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sexta-feira, 24 de fevereiro de 2023

Não era bem isso que eu queria..

“A aula acabou e meu aluno querido veio me contar todo satisfeito: - Professora, consegui o trabalho na empresa que tanto queria. Compartilhando sua alegria, respondi: - Puxa, que legal, parabéns!

 Três meses depois, a aula acabou e lá veio o mesmo aluno contar a novidade com ar desanimado: - Professora, não era nada daquilo! Cheguei à conclusão que não era bem isso que eu queria, vou sair! Minha resposta: - “Senta aí”, vamos conversar melhor!


Ouço com certa frequência essa frase no Centro de Carreiras da Strong Business School ! Ela vem carregada com uma dose de desapontamento e outra de angústia. Muitas vezes, a pessoa se esforçou para conseguir uma recolocação, ou ainda, o estágio naquela sonhada empresa, ou o emprego que vai pagar os boletos acumulados. As justificativas e motivações para esse movimento podem ser diferentes, mas o fato é que quando nos deparamos com esse pensamento povoando nossas mentes, parece que uma parte da satisfação de ter conseguido, desmorona.

O que fazer?

O percurso a ser seguido “enquanto não consigo outra colocação”, carrega um desafio que pode se tornar um celeiro de oportunidades.

A primeira orientação que podemos dar e nisso, os pesquisadores de carreira sabem que o que mantém portas abertas, é a qualificação. Oportunizando diferentes experiências em diferentes áreas, qualificação constante, aprendizagem constante, o preparo constante, nos mantém empregáveis. Nunca deixe de estudar, ainda que seja fora da sua área de atuação. Como cursos de artes, de música, de línguas, de literatura, de língua portuguesa, enfim. Mantenha sempre sua mente ocupada com aprender algo. Isso mostrará, numa entrevista de emprego, o quanto você é uma pessoa preocupada em aprender, se atualizar, se expandir e com mais riqueza no repertório.

Segunda coisa, é com relação às experimentações. Estar aberto a fazer novos trabalhos, novas experimentações é rico para abrir possibilidades, novas perspectivas e novos cenários. Fazer muito tempo a mesma coisa, na mesma área, muitas vezes faz com que nossos olhos não se levantam para outras possibilidades. Então, muitas vezes o jovem universitário, recém-formado, que está fazendo estágio ou que está em início de carreira, tem possibilidade de fazer experimentações em áreas diferentes e, frequentemente, nessas experimentações, são realizadas descobertas preciosas no que diz respeito à carreira. Claro que as experimentações são mais para o indivíduo que está com menos compromissos financeiros e  familiares. Se você não é arrimo de família, se não tem ninguém que dependa de você e do seu trabalho, experimente. Você pode descobrir um universo de possibilidades e de prazer em um novo trabalho! Quando eu falo de experimentar é estar aberto pra fazer coisas diferentes, trabalhos diferentes em áreas diferentes, até mesmo um sem o compromisso profissional, um trabalho voluntário, um projeto, uma coisa diferente, aquilo que queria tanto fazer e não teve possibilidade. Não é incomum que, na medida em que experimente, novos gostos e inclinações venham à tona e, muitas vezes, fazendo uma atividade que não precisa, necessariamente, ser laboral. A própria atividade, diferente daquilo que se está acostumado a fazer, pode despertar e abrir um leque de possibilidades, onde jamais imaginou que haveria. Nessas experimentações pode-se vivenciar uma transição de carreira efetiva ( para quem já está há algum tempo trilhando uma trajetória profissional) ou um reconhecimento da carreira que ser percorrer ( para quem está iniciando).  


Mas se você apenas quer mudar de empresa, é importante ter uma boa compreensão de seus interesses, habilidades e objetivos antes de mudar de emprego. É importante pesquisar para comparar benefícios e desvantagens. Você também deve preparar um currículo atualizado que destaque suas melhores competências. Faça um currículo personalizado para cada vaga, mas com bom senso. Depois pesquise os sites relacionados a empregos e carreiras para encontrar vagas que se encaixem nos seus critérios desejados. Você pode também fazer contato com as empresas para obter informações adicionais. Se você quiser aprofundar seu networking, você também pode aproveitar sites de redes sociais para procurar contatos profissionais em empresas de interesse.

No começo do texto falei também em desafios. Mudanças sempre são um grande desafio  porque nos tira da zona de conforto. Mas por outro lado, os desafios fazem nosso coração bater mais forte, a adrenalina tomar conta de nós em novos relacionamentos. A sensação de chegar na empresa nova, na mesa nova, conhecer novos colegas nos renova como seres humanos e isso sempre reflete no profissional em nós que vamos nos moldando.

E existe trabalho perfeito? Bom, “senta aí...”

 

Dione Fagundes - professora da Strong Business School


Projeto de inserção de pessoas com autismo e com deficiência intelectual no mercado de trabalho está com inscrições abertas

300 vagas estão sendo disponibilizadas para pessoas residentes em Curitiba (PR) e Região Metropolitana


Com inscrições abertas até o dia 28 de fevereiro, o Ensina Itinerante PRONAS/PcD 2023, projeto executado pela ASID Brasil, em parceria com o Ministério da Saúde, está com inscrições para formação profissional de pessoas com autismo e deficiência intelectual. O projeto tem por objetivo o aprimoramento de habilidades técnicas e comportamentais para ingresso no mercado de trabalho e apoiar essas pessoas em processos seletivos para vagas de emprego.  

Totalmente on-line e com carga horária de 320 horas, com 80 encontros ao longo de três meses, o projeto tem conteúdo gravado duas vezes por semana, seguido do envio de exercícios e uma aula síncrona. O Ensina Itinerante também disponibiliza mentoria e orientações profissionais para pessoas com deficiência, focando no desenvolvimento de talentos e virtudes dessas pessoas para o processo de inserção e reinserção no mercado de trabalho. 

