017

A BUSCA POR NOVOS RUMOS NA EDUCAÇÃO BRASILEIRA



Para o educador e dr. Rabino Samy Pinto, a solução para o ensino no país se encontra na qualidade das escolas particulares


O cenário da educação no Brasil tem sido fonte de constantes preocupações para os brasileiros. Não é de agora que o assunto desperta debates e discussões sobre como melhorar o ensino no país, situação essa que parece não chegar a uma solução eficiente. Um estudo divulgado pela Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) aponta que nos últimos anos o status do país não mudou no ranking da avaliação da qualidade da educação, e amarga a 39ª posição, na frente apenas da Indonésia.

O Brasil conta hoje com cerca de 186 mil escolas de educação básica (pré-escola, ensino fundamental e ensino médio), sendo que a maior parte delas está sob a responsabilidade dos municípios, cerca de 61,7%. A rede privada é responsável por 21,5%, seguida da Estadual e Federal, que juntas somam 16,9%. Com uma região tão extensa e muitas promessas políticas de melhorias educacionais, como de fato elaborar uma reforma que melhore o status do ensino brasileiro?

Para o educador e Prof. Dr. Rabino Samy Pinto, a situação da educação no Brasil merece receber não só uma análise, mas também novas propostas para resolver o problema da qualidade no ensino. “Defendo a ideia de que, quem tem que resolver a situação do ensino e da educação no país é a própria sociedade, e o Estado teria o papel de investir o dinheiro. Partindo deste ponto, uma proposta a ser considerada é a migração dos alunos da escola pública para a rede privada”, comenta.


O CAMINHO PARA A QUALIDADE DAS ESCOLAS PRIVADAS

Pela proposta do Rabino Samy, o Governo realocaria, dentro da divisão anual do orçamento destinado para a educação, o investimento voltado para construção e manutenção das escolas da rede pública para as instituições de ensino particular receberem os alunos da rede pública. “Para que isso aconteça, será necessário muito estudo. Fazer com que esses recursos sejam reestudados e repassados como sistema de bolsa para essas crianças frequentarem as mesmas escolas que as de classe alta do nosso país trará igualdade de oportunidade para todos no ensino superior”, completa Samy.

De 2016 para 2017, houve um grande investimento na educação básica, de R$52,2 bilhões para R$ 56,3 bilhões, mas mesmo assim o ensino no Brasil continua a apresentar um baixo desempenho. O educador pensa que o sistema de bolsas pode ser um caminho para otimizar recursos e alcançar o sucesso em melhorar o desenvolvimento de todos os alunos.  “As instituições privadas iriam reservar de 20% a 25% de vagas para a rede pública. As crianças e adolescentes seriam divididas de acordo com critérios de gestão educacional, considerando a capacidade das escolas particulares receberem os alunos, além de questões como proximidade e metodologias de ensino”, explica.


BENEFÍCIOS QUE A NOVA PROPOSTA TRAZ

Essa migração traria três benefícios para a sociedade. Primeiro, os bons resultados, profissionais e de infraestrutura, das escolas particulares alcançariam todos os alunos. Segundo, que seria possível as famílias escolherem as instituições por afinidade ideológica e metodológica. E a terceira, e a mais significativa para o Rabino Samy, é a conscientização da cidadania das escolas privadas e respectivas famílias com o próximo que sofre de uma desigualdade socioeconômica acumulada.

“Pela minha formação rabínica e científica, posso dizer que esse projeto não é utópico. Ele pode ser entendido como caridade, mas também como justiça. Não é justo prosseguirmos com esse mapa de desigualdade que volta e meia está sendo colocado para nós”, comenta o rabino.
Essa migração dos alunos também traria soluções para outras questões, como a da carga horária das escolas e da qualidade dos professores. Para o rabino, qualquer novo projeto de educação para o Brasil tem que partir do princípio de que é preciso investir no educador. “Para atender a demanda de novos alunos, as escolas terão que absorver grande mão de obra. Com isso, seria resolvida a questão da baixa da remuneração do profissional, além do problema da frequência dele em sala de aula. Um acréscimo a tudo isso seria o contato com uma maior diversidade de metodologia de ensino que as escolas particulares oferecem”, diz Samy.

