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domingo, 26 de maio de 2019

Estudo aponta que Pilates diminui sintomas depressivos e ansiosos


 O método reduziu em até 86% os sintomas da depressão em cerca de 50% dos sintomas ansiosos


Nos últimos anos, diversos estudos comprovaram os benefícios do Pilates para a saúde física. Mas, será que o Pilates também pode melhorar a saúde mental? A resposta é sim! Uma meta-análise, que acaba de ser publicada no jornal Complementary Therapies in Medicine, mostrou que os benefícios de praticar o Pilates se estendem para a saúde mental.

Os pesquisadores revisaram oito estudos clínicos, realizados com pessoas que faziam Pilates e com grupos controles (que praticavam outras modalidades esportivas ou eram sedentárias). A conclusão, baseada nas evidências, foi que o Pilates melhora, de forma significativa, a depressão, com redução de até 81% dos sintomas depressivos.

A ansiedade também entrou na conta, com redução de até 46% das manifestações ansiosas. O método ainda reduz a fadiga (cansaço), aumenta a energia e alivia o estresse. E tem mais: os benefícios funcionam em diferentes populações, como idosos, universitários e pessoas com doenças crônicas.


Opinião da especialista

Para a fisioterapeuta e especialista em Pilates, Walkíria Brunetti, não há dúvidas de que o Pilates trabalha o paciente de uma forma global, ou seja, atua tanto na saúde física como na mental. E isso hoje é fundamental. “O aumento da longevidade já é uma realidade, temos pessoas que vivem até 100 anos de idade, graças aos cuidados com a saúde física, sejam eles preventivos ou curativos, por meio de novas tecnologias, como medicamentos, exames, entre outros”, reflete Walkíria.

“Por outro lado, quem padece para que vivamos mais tempo é a nossa saúde mental. Vivemos hiperconectados, trabalhamos mais do que deveríamos, usamos o celular o tempo todo e temos hoje altos índices de estresse por conta desta rotina. Portanto, não adianta apenas cuidar do físico, é imprescindível promover práticas que atuem na nossa saúde mental”,

E isto já é uma forte tendência dentro das empresas, por exemplo. Recente pesquisa feita por uma rede de academias mostrou que a atividade física é o foco dos programas de qualidade de vida oferecidos pelas corporações, sendo o Pilates uma das atividades mais procuradas. A pesquisa apontou uma tendência de troca de práticas como a musculação, por exemplo, pelo Pilates.  


Por que o Pilates é um aliado do cérebro?

Para Walkíria, há vários fatores que explicam os benefícios do Pilates para a saúde mental. “Um deles é a interação social, principalmente quando olhamos para a população idosa. O momento do Pilates é especial, pois obriga o idoso a ir até a clínica e lá ele acaba encontrando pessoas, conversa e se exercita. Estes fatores, aliados à liberação dos neurotransmissores, como a serotonina, acabam melhorando o bem-estar de uma forma geral”, reforça.

Walkíria diz ainda que esta hipótese é válida também para pessoas com depressão, de uma forma geral, uma vez que o isolamento social pode agravar os sintomas depressivos.

“Já para os estressados e ansiosos, a respiração profunda e diafragmática acaba causando um efeito muito relaxante, além do fato da necessidade de focar no momento presente durante os exercícios. Este aspecto do Pilates ajuda a desacelerar os pensamentos, se desligar do mundo, dos problemas e, como consequência, diminui o estresse e os sintomas ansiosos, explica a fisioterapeuta.


Pilates para todos

O estudo também apontou que por ser um método de baixo impacto, pode ser feito por pessoas com doenças que possuem contraindicações ou ainda com limitações para outras práticas, como musculação ou exercícios aeróbicos.

“Neste grupo, além dos idosos, podemos citar gestantes, mulheres no pós-parto e pessoas com problemas mais graves na coluna. Lembrando que para estas populações é indicado o Pilates Studio, aplicado por um fisioterapeuta especialista no método”, encerra Walkíria.



sábado, 25 de maio de 2019

Saiba onde doar leite materno em São Paulo





Só o alimento da mãe tem os anticorpos que garantem o desenvolvimento imunológico de bebês prematuros
Doar leite materno pode ajudar a salvar vidas de milhares de bebês prematuros ou com baixo peso, internados nas UTIs neonatais. 