No total, serão disponibilizadas 300 vagas nos cursos profissionalizantes, nas áreas de Logística, Administrativa, Produção, Varejo, Informática, Elaboração de currículo e Entrevista e Trabalho em Equipe. As pessoas participantes terão simulações de ambiente de trabalho para o aprimoramento de habilidades técnicas (hard skills), assim como de habilidades comportamentais e socioemocionais (soft skills). Após serem orientadas sobre a importância da qualidade de vida, quem participa do projeto, irá elaborar um planejamento de vida. 

De acordo com Michely Ribeiro, líder do projeto, o Ensina Itinerante faz parte do Programa Nacional de Apoio à Atenção da Saúde da Pessoa com Deficiência e é financiado pelo Ministério da Saúde. “O projeto garante que pessoas com autismo e deficiência intelectual tenham oportunidades de qualificação profissional e desenvolvam habilidades importantes para atuação no mercado de trabalho. Ao mesmo tempo dá para as empresas e organizações oportunidade de inclusão, ampliando seu quadro de profissionais diversos”, afirma. 

Paralelamente à realização do curso, a ASID também busca parcerias com empresas e organizações que podem ser futuras contratantes das pessoas que realizam os cursos, facilitando a participação em processos seletivos e, consequentemente, o ingresso no mercado de trabalho.

As inscrições podem ser realizadas até o dia 28 de fevereiro, pelo link https://bit.ly/3XgaP1K, e são direcionadas a pessoas com autismo e deficiência intelectual residentes em Curitiba (PR) e Região Metropolitana. O início das aulas está previsto para o mês de março. Mais informações, acesse www.asidbrasil.org.br.  

 

Imigrantes se decepcionam ao irem aos Estados Unidos esperando o auxílio de políticas de public charge

De acordo com Daniel Toledo, advogado e especialista em Direito Internacional, esse tipo de situação acontece, geralmente, com quem foi enganado por consultores ou agências


A política de public charge nos Estados Unidos tem sido alvo de muita controvérsia e debate nos últimos anos, especialmente após a atualização das regras em 2019, pelo governo de Donald Trump. Essa solução foi criada para que imigrantes, em busca de um visto ou residência permanente no país, sejam auxiliados financeiramente em determinadas situações, como por exemplo gastos relacionados à saúde.

A avaliação leva em consideração fatores como renda, emprego, educação, idade e habilidades linguísticas. No entanto, essa política tem sido criticada por muitos como discriminatória e prejudicial aos imigrantes mais pobres e vulneráveis, limitando seu acesso aos serviços públicos essenciais e contribuindo para o aumento da desigualdade social.

Neste contexto, é fundamental compreender como o uso da política de public charge afeta a vida dos imigrantes nos Estados Unidos e suas perspectivas de crescimento dentro da sociedade americana.

Entretanto, de acordo com Daniel Toledo, advogado que atua na área do Direito Internacional, fundador da Toledo e Associados e sócio do LeeToledo PLL, muitas pessoas estão sendo convencidas a irem ao país norte americano com a certeza de que o Governo Federal pagará por suas despesas. “Não é bem assim que as coisas funcionam. Essas pessoas estão sendo enganadas e chegam nos EUA realmente acreditando que serão bancadas pelo estado, tornando a viagem em um banho de água fria”, relata. 

Para o advogado, esse tipo de situação se trata de um golpe praticado por agências no Brasil. “Há pessoas que  fazem de tudo para lucrar, e esse é apenas mais um cenário em que isso acontece. Eles convencem viajantes a irem aos Estados Unidos, passarem por todos os trâmites de solicitação de visto para que, na chegada, esses turistas ou potenciais trabalhadores percebam que nada do que foi prometido é real”, declara.

Na opinião de Toledo, as verbas públicas não deveriam ser usadas nesse sentido. “Acredito que quando as pessoas passam pelo processo de imigração para os Estados Unidos, devem ter plenas condições de se sustentar durante sua estadia no país. É inviável que o estado banque as despesas de milhares de imigrantes que foram orientados a solicitar a política de public charge durante a permanência nos EUA”, finaliza.

Algumas organizações de defesa dos direitos dos imigrantes estão lutando contra a política atual de public charge, pressionando o governo a mudá-la.

Vale lembrar que os imigrantes são uma parte importante da sociedade americana, e as políticas de imigração visam garantir que todos os imigrantes possam ter uma chance justa de viver e trabalhar nos Estados Unidos. 



Daniel Toledo - advogado da Toledo e Advogados Associados especializado em Direito Internacional, consultor de negócios internacionais, palestrante e sócio da LeeToledo PLLC. Para mais informações, acesse: http://www.toledoeassociados.com.br. Toledo também possui um canal no YouTube com mais 174 mil seguidores https://www.youtube.com/danieltoledoeassociados com dicas para quem deseja morar, trabalhar ou empreender internacionalmente. Ele também é membro efetivo da Comissão de Relações Internacionais da OAB Santos, professor honorário da Universidade Oxford - Reino Unido, consultor em protocolos diplomáticos do Instituto Americano de Diplomacia e Direitos Humanos USIDHR e professor da PUC Minas Gerais do primeiro curso de pós graduação em Direito Internacional, com foco em Imigração para os Estados Unidos


Toledo e Advogados Associados
http://www.toledoeassociados.com.br



Quatro tendências de privacidade de dados para 2023

Freepik
Evolução legal e desenvolvimento de novas tecnologias devem influenciar ações de empresas e consumidores


Vazamentos gigantescos, golpes pelas redes sociais, mensagens de texto disparadas para celulares cobrando dívidas com grandes marcas. O tratamento dispensado aos dados pessoais no Brasil segue sendo um grande desafio para as empresas - e o pouco cuidado com essas informações ainda é fonte de uma série de problemas para os consumidores. De acordo com um relatório elaborado pela consultoria Statista Research Department, cerca de 52 milhões de violações de dados pessoais foram registradas apenas nos últimos três meses de 2022.

