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sexta-feira, 24 de fevereiro de 2023

Acabou o carnaval! Chegou a hora de voltar às aulas! Entenda como auxiliar seu filho nesse retorno

 Profissionais de diferentes escolas do Rio de Janeiro e São Paulo dão dicas para fazer uma adaptação escolar gentil e respeitosa

 

Todo mundo diz que o ano só começa após o carnaval. Para os alunos de diferentes escolas do Brasil, essa máxima se faz presente. Afinal, muitas escolas e famílias, optam por iniciar as aulas após a folia. Depois das férias e festas, chega a hora da separação, de enfrentar o novo, seja colégio, turma, ou mesmo iniciar a vida escolar. Mudar gera desconforto, estranheza e até mesmo insegurança. Essa transição de séries e turmas, tudo isso faz parte da vida educacional de todo ser humano, e todas essas fases trazem consigo novos horizontes, experiências e medos. Para auxiliar pais e crianças, conversamos com profissionais de diferentes escolas do Rio de Janeiro e de São Paulo para saber como fazer uma adaptação escolar gentil e respeitosa. Confira!


 

Acolhimento e atendimento humanizado

 

Alessandra Guedes Rondina, Diretora Geral da Escola Canadense de Niterói, explica que quando os alunos se sentem abraçados logo nos primeiros dias de aula, tudo fica mais simples e fácil.Imersos na cultura canadense, os primeiros dias de aula são dedicados ao acolhimento e integração. Motivados por práticas hands-on e dinâmicas que estimulam a comunicação entre os estudantes, este é o momento para conhecer a rotina, o dia a dia na escola”, diz a profissional que detalha o que acontece na sequência: “Depois do reencontro com os antigos colegas, o acolhimento aos novos e a apresentação das expectativas para o ano, os alunos embarcam nas diversas atividades preparadas por seus professores”.

 

Em Campos dos Goytacazes, Alaide Maria Saab da Silva Teixeira, Coordenadora Pedagógica do Colégio Centro de Estudos aposta na compreensão e na escuta ativa.

 

“A adaptação escolar é um processo de familiarização extremamente importante na vida dos alunos e familiares. Por isso, precisa ser feito com muito carinho, empatia e escuta ativa, para que este período ocorra de forma tranquila, segura e repleto de experiências significativas tanto para os discentes quanto para os responsáveis”.

 

Alaide reforça a importância de os pais estudarem qual a escola que mais tem a ver com o perfil do seu filho:

 

“Antes de decidir matricular seus filhos em uma instituição de ensino, as famílias já passaram por todo processo de preparação em busca da melhor escola, melhor metodologia e a que mais se adequa aos princípios e valores que as norteiam. Afinal de contas, essa escolha representa um grande passo em direção ao alcance de objetivos futuros. É um momento de construção de uma relação que se inicia desde o primeiro contato com a instituição na recepção da escola, até o desenvolvimento do aluno em sala de aula”, declara a profissional que pondera que o desconforto acaba atingindo a família toda, em alguns casos.

 

“Qualquer processo de mudança provoca desconforto seja para crianças, adolescentes ou adultos. Quando falamos de qualquer transição escolar, por mais que cada família tenha suas próprias particularidades, nos referimos a um período que costuma gerar um “mix” de sentimentos que impactam a família toda, tais como: ansiedade, euforia, alegria, medo e insegurança. São sensações que acompanham a vida acadêmica dos alunos a partir do momento em que os pais decidem matricular seus filhos em uma escola”.


 

Amor e estratégia

 

Alaide pede desculpas ao dizer que não há uma receita de bolo nem segredo especial, mas que a integração família x escola é primordial. “Tudo depende da relação família, escola e do relacionamento que os alunos irão criar com toda comunidade escolar. Desta forma, ressalta-se a importância de realizá-la de forma respeitosa, entendendo o tempo da criança e a necessidade de pais e responsáveis. Nada melhor do que utilizar a pedagogia do amor em suas estratégias pedagógicas. Esta sim, é infalível, personalizada e atemporal!”.

 

Em São Paulo, no Colégio Anglo Leonardo da Vinci, Adriana Gobbo é diretora de uma das unidades da escola e acredita na confiança estabelecida entre alunos e todos os profissionais da escola. “O processo de adaptação escolar traz desafios para todos, afinal, é uma situação nova em que a família, a criança e a escola precisam construir vínculos e laços de confiança. Desde a portaria até a sala de aula, todos os funcionários participam desse processo não apenas para acolher aos alunos que ingressam pela primeira vez na escola, mas para com todos que estão mudando de turma”, explica Adriana que analisa a necessidade de fazer a transição de forma gradual, respeitando o tempo de cada criança:

 

“Entre as dificuldades, estão a separação e a necessidade de a criança passar algumas horas em um lugar diferente, com pessoas que ainda são desconhecidas e por isso, na Educação Infantil fazemos a adaptação aos poucos, num período que varia de uma a duas horas por dia, ao longo de uma semana, sempre buscando observar a criança e compreender a delicadeza deste momento para que cada vez mais se sinta confortável e segura. De forma gradativa a criança se desvincula, temporariamente dos pais para que consiga assumir os desafios diários de pertencer a um grupo”.