Se você, mãe, quer ser doadora, basta procurar o banco de leite mais próximo. A unidade referência no estado de São Paulo é o Banco de Leite Humano Enfermeira Anália Heck, do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, em Ribeirão Preto, localizado na Avenida Santa Luzia, número 387, no Jardim Sumaré. O telefone de contato é o (16) 3610-8686.

Já na capital paulista, a referência é o Banco de Leite Humano Maria José Guardia Mattar, na Avenida Celso Garcia, número 2477, em Belenzinho. Para mais informações basta ligar para (11) 2292-4188.

Lembre-se: Só o alimento da mãe tem os anticorpos que garantem o desenvolvimento imunológico dos pequenos. Doe leite materno, alimente a vida. Para mais informações acessa saúde.gov.br/doacaodeleite.





Dia Mundial Sem Xixi na Cama – Hora de Agir


 Pesquisas recentes mostram que a enurese, nome da condição de se fazer xixi na cama após os cinco anos de idade, é mal compreendida pela sociedade e pelos profissionais da saúde


·        Pesquisas recentes mostram que a enurese ainda é pouco reconhecida e mal compreendida pela sociedade e pelos profissionais de saúde


·        O xixi na cama pode levar a sentimentos de vergonha e baixa autoestima, impedindo que muitos pacientes procurem tratamento
·        A agressão nunca deve acontecer, e pesquisas apontam que ela ainda existe e a punição é quase sempre verbal, seguida por castigos e, infelizmente, muitas vezes até mesmo por meio de agressão física 


O Dia Mundial Sem Xixi na Cama (28 de maio), campanha global realizada todos os anos na última terça-feira do mês de maio, é uma iniciativa da International Children Continense Society (ICCS) e da European Society for Pediatric Urology (ESPU), e foi criada para aumentar a conscientização de pais, crianças e dos profissionais de saúde sobre o xixi na cama, uma condição médica comum que atinge até 15% das crianças com mais de 5 anos de idade, mas que pode e deve ser tratada.

 

Segundo a Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), o transtorno acontece devido a fatores hereditários, relacionados à quantidade de urina produzida pela criança durante a noite, ou a disfunção da bexiga durante o sono, ocorrendo, portanto, de forma involuntária, sem qualquer culpa por parte da criança.

Segundo Dr. Bruno Cezarino, urologista pediátrico, formado pela USP e professor do curso de Cirurgia Urológica Minimamente Invasiva - Hospital Sírio Libanês, a participação da família é fundamental para o sucesso do trabalhando da enurese. “Quanto antes o transtorno for identificado pelos pais, mais rápido o início das ações de controle do xixi na cama e menor será o impacto das noites molhadas na rotina da criança”, diz.

"Para os médicos tratarem eficazmente a enurese, qualquer problema comportamental existente deve ser tratado como uma condição à parte", diz Dr. Michal Maternik, do Departamento de Urologia da Divisão de Urologia Pediátrica da Universidade de Medicina de Gdansk, na Polônia. "Pesquisas destacam a necessidade de novas iniciativas educacionais para otimizar a compreensão da enurese e prestação de cuidados entre os médicos, pais e o público".
  


Para pais e cuidadores, a enurese é uma das mais frustrantes disfunções da infância. Conforme os filhos crescem, aumenta também a expectativa de que a criança adquira autonomia e responsabilidade. Quando não atendida, essa expectativa pode gerar desconfiança e uma sensação de incapacidade, causando culpa e raiva.

“É importante entender a urgência do tratamento do xixi na cama. A enurese tem que ser acompanhada por médico especialista para minimizar os sentimentos de constrangimento e culpa que atinge todos os integrantes da família”, completa Dr. Bruno.


Mais informações sobre a campanha Sem Xixi na Cama

O site www.semxixinacama.com.br, desenvolvido com o apoio do Laboratórios Ferring, reúne informações sobre a Enurese e tem o objetivo de orientar as famílias sobre como lidar com o xixi na cama sem traumas, alertando sobre a importância do diagnóstico correto e da busca por tratamento médico adequado. O visitante ainda tem acesso a uma lista com os centros de apoio mais próximos a sua região, perguntas e respostas sobre o tema, além de vídeos e um blog.  



