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segunda-feira, 5 de dezembro de 2016

As novas recomendações para o sono seguro do bebê




Estudo norte-americano mostra novas estratégias para reduzir o risco da Morte Súbita no Lactante


Cuidar de um recém-nascido não é fácil. A fragilidade do bebê e a necessidade de protegê-lo trazem, quase sempre, muita insegurança para os pais – principalmente os de primeira viagem. O receio de não saber cuidar ou o medo de fazer algo errado faz com que se criem hábitos entre os pais e, um dos mais conhecidos é o de checar a cada 5 minutos se o bebê está respirando enquanto dorme.

Segundo a Dra. Thalita Feitosa, pediatra e puericulturista, esse costume está diretamente ligado à preocupação que muitos cuidadores têm em relação à Síndrome da Morte Súbita do Lactante (SMSL), um perigo real que amedronta os pais do mundo todo. “Tomados pelo medo, é normal querer ter o bebê por perto, mas deve-se saber a forma segura de agir. Por isso, recentemente a Academia Americana de Pediatria divulgou as novas recomendações para o sono seguro do bebê”, explica Thalita.


As recomendações
1.   1. De barriga para cima é a posição correta para o bebê dormir
Para reduzir o risco de SMSL os bebês devem ser colocados para dormir de barriga para cima, ou seja, com as costas completamente encostada, mesmo nas sonecas durante o dia.

O perigo do sufocamento não está apenas no dormir de barriga para baixo, mas também na posição lateral, uma vez que ele pode se virar de bruços, principalmente os que têm mais de cinco meses de vida. Caso ele se vire durante o sono, o ideal é reposicioná-lo de barriga para cima certificando-se sempre que não há cobertores, travesseiros, bichos de pelúcia ou almofadas em torno dele, isso evita que ele corra o risco de virar e sufocar.

“Outro ponto importante é que os recém nascidos sejam colocados pele a pele com a sua mãe ainda na primeira hora de vida. Depois desse momento ele já pode ser colocado no berço, mas sempre de barriga para cima”, aponta a pediatra.


2.   2. A superfície para o sono tem que firme
O lugar ideal para que o bebê durma tem que ter a superfície firme, ou seja, não deve afundar. Portanto, aconselha-se que esse lugar seja um berço, um berço anexo à cama ou um berço portátil que obedeça aos padrões de segurança.

“É fundamental que o colchão do berço seja firme e o lençol do tamanho adequado para o berço, não pode faltar e nem sobrar tecido. E, claro, não pode conter nada além do bebê dentro do berço”, alerta Thalita.


3.   3. O quarto tem que ser compartilhado, não a cama
Compartilhar o quarto com o bebê até os 6 primeiros meses de vida –idealmente até o primeiro ano - traz diversos benefícios para a relação entre pais e filho, entre eles a facilidade no processo de amamentação e o conforto em poder estarem sempre de olho no bebê. Para isso, coloque o berço ou um berço anexo perto da cama.

“Além disso, a Academia Americana de Pediatria recomenda o quarto compartilhado, pois pode diminuir o risco de Morte Súbita em até 50%, sem contar que é muito mais seguro do que a cama compartilhada”, explica.


4.   4. O bebê tem que ter seu próprio espaço para dormir
A cama dos pais não lugar para o bebê dormir, traga ele para cama apenas para se alimentar ou confortar quando ele estiver chorando.

“Uma das dificuldades de amamentar de madrugada é o risco de pegar no sono. Então, antes de alimentar seu bebê na cama certifique que não há travesseiros, lençóis, cobertores ou qualquer outro item que vá cobrir o rostinho, cabeça e pescoço do bebê ou superaquecer o pequeno”, diz a pediatra.

5.   5. Sofás ou poltronas não servem como berço
Esses lugares são perigosos, por isso não são adaptados para o sono do bebê. Além da superfície não ser firme, há os vãos aonde o pequeno pode se sufocar.




