A médica veterinária conta que a falta de sangue pode
ter consequências gravíssimas e levar o
animal ao óbito.
Assim como os humanos,
os cães e gatos também podem fazer o bem e ajudar a salvar a vida de outros
animais com uma simples doação de sangue, já que os pets podem precisar de
transfusão sanguínea por diversos motivos, entre eles doenças graves, traumas
por atropelamentos e outras enfermidades.
De acordo com Camila
Maia, médica veterinária e coordenadora do hospital Vet Popular, unidade zona
norte, a transfusão de sangue é realizada em casos de anemias graves que podem
ser causadas por diversos parasitas que acometem os cães e gatos, em cirurgias
extensas com perda grave de sangue, ou também rompimento de órgãos (como fígado
e baço) após traumas.
A
especialista reforça que a falta de sangue para um animal que necessita pode
ter consequências gravíssimas e levar ao
óbito, por exemplo. “Existe uma carência de doação de sangue tanto em cães
quanto em gatos, que muitas vezes morrem por falta de sangue”.
Como o sangue é um
“produto” biológico pode haver rejeição desse sangue durante ou após a
transfusão, daí a necessidade do procedimento sempre ser realizado sob cuidado
médico veterinário, que avaliará todo o processo. “O ideal é sempre fazer o
teste de compatibilidade para que a transfusão seja feita de forma mais segura
para o receptor, porém, em casos de emergência muitas vezes o procedimento é
feito sem testes”, explica.
Lembrando que o sangue é
espécie especifico, ou seja, cão doa para cão e gato doa para gato. Segundo a
especialista, existem tipos de sangue diferentes para cães e gatos. “Os gatos
têm três tipos: A, B e AB, e os cães 7: DEA 1.1 a 1.7”.
A médica veterinária
conta que a doação de sangue é indolor e não causa nenhum mal ao doador, que
precisa ser adulto saudável, com mais de 25 Kg no caso dos cães e 4 kg os
gatos. “A doação de sangue dura em média 15 minutos e a coleta é feita través
da veia jugular (pescoço), com animal deitado “de lado”. Quando o doador é
muito ativo pode-se realizar uma sedação para contê-lo”, destaca.
A doação pode ser
realizada a cada dois meses com segurança, sendo que após a doação o animal
pode retornar a sua casa e participar da sua rotina normalmente, evitando
apenas exercícios físicos no mesmo dia. “Não há necessidade de preparo, o
doador só não pode estar sob tratamento médico ou ter sofrido algum tipo de
cirurgia recente”, afirma.
Camila reforça que o
animal doador além de ajudar a salvar a vida de um outro bichinho ainda recebe
uma série de exames de sangue que comprovem o seu estado de saúde.