Entenda o que é Doença de Peyronie



Urologista explica possíveis causas e tratamentos


Pouco conhecida por esse nome, a Doença de Peyronie é caracterizada pela curvatura do órgão sexual masculino no momento de ereção. Mais comum entre homens acima dos 50 anos, é uma condição benigna, que não traz risco para a saúde dos portadores.

Emilio Sebe Filho, urologista e fundador da Lifemen, rede de clínicas especializada na saúde sexual masculina, explica que a doença é causada por um trauma – seja durante a relação sexual ou em outro momento – e ela pode se manifestar de duas formas no órgão sexual masculino: presença de fibrose e nódulos endurecidos ou, em casos mais graves, placas calcificadas.

No geral, acredita-se que a Doença de Peyronie seja causada por pequenas pancadas no pênis. “Tais pancadas geram inflamação e cicatrização anormal na capa dos corpos cavernosos, responsáveis pela ereção. Essa má cicatrização altera a elasticidade do pênis, provocando sua curvatura”, explica o médico. A evolução dessa condição é a calcificação de placas no órgão, que geram impacto direto sobre a vida sexual do homem.

O médico comenta sobre possíveis tipos de tratamentos para a Doença de Peyronie: “Quando o diagnóstico é realizado em até dois anos, o tratamento recomendado é Terapia de Ondas, procedimento no qual uma onda acústica aumenta a circulação sanguínea local e promove processos de neovascularização e reparação do tecido, ou aplicação de medicação. Acima desse tempo, em casos mais graves, o problema só pode ser resolvido com procedimento cirúrgico de de reconstrução do pênis”, conclui o especialista.




Lifemen®

Infertilidade: como enfrentar o diagnóstico e buscar o tratamento adequado


Um casal que opta ter um bebê deseja a notícia da gravidez o mais rápido possível. No entanto, estimativas apontam que mesmo sendo saudáveis, mantendo relações sexuais regulares sem método anticoncepcional, a chance de engravidar é em torno de 20%. Para a Organização Mundial da Saúde (OMS), os casais que não usam métodos contraceptivos durante 12 meses e não conseguem engravidar podem ser inférteis. Para mulheres acima de 35 anos, o recomendado é avaliação com 6 meses de tentativas infrutíferas. Após esse período, conforme recomenda a Sociedade Brasileira de Reprodução Assistida (SBRA), o indicado é que casal procure um médico especialista para realizar exames e fazer uma investigação detalhada do problema a fim de confirmar o diagnóstico, identificar as causas e o tratamento mais adequado.

“Conhecer as causas da infertilidade, saber como lidar com a descoberta e ter a quem recorrer para conseguir apoio é fundamental para conduzir o processo de busca por uma solução”, afirma o médico creditado pela SBRA, Matheus Roque. Ele recomenda que a mulher, com idade igual ou superior a 35 anos, busque assistência após seis meses de tentativas malsucedidas de engravidar.

De acordo com o especialista, o casal não deve perder tempo. Assim que tiver indícios de infertilidade deve procurar um médico especialista em reprodução humana. O profissional capacitado fará toda a investigação necessária para identificar as causas e apontará as melhores alternativas para solucionar o problema. Entre as alterações iniciais que apontam para o problema estão a endometriose, infecção pélvica prévia, menstruações irregulares, síndrome dos ovários policísticos, entre outros. Atualmente, a idade da mulher é um dos principais fatores associados à dificuldade de gravidez, uma vez que o avançar da idade (principalmente após os 35 anos) faz com que a quantidade e qualidade dos óvulos diminua progressivamente, resultando em menores chances de gravidez, incrementando os riscos de aborto e doenças genéticas.

Causas - Estatísticas da OMS mostram que 50 a 80 milhões de pessoas em todo o mundo podem ser inférteis. No Brasil, esse número chega a cerca de 8 milhões. As causas da infertilidade são diversas e podem ser femininas, masculinas ou devidas à associação de dificuldades dos dois componentes do casal.

Atualmente, é estimado que cerca de 35% dos casos de infertilidade estão relacionados à mulher, cerca de 35% estão relacionados ao homem, 20% a ambos e 10% são provocados por causas desconhecidas. No entanto, a maior parte é perfeitamente tratável. Por isso, o sonho da maternidade ou paternidade é possível para a maioria.