Apesar da regulamentação gerada pela Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), de 2018, esse tipo de ocorrência continua acontecendo país afora. Para a diretora de Tecnologia e DPO da Tecnobank, Adriana Saluceste, o mercado ainda está se adequando. “A regulamentação existe e deveria ser o bastante para que as pessoas estivessem protegidas, mas infelizmente isso ainda não acontece em todos os casos. Vemos que golpes que utilizam informações que deveriam ser privadas seguem sendo muito comuns. Esse cenário deve começar a mudar conforme as empresas passem a adotar novas formas de proteger os dados de seus clientes e usuários”, pontua. Responsável justamente por esse setor em uma empresa especializada em tecnologia para registro de contratos de financiamento de veículos, ela faz uma lista das tendências de privacidade de dados que devem dominar o mercado em 2023.


  1. Privacidade por design

Em um passado recente, a preocupação com a privacidade dos dados vinha depois de todas as outras etapas de desenvolvimento de um projeto. Agora, as empresas começam a incluir a proteção de dados no início do processo de desenvolvimento. No caso da privacidade por design (privacy by design), algumas práticas aparecem como ferramentas para aumentar o nível de proteção. Entre elas, estão a já conhecida criptografia e a anonimização de dados.


  1. Aumento da regulamentação

Ao contrário do que acontece no Brasil, muitos países pelo mundo ainda não têm leis especificamente desenhadas para garantir a responsabilização das empresas pelos dados que coletam, utilizam e armazenam. E, mesmo nos países que possuem esse tipo de legislação, a rigidez das regras e da fiscalização são duas tendências aguardadas para este ano.


  1. Mais liberdade de escolha

“Utilizamos cookies para melhorar sua experiência”: esse tipo de frase tem presença garantida na maior parte dos sites. Em muitos casos, o usuário consegue acessar configurações e determinar quais dados quer compartilhar, mas, em outros, isso ainda não é possível. “Uma das tendências em privacidade de dados é, justamente, uma maior liberdade para fazer essa escolha. Em breve deve ser possível, por exemplo, retirar as próprias informações de sites, aplicativos e serviços que você não utiliza mais”, explica Adriana.


  1. Transparência

Seguindo a mesma onda, a forma como empresas coletam os dados de seus usuários e consumidores também deve sofrer mudanças, principalmente quanto à transparência. Explicar às pessoas quais informações estão sendo coletadas, porque elas são necessárias e de que forma serão utilizadas deve se tornar uma prática cada vez mais frequente, opina a especialista.

 

Tecnobank

 

O consumidor que tiver prejuízo pode processar uma empresa em recuperação judicial? Advogado responde

 Dr. Henrique Rocha Armando, especialista em Direito Empresarial, também opina por que tantas empresas no Brasil estão entrando nesse processo

 

Dados do Indicador de Falências e Recuperações Judiciais da Serasa Experian mostram que em janeiro foram registrados 92 pedidos de recuperação judicial no Brasil, um crescimento de 37,3% em comparação com o mesmo mês de 2022. A Americanas, gigante do varejo, é o caso mais emblemático deles. E como fica o consumidor que ainda usa os serviços dessas companhias? Ele pode processar essas empresas caso tenha prejuízos?

 

“As ações de conhecimento, ou seja, ações que irão comprovar a existência de um dano, continuam tramitando normalmente, contudo, se no julgamento da ação seja reconhecido direito de indenização ao consumidor e a empresa em recuperação judicial ainda estiver sob a proteção do stay period não será feita nenhuma penhora ou constrição de bens e valores”, explica Dr Henrique Rocha Armando, especialista em Direito Empresarial.

 

O advogado afirma que a dificuldade das empresas se deve a atual conjuntura do país. “Estamos como um todo passando por um momento de correção de mercado em diversos níveis após o desalinhamento dos preços que ocorreu na pandemia. Além disso, acabaram-se os programas governamentais e as empresas que precisam de uma renegociação de dívida com os bancos acabam se esbarrando em uma Selic alta de 13,75% e uma forte inflação que acaba enfraquecendo o mercado consumidor”, comenta.

 

Ele esclarece como funciona o processo de recuperação judicial. “Após formalizado o pedido ao judiciário, com o deferimento do processamento da Recuperação Judicial é concedido o “stay period”, um prazo de 180 dias onde nenhuma cobrança ou constrição pode ser realizada contra a empresa, garantindo um respiro para a sociedade poder organizar sua casa e apresentar o seu plano de recuperação judicial aos seus credores. Todos os atos são acompanhados por um Administrador Judicial que é o profissional auxiliar do juiz, garantidor de que tudo irá ocorrer dentro da regularidade”, destaca.

 

Henrique pontua os direitos e deveres de uma empresa que tem o respaldo da Justiça para se recuperar. “Com a Recuperação Judicial em andamento a empresa obtém um ambiente negocial favorável com respaldo do judiciário para reerguer sua atividade e manter sua função social gerando empregos e movimentando a economia. Além disso, possui obrigação de ser transparente com as informações e cumprir estritamente o Plano de Recuperação Judicial caso seja aprovado, sob pena de convolação em falência”, esclarece. 

O especialista também analisou o caso das Americanas. Ela acredita que a empresa vai conseguir voltar a ser a gigante que foi. “Tem tudo para se reerguer. É uma empresa que possui tradição no mercado brasileiro e o processo de Recuperação Judicial ajuda muito a dar um respiro nos negócios e se reestabelecer economicamente, entretanto não será tarefa fácil, pois diante do cenário econômico atual o setor varejista acaba sendo um dos que mais sofre impactos negativos nas vendas e ocasiona problemas operacionais como um todo”, finaliza.


Ativando o futuro do local de trabalho


A suposição do espaço organizacional como simplesmente um ambiente físico está sob pressão há algum tempo, com a virtualização do trabalho tendendo muito antes da interrupção causada pela pandemia do Covid-19. No entanto, essa intercepção dramática forçou as organizações a repensar mais rapidamente como conectar e envolver os trabalhadores em ambientes virtuais e híbridos e a abraçar as possibilidades de um lugar sem fronteiras.