 

Quem concorda e corrobora com as outras profissionais é Ivone Ferreira Santos, psicóloga do Colégio Novo Tempo, de Santos, litoral paulista. Ela diz que os pais, às vezes, sofrem mais do que as crianças:

 

“Os momentos de transição de segmento representam grandes desafios na vida escolar para os alunos e famílias. Os pais imaginam que perderão o lúdico e precisarão adquirir mais autonomia, assumir maiores responsabilidades, executar tarefas com conteúdos mais complexos, a expectativa de serem alfabetizados, sistema de avaliação e atribuições de notas, receio de terem que lidar com frustrações por insucessos. Todas essas questões são previsíveis, desencadeiam sentimentos de insegurança, medo, desestabilizam emocionalmente tanto as crianças, como os pais, e a escola pode contribuir para amenizar essa angústia planejando ações no decorrer do ano para facilitar o processo de transição”, comenta Ivone que complementa: 

“Os pais podem incentivar a autonomia e reforçar, em conversas com os filhos, os aspectos positivos dessa mudança, afirmando que estão crescendo, conquistando novos espaços e aprendizados, fortalecendo laços de amizades, ampliando possibilidades de novas experiências. A compra do material pode ser estimulante, negociando interesses e escolhas, organizando junto os pertences, antecipando e estimulando um novo recomeço”, finaliza.


Discriminação e preconceito: Como identificar esses comportamentos no ambiente de trabalho?

O preconceito e as atitudes discriminatórias também são responsáveis por tornar o ambiente de trabalho tóxico e hostil, além de trazerem uma série de consequências negativas, tanto para quem se torna vítima quanto para quem presencia e convive com essa realidade nociva. 

Abaixo, você poderá compreender melhor: 

  • As diferenças entre discriminação e preconceito.
  • Como identificar condutas discriminatórias.  
  • O que fazer quando viver ou presenciar a ocorrência de alguma situação do tipo.

 

Diferenciando discriminação de preconceito

Quando pensamos em discriminação e preconceito, uma dúvida muito comum pode vir à cabeça: “mas essas palavras não significam a mesma coisa?” 

 

A resposta é não! 

Apesar de estarem correlacionadas, a discriminação é aquilo que “traduz” o preconceito em formas de agir… vamos explicar melhor!

 

O que é preconceito? 

Segundo o dicionário de Oxford, o preconceito é “qualquer opinião concebida sem exame crítico”. É uma espécie de “sentimento hostil”, assumido em consequência da generalização de um padrão, imposto por algum meio. 

É um juízo de valor baseado em suposições rasas e desprovidas de conexão com os fatos, ou seja, o preconceito é fruto da ignorância e do completo desconhecimento acerca da realidade dos grupos sociais e identidades as quais geralmente são alvos desses “pontos de vista” equivocados. 

Muitas vezes, quem emite essas opiniões preconceituosas não sabe nem mesmo explicar porque pensa assim, já que a natureza dos preconceitos é, quase sempre, enraizada e inconsciente 

Esse aspecto repercute nas crenças do sujeito, cujo pensamento se fecha em acreditar veementemente na sua visão como única forma aceitável e verdadeira de “enxergar o mundo”, em relação a uma série de temas.

O preconceito pode assumir vários formatos e ser direcionado a grupos diferentes de pessoas, como: 

  • O preconceito racial (racismo).
  • O preconceito contra mulheres (machismo ou sexismo).
  • O preconceito contra homossexuais e diferentes identidades de gênero (LGBTQIAP+ fobia).
  • O preconceito contra pessoas gordas (gordofobia).
  • O preconceito contra pessoas com deficiência (capacitismo).
  • O preconceito contra um grupo religioso/religião (intolerância religiosa).
  • O preconceito contra uma determinada nacionalidade (xenofobia).
  • Entre outros.

Quando o preconceito “fura a bolha” do “pensamento” e da “opinião”, e se transforma em atitudes de caráter mais “prático”, temos a “discriminação”.

 

O que é discriminação e como identificá-la? 

Em suma, a discriminação é o preconceito traduzido em ações práticas.

Este gênero de conduta abusiva pode ser manifestado no dia a dia de trabalho em diversas situações. 