Para Matheus Roque, a informação é o primeiro passo para o casal enfrentar o problema. “Muitos casais chegam ao meu consultório com medo da infertilidade e frustrados após alguns meses de tentativa, sem saber que ainda há muitas alternativas pela frente e que, na grande maioria dos casos, a gravidez será alcançada com uma ajudinha menor ou maior da medicina ou com as técnicas de reprodução assistida”, revela.

Diagnóstico e tratamento - Segundo o especialista, o diagnóstico de infertilidade é um momento difícil e que causa sofrimento ao casal, podendo gerar apreensão, ansiedade e frustração. “Com a assistência adequada, a grande maioria dos casais pode vencer esses obstáculos e realizar o sonho de formar uma família. Saber lidar com o diagnóstico é fundamental para encontrar o tratamento mais apropriado e minimizar o desgaste emocional que ele pode causar”, afirma Roque.

A evolução dos tratamentos de reprodução assistida tem possibilitado o surgimento de novas técnicas que tem propiciado esperança para quem deseja realizar o sonho de completar a família. Abaixo, o especialista da SBRA aponta os principais tratamentos para infertilidade e as taxas de sucesso de cada caso:


- Indução da ovulação com namoro programado: indicado para mulheres com distúrbios de ovulação. Trata-se da utilização de hormônios para estimular o ovário a produzir um óvulo na época fértil, que deve coincidir com o namoro programado nesse período.


- Inseminação intrauterina: técnica na qual  o médico transfere os espermatozoides previamente tratados e selecionados em laboratório para o útero, cerca de 24-36 horas após o pico do hormônio responsável pela ovulação. É indicada em casos nos quais há distúrbios de ovulação, endometriose leve, alterações seminais discretas, sempre com a presença de pelo menos uma trompa funcionando adequadamente (avaliada habitualmente pela histerossalpingografia). Sua taxa de sucesso varia conforme a idade da mulher, porém inferior a 20% a cada ciclo de tratamento.


- Fertilização in vitro clássica ou convencional: Inicia-se com a estimulação ovariana para que a mulher amadureça mais folículos e sejam coletados o máximo óvulos maduros. A coleta é feita por um procedimento que se chama aspiração folicular, feita por ultrassonografia transvaginal sob sedação e dura em média 10-15 minutos. Após a aspiração folicular é feito o tratamento seminal em laboratório, onde serão separados os espermatozoides mais saudáveis para fertilizar os óvulos aspirados. A seguir, cada óvulo é colocado em uma cultura que contém em torno de 40 mil espermatozoides capacitados para que ocorra a fecundação espontânea. Depois dessas etapas, acompanha-se o desenvolvimento celular dos óvulos fecundados. Os melhores embriões são transferidos para o útero da paciente, com a expectativa de  iniciar a gestação, ou então podem ser congelados. É um método que obtém até 60% de gravidez, em cada transferência embrionária. O resultado também é dependente da idade da mulher e indicado para casais que já tentaram outras alternativas ou que são impossibilitados de obter uma gravidez naturalmente ou por meio de outras técnicas.


- Injeção Intracitoplasmática de Espermatozoides (ICSI): uma técnica de FIV na qual os procedimentos iniciais, como a estimulação, aspiração, coleta e tratamento de espermatozoides, são idênticos a fertilização in vitro clássica. O que diferencia essa técnica é que o espermatozoide é injetado diretamente dentro do óvulo por meio de uma agulha seis vezes mais fina que um fio de cabelo. É a micromanipulação, uma variação da fertilização in vitro indicada para casos onde os fatores masculinos são severos, a idade da mulher é mais avançada, após congelamento de óvulos na preservação.


- Mini Fertilização in vitro (Mini-FIV): uma técnica de FIV na qual na 1a etapa do tratamento (estimulação ovariana) doses mais baixas de hormônios são utilizadas e obtém-se uma quantidade menor de óvulos ao final do processo. Devido ao menor gasto com os hormônios, essa técnica é mais barata que a FIV clássica, embora isso limite o número de embriões que serão formados e, assim, reduza a chance de sucesso do tratamento.


