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quarta-feira, 6 de dezembro de 2017

Tranquilidade e confiança ajudam a melhorar o desempenho escolar


Especialistas afirmam que crianças podem ter melhor desempenho na escola quando estão mais tranquilas e confiantes. Veja como incentivar seu filho

 
Com o ano letivo chegando ao fim, muitas famílias enfrentam um período crítico que atinge em cheio pais e filhos. É o stress causado por conta do desempenho abaixo do esperado e do fantasma da recuperação escolar. O cenário é sempre o mesmo: os pais se desdobram para ajudar os filhos em casa, estudam juntos, tentam tirar as dúvidas de crianças que tentam se esforçar ao máximo e se sentem pressionadas. A diretora pedagógica da Editora Positivo, Acedriana Vicente Sandi, alerta para os prejuízos que toda essa pressão pode causar. “Os pais devem cuidar com o excesso de expectativa, frustração e ansiedade que demonstram, para não transferir isso para os filhos”, conta Acedriana. Segundo ela, cobranças exageradas geram insegurança e podem afetar o desempenho dos alunos. “Apesar da dedicação de todos, na hora da prova, a ansiedade pode dar lugar ao nervosismo, tirar a concentração e comprometer o resultado final, gerando ainda mais frustrações e a sensação de fracasso”, destaca Acedriana. 

Uma pesquisa da Universidade de Poitiers, na França, mostra que quanto mais tranquilas e com menos receio de falhar as crianças estão, melhor se saem diante dos desafios escolares. O estudo, realizado com alunos de 11 anos, dividiu os estudantes em dois grupos. Todos receberam problemas difíceis de serem resolvidos. Um dos grupos foi orientado por um especialista a entender que o aprendizado é difícil e, por isso, falhar é natural, aceitável e, com o tempo e dedicação, isso tende a mudar. O outro grupo resolveu os problemas sem nenhum tipo de orientação ou apoio. Os estudantes que receberam um incentivo sobre a dificuldade na aprendizagem obtiveram melhores resultados que o segundo grupo. O que leva à conclusão que apoio e acolhimento, nessa hora, funcionam melhor que pressão e cobrança.

A gestora do Colégio Positivo - Jardim Ambiental, professora Maria Fernanda Suss, explica que quando a criança se sente à vontade para errar, ela deixa o receio de lado para se arriscar mais e tentar chegar ao resultado esperado. “Os pais devem apoiar os filhos, mostrando que as dificuldades fazem parte da aprendizagem. Dessa forma, as crianças terão tranquilidade suficiente para fazerem a parte delas”, afirma. Para a gestora, esse período de fim de ano - com os alunos precisando se esforçar para alcançar as notas que faltam ou então enfrentar a fase de recuperação - exige de toda a família paciência, dedicação e compreensão. A professora também ressalta que é importante que os pais estejam atentos à rotina de estudos e ao desempenho dos filhos durante todo o tempo, e não apenas quando o fim do ano se aproxima. “Isso evita surpresas que podem causar frustração e cobranças demasiadas de uma só vez”, completa.

Algumas dicas podem ajudar os pais a lidarem melhor com a situação, evitando stress e garantindo o bom rendimento escolar do filho:

1- Combine com seu filho uma espécie de contrato: os horários de estudo devem ser bem definidos, assim como os horários de descanso e lazer. Dessa forma, você evita cobranças desnecessárias quanto à dedicação e empenho da criança ou jovem.

2- Se você quer ver seu filho ter um bom desempenho escolar, dê a ele boas condições para isso. Ambiente tranquilo para estudar, conversas amigáveis e constantes que demonstrem apoio e compreensão frente às dificuldades que ele encontra, além de acompanhamento rigoroso das demandas escolares.

3- Não transfira para a escola a responsabilidade de fazer o seu filho desenvolver o gosto e o hábito de estudar. Pais e professores devem realizar um trabalho conjunto nesse sentido.

4- Mostre-se como um parceiro e aliado de seu filho. Assim, além de fazer com que ele se sinta apoiado, o que é importante para manter a tranquilidade e perder o medo de errar, você ganhará a confiança dele.