Saiba como identificar algumas delas nos exemplos a seguir:

  • Quando são feitos comentários ou qualquer tipo de referência de teor pejorativo relativo ao sotaque e jeito de falar de alguma pessoa de outro estado ou região do país.
  • Quando são feitas piadas ou outras formas de bullying contra um colega por conta de sua orientação sexual ou identidade de gênero.
  • Quando alguma demanda deixa de ser designada a um colaborador por conta de seu gênero. Nos casos de atitudes sexistas em equipes, temos como um possível exemplo, a exclusão de mulheres em projetos considerados mais “desafiadores e complexos”, colocando-as como incapazes de realizá-los e diminuindo a qualidade do seu trabalho em comparação a de um homem. 
  • Quando alguém é excluído, segregado ou ridicularizado em razão do seu peso, cor da pele, condição física, deficiência, lugar de origem, religião, opinião política, entre outros fatores particulares que não devem sobrepor jamais o respeito e a competência no desenvolvimento e participação em tarefas.


Quais são as formas mais comuns de discriminação nas empresas? 

São inúmeras as formas de discriminação e preconceito que podem ocorrer dentro das empresas. Entretanto, algumas delas podem ser mais comuns:

Segundo uma pesquisa realizada pela CEGOS para a CNN, o racismo é principal forma de discriminação em 75% das empresas no Brasil, seguido pelas opiniões políticas (42%) em segundo lugar e pela aparência física em terceiro (37%).

 

O que diz a lei sobre discriminação e preconceito?

A Constituição Federal, mais especificamente na Lei nº 7.716/89, inclui os atos de discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional como crimes sujeitos a penas de reclusão e multas

Por isso, é preciso prezar pela integridade e não participar ou ser conivente com atitudes discriminatórias. 


O combate à discriminação e ao preconceito é uma missão de todos.

  • Por um lado, a empresa precisa estabelecer regras de conscientização sobre a importância da tolerância e do respeito às diferenças, além de promover a criação de um ambiente inclusivo. 
  • Por outro, os colaboradores necessitam se engajar e manter o respeito na condução de suas relações de trabalho e atividades do dia a dia. 

Mesmo quando esses dois compromissos são colocados em prática, ainda é possível a ocorrência de situações de discriminação e preconceito, como as listadas anteriormente nesse artigo. 

Por isso, ao viver ou se deparar com essas atitudes no ambiente de trabalho, é muito importante não naturalizá-las.

 

Vivi ou presenciei uma situação de discriminação: o que devo fazer? 

Se você identificar ou experienciar uma situação de discriminação no seu ambiente de trabalho, é fundamental não ignorá-la.  

Quando há disponível na empresa uma plataforma de comunicação segura para os colaboradores relatarem esses casos, como o Canal de Denúncias da Contato Seguro, a decisão correta a ser tomada é utilizar a ferramenta e fazer uma denúncia.

Nas empresas onde o nosso Canal está presente, os manifestantes têm a possibilidade de preservar a sua identidade no relato, além de contarem com a proteção total das informações.


Pedro Miranda - diretor comercial da Contato Seguro


3 dicas para melhorar a intimidade a dois

Divulgação | Freepik
Experiência sexual pode ser transformadora com esses conselhos da terapeuta e escritora Diana Richardson


Por que as pessoas estão frustradas com suas vidas sexuais? A sociedade ocidental, ao mesmo tempo que pratica uma hipervalorização da sexualidade, não sabe como lidar com os conflitos cada vez maiores dos relacionamentos contemporâneos. Para a terapeuta Diana Richardson, a inclusão de técnicas tântricas nas relações tem o poder de transformar a experiência sexual nos arranjos conjugais.  

Capaz de ampliar a intimidade e o amor, as técnicas apresentadas no livro O coração do sexo tântrico, publicado pela Editora Mantra, passam pelo olhar, toque, respiração e comunicação. Abaixo, a terapeuta corporal e discípula de Osho recomenda três práticas que visam aprimorar a conexão entre casais:

  1. Olhar: os olhos são a janela da alma e um poderoso canal de energia sexual. É com o contato visual que a consciência do momento presente é intensificada. Ter uma visão suave os tornam receptivos, abertos e traz intimidade. Reveze entre fechar os olhos e manter o foco para o interior e para baixo.
  2. Respiração: tem muita influência na energia sexual e a melhor forma de viver o momento presente é ter uma respiração lenta e profunda. Ela é definida como uma ponte entre mente e corpo. É uma grande contribuição no ato amoroso, mas também muito importante nas preliminares. Conduza a respiração para baixo, através do diafragma, na direção dos genitais.  
  3. Toque: deixe que as mãos relaxadas e delicadas, conscientes e vagarosas se moldem às curvas do corpo do parceiro ou parceira. Canalize a energia através das mãos para ter acesso à energia sexual feminina. Receba o calor, aceite e absorva-o em seu corpo.