Anorexia e Bulimia: conheça os distúrbios



Você já deve ter ouvido falar de anorexia e bulimia. Elas atingem principalmente as mulheres, especialmente na faixa dos 12 e 25 anos. Mas os homens não estão de fora. Eles correspondem a 10% dos casos.

Amplamente retratadas em filmes e novelas, essas doenças são ainda mais comuns na vida real.

O Consulta do Bem preparou algumas informações para mostrar as diferenças e peculiaridades desses dois distúrbios alimentares.

A característica em comum inegável é que as duas doenças estão ligadas ao medo de engordar, e por isso são caracterizadas como distúrbios alimentares.

Os padrões às vezes inatingíveis de beleza e magreza para boa parte das pessoas podem impulsionar a adoção de práticas que nem sempre são os mais saudáveis. Na internet, existe o acesso a milhares de conteúdos sobre dietas e dicas de exercícios, mas que nem sempre funcionam para todos os tipos de corpo e organismo.

É aí que surgem os distúrbios alimentares: silenciosos, mas perigosos. Inclusive, a anorexia é a doença psiquiátrica que mais registra mortes.

A principal diferença entre a anorexia e a bulimia está no quadro sintomático. Dito isso, é hora de nomearmos as doenças:

Comer muito pouco ou não comer

Essa é a anorexia nervosa. Ela é caracterizada pela perda de peso excessiva em um curto período de tempo, devido à falta da alimentação. O índice de massa corporal fica abaixo de 17,5 e vem acompanhado de desnutrição.

O distúrbio também afeta a fertilidade, interrompendo a menstruação das mulheres. Mas esse não é o maior problema. A desnutrição gerada pode levar à morte, devido ao risco de ocasionar falência de órgãos, parada cardíaca ou insuficiência renal, entre muitos outros problemas.


Comer e depois se arrepender

Essa é a Bulimia. O indivíduo geralmente está no seu peso normal ou um pouco acima, mas sofre de compulsão alimentar. Ele cede à compulsão com frequência, comendo mais do que o necessário, o que gera arrependimento seguido de vômitos forçados ou uso de laxantes.

Neste caso, não há perda de peso evidente, pois o corpo ainda consegue absorver parte dos nutrientes. Mas isso não ameniza as consequências: fraqueza, dores no estômago, tontura e diarréia, entre outros.


Tratamento

Tanto a anorexia, quanto a bulimia exigem tratamento imediato, para minimizar os danos. Muitas vezes, ele é complexo e envolve trabalho conjunto de diversos médicos, como o clínico geral ou o pediatra (no caso de crianças e adolescentes), nutricionista, psicólogo e psiquiatra.

As formas de tratamento envolvem medicamentos, antidepressivos, dieta nutricional e terapia. Esses cuidados costumam ser eficazes na resolução do problema.


Procurar um nutricionista

É preciso ter em mente que o corpo necessita de nutrientes para seu bom funcionamento. Durante o dia, ele realiza processos, como a queima de energia, que necessita de açúcares (por isso, sim, o carboidrato é fundamental para sobrevivência). Se ele não encontrar esses nutrientes, terá que retirar de outras partes do organismo (como o cálcio dos próprios ossos) ou ocasionará sintomas como a fraqueza, por sua carência.

Por isso, é importante se alimentar corretamente. Seguindo uma dieta balanceada e personalizada. Conversar com um nutricionista sobre os objetivos estéticos relacionados à dieta e exercícios pode ser uma forma de evitar distúrbios alimentares e levar uma vida mais saudável.




Consulta do Bem



Casos de sífilis aumentam no Brasil por falta de prevenção, alerta Seconci-SP




De acordo o Ministério da Saúde, número de pessoas infectadas registrou crescimento de 32,7% entre 2014 e 2015

Dados do último boletim epidemiológico do Ministério da Saúde revelam que os casos de sífilis adquirida (em adultos) aumentaram 32,7% no Brasil no período de 2014 a 2015, chegando a 65.878 casos no ano passado. “A sífilis é uma doença silenciosa, causada pela bactéria Treponema pallidum, cujos sintomas podem desaparecer sem que o portador os tenha notado. A atual epidemia tem como principal causa a falta de uso de preservativos nas relações sexuais”, afirma a dra. Ina Irene Liblik Quintaes, gerente da Medicina Ocupacional do Seconci-SP (Serviço Social da Construção).