 

Infelizmente, parece que velhos hábitos são difíceis de quebrar, já que vimos alguns retrocessos devido a definições desatualizadas do que é trabalho e percepções sobre produtividade do trabalhador ou cultura organizacional que muitas empresas usam para pressionar a volta dos funcionários ao escritório.

 

Os líderes devem se concentrar na questão fundamental, que é o design e a prática da profissão em si, pois ele ditará a combinação do espaço físico e digital necessário para atender aos resultados de negócios. De acordo com a pesquisa Global Human Capital Trends 2023 da Deloitte, apenas 15% dos entrevistados citaram a maneira como o ambiente organizacional é projetado como um dos atributos mais importantes na criação do futuro local do trabalho.

 

O sentimento do profissional mudou e os funcionários estão defendendo modelos de local de trabalho que melhor atendam às suas necessidades e bem-estar. Muitos trabalhadores agora consideram a capacidade de trabalhar remotamente como um direito inalienável. De acordo com a pesquisa, 64% dizem que já consideram (ou considerariam) procurar um novo emprego se o empregador os quisesse de volta ao escritório em período integral.

 

A tecnologia também está avançando rapidamente como um componente essencial do design do local de trabalho. Isso vai além das ferramentas de colaboração e agora inclui uma vasta gama de tecnologias relacionadas ao serviço, sendo o exemplo mais proeminente o metaverso e a realidade ilimitada.

 

À medida que as organizações reinventam o espaço organizacional em um mundo pós-pandêmico, o resultado não é um local único ou uma solução de tamanho único, mas uma variedade de recursos e espaços que oferecem suporte a diferentes maneiras de realizar o trabalho.


 

A lacuna de prontidão

 

A pesquisa da Deloitte apontou também que a grande maioria dos líderes empresariais (87%) acredita que desenvolver o modelo de local de trabalho certo é importante para o sucesso de sua organização. No entanto, apenas 24% sentem que sua empresa está pronta para lidar com essa tendência.

 

Apenas 6% das organizações pesquisadas estão satisfeitas com o status e dizem que não mudaram – e não mudarão – sua estratégia de local de trabalho. Enquanto isso, 78% estão tentando criar um ambiente organizacional futuro em que os trabalhadores possam prosperar redesenhando seus processos de negócios existentes ou reimaginando o próprio serviço.


 

Os novos fundamentos

 

À medida que as organizações projetam modelos de local de trabalho, elas devem começar concentrando-se nos resultados que buscam gerar (cultura, inovação, impacto social) e, em seguida, determinar onde esse valor é melhor criado. De acordo com os líderes que responderam à pesquisa Deloitte 2023 Global Human Capital Trends, o maior benefício que eles observaram de sua abordagem de ambiente organizacional do futuro é o aumento do engajamento e bem-estar do trabalhador, enquanto a cultura é a maior barreira.

 

As organizações devem fazer o possível para alinhar (ou pelo menos equilibrar) suas necessidades e desejos com as obrigações e vontades de toda a força de trabalho. As empresas agora têm a oportunidade de experimentar com ousadia seu modelo de local de serviço, equilibrando os resultados com as preferências do trabalhador, para liberar o novo valor que procuram criar.


 

Olhando para frente

 

O espaço organizacional deve se tornar um insumo para o próprio serviço, focado nos resultados ou valor alinhado com a estratégia de negócios. Além disso, uma abordagem estratégica do local de trabalho também pode criar benefícios ESG. À medida que mais empresas e consumidores percebem a importância do desempenho ambiental, social e de governança (ESG), temos uma ideia melhor de como essa tendência moldará o ambiente organizacional.

 

Os fatores ESG têm um efeito considerável no local de trabalho. O impulso para práticas mais ecológicas reduz o desperdício no trabalho. Políticas mais socialmente conscientes promovem um ambiente de trabalho mais saudável e a governança empresarial aprimorada oferece transparência e mais diversidade.

 

Por meio do design do ambiente organizacional, as empresas têm a oportunidade de melhorar sua marca, atrair talentos e elevar os resultados. E tudo começa com uma pergunta-chave: “Como podemos projetar o local de trabalho para melhor apoiar o desenvolvimento dos colaboradores em si?”

 

Assim como em outras tendências do relatório deste ano, as necessidades do trabalho e as preferências dos trabalhadores continuarão mudando, exigindo que as organizações continuem experimentando, ouvindo e evoluindo.

 

Marcelo Carreira - vice-presidente Go-To-Market América Latina da Access


“Como o ChatGPT enxerga a inovação no mercado de seguros?”

 

Muito se fala hoje da inovação no mercado de seguros e da crescente digitalização de processos e serviços. Como amante da tecnologia e pesquisador frequente de assuntos relativos ao nosso setor, não resisti e utilizei o ChatGPT – ferramenta que utiliza a inteligência artificial para criação de textos e conteúdos – e fiz a seguinte pergunta: “Quais são os tópicos mais em alta sobre tecnologia no mercado de seguros hoje?”

 

Rapidamente o robô fez um levantamento dos tópicos mais populares e trouxe seis assuntos principais. O primeiro deles não me surpreendeu, já que foi sobre Insurtechs e a integração da tecnologia na indústria de seguros para agilizar processos, melhorar a experiência do cliente e oferecer novos produtos e serviços.

 

O segundo assunto foi um pouco além: Inteligência Artificial (IA) e Machine Learning. O ChatGPT justificou a escolha dizendo que esse tópico aborda como essas tecnologias estão sendo usadas para automatizar a subscrição, o gerenciamento de sinistros e a detecção de fraudes.