Divulgação | Editora Mantra
Ficha técnica:
Título
: O coração do sexo tântrico
Subtítulo: Um guia para o amor e a satisfação sexual
Autora: Diana Richardson
Tradutora: Martha Argel
Editora: Mantra
ISBN: 978-65-87173-27-6
Tamanho: 14x21
Páginas: 272
Onde encontrar: Amazon

Sobre a autora: Diana Richardson é professora de terapias holísticas corporais, além de autora de diversos livros sobre o tema. Nascida na África do Sul, tornou-se uma discípula do tantra e do mestre Osho na Índia, em 1979. Desde 1993, ela ensina as técnicas do tantra para casais. Atualmente reside na Europa e, juntamente com seu parceiro, promove retiros educativos para casais que buscam aprender sobre o sexo tântrico.

 

Carnaval terminou: Como lidar com o choro do meu filho no primeiro dia de aula?

Pedagoga e coordenadora do curso de Pedagogia da FSG, aponta os cuidados que os pais devem ter com a primeira vez das crianças na escola

 

O ano já começou, as férias estão indo embora e o retorno das aulas se aproxima, até esse ponto não há nenhuma novidade, mas no caso dos pais de primeira viagem, chega a hora de levar o filho para o primeiro dia de aula. O problema é que por não estar acostumado, os pequenos acabam chorando e demonstram receio em frequentar a escola. Mas afinal, por que isso acontece? 

De acordo com a pedagoga e coordenadora do curso de Pedagogia do Centro Universitário da Serra Gaúcha – FSG, Simone Martiningui Onzi, toda vez que a criança for inserida em um novo ambiente – seja escolar ou não – ela estará apresentando reações adversas pois aquele novo lugar é desconhecido para ela. Além disso, a primeira ida a escola, por exemplo, significa passar menos tempo em casa e/ou com a família, que era uma situação conhecida e confortável para a criança, ou seja, ela pode estranhar e sentir a “perda” disso de forma negativa. 

Para aqueles pequenos que já frequentam a escola, é preciso considerar que a retomada para a mesma, normalmente vem depois de um período de férias, em que a família esteve presente, com momentos de descontração, entre outras atividades, e nesse cenário, a escola representa a perda desses momentos e por isso acontece o choro. 

“Os pais possuem papel fundamental na adaptação de seus filhos na escola, podendo auxiliar inserindo-o no contexto da vida da família, como parte integrante e um momento prazeroso de aprendizagem e evolução. Quando a criança retorna para casa, é importante sempre perguntar e ouvir atentamente sobre o dia da mesma na escola, interagindo com a importância do momento e valorizando a experiência para a criança”, afirma.  

Do mesmo modo, os responsáveis precisam evitar a mensagem de que a criança deve ir à escola por “obrigação” e não falar de forma depreciativa do local e/ou dos professores na frente da criança, assim como não conectar a escola como recompensa positiva ou negativa de alguma atitude que a criança teve em casa.  


Meu filho não para de chorar, o que fazer? 

Para Onzi, primeiramente os pais devem acolher e validar o sentimento da criança e cuidar para dizer: não precisa chorar, a escola é legal, ou algo similar a isso. “A criança não tem a nossa maturidade e por isso é importante demonstrar que tudo bem chorar, pois é uma situação nova, já que todos vão aprender junto a lidar com esse sentimento, e que é normal se sentir apreensivo, que você, enquanto criança também teve seus momentos de chorar por conta do desconhecido, mas que conseguiu superar. Desta forma, você conseguirá incentivar a criança a superar esse momento junto também”, aconselha. 

A parceria família, escola e pedagogo/professor é fundamental para a adaptação da criança no ambiente escolar, pois é nesse alinhamento de responsabilidades e olhares de acolhimento que o sucesso desse processo será efetivado.  

“O pedagogo, junto a escola e família, irá também acolher o sentimento da criança, e além disso, auxiliando em diferentes formas de mostrar que o ambiente da escola é lúdico e prazeroso, por meio de atividades de integração entre professor e estudantes, bem como apresentando a instituição e diferentes possibilidades de interação entre todos”.  

Por fim, a coordenadora do curso de Pedagogia da FSG, deixa uma mensagem para os pais que vão levar os filhos para a escola pela primeira vez: “queridos pais, preparem seus filhos para inserção na escola. Expliquem, mais de uma vez, o que vai acontecer quando a criança ingressar nesse meio, fale de suas experiências positivas na escola e insira a criança nas atividades pré-escola dentro do possível, tais como: levar o estudante junto para experimentar o uniforme, para comprar alguns materiais, entre outros”, finaliza.  