De acordo com a especialista, o aumento de casos de sífilis é considerado expressivo em todas as faixas etárias. Os dados estatísticos comprovam. Entre 2005 e 2014, mais de 100 mil grávidas brasileiras foram contaminadas com a bactéria causadora da doença. Segundo informações do Ministério da Saúde, houve um aumento de 1,8 mil casos em 2005 para 21 mil casos em 2014. Além das mães, o número de crianças infectadas também subiu nos últimos anos.

A especialista explica que a sífilis, também chamada de cancro duro, é transmitida por meio das relações sexuais desprotegidas, das transfusões de sangue e da mãe para o filho em qualquer fase da gestação ou no momento do parto (sífilis congênita). “A principal forma de transmissão é pelo contato sexual e, por isso, o uso da camisinha é a melhor forma de prevenção. Nos últimos anos, pesquisas revelam que o uso de preservativos diminuíram no Brasil, principalmente entre a população jovem. A partir dos anos 2000, novos tratamentos para a AIDS começaram a surgir e a população passou a se preocupar menos com o uso de preservativos, principalmente os adolescentes”, diz.

Além da mudança comportamental da população, outro fator contribui para a atual epidemia de sífilis, afirma o dr. João Miziara, superintendente Ambulatorial do Seconci-SP.  “Falta diálogo efetivo com a população para reforçar a importância da prevenção”, relata.


A doença

A sífilis se manifesta em três estágios diferentes e apresenta várias manifestações: primária, secundária e terciária. Nos dois primeiros, os sintomas são mais evidentes e o risco de transmissão é maior. Depois, há um período praticamente assintomático, em que a bactéria fica latente no organismo, mas a doença retorna com agressividade acompanhada de complicações graves, causando cegueira, paralisia, doença cardíaca, transtornos mentais e até a morte:

- Sífilis primária: pequenas feridas nos órgãos genitais (cancro duro) que desaparecem espontaneamente e não deixam cicatrizes; gânglios aumentados e ínguas na região das virilhas;

-  Sífilis secundária: manchas vermelhas na pele, na mucosa da boca, nas palmas das mãos e plantas dos pés; febre; dor de cabeça; mal-estar; inapetência; linfonodos espalhados pelo corpo, manifestações que também podem regredir sem tratamento, embora a doença continue ativa no organismo;

-  Sífilis terciária: comprometimento do sistema nervoso central (demência), do sistema cardiovascular com inflamação da aorta, lesões na pele e até nos ossos. Pode surgir de dez a vinte anos depois do início da infecção.

- Sífilis congênita: pode causar má formação do feto, aborto espontâneo e morte fetal.


Tratamento

A sífilis tem cura, se tratada corretamente com antibióticos apropriados, a base de penicilina.  O Seconci-SP realiza em suas unidades os testes treponêmicos, exames de hemoaglutinação para o diagnóstico da doença. Os testes também são realizados nos centros de referências e SUS.

A evidência científica disponível considera que a penicilina benzatina, um antibiótico por via injetável, é a opção mais segura e eficaz para a gestante com a doença, visando à prevenção da sífilis congênita. “O parceiro da mulher infectada também deve ser tratado, para evitar a reinfecção”, recomenda a dra. Ina.


Orientações e Educação à Saúde

“O Seconci-SP promove palestras sobre as DSTS em canteiros de obra e nas empresas, realizadas pela equipe interdisciplinar dos profissionais de saúde, médicos e assistentes sociais da entidade. Além disso, são realizadas nas Salas de Espera da entidade orientações mensais sobre vários temas referentes à saúde e direitos dos usuários, dentre eles, as questões referentes às DSTS/Sífilis, com o intuito de prevenir e promover saúde aos trabalhadores da construção civil e seus familiares”, afirma Renata Dias, assistente social do Seconci-SP.




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