- Doação de óvulo (ovodoação): Quando a mulher não produz mais óvulos, seja pela menopausa ou pela destruição do tecido ovariano em tratamentos médicos (quimioterapia ou cirurgias ovarianas complexas), quando já se submeteu a diversos tratamentos com os próprios óvulos e não teve sucesso, ou quando se trata de um casal homoafetivo masculino, é necessário o uso de óvulos doados. Todo o processo é feito de forma anônima por meio da clínica de reprodução que busca uma doadora que preencha os requisitos legais e seja compatível com o fenótipo (aparência física) desejado pelo casal. Uma vez que os óvulos são obtidos, segue-se o procedimento padrão da fertilização in vitro com utilização do sêmen do parceiro ou de um banco de sêmen para a fecundação e transferência dos embriões para o útero da mulher que vai gerar a criança. A transferência dos embriões para o útero materno é realizada após alguns dias de preparo do endométrio da mãe, que normalmente é realizado através de hormônios por via oral, transdérmico e vaginal. A chance de sucesso é estimada em até 60% por transferência embrionária.


- Doação de espermatozoide (banco de sêmen): Quando o homem não produz espermatozoides ou trata-se de um casal homoafetivo feminino, é necessário utilizar espermatozoides doados anonimamente, que poderão ser utilizados tanto para a realização de uma inseminação artificial quanto de uma FIV. Nesses casos, os pacientes deverão recorrer aos bancos de sêmen. No Brasil, devido algumas restrições legais e também nosso contexto cultural, existem poucos bancos de sêmen. Porém, hoje é possível obter amostras de bancos de sêmen do exterior, de maneira legal e sem grandes dificuldades. A chance de sucesso depende do tratamento a ser realizado (Inseminação intrauterina ou FIV) e da idade da mulher.


- Gestação de substituição / doação temporária de útero: O útero de substituição é necessário quando o órgão da mulher apresenta alguma condição que prejudica a implantação do embrião ou impede a progressão da gestação, quando a mulher apresenta alguma condição clínica que a impeça de engravidar ou torne a gestação de alto risco, assim como quando se trata de um casal homoafetivo masculino. No Brasil, é necessário que a mulher doadora seja uma parente de até quarto grau (mãe, irmã/avó, tia, prima, filha ou sobrinha), saudável, que esteja fazendo a doação por pura solidariedade ao casal, sem qualquer recompensa financeira. O resultado depende da idade da mulher que gerou os óvulos e não da mulher que doará o útero temporariamente. A chance de sucesso são as mesmas da fertilização in vitro, variando de acordo com a idade da mulher.


- Teste genético pré-implantacional (PGT):  é feito quando o casal apresenta alguma doença genética ou seja carreador do gen anormal e deseja selecionar os embriões livres da doença antes da implantação no útero para que a gravidez gere uma criança saudável. Mesmo que o casal não apresente nenhuma doença, o teste pode ser realizado como “screening” genético para a seleção de embriões saudáveis a serem transferidos ao útero da mulher. Esse processo é possível por meio da análise genética de uma/algumas célula(s) do embrião após o processo tradicional de coleta e fertilização in vitro, podendo diagnosticar diversas doenças antes da transferência embrionária. No PGT como forma de “screening”, não se procura uma doença específica, mas sim, é feita uma análise completa do embrião com relação ao número de cromossomos. O objetivo é que seja selecionado um embrião geneticamente normal para ser transferido ao útero da paciente. Ainda é um tema controverso na medicina reprodutiva com relação a quais pacientes devem realizá-lo ou mesmo se deveria ser utilizado de maneira rotineira para todas as pacientes submetidas à FIV.



Inverno é a melhor época para tratar varizes e vasinhos



Segundo especialista, a menor exposição solar ajuda a evitar manchas na pele e o uso da meia elástica é mais confortável neste período


Varizes ou vasinhos, aquelas veias finas avermelhas ou azuladas, podem ser tratadas no inverno – melhor época do ano para fazer tratamentos, segundo o cirurgião vascular Dr. Gilberto Narchi Rabahie. Para o especialista, isto ocorre porque a exposição ao sol deve ser evitada após o tratamento, uma vez que existe um pequeno risco de hipercromia, ou seja, de manchas na pele. “Como no inverno a exposição ao sol normalmente é menor, é um período adequado para lidar com este incômodo”, afirma.

Além disso, se o tratamento incluir a microcirurgia de varizes, o uso de meias elásticas pode ser necessário, o que é mais fácil com a temperatura mais baixa. Mesmo que o tratamento seja feito para melhorar o aspecto estético, é preciso uma avaliação médica para checar vasinhos visíveis ou, ainda, a possibilidade de haver varizes e microvarizes.