 


FSG
https://www.fsg.edu.br/

 

A valorização da riqueza do feminino

Por que falar da riqueza do feminino? Porque ainda existe um apagamento da condição feminina. Se o reino de Deus já está entre nós, por que a igreja ainda não manifesta essa condição de igualdade entre homens e mulheres? Jesus disse que seríamos conhecidos pelo amor entre nós. É assim que a sociedade vê a igreja? São esses valores e práticas que testemunhamos? Será que a violência doméstica e tantas outras expressões do desrespeito e da opressão não existem em nosso meio?

Por incrível que pareça ainda há igrejas que, no terceiro milênio, realizam concílios para discutir se a mulher pode ou não subir ao púlpito. Ao longo dos séculos, tanto em culturas cristãs quanto não cristãs, mulheres de todas as classes sociais tiveram menos poder e independência que os homens da mesma classe. Pessoas sem poder, nem proteção, ficam vulneráveis e acabam sempre por sofrer abusos dos detentores do poder.

No Brasil a taxa de violência continua aumentando, inclusive nos lares evangélicos. O índice crescente de feminicídio pode ser atribuído a diferentes fatores, como o preconceito, o machismo estrutural e o patriarcado, que têm relegado mulheres à condição de marginalizadas e oprimidas.  Em agosto de 2006, a Lei n° 11.340, mais conhecida como Lei Maria da Penha, foi sancionada. Ela se configura como a primeira lei voltada exclusivamente à violência de gênero, tratando a questão como de interesse social e público. A violência contra a mulher “resulta ou pode resultar em dano, ou sofrimento de natureza física, sexual ou psicológica”.

A Lei Maria da Penha foi um dos maiores avanços para a afirmação dos direitos das mulheres no Brasil. Contudo, o que se vê diariamente em noticiários é o aumento substancial das estatísticas desse tipo de comportamento, agravado no período da pandemia da covid-19. As motivações por trás desses episódios violentos são as mais variadas, como tentativa de controlar a autonomia e o corpo da mulher movido por um sentimento de posse; de limitar sua emancipação econômica, profissional, social ou intelectual; visão da mulher como objeto sexual; e ações de desprezo e ódio pela mulher e por sua condição feminina.

A pesquisadora Valéria Vilhena aponta para o trágico fato de que 40% das mulheres em situação de violência (psicológica, moral, patrimonial ou física) atendidas pela pelo Núcleo de Defesa e Convivência da Mulher Casa Sofia se declaravam evangélicas. Quando a cultura religiosa se omite sobre a opressão que caracteriza o patriarcado, está favorecendo o crescimento da violência doméstica. Quando pastores e outros membros de igreja silenciam – e também silenciam as mulheres  mesmo cientes de abusos domésticos, contribuem para a escalada dessa violência, que pode chegar ao ato extremo.

O discurso teológico predominante é o da submissão da mulher ao marido, sem considerar que Efésios 5-6 e outros textos admoestam que deve haver sujeição de “uns para com os outros”. O chamado para servir é para todos. E isso não significa subalternidade, como é pregado e exigido para a mulher, mas igualdade de valor diante de Deus.

 

Soraya R. Cavalcanti - professora e psicóloga, e mestre em Serviço Social pela PUC-Rio. Servidora pública, atua como coordenadora do Programa de Capacitação Continuada Capacit Mulher. É colaboradora do livro "Espiritualidade no chão da vida", pela Editora Mundo Cristão.


Recebeu o diagnóstico de fadiga adrenal? Desconfie, pois isso não existe

Endocrinologista alerta para falsos diagnósticos

28 de fevereiro é o Dia Mundial das Doenças Raras 



Cansaço, desânimo, fadiga, dificuldade para manter o nível de energia e concentração ao longo dia têm sido queixas comuns nos consultórios médicos. Em geral, são pessoas com um estilo de vida muito intenso e estressante: pouco tempo para dormir, jornada de trabalho longa e extenuante, cheia de demandas, pouco ou nenhum tempo para atividade física e diversos problemas da esfera emocional que quase sempre causam sensação de depressão e ansiedade.

“Frente a essas queixas e sintomas, maus médicos rotulam os pacientes como portadores de ‘Fadiga Adrenal’ e prescrevem reposição de corticoide – o cortisol ‘bioidêntico’ - com o argumento que as glândulas suprarrenais estão ‘fadigadas’ e não conseguem produzir a quantidade de cortisol necessária. Mas aqui fica um alerta: não existe fadiga adrenal”, explica Dr. Felipe Henning Gaia Duarte, endocrinologista presidente da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia Regional São Paulo – SBEM-SP

As glândulas adrenais (ou suprarrenais) são duas e se localizam no abdômen, acima dos rins. Elas produzem alguns hormônios como: adrenalina, noradrenalina aldosterona, hormônios masculinizantes (s-DHEA) e o cortisol.