As instituições particulares têm materiais focados em motivar os alunos no estudo, como games, jogos e brinquedos. A migração dos alunos e dos professores seria benéfico para ambos. As escolas privadas já falam sobre educação financeira e consumo sustentável, conhecimentos esses, de acordo com o Rabino Samy, de extrema importância para as crianças nos dias de hoje. “Concordo com a ideia do pensador Vygostsky, que dizia que a criança sofre influência do meio e aprende com o meio”, diz.

“Para complementar todas essas vantagens do ensino particular, tenho acompanhado as salas de aula invertida. Modelo em que a aula teórica é gravada no Youtube, e quando os alunos chegam na aula presencial já vão fazer o trabalho e tirar dúvidas com os professores. Essas educações inovadoras que acontecem nas instituições privadas não podem ficar restritas a apenas algumas crianças, isso só faz com que a desigualdade aumente” comenta o educador Rabino Samy Pinto.

Esse é um caminho que o educador e prof. Dr. Rabino Samy Pinto enxerga para que aconteça a construção de uma sociedade brasileira menos desigual. “A literatura do Talmud diz que a sabedoria brotará em famílias menos favorecidas socioeconômicas. Então, muitos talentos serão revelados nessa migração. E o Brasil ganharia muito com isso”, conclui.






Rabino Samy Pinto - formado em Ciências Econômicas, se especializou em educação em Israel, na Universidade Bar-llan, mas foi no Brasil que concluiu seu mestrado e doutorado em Letras e Filosofia, pela Universidade de São Paulo (USP). O Rav. Samy Pinto ainda é diplomado Rabino pelo Rabinato chefe de Israel, em Jerusalém, e hoje é o responsável pela sinagoga Ohel Yaacov, situada no Jardins também conhecida como sinagoga da Abolição.



Exportar na epóca de crise é a melhor solução?



Em 2015, a baixa confiança no Brasil afetou os investimentos. Com isso, as exportações também foram atingidas, fator que trouxe ao país grandes impactos a todos os setores industriais. O empresário brasileiro, em 2017, ainda trabalhou em busca de solidificar o caminho da retomada da desconfiança iniciada em 2015. Mas, o que se sabe até o momento é que o equilíbrio para melhorar a demanda do mercado interno e externo é a grande cereja do bolo.

Em outubro desse ano, durante o evento Synergy, organizado pela Thomson Reuters, que é referência para profissionais que atuam nas áreas de gestão e regulação fiscal, tributária, de comércio exterior e de tecnologia, eu assisti a palestra do Ricardo Amorim, observando o gráfico abaixo por ele apresentado, e me veio a dúvida sobre como a exportação se comporta, comparado ao momento de contração e retomada.
 



Diante dessa dúvida, iniciamos uma pesquisa e tabulamos a questão com base nas informações disponíveis no site no MDIC (Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços), que trouxe o resultado apresentado abaixo.




Ao iniciar a análise deste gráfico, observei que, em 2005, tivemos a maior crise política dos últimos 2 anos. A partir disso, o Brasil começou a ensaiar um foco no mercado para exportação, porém a crise foi ainda mais forte no âmbito político e ainda tínhamos um PIB “saudável”. Iniciou-se então uma visão muito mais estratégica para o mercado externo, pois quando observamos esse gráfico, a participação de produtos made in Brazil até 2005 tinha pouca expressão.

Após três anos, em 2008, quando parecia que finalmente iniciávamos uma grande participação dos produtos brasileiros no mercado estrangeiro, onde ultrapassamos a barreira de US$ 18 bilhões na exportação e vínhamos de um PIB de 2007 acima de 6 pontos percentuais, nos deparamos com a crise de 2008, que teve sua raiz no crédito fácil, o que culminou em um 2009 ruim para a exportação.

De 2009 para 2010, o mercado brasileiro se fortaleceu no exterior e se manteve com pequenas oscilações no volume de exportação até 2015, onde iniciou a crise mais recente e tivemos uma grande retração no PIB.

Assim como o primeiro gráfico apresentado, é notável uma tendência no segundo gráfico, pois após momentos de picos e quedas dos volumes de exportação, observamos uma sequência de anos com volumes altos na exportação. O crescimento nos volumes de 2009 até 2015, com uma tendência iniciada em 2016, mostra em 2017 um rompimento do volume se comparado a 2010.