5- Não estabeleça notas. Deixe claro que você espera dele dedicação e disciplina e que você sabe que a possibilidade dele falhar existe porque é da natureza humana. Caso isso ocorra, sente-se junto com seu filho para ajudá-lo a entender onde ele falhou e como evitar que isso aconteça novamente.




Aprenda a identificar os medicamentos falsos



 OMS estima que uso desses produtos cause a morte de 72 mil crianças por ano, vítimas de pneumonia


Uma pesquisa divulgada em novembro pela Organização Mundial da Saúde (OMS) aponta que um em cada dez medicamentos consumidos em países em desenvolvimento é falso. Produzidos com ingredientes errados, sem os princípios ativos necessários, em doses incorretas ou sem as condições de higiene recomendadas, esses medicamentos não só deixam de tratar as doenças para as quais são indicados como podem piorar a saúde do paciente, pois muitas vezes contêm substâncias tóxicas.

O problema afeta de forma mais dramática as regiões mais pobres do planeta. Estima-se que, anualmente, o uso de medicamentos falsos no tratamento de pneumonia cause a morte de ao menos 72 mil crianças, e cerca de 116 mil mortes por malária poderiam ser evitadas na região da África Subsaariana com o uso de medicamentos adequados. Os dados foram coletados pela Universidade de Edimburgo e pela Escola de Higiene e Medicina Tropical de Londres, a pedido da OMS.

Ainda de acordo com a pesquisa, drogas usadas no tratamento de infecções bacterianas e da malária respondem por cerca de 65% dos medicamentos falsos. O número é preocupante sobretudo quando se leva em consideração o recente aumento nos casos de malária no Brasil: segundo o Ministério da Saúde, foi registrado em 2017 um crescimento de 28% da doença em relação a 2016.

“Identificar um medicamento falso muitas vezes é uma tarefa difícil, já que sua aparência costuma ser quase idêntica à original. Por isso, é importante ficar atento aos itens da embalagem que atestam sua procedência. É importante lembrar também que todos os medicamentos originais podem ser consultados no site da Anvisa”, explicou Adriano Heleno Ribeiro, farmacêutico da Extrafarma, rede nacional de farmácias.

Veja no infográfico as informações que devem constar em todos os medicamentos originais.

 


CPI de Maus-Tratos Contra os Animais investiga caça ao javali




O artigo 204 da Constituição do Estado de SP proíbe a caça sob qualquer pretexto, ou seja, inclusive  de animais exóticos ou invasores.  Dessa forma, a Normativa 03/2013 do Ibama, que autoriza a caça ao javali, não pode ser aplicada em SP. Saber disso foi um alívio para os protetores e ativistas da causa animal que lotaram o auditório Teotônio Vilela da Alesp - Assembleia Legislativa de SP, durante a CPI de Maus-Tratos Contra os Animais do dia 5 de dezembro. 

Composta por nove deputados de diferentes partidos, a CPI tem como pauta dois assuntos atualmente: a caça ao javali e o uso de cobaias no ensino.

Além da caça ser proibida e, no entanto, praticada em SP, existe outro agravante: o que tem acontecido nessas caçadas é crime de maus-tratos, uma verdadeira carnificina, com vários cães rasgando os javalis ainda vivos, conforme assinala o presidente da CPI, o deputado estadual Feliciano Filho.

Vale lembrar também que na caça ao javali, ao contrário do que se pensa, não é o javali a única vítima. Os cães também ficam gravemente feridos conforme se pode observar em centenas de vídeos e fotos que circulam na internet e, muitas vezes, são largados para morrer na mata. Além disso, outros animais silvestres (como o cateto e a queixada, muito semelhantes ao javali) e selvagens (até mesmo em extinção como a onça pintada) acabam perseguidos e atacados pelos cães que não têm condições de distinguir uma presa da outra.

Feliciano Filho avaliou o encontro como bastante positivo tanto no aspecto técnico quanto no jurídico: “A reunião foi um sucesso, pois atingiu seus objetivos. Ficou muito claro que a caça que está acontecendo em SP é ilegal e se tem que haver controle populacional de javalis, essa tarefa é do Estado e não pode ser transferida para a sociedade”. 