 

Já os outros quatro seguiram a mesma linha do primeiro, ou seja, são novidades porque realmente estão muito em debate atualmente. O terceiro foi Blockchain e o uso dessa tecnologia para melhorar a segurança, transparência e eficiência dos dados no setor de seguros. Telemática apareceu em quarto lugar e o ChatGPT justificou lembrando sua importância para coletar dados sobre hábitos de direção e fornecer produtos de seguro baseados no uso. 

Em quinto lugar apareceu Transformação Digital: a mudança para uma experiência de seguro totalmente digital, incluindo compra e serviço de apólice online, bem como o uso de aplicativos móveis. O conteúdo citava ainda que a adoção de tecnologia melhora a eficiência, a experiência do cliente e a inovação. A IA inclui também a implementação de plataformas online e móveis para aquisição de apólices, atendimento e sinistros. 

Por fim, a ferramenta citou segurança cibernética, lembrando da necessidade de medidas robustas de segurança cibernética para proteger dados confidenciais e prevenir ataques cibernéticos no setor de seguros. Segundo o ChatGPT, esse tópico é uma grande preocupação para o setor de seguros, pois as informações confidenciais de clientes e empresas correm o risco de serem roubadas ou comprometidas. 

Aqui, segue uma análise da própria máquina, na integra: “Com o uso crescente de tecnologia no setor, as seguradoras devem tomar medidas para proteger seus sistemas e se proteger contra ataques cibernéticos. Isso inclui a implementação de senhas fortes, atualização regular de software e sistemas e treinamento de funcionários sobre as melhores práticas de segurança cibernética”. 

Concordo 100% com o levantamento que o ChatGPT fez e acredito que esses tópicos continuarão em alta não apenas em 2023, mas nos próximos anos também, mudando apenas a aplicação de algumas novidades a partir dessas novas tecnologias. 

Vale lembrar que todas essas tecnologias já estão sendo usadas atualmente por empresas do mercado de seguros. Nenhuma é absoluta novidade, porém ainda há um vasto campo para ser explorado em cada uma delas, especialmente quando falamos de IA, Machine Learning, Blockchain e Telemática. As aplicações dessas tecnologias neste mercado irão, certamente, evoluir e ser cada vez mais utilizadas para melhorar os produtos, segurança, experiência do cliente, precificação e por aí vai. 

 

Michel Rozenberg - Pre Sales Manager Latam da eBaoTech

 

Inscrições do Prouni e FIES se aproximam

Estudantes devem ficar atento aos prazos e condições para obter bolsas parciais, integrais e financiamento estudantil


 

Os estudantes que pretendem cursar uma graduação superior, que realizaram o Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) e têm dificuldades para custear as mensalidades nas universidades privadas devem ficar atentos aos prazos de inscrição do Prouni e FIES.

 

As inscrições do Prouni acontecem de 28 de fevereiro até 3 de março de 2023. O Programa Universidade para Todos concede bolsas de estudo integrais (100%) e parciais (50%) em cursos de graduação e sequenciais de formação específica para alunos sem diploma de nível superior. Ao concluir a formação, o educando não deve nada ao governo e nem à instituição de ensino.

 

Já o FIES terá as inscrições abertas de 7 a 10 de março de 2023. O Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior não concede bolsas de estudo, mas atua como um empréstimo do Governo Federal. Ao concluir a formação, o beneficiário terá que devolver o valor investido de maneira parcelada, sem juros e começará a pagar as prestações respeitando o seu limite de renda.


 

Apoio fundamental


“É inquestionável a importância da educação no desenvolvimento de um país. Sabemos que muitos estudantes não têm acesso ao ensino superior, principalmente em função das condições socioeconômicas. Por isso, esses programas do governo podem proporcionar uma ótima oportunidade de acesso à graduação”, explica a diretora de Gestão Acadêmica do Centro Universitário Integrado, Luciana Pontes.

 

Foi o que aconteceu com a estudante do Noroeste do Paraná, Joana Vilas Bôas, acadêmica do quinto período de Medicina no Centro Universitário Integrado. “Medicina sempre foi um sonho para mim, mesmo sendo distante da minha realidade. Tentei por três anos e consegui por meio do Prouni”.

 

Graças ao Programa Universidade para Todos, Joana está conseguindo realizar o desejo de estudar numa instituição que oferece ensino de qualidade e sem precisar se mudar para outra cidade.


 

Bolsas, vagas e inscrições


Atento a esses benefícios governamentais, o Centro Universitário Integrado vai ofertar 126 bolsas de estudos via Prouni. Desse montante 50 são integrais (100%) e 76 são parciais (50%). Os subsídios valem para 11 cursos presenciais – incluindo Direito e Medicina - e mais 11 na metodologia de ensino EAD que podem ser feitos nos polos de Campo Mourão, Goioerê e Terra Boa (PR).

 

A instituição também possibilita ingresso pelo FIES. A quantidade de vagas e os cursos atendidos serão definidas pelo Governo Federal e divulgadas na abertura do processo seletivo.

 

As inscrições do Prouni devem ser feitas exclusivamente pelo site https://acessounico.mec.gov.br/prouni e as do FIES somente no https://acessounico.mec.gov.br/fies/

 


Requisitos para o Prouni


Para se inscrever é preciso ter realizado pelo menos uma das duas últimas edições do ENEM, realizada antes do processo seletivo, e ter alcançado, no mínimo, 450 pontos de média nas notas das cinco provas do exame. Além disso, o estudante não pode ter tirado zero na prova de redação e nem ter participado do exame na condição de treineiro.


 

Quem pode participar do Prouni


O candidato pré-selecionado deve comprovar renda familiar bruta mensal, por pessoa, de até 1,5 salário mínimo para obter a bolsa integral que cobre a totalidade do valor da mensalidade do curso. Já para a bolsa parcial, que cobre (50%) do valor da mensalidade, a renda mensal per capita exigida é de até 3 salários mínimos.

