A partir do dia primeiro de julho entram em vigor as novas
regras apresentadas pelo governo australiano em seus processos de visto
estudantil. O país, que tem se tornado um dos favoritos dos brasileiros por
permitir a realização de intercâmbios com estudo e trabalho, visa estimular o
crescimento sustentável do setor de educação internacional, através da
facilitação dos trâmites de solicitação de vistos para os estudantes com
intenções genuínas de estudo temporário e da realização de filtragem de escolas
e solicitantes que não se enquadram no padrão desejado pelo país.
Algumas mudanças podem afetar um pouco a vida do estudante
que escolheu a Austrália como destino para seus estudos. Dentre elas está a
exigência de conhecimentos em inglês, que antes não era obrigatório, e o
aumento da renda disponível para comprovação. Contudo, mesmo com essas
alterações, o país deve permanecer como um destino prioritário, uma vez que seu
visto está entre os melhores do mundo, por reunir a possibilidade de estudo de
longa duração, trabalho part-time e, caso se enquadre e tenha interesse,
a migração para outro tipo de visto temporário ou permanente no país.
Se sua viagem já está marcada ou você tem a intenção de
estudar na Austrália em breve, confira abaixo as principais mudanças anunciadas:
Extinção das subclasses –
todos os vistos de estudos, antes divididos em oito subclasses diferenciadas
pelo tipo de curso (ensino médio, ensino superior, cursos de idiomas e cursos
vocacionais), serão parte de uma única classe, a 500. Para os estudantes que já
possuem um visto válido de subclasse 570 a 576 permanecerão com o mesmo
normalmente, migrando para a nova classe somente na próxima renovação.
Solicitações online –
todos os protocolos de visto passarão a ser online, incluindo para os estudantes
de cursos vocacionais e de estudos de idiomas, que antes eram realizados em
papel. Mesmo com essa mudança, todos ainda serão avaliados pela Embaixada em
Brasília.
Novos critérios de avaliação –
passa a haver uma nova estrutura de risco único que se aplica a todos os
estudantes internacionais e substitui os atuais níveis usados na avaliação. O
risco é definido por uma combinação de fatores, o país de origem do estudante e
a escola escolhida na Austrália. Todas as instituições educacionais serão
avaliadas e pontuadas pelo governo australiano. Assim, os estudantes que forem
aceitos pelas instituições que tiverem as melhores notas terão, a princípio,
que demonstrar menos documentos comprobatórios de recursos financeiros e de
proficiência em inglês. Nessa modalidade, os estudantes com menor risco passam
a ter o processo facilitado necessitando de menos documentos comprovativos.
Comprovação de renda –
como já comentei anteriormente, os valores para a comprovação de renda
aumentaram em relação ao que era antes, mas também serão oferecidas novas
alternativas para a comprovação. Os estudantes devem ter a capacidade de se
manter com recursos próprios ou de parentes durante toda sua estadia no país.
Isso significa que, mesmo tendo permissão para trabalhar, você terá que
comprovar sua renda, uma vez que a jornada se limita a 40 horas a cada duas
semanas e não tem como objetivo garantir sua sobrevivência, mas sim melhorar
sua experiência cultural no país.
Com o novo método, embora o valor tenha aumentado, a
imigração introduziu uma nova forma de comprovação, através do acesso à renda,
que implica a evidência de disponibilidade a um valor anual superior a AUD
60.000,00. Nesse caso, são aceitos como suporte apenas documentos de pais ou
cônjuges. Se não for viável comprovar esse acesso à renda anual, a opção
permanece ser comprovar renda disponível suficiente. O valor que o estudante
precisa comprovar possuir para resgate imediato em conta passará a ser AUD
1.652,50 por mês de estadia ou AUD 19.830,00 por ano.
Proficiência em inglês – sem
dúvida, essa é a mudança de maior magnitude:
a introdução da exigência de
comprovação para nível de inglês. Estão isentos dessa medida os seguintes
perfis:
·
Estudantes
de cursos de idiomas de qualquer duração, fulltime de high school,
pesquisa e pós-graduação ou patrocinados pelo governo;
·
Estudantes
que completaram mais de cinco anos de estudo na Austrália, Canadá, Nova
Zelândia, África do Sul ou Irlanda;
·
Cidadãos
ou portadores de passaportes do Reino Unido, Estados Unidos, Canadá, Nova
Zelândia ou Irlanda e,
·
Estudantes
que já tenham completado um curso de inglês no nível
Senior Secondary ou
Certificate IV nos últimos dois anos antes de solicitar o visto.
Os demais, dependendo de em qual instituição de ensino
australiana foram aceitos, deverão comprovar seu nível de inglês através de um
teste oficial aceito pela imigração (IELTS ou TOEFL, por exemplo) realizado nos
dois últimos anos.
Essas são as principais alterações divulgadas pelas fontes
oficiais do governo australiano. Elas podem assustar um pouco, mas serão
positivas. O principal propósito do país ao adotar tais regras é se tornar
referência quando o assunto for ensino de excelência. Espero ter te ajudado a
entender melhor como essas mudanças vão funcionar e não hesite em nos procurar
caso ainda tenha alguma dúvida.