A Promotora de Justiça Vania Tuglio, convidada pela CPI, também ressaltou que o artigo 204 da Constituição Estadual proíbe todo tipo de caça em SP e que a normativa do Ibama não está acima da Constituição. Da mesma opinião, a advogada e ativista no combate à caça Ana Maria Pinheiro, representando o Fórum Nacional de Proteção e Defesa Animal, destacou a importância de se fazer cumprir a Constituição de SP.

A promotora  disse também que antes de qualquer providência é necessário fazer estudos: “Não se pode autorizar a morte de um animal sensível sem antes um levantamento de sua quantidade e localização. É a partir desses levantamentos que se pode pensar em formas de controle”.

Outra questão preocupante, segundo Vania Tuglio, é que estão aparecendo javalis em toda parte, inclusive em ilhas do litoral de SP: “Os javalis não estão indo para essas ilhas sozinhos, pelo mar ou ar. São os próprios caçadores que soltam os javalis para povoar essas regiões e assim simular que há um descontrole da espécie”.

A diretora do Departamento de Fauna da Secretaria do Meio Ambiente, Vilma Clarice Geraldi, explicou que, atualmente os interessados na caça ao javali preenchem um cadastro federal para controle de espécies invasoras e apresenta trimestralmente um relatório sobre quantos animais abateu e em quais localidades: “O Estado não exerce nenhum controle sobre esse cadastro”. 

O Coronel Sardilli, comandante da Polícia Militar Ambiental de SP relatou que, embora a Constituição Estadual proíba a caça, na questão dos javalis, por estar autorizada pela  Normativa 03/2013 do Ibama, a polícia só pode agir em caso comprovado de maus-tratos como, por exemplo, encontrar caçadores com javalis mordidos por cães.

O secretário do Meio Ambiente Maurício Busalin pediu o apoio da população para ajudar na fiscalização: “Precisamos pensar em políticas públicas para mapear os javalis especialmente nas áreas de conservação e pesquisar quais as melhores metodologias de controle. No entanto, para impedir que esses caçadores continuem agindo, precisamos que a população colabore com a polícia ambiental fazendo denúncias. Para isso foi criado, inclusive, um app”.

“O novo secretário do Meio Ambiente tem uma tarefa muito grande pela frente, mas ele também representa uma grande esperança de mudança para todos nós”, diz o deputado que também alerta sobre o crescimento da “indústria da caça” que vende cachorros, armas, apetrechos e até turismo de caça.

O biólogo Sergio Greif preparou um documento explicando todo o histórico do javali no Brasil e também os métodos de controle (que dispensam a caça) e que pode ser acessado por meio do link http://felicianofilho.com.br/wp-content/uploads/2017/12/SERGIO-GREIF.pdf

Feliciano Filho encerrou a CPI assinalando dois pontos: “O primeiro ponto é criar políticas públicas para controle do javali. O segundo ponto é emergencial, ou seja, a liberação da caça precisa parar e aguardar até que estudos nos dêem subsídios para tomadas de decisões sobre o controle”. Também fez questão de frisar que a CPI é suprapartidária tendo compromisso apenas com a vida dos animais.

Compareceram ao evento os deputados e membros da CPI de Maus-Tratos: Ana do Carmo (PT), Célia Leão (PMDB), Caio França (PSB), Pedro Kaká  (PODE), Roberto Tripoli (PV) e Wellington Moura (PRB). As próximas reuniões da CPI de Maus-Tratos acontecem nos dias 12 e 13 de dezembro, sempre às 11h, e terão como tema o uso de animais no ensino na condição de cobaias. Serão ouvidos representantes da Unesp e da Unicamp. 

Como denunciar a caça e outros crimes ambientais em SP:

As denúncias podem ser feitas diretamente à Polícia Ambiental, inclusive anonimamente, pelo link http://www3.policiamilitar.sp.gov.br/unidades/cpamb/denuncie.html e também na DEPA Delegacia Eletrônica de Proteção Animal http://www.ssp.sp.gov.br/depa . As pessoas podem inserir fotos, vídeos, localização da denúncia e até mesmo sites e páginas do facebook e outras redes sociais onde se possa ver os crimes.





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