O cortisol é um hormônio que tem vários papéis no organismo, um deles é ajudar a mobilizar energia para que o organismo possa dar conta de executar as suas tarefas durante o dia. Em situações de urgência do organismo, como por exemplo infecções, traumas, acidentes ou mesmo situações de alerta como a necessidade de “fugir de um ladrão”, as glândulas adrenais liberam uma quantidade maior de cortisol para que o corpo tenha mais energia para poder lidar com estas questões.

De fato, existes situações na qual estas glândulas adrenais não conseguem produzir cortisol adequadamente, como no caso de doenças de danifiquem as adrenais como tumores, infecções por fungos, lesões da glândula hipófise, doenças congênitas, dentre várias outras. Esta situação de produção insuficiente e cortisol é chamada de Insuficiência Adrenal, uma doença rara, e é diagnosticada com testes específicos pelo endocrinologista.

“Não existem sintomas clínicos isolados que possam dar esse diagnóstico, no mínimo é necessário dosar o cortisol no sangue, e essa dosagem deverá vir baixa para que se possa pensar neste diagnóstico. Quando o isso ocorre, aí sim, é necessário repor o cortisol usando medicamentos da família dos glicocorticoides - existem vários e o endocrinologista analisará aquele que melhor se encaixa no perfil do paciente”, explica o endocrinologista.

Ele completa dizendo que, por outro lado, quando este critério de falta de cortisol não existe e a “reposição” de cortisol é iniciada, já está claramente comprovado que isto aumenta a ocorrência de problemas metabólicos como diabetes, hipertensão, alteração de gorduras no sangue (triglicérides), perda de massa óssea e muscular etc e isso leva ao aumento da mortalidade e redução da longevidade das pessoas.”

Não se pode negar que no início de uma reposição inadequada deste hormônio o paciente não sinta uma melhora do bem-estar nos primeiros dias, pois este hormônio tem uma ação euforizante inicial, porém, com passar das semanas, esse efeito se perde e o efeitos ruins virão.

“Tenham muito cuidado quando alguém disser que você tem o diagnóstico de “Fadiga Adrenal” e que, especialmente, somente melhora com o tratamento com uso de um hormônio manipulado especial (bioidêntico). Você poderá estar sendo enganado”, alerta o presidente da SBEM-SP.
 

 

SBEM-SP (Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia do Estado de São Paulo)
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Coringa 2 - Folie à Deux: Entenda a síndrome que dá nome ao novo filme de Joaquin Phoenix e Lady Gaga

 Novo filme do Coringa irá abordar distúrbio psiquiátrico que afeta Coringa e Arlequina 

 

Já confirmada, a sequência do sucesso “Coringa” promete abordar ainda mais os transtornos psiquiátricos do personagem principal, dessa vez em sua relação com a Arlequina, o título da sequência "Folie à Deux” faz referência a uma síndrome psiquiátrica onde alucinações e delírios são compartilhados entre dois ou mais indivíduos.

 

Segundo o Pós PhD em neurociências, Dr. Fabiano de Abreu Agrela, a síndrome é rara, mas pode afetar principalmente mulheres.

 

Folie à Deux, ou transtorno psicótico induzido, é uma síndrome bastante rara, por isso, também é bem pouco conhecida, ela ocorre quando um sujeito psicótico, chamado de indutor primário, afeta terceiros, considerados sujeitos secundários, com seus delírios e alucinações”.

 

Normalmente, o transtorno afeta mulheres e entre mães e filhos, mas também pode ocorrer com quaisquer indivíduos que tenham uma relação próxima, muitas vezes, mas não exclusivamente, causada por um confinamento, ou ambientes com pouca influência do exterior”.

 

O diagnóstico é feito por um psiquiatra através da observação dos sintomas apresentados pelos dois indivíduos e da análise da sua convivência, já o tratamento consiste basicamente em separar as duas pessoas e realizar tratamentos relativos ao transtorno, geralmente mais intensamente no indutor primário” Explica.