 

Para participar do Prouni é preciso atender a pelo menos uma das seguintes condições:

 

tenha cursado:


-o ensino médio integralmente em escola da rede pública;

-o ensino médio integralmente em instituição privada, na condição de bolsista integral da respectiva instituição;

-o ensino médio parcialmente em escola da rede pública e parcialmente em instituição privada, na condição de bolsista integral da respectiva instituição;

-o ensino médio parcialmente em escola da rede pública e parcialmente em instituição privada, na condição de bolsista parcial da respectiva instituição ou sem a condição de bolsista; e

-o ensino médio integralmente em instituição privada, na condição de bolsista parcial da respectiva instituição ou sem a condição de bolsista;

-seja pessoa com deficiência, na forma prevista na legislação; e

-seja professor da rede pública de ensino, exclusivamente para os cursos de licenciatura e pedagogia, destinados à formação do magistério da educação básica. Neste caso não é aplicado o limite de renda exigido aos demais candidatos

 


Requisitos para o FIES


Poderá se inscrever o candidato que tenha participado do ENEM a partir de 2010, tenha obtido média igual ou superior a 450 pontos e nota maior do que zero na redação.

 

Também é necessário possuir renda familiar mensal bruta, por pessoa, de até 3 salários mínimos e não ter financiamento do FIES ativo.

 


Quem pode participar do FIES


Os interessados devem ir ao Portal Único de Acesso ao Ensino Superior, vincular uma conta GOV.BR e preencher as informações.

 

Depois é preciso acompanhar o processo seletivo e ficar de olho na data em que sairá a aprovação de chamada única. Após o resultado, verifique as datas de complementação de inscrição para chamada única e lista de espera no site oficial do Ministério da Educação.

 

Caso Americanas: culpadas não são as metas ambiciosas

Nos últimos dias, foi descoberto um dos maiores casos de “rombo contábil” envolvendo uma grande empresa brasileira, o caso da Americanas. Após a corporação anunciar que encontrou inconsistências contábeis no valor de R$ 20 bilhões, o que causou uma grande repercussão e uma queda de mais de R$ 8 bilhões no valor de mercado da companhia. Depois de alguns dias, a empresa informou que sua dívida é na verdade de cerca de R$ 43 bilhões e que possui 16.300 credores, fato esse que a fez entrar com um processo de recuperação judicial.

A partir do momento em que o caso foi revelado, até agora, tenta-se encontrar um motivo pelo qual essas inconsistências tenham ocorrido. Desde o desvio de verbas, a má administração de dívidas ou a falha humana. No entanto, um dos motivos levantados que mais me chamou a atenção foi a de atribuir o problema à implementação por parte da empresa de metas muito ambiciosas, com o que eu não posso concordar. Até porque, não podemos tirar a responsabilidade pessoal - individual - pelas atitudes tomadas pelos administradores.

Sendo as metas ambiciosas, o plano para alcançá-las deveria conter os detalhamentos para isso: o que fazer; como fazer; quem envolver; - como mobilizar os recursos necessários, como contornar possíveis problemas; como alterar a rota diante de problemas externos, como tivemos recentemente a pandemia da Covid. Se  você define a meta como “vender” para os seus colaboradores, a única coisa que buscarão fazer é “vender”, independente da forma. É como dizia o físico e consultor de administração israelita, Eliyahu M. Goldratt, “diga-me como me medes que direi como me comporto”. Por isso, acredito que grandes corporações como a Americanas, não criam metas apenas por criá-las. Certamente determinam um objetivo e traçam um roteiro.

Tenho bastante experiência em sistemas de metas, de gestão e execução da estratégia, incluindo a ferramenta  de gestão por OKRs - Objectives and Keys Results, Objetivos e Resultados Chaves - que, dentre suas premissas traz uma clara recomendação de que não seja usada apenas uma única métrica como indicador de sucesso, deve-se usar pelo menos duas. Falando de maneira ampla, além da meta objetiva - o resultado de negócio - pode, ou melhor, deve se criar junto uma meta mais qualitativa e subjetiva - o "como" atingir aquela meta, se vivemos os valores da empresa, respeitamos sua cultura, atuamos em parceria com o colega do lado etc. Juntas, essas metas, a mais objetiva e a subjetiva, se contrabalanceiam. Além dessas duas metas, incluo outro ingrediente fundamental: a ambição.

Quando se define metas em uma empresa, mesmo que sejam ambiciosas, é importante que todos os que fazem parte do processo para que ela seja concluída, estejam, se possível,  no momento da elaboração e, principalmente, saibam o porquê de cada processo, para que não seja a meta pela meta. No caso das Americanas, podemos apontar que o sistema de metas pode estar falho, ou no mínimo a execução do seu processo, mas não que isso seja o fator pelo qual levou a este problema.

E por isso que, ainda é cedo para encontrar um culpado único, mas sim, uma somatória de erros, porém, jogar a responsabilidade única e exclusivamente na definição de metas ambiciosas, desvia o foco da conversa que está na atitude das pessoas envolvidas neste processo. O que seria um erro.

 

Pedro Signorelli - um dos maiores especialistas do Brasil em gestão, com ênfase em OKR. Já movimentou com seus projetos mais de R$ 2 bi e é responsável, dentre outros, pelo case da Nextel, maior e mais rápida implementação da ferramenta nas Américas. http://www.gestaopragmatica.com.br/


Impostômetro: em menos de dois meses arrecadação chega aos R$ 500 bi

Este é o montante que entrou nos caixas dos governos federal, estaduais e municipais desde o início do ano segundo o painel da ACSP


O Impostômetro, ferramenta da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) que estima a arrecadação de impostos, taxas e contribuições nas esferas federal, estadual e municipal, chega aos R$ 500 bilhões nesta quinta-feira, 23/02.

Este ano, o montante foi registrado com quatro dias de antecedência na comparação com 2022, o que mostra que a arrecadação acelerou seu ritmo.

De acordo com Marcel Solimeo, economista da ACSP, houve crescimento na arrecadação em razão do aumento nos preços e inflação acumulada para o período.

