OMS estima que uso desses produtos cause a
morte de 72 mil crianças por ano, vítimas de pneumonia
Uma
pesquisa divulgada em novembro pela Organização Mundial da Saúde (OMS) aponta
que um em cada dez medicamentos consumidos em países em desenvolvimento é
falso. Produzidos com ingredientes errados, sem os princípios ativos
necessários, em doses incorretas ou sem as condições de higiene recomendadas,
esses medicamentos não só deixam de tratar as doenças para as quais são
indicados como podem piorar a saúde do paciente, pois muitas vezes contêm
substâncias tóxicas.
O
problema afeta de forma mais dramática as regiões mais pobres do planeta.
Estima-se que, anualmente, o uso de medicamentos falsos no tratamento de
pneumonia cause a morte de ao menos 72 mil crianças, e cerca de 116 mil mortes
por malária poderiam ser evitadas na região da África Subsaariana com o uso de
medicamentos adequados. Os dados foram coletados pela Universidade de Edimburgo
e pela Escola de Higiene e Medicina Tropical de Londres, a pedido da OMS.
Ainda
de acordo com a pesquisa, drogas usadas no tratamento de infecções bacterianas
e da malária respondem por cerca de 65% dos medicamentos falsos. O número é
preocupante sobretudo quando se leva em consideração o recente aumento nos
casos de malária no Brasil: segundo o Ministério da Saúde, foi registrado em
2017 um crescimento de 28% da doença em relação a 2016.
“Identificar
um medicamento falso muitas vezes é uma tarefa difícil, já que sua aparência
costuma ser quase idêntica à original. Por isso, é importante ficar atento aos
itens da embalagem que atestam sua procedência. É importante lembrar também que
todos os medicamentos originais podem ser consultados no site da Anvisa”,
explicou Adriano Heleno Ribeiro, farmacêutico da Extrafarma, rede nacional de
farmácias.
Veja no
infográfico as informações que devem constar em todos os medicamentos originais.
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