 




Dr. Fabiano de Abreu Agrela Rodrigues - Pós-doutor e PhD em neurociências eleito membro da Sigma Xi, The Scientific Research Honor Society e Membro da Society for Neuroscience (USA) e da APA - American Philosophical Association, Mestre em Psicologia, Licenciado em Biologia e História; também Tecnólogo em Antropologia com várias formações nacionais e internacionais em Neurociências e Neuropsicologia. É diretor do Centro de Pesquisas e Análises Heráclito (CPAH), Cientista no Hospital Universitário Martin Dockweiler, Chefe do Departamento de Ciências e Tecnologia da Logos University International, Membro ativo da Redilat, membro-sócio da APBE - Associação Portuguesa de Biologia Evolutiva. Membro Mensa, Intertel e TNS. Currículo BR: http://lattes.cnpq.br/1428461891222558 Currículo PT: https://www.cienciavitae.pt/portal/en/8316-38CC-0664 Currículo INT: https://orcid.org/0000-0002-5487-5852



Especialista dá dicas para voltar a alimentação saudável após as férias

 Senivpetro/Freepik
Nutricionista do Emagrecentro propõe algumas mudanças de hábito para desinchar e desintoxicar o corpo

 

Com o fim das férias, o desafio agora é retomar o ritmo e voltar para a rotina com uma alimentação equilibrada. Após o período sem dieta pode haver uma sensação de inchaço e isso ocorre por conta da retenção de líquidos e talvez um ganho de peso em decorrência do alto consumo de alimentos com carboidratos simples e exageros de bebidas açucaradas e bebidas alcoólicas e açucaradas. Pensando nisso, a Dra. Fernanda Lopes, nutricionista clínica do Emagrecentro, sugere alguns passos para eliminar o inchaço e voltar ao ritmo com uma dieta saudável.

  • Nada de compensar! Aquele pensamento de ficar muito tempo sem comer ou comer em uma quantidade muito baixa é um grande erro! “A restrição gera picos de fome, levando à alta ingestão de alimentos de uma só vez. Isso, mais para frente, ainda pode gerar um transtorno alimentar e se tornar um ciclo vicioso”, explica Lopes; 
  • Beba muita água. Diariamente é recomendado em média 2 litros de agua/dia  para a eliminação de toxinas, recuperar a hidratação e identificar com mais facilidade quando se está com fome;
  • Não poupe na salada! Esses alimentos apresentam boa quantidade de fibras e minerais, garantido um bom funcionamento intestinal, já que as vitaminas e minerais presentes na salada estão diretamente relacionados com o reequilíbrio da flora intestinal. Por isso, quanto maior for a variedade e cores, melhor;
  • Alimentos anti-inflamatórios são grandes aliados. “Para potencializar o processo, pode incluir gengibre, cúrcuma, semente de chia ou linhaça e vegetais verde-escuros na dieta, pois eles são imprescindíveis para auxiliar no detox do organismo”, comenta a especialista Fernanda.

 

Emagrecentro


Marido machista? Veja 5 dicas para impor limites

Misoginia existe até nas relações amorosas e deve ser combatido (Crédito Unsplash)

Pesquisa revela que apenas 11% dos brasileiros se consideram machistas

  

Segundo dados da pesquisa PoderData, divisão de estudos estatísticos do site Poder360, 83% dos brasileiros reconhecem que há machismo no Brasil, mas apenas 11% se consideram machistas. Além disso, a mesma pesquisa revela que outros 7% acreditam que a desigualdade de gênero não existe no país. É fácil de entender que as mulheres também são vítimas em muitas relações amorosas, com maridos que, com violência psicológica e/ou física, alimentam uma ideia de inferioridade às mulheres, e suas esposas não são isentas.

“É fundamental saber quais atitudes e/ou falas são machistas e corroboram com o discurso misógino. Em uma relação amorosa, as cenas são mais previsíveis, e é igualmente importante que sejam combatidas, ainda mais porque muitas pessoas erram em achar que o machismo está apenas na agressão física. No casamento, além das falas machistas, ainda existe a ideia de que é papel da mulher, sozinha, cuidar da casa, dos filhos e do próprio marido, e isso deve acabar”, disse Henri Fesa, especialista em relacionamentos e representante da Casa das Magias. 

Em qualquer relação, é importante entender que a responsabilidade afetiva deve estar presente, seja para entender atitudes misóginas ou para simplesmente conversar sobre um problema menor. “O amor não é a única base de um relacionamento. É preciso respeito, empatia, cuidado, companheirismo e outros pontos para que uma relação saudável aconteça. Se tratando de machismo no casamento, é importante não ‘abrir mão’ desses cuidados, pois o índice de feminicídios ainda é grande na sociedade”, continua o especialista. 

Em 2022, considerando apenas o primeiro semestre, 699 mulheres foram mortas em razão da sua condição de ser sexo feminino, conforme dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública. Ou seja, em apenas seis meses, aproximadamente quatro mulheres foram mortas todos os dias no Brasil, e unicamente por serem mulheres. O crime de feminicídio surge com a Lei nº 13.104/2015, que modifica o artigo 121 do Código Penal que tipifica o crime de homicídio para incluir a qualificadora do feminicídio entre os crimes contra a vida. 