Mesmo que o paciente apresente vasinhos ou ainda tenha uma veia aparente, segundo o especialista, isso não é o bastante para afirmar que ele não tenha a doença. “Alguns sintomas devem ser observados, como cansaço ou sensação de peso nas perdas, que podem ser acompanhados de inchaço. Só uma avaliação médica pode dizer se o paciente pode ter insuficiência venosa crônica, pois são checados diversos sintomas”, explica Dr. Gilberto.  “Também avaliamos antecedência da doença na família e a predisposição do paciente vir e desenvolver varizes no futuro”, completa.


Como prevenir as varizes?

Falta de atividades físicas regulares e obesidade podem contribuir para o surgimento de varizes. Atividades físicas de baixo impacto podem ajudar na prevenção. “Cada indivíduo tem sua estrutura vascular para suportar sua própria carga, por isso, é importante cuidar do sobrepeso”, afirma Dr. Gilberto.
Outras maneiras de prevenir as varizes e os vasinhos é controlar o peso, ter uma alimentação balanceada e evitar ficar na mesma posição por muito tempo – sendo recomendado levantar e andar um pouco, caso trabalhe sentado ou mesmo em uma viagem longa de avião. “Também alerto sobre o uso da meia elástica. Ela é muito útil para aliviar os sintomas, mas não deve ser utilizada sem avalição de um especialista”, afirma o cirurgião vascular.

Outra dica é ter cuidado na hora de usar anticoncepcional. “Só um médico pode recomendar a pílula adequada. Este é um alerta importante e ter explicações corretas podem ajudar as mulheres”, sugere Dr. Gilberto.  “Repouso com as pernas elevadas ajuda no retorno venoso e sempre tratar varizes e vasinho com cirurgião vascular”, conclui.

Bomba relógio no peito: conheça os riscos do aneurisma da aorta torácica



A dilatação anormal torna a artéria fraca, podendo se romper a qualquer momento 


A aorta é a artéria central do sistema circulatório, sendo a maior e mais importante do corpo humano. Ela se divide em quase todas as outras artérias do organismo, com exceção da artéria do pulmão. Alguns fatores podem contribuir para uma pequena dilatação na artéria aorta e, com o passar do tempo, ficam fragilizadas e podem estourar. 

Segundo o cirurgião cardíaco e membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular, Dr. Élcio Pires Júnior, os aneurismas geralmente não apresentam sintomas, a não ser quando eles estouram. “Um aneurisma avança de forma silenciosa, podendo levar a artéria a dobrar o seu tamanho original no local afetado. A maioria dos aneurismas são assintomáticos, ou seja, não apresentam sintomas. Porém, é possível identificá-los em exames preventivos simples como um raio x, ou com um ecocardiograma, no caso do aneurisma da aorta torácica”, destaca Élcio.

De acordo com a Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular, os aneurismas acontecem em 5% dos casos de pacientes sem outras doenças associadas. Em tabagistas e hipertensos, a incidência sobe para 12% e, em casos de histórico familiar, as chances sobem exponencialmente para 25% dos casos. 


Quais os riscos do aneurisma? 

Os aneurismas que continuam avançando podem se romper em qualquer momento, causando hemorragia interna intensa. Podendo acontecer na aorta na região torácica, na região abdominal e, se o aneurisma for no cérebro, acontece o AVC hemorrágico. 

“Quando o aneurisma é identificado, é preciso o acompanhamento médico de sua progressão. Sendo considerado de alto risco os aneurismas com diâmetro maior de 5,5 cm para os homens e 4,5 com para as mulheres”, conta o médico. 


Principais causas da patologia 

O enfraquecimento da parede dos vasos pode acontecer por diversos motivos, como: 

·  Hipertensão; 

·  Tabagismo; 

·  Hereditariedade; 

·  Obesidade; 

·  Aterosclerose; 

·  Sedentarismo; 

·  Alto colesterol; 

·  Traumas ou infecções; 

·  Malformações congênitas nos vasos. 


Tratamento e prevenção 

O tratamento do aneurisma da aorta torácica vai depender do seu tamanho, se for pequeno e considerado seguro, o médico pode indicar o acompanhamento médico e exames regulares, além de recomendações para evitar o alargamento da artéria, como remédios para baixar a pressão. 