“A alta de impostos que tivemos aconteceu pelo aumento da inflação, que incide diretamente nos preços dos produtos e eleva a arrecadação”, explica Solimeo.

Vale lembrar que o arranjo tributário brasileiro é voltado para onerar o consumo, o que causa distorções sociais pois a tributação sobre o consumo acaba comprometendo um percentual maior da renda dos pobres.

A tributação sobre o consumo envolve o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços de Transporte e Comunicação (ICMS), o Imposto Sobre Serviços (ISS), a contribuição para o Programa de Integração Social (PIS) e a Contribuição para Financiamento da Seguridade Social (Cofins). 

 

Redação DC
https://dcomercio.com.br/publicacao/s/impostometro-em-menos-de-dois-meses-arrecadacao-chega-aos-r-500-bi


Em um ano com muitos feriados, jovens devem se organizar para estudar

 

Professora do Colégio Sigma dá dicas de como manter o ritmo com a quebra na rotina de estudos


 

O ano de 2023 chegou e trouxe com ele nove feriados nacionais, sendo que quatro deles poderão ser prolongados por caírem,  em sua maioria, na sexta ou na segunda-feira. Com isso, os estudantes precisam se organizar para manter o ritmo dos estudos e ainda aproveitar a folga dos feriados.

 

Juliana Gaspar, coordenadora do Avante – curso preparatório do Colégio Sigma – e professora de Química, afirma que esse é o momento dos jovens criarem estratégias de estudos, ter foco e disciplina para evitar acumular conteúdo. “Tudo é uma questão de equilíbrio! O aluno precisa saber o que funciona melhor dentro da sua rotina e se organizar para estudar e descansar”, comenta. 

 

Na escola, a equipe pedagógica realiza um trabalho em conjunto com os estudantes, principalmente com os que estão se preparando para o Enem e para a última etapa do PAS/UnB. “Nós temos a Secretaria de Cursos, que oferece todo apoio ao vestibulando, que os auxilia no cálculo de notas e na construção de um planejamento para o ano”, afirma Gaspar. “Nós conversamos muito com esse jovem e identificamos quais são os seus interesses. Se for, por exemplo, uma carreira que possui alta demanda, indicamos mais intensidade nos estudos e o ajudamos a se organizar, mas sempre prezando pelo bem-estar físico e mental”.

 

Algumas dicas podem parecer clichês, mas elas são essenciais para garantir resultados mais positivos. "Prestar atenção às aulas e dedicar algumas horas de estudo em casa, investindo um pouco mais de tempo nas matérias nas quais tem mais dificuldade, realmente fazem a diferença", comenta Juliana. "O estudante precisa aproveitar que a memória ainda está 'fresca', então a chance de conseguir fixar o conteúdo é maior", afirma.

 

Segundo Juliana, outra sugestão que os jovens podem levar em consideração é a realização de provas e exames de anos anteriores. “É uma forma de eles conhecerem e entenderem o estilo de avaliação e ainda aprenderem a controlar o tempo de resolução das questões”, aponta. “Além disso, eles vão conseguir enxergar onde eles estão tendo mais dificuldade, para, ao longo do ano, ir ajustando e revisando os conteúdos”. 

  

A professora também afirma que os alunos devem aproveitar as oportunidades oferecidas pela escola. “Durante o ano são realizados aulões, mentorias, plantões especiais e outros. É nessa hora que o estudante deve procurar o professor para sanar dúvidas persistentes”. Além disso, é preciso manter uma constância nos estudos. “Claro que os feriados são bons para descansar, mas eles também podem usar esses dias ‘livres’ para revisar um conteúdo que tem mais dificuldade”, comenta. “Se o estudante tiver uma rotina  desde o início do ano, ao final não precisará revisar tantos conteúdos”, finaliza. 


 

Mudanças no mercado de trabalho com ChatGPT

Crédito: Envato
Áreas de suporte técnico e administrativas estão entre as mais ameaçadas pela tecnologia, alerta especialista


A ferramenta virtual ChatGPT, que opera com inteligência artificial, tem chamado a atenção. Capaz de realizar conversas extremamente realistas com os usuários, o programa utiliza algoritmos para analisar uma grande quantidade de dados disponíveis na internet e, a partir deles, gera respostas para as perguntas que lhe são feitas. Por ser capaz de compreender perguntas, comparar informações e sintetizá-las, produzindo respostas em linguagem humana e de maneira muito fluida, a nova ferramenta tem tirado o sono de profissionais de diferentes áreas.

“Não se pode desprezar que a novidade anuncia mudanças significativas no mundo do trabalho já no curto prazo. Isso vai ocorrer porque, com a capacidade de responder perguntas e realizar tarefas de maneira autônoma, muitas funções que atualmente são realizadas por humanos podem ser otimizadas ou completamente substituídas pela tecnologia. Desse modo, quanto menos especializado e mais repetitivo for o trabalho, maior a chance da atividade ser rapidamente extinta”, destaca o doutor em Administração e coordenador do programa de mestrado e doutorado em Administração da Universidade Positivo (UP), Luiz Gustavo Alves de Lara.

Algumas áreas de suporte técnico e tarefas administrativas estão entre as mais ameaçadas com a vinda da inteligência artificial com interface de uso simples e intuitiva como o ChatGPT. “No entanto, isso não para em tarefas rotineiras, pois profissionais de áreas como Marketing, Relações Públicas e Jornalismo devem estar cientes de que a tecnologia pode ser utilizada para gerar conteúdo mais facilmente e com mais velocidade, o que pode impactar na demanda por esses profissionais”, opina.

Além delas, a produção de conteúdo didático, como livros ou questionários de avaliação, deve ser atingida, diminuindo significativamente a demanda de atuação profissional e abrindo oportunidades para quem conseguir construir práticas a partir da tecnologia e levar o ensino e a aprendizagem a outro patamar de interação. “O ensino escolar e universitário deverá deixar, definitivamente, de ser operado na lógica de transmissão de conteúdo com avaliação para uma forma de aprender que é relacional e tem foco em utilizar o conteúdo disponível para criar soluções para demandas do nosso tempo, enfrentando melhor as contradições da sociedade, em especial na construção de um futuro efetivamente sustentável”, afirma de Lara.

