Sociedade de Pediatria do Rio Grande do Sul manifesta
preocupação com dados da Polícia Civil que mostram que de janeiro a novembro do
ano passado foram mais de 2,7 mil casos no RS
A conscientização e discussão sobre o tema são fundamentais para combater o problema que é histórico e registra uma redução ainda pouco expressiva no número de casos registrados no Rio Grande do Sul. Datas como o Dia Nacional de Enfrentamento ao Abuso e Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, promovido no último dia 18 de maio, visam combater estes casos.
- É necessário que a população tenha a oportunidade de discutir o tema de enfrentamento ao abuso e exploração sexual na infância e adolescência. Através de uma data específica, com apoio de instituições governamentais e não governamentais e divulgação na mídia, é possível informar e alertar sobre medidas de prevenção, sinais de alerta, manifestações clínicas, possibilidades de atendimento e encaminhamentos ao sistema de saúde, assim como órgãos periciais, policiais e sistema judiciário – afirma o médico pediatra e associado da Sociedade de Pediatria do Rio Grande do Sul (SPRS), Ricardo Becker Feijó.
Os riscos de ocorrência de abuso e exploração sexual são severos e correm em qualquer idade e de formas diversas, por isso, é fundamental por parte dos pais o acompanhamento do desenvolvimento e das rotinas de seus filhos, sejam crianças ou adolescentes, Questionar, perguntar e estar sempre atento são regras sempre obrigatórias.
- Deve haver diálogo e proximidade dentro do ambiente familiar e escolar, assim como informações em linguagem acessível e adequada à idade. Orientar crianças e adolescentes de forma que possam questionar suas dúvidas e compreender seus direitos deve fazer parte da educação e desenvolvimento em todas as faixas etárias da infância e adolescência - finaliza
A Sociedade de Pediatria promove diversas atividades, eventos e busca o diálogo e a discussão para auxiliar no combate a estes casos. No último balanço, divulgado no final de 2018, pela Polícia Civil, foram 2.797 ocorrências, de janeiro até novembro do mesmo ano. Em relação a 2017, representou uma queda de 0,2% (2.943 casos).
Vítor Figueiró