Diante essa tendência, e sabendo da importância do mercado externo para a saúde financeira das empresas instaladas no Brasil, o governo na figura da Receita Federal vem, ano após ano, melhorando os regimes especiais brasileiros para o comércio exterior, no intuito de buscar a melhora em competitividade e de compliance para todo o parque fabril industrial e de transformação.

No centro da modernização dos regimes especiais estão o RECOF-SPED e REPETRO-SPED, que são acompanhados do RECOF, Depósito Especial, Drawback, entre outros. Quando identificados cada qual pela característica do negócio, traz resultados surpreendentes no fluxo de caixa da empresa, na isenção dos impostos, redução de multas e juros, além da melhoria contínua da sistemática que envolve o compliance de alto nível.

É com base nesse estudo que podemos afirmar que exportar em epóca de crise é a melhor solução. E as empresas que já se preparam para esse momento utilizando algum dos regimes especiais disponíveis, não só passaram por esse momento de desconfiança com um impacto menor, como também conseguiram melhorar o posicionamento do seu produto no atendimento do mercado interno e externo.






Gustavo Felizardo - especialista em soluções e regimes aduaneiros especiais da divisão de comércio exterior da Thomson Reuters no Brasil.





Saiba como gastar o 13º salário de forma inteligente



Não se iluda com o dinheiro extra; aproveite para quitar ou renegociar dívidas e planejar o futuro financeiro

Muitos trabalhadores já receberam o 13º salário; outros devem receber nos próximos dias. Se o ímpeto de consumo não falou mais alto, ainda dá tempo de planejar e estudar direitinho qual a melhor forma de utilizar esse dinheiro extra. De acordo com o contador Luiz Antonio Leal, do Conselho Regional de Contabilidade do Rio de Janeiro (CRCRJ), o melhor é traçar um planejamento para que, ao chegar em dezembro, já se saiba ao certo como empregar o dinheiro.
“As diversas maneiras de gastar ou aplicar o 13º salário deveriam ser precedidas de um planejamento ao longo do ano. Assim, a ideia de como usar o 13º já estaria definida. Porém, se isso não aconteceu, é preciso fazer uma lista de prioridades: pagar dívidas, gastos com lazer, viagens, fim de ano, contas de janeiro. Isso é fundamental para que o entusiasmo de agora não se transforme em dor de cabeça depois. É preciso analisar as suas despesas fixas e traçar um panorama do próximo ano para agir com inteligência financeira”, explica o contador.
Muita gente usa o 13º salário para pagar as dívidas que foram contraídas durante o ano, o que é uma ótima opção, segundo o conselheiro do CRCRJ. Mas é possível também fazer uma composição de gastos para se ter um Natal “menos magro”. Neste caso, se utiliza uma parte do 13º salário para diluir as dívidas e outra parte vai para os gastos com as festas de final de ano.
“Nesta época do ano acontecem muitos feirões para renegociação de dívidas e esse tipo de transação é sempre válida e benéfica. Muitas financeiras reduzem os juros e aumentam os prazos para pagamento, fazendo com que o cliente diminua o valor mensal de sua despesa com débitos, o que faz com que se tenha uma brecha maior no orçamento”, diz Leal. Porém, é preciso, a partir daí, um controle orçamentário maior, até mesmo usando uma planilha. Se isso nunca foi feito é necessário criar essa rotina. Desse modo, é possível aproveitar esse dinheiro extra na conta para o seu bem estar e de sua família, e não para contrair novas dívidas. Planejamento é o segredo de uma vida financeira saudável”, reitera.
Mas se a opção for utilizar o 13º para quitar dívidas à vista, é preciso conversar com toda a família e explicar que, apesar das privações neste fim de ano, há uma contrapartida boa, que é situação financeira melhor ao longo de 2018.
“Somos movidos pela emoção e assim conduzimos nossas finanças. Agir com a razão muitas vezes dói e a maioria das pessoas não se sente muito confortável com isso. Mas para o controle do orçamento de uma pessoa endividada, essa é a melhor solução. Então é preciso “passar uma pomada” no coração para diminuir a dor e visualizar que o próximo ano será bem melhor, uma vez que sobrará dinheiro porque não há mais dívidas a pagar. E essa é uma ótima recompensa. O desafio será sempre equilibrar o orçamento mês e mês para não se endividar de novo”, conclui o representante do CRCRJ. 



Posts mais acessados