“Caso o aneurisma esteja muito grande, com risco de rompimento, opções cirúrgicas podem ser indicadas ao paciente. Dependendo do tamanho e da sua localização, pode ser realizada uma cirurgia aberta ou endovascular, realizada a partir de um cateter inserido pela perna até o local para a colocação de uma endoprótese”, explica o cirurgião. 

A prevenção do aneurisma da aorta torácica é a mesma para qualquer outra complicação cardiovascular. É preciso abandonar maus hábitos e estar em dia com os exames preventivos. “O primeiro passo é largar o tabagismo, o cigarro é uma das principais causas do enrijecimento das artérias. Além disso, sair do sedentarismo e fazer escolhas saudáveis na hora de se alimentar é fundamental para evitar esse tipo de complicação. Não deixe de fazer um check-up anual, principalmente se houver histórico familiar. O aneurisma, se não tratado, pode ser fatal”, finaliza o cirurgião. 






Dr. Élcio Pires Júnior - coordenador da cirurgia cardiovascular do Hospital e Maternidade Sino Brasileiro - Rede D'or - Osasco, e coordenador da cirurgia cardiovascular do Hospital Bom Clima de Guarulhos. É membro especialista da Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular e membro internacional da The Society of Thoracic Surgeons dos EUA. Especialista em Cirurgia Endovascular e Angiorradiologia pela Santa Casa de Misericórdia de São Paulo.    

Tratamento de câncer afeta a vida sexual de homens e mulheres, mas é possível manter qualidade de vida


O tratamento de combate ao câncer vai afetar a minha vida sexual? Essa é uma das dúvidas de pessoas que recebem o diagnóstico da doença. A resposta? provavelmente sim, mas não necessariamente de maneira irreversível, afirma a oncologista Michelle Samoa, do grupo Oncoclínicas. Nesse momento, muito além do físico, é natural que a parte psicológica afete o paciente de forma mais severa, já que ainda há um estigma em relação ao diagnóstico do câncer.

"Muita gente acredita que está recebendo uma sentença de morte, o que não é necessariamente verdade. Mas é natural que, confrontado com esse tipo de notícia, o interesse na vida sexual diminua. E, durante o tratamento, é comum que homens e mulheres também apresentem perda do interesse por conta de alterações fisiológicas", comenta a especialista.

Cada tipo de tumor demanda um tratamento e, dependendo de qual for feito, a alteração na vida sexual do paciente será diferente. De acordo com estudo divulgado pela National Center for Biotechnology Information (NCBI), 50% a 64% das mulheres com câncer de mama, por exemplo, apresentam dificuldade de excitação, desejo e lubrificação. Já nos casos de câncer cervical, após dois anos de radioterapia, 85% das mulheres se queixam de pouco ou nenhum interesse sexual devido à dor, que pode ser explicada "pelas alterações ocorridas pela falta de lubrificação vagina e pela formação de tecido cicatricial após a radioterapia, que pode tornar a vagina mais estreita (estenose vaginal), ou seja, menos capaz de esticar, o que pode tornar o sexo vaginal doloroso.", afirma Michelle.

"É comum também que durante a quimioterapia a mulher tenha os mesmos sintomas de uma menopausa precoce, como ressecamento vaginal e interrupção do ciclo menstrual, mas isso não significa que será permanente e não determina o fim da vida sexual da mulher", explica.


Efeitos também entre homens

Nos homens, a disfunção erétil acomete 75% dos pacientes tratados de câncer colorretal. Em casos de câncer de próstata, 60 a 90% referiam disfunção erétil. "Amputações, desequilíbrio hormonal, incontinência urinária ou fecal, alteração de peso e efeitos adversos do tratamento como náuseas, vômitos, diarreia e fadiga, associados ao tratamento, também podem levar a uma autoimagem negativa e este desconforto inibir a intimidade".

Diante todos esses fatores, é importante, ressalta a médica, que os pacientes busquem ajuda médica e psicológica para recuperar, ou amenizar, os efeitos do tratamento do câncer em sua vida sexual, buscando uma melhor qualidade de vida.

"O diálogo entre o casal para ressignificar e adaptar sua vida, levando em conta o toque, o olhar, o cheiro, os beijos, as carícias são também importantes ferramentas para explorar o corpo e ter prazer", finaliza.




Grupo Oncoclínicas

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