Apesar do triste índice, é importante entender que tudo começa na discussão, no tratamento, nas palavras e que devem, sem dúvidas, ser combatidas no início. Para uma relação respeitosa, amorosa e saudável, a Casa da Magia, com espiritualistas com mais de 30 anos de experiência, tem ajudado casais a restabelecerem a harmonia e garantir o amor e a cumplicidade da relação através do Casamento Espiritual. Seja através da espiritualidade ou de qualquer outro método, é importante se guiar pelo respeito e buscar equilíbrio na relação. 

Pensando nisso, Henri Fesa, especialista em relacionamentos da Casa das Magias, dá 5 dicas para impor limites com um marido machista:

 

1. Identifique as falas e ações machistas 

Antes de tudo, é preciso reconhecer tudo que representa o machismo dentro da sua relação. Entenda que não é só a violência física, mas a psicológica, ou ações que colocam a mulher como responsável pelos cuidados da casa, dos filhos e situações afins;



2. Exponha a situação ao parceiro
 

É fundamental expor como a desigualdade de gênero afeta a relação, como explicar injustiças com os cuidados da casa, quando não são divididas, ou falas que corroboram com a misoginia. Se ainda houver disposição, busque mudança no parceiro de imediato;



3. Mantenha-se firme
 

Entenda que não há argumentos no mundo que justifiquem o machismo. Ele deve ser controlado e ponto final.


 

4. Exija respeito sempre 

Na relação, mesmo que a mudança aconteça de maneira mais lenta, é importante exigir respeito. Respeito é o mínimo;


 

5. Modele os acordos da relação 

É comum casais fazerem seus acordos, como a frequência de determinadas atividades, os afazeres domésticos, modo como fazem determinadas coisas. Na conversa, busque mudar os acordos que não fazem mais sentido ou os que colocam a mulher em desvantagem.


 

Casa das Magias

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Especialista destaca acesso à informação e aos métodos preventivos para reduzir gravidez na adolescência

Taxa de nascimentos de crianças de mães entre 15 e 19 anos no Brasil é 50% maior do que a média mundial

 

Estudos nacionais e internacionais têm mostrado os impactos negativos significativos da gravidez precoce na adolescência, com consequências no futuro profissional das jovens mães, no aumento da pobreza e de desigualdades sociais. No mundo, a gravidez em adolescentes é considerada de risco e como um problema  de saúde pública, principalmente em relação à mortalidade materna.

No Brasil, segundo informações do Sistema de Informações de Nascidos Vivos, do governo federal, a taxa de nascimentos de crianças de mães entre 15 e 19 anos é 50% maior do que a média mundial — a taxa global é estimada em 46 nascimentos por cada uma mil meninas, enquanto no Brasil estão estimadas 68,4 gestações.

A situação ainda é mais preocupante quando é analisado o recorte de crianças e adolescentes entre 10 e 14 anos. Em 2020, foram registradas 17,5 mil mães nesta idade. Na última década, a Região Nordeste foi a que mais teve casos de gravidez com este perfil: foram 61,2 mil, seguido pelo Sudeste, com 42,8 mil.

Para a Organização Mundial da Saúde (OMS), filhos de mães adolescentes têm maior probabilidade de apresentar baixo peso ao nascer e maior probabilidade de morte do que os filhos de mães com 20 anos ou mais. Durante o primeiro ano de vida, filhos nascidos de mães adolescentes apresentam uma taxa de mortalidade infantil duas a três vezes maior que a de mães adultas e um aumento de seis vezes na incidência de síndrome de morte súbita.

“A prevenção da gravidez na adolescência é fundamental para reduzir o problema e garantir a saúde e o bem-estar das jovens e de seus filhos. É uma oportunidade de conscientizar sobre a importância de planejar o futuro e de se proteger contra doenças”, comenta o médico ginecologista, Anderson Nascimento, da Rede de Hospitais São Camilo.

A Rede São Camilo reúne profissionais e recursos tecnológicos para o atendimento à saúde da mulher com uma visão integral de suas necessidades. A saúde feminina é trabalhada na prevenção e tratamento de doenças com o foco da atenção nas vulnerabilidades e características clínicas e comportamentais em diferentes fases da vida, como na adolescência, na maternidade e na menopausa.

No Centro de Atendimento à Saúde da Mulher são realizados os principais exames diagnósticos para rotina e acompanhamento, como Papanicolaou, Colposcopia, Ultrassonografia, Mamografia e Densitometria Óssea.

  

Rede de Hospitais São Camilo


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