A ferramenta já foi usada até mesmo na área do Direito. Na Colômbia, um juiz resolveu um caso sobre o direito à saúde de uma criança autista com a ajuda do ChatGPT, algo inédito no país. Sendo testado a todo o momento, grandes empresas de tecnologia fizeram uma série de perguntas ao ChatGPT e, com base nas respostas, chegaram à conclusão que a inteligência artificial poderia ser contratada como engenheiro nível três, com salário anual bruto de R$ 942.779,40.

No entanto, o professor ressalta que a inteligência humana ainda é insubstituível por ser capaz de ser criativa. “Devemos entender o ChatGPT e outras ferramentas que surgirão na sequência como expressões da eficiência da técnica, mas que, ao menos por enquanto, não substituem a capacidade de pensar criticamente, ter empatia e estabelecer uma relação com o outro”, explica.

E o uso de inteligência artificial deve seguir crescendo. "O Google planeja lançar uma nova ferramenta para enriquecer os recursos de pesquisa da plataforma. As mudanças devem ser disponibilizadas gradualmente, sendo semelhantes ao LaMDA, modelo já desenvolvido pelo Google", afirma o especialista.

 

Universidade Positivo
up.edu.br/

 

1 ano de guerra: "Não está descartada a utilização de armas nucleares táticas contra a Ucrânia", avalia especialista do CEUB

Luciano Munõz traça um panorama da guerra entre a Rússia e Ucrânia, avaliando os desdobramentos e principais impactos para a política internacional

 

Em 24 de fevereiro de 2022, o mundo se deparou com o início de uma guerra que perdura até hoje entre a Ucrânia e a Rússia. O pedido do governo ucraniano para ingressar na Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), devido às movimentações russas ao longo de sua fronteira, transformou as ameaças por parte da Rússia em invasão ao território ucraniano, contra o atual presidente Volodymyr Zelenskyy. Luciano Muñoz, professor de Relações Internacionais do Centro Universitário de Brasília (CEUB), avalia os impactos e desdobramentos causados pela guerra em todo o mundo. Segundo ele, o atual cenário indica que o conflito deve escalar e se prolongar.

“A Rússia está preparando uma nova ofensiva na região do Donbas. É possível que ocorram novos ataques no norte da Ucrânia a partir de Belarus. Por sua vez, a Ucrânia está recebendo tanques da Alemanha e dos Estados Unidos para a contra-ofensiva. A Ucrânia almeja retomar todos os territórios ocupados”, afirma.

Sobre o pedido da Ucrânia para entrar na OTAN, considerado o estopim do conflito, Luciano explica que o país busca o princípio da segurança coletiva: se um membro da aliança for atacado, os demais devem vir em seu socorro. Motivo pelo qual a guerra em curso pode ser considerada uma “guerra por procuração”. A OTAN enfrenta a Rússia indiretamente a partir do auxílio em dinheiro e armamentos que envia à Ucrânia, sem os quais ela já teria sido derrotada. Até então, a Ucrânia recebe apenas equipamentos necessários à sua defesa e eventual recuperação dos territórios invadidos.

Já no âmbito da segurança internacional, o especialista acredita que a guerra minou a confiança construída entre o Ocidente e a Rússia desde o fim da Guerra Fria. Ele afirma, que desde a década de 1990, a OTAN tem expandido seu guarda-chuva de segurança em direção à Europa Oriental, incluindo antigos países da “cortina de ferro” e ex-repúblicas soviéticas. Em 2008, a Rússia invadiu a Geórgia como tentativa de recuperar sua antiga área de influência. “Em 2014, houve a anexação da Crimeia. Nos dois casos, o Ocidente efetuou uma política de apaziguamento, quase não reagindo ao avanço russo na suposição de aquele fosse o limite”, ressalta.

“A guerra pode ser um primeiro passo em direção ao estabelecimento de uma nova ordem mundial defendida por Rússia e China. Ambos os países defendem o fim da unipolaridade norte-americana na segurança internacional para que possam estabelecer suas próprias áreas de influência”, afirma Luciano. As articulações envolvem a economia internacional, quando a aposta era a de que a interdependência entre União Europeia e Rússia na produção e consumo de gás natural refrearia o expansionismo russo, mas isso não se efetivou durante a guerra.

Segundo o professor, os discursos dos presidentes também subiram o tom ao longo do ano. Muñoz considera que a visita de Joe Biden à Ucrânia foi muito significativa e seu discurso indica apoio incondicional à Ucrânia, reiterando que Vladimir Putin é o único responsável pela continuação do conflito. Além disso, um pacote de ajuda à Ucrânia foi anunciado nesse último discurso - indicando que os apelos de Zelensky por mais ajuda e mais armamentos têm surtido efeito mesmo após um ano de conflito.

“No momento, nem Estados Unidos nem Europa têm interesse em pressionar a Ucrânia por concessões territoriais em prol de um cessar-fogo. Do outro lado, Putin ainda considera que a OTAN é a responsável pelo conflito por ter avançado em direção à área de influência russa, anunciando a saída da Rússia do Acordo START com os Estados Unidos, voltado ao controle dos arsenais nucleares,” prevê.

Sobre o cessar-fogo na Ucrânia, o docente do CEUB acredita que ainda é cedo para qualquer prognóstico. A rigor, a Rússia sequer declarou guerra à Ucrânia, pois considera que sua invasão é uma “operação especial”. Assim, a obtenção de um cessar-fogo já seria um grande ganho. “Tudo indica que, mesmo com um cessar-fogo na Ucrânia, a ruptura entre a Europa e a Rússia veio para ficar, ao menos enquanto Putin permanecer no poder”, arremata.


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