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segunda-feira, 19 de julho de 2021

Os benefícios do Extrato de Própolis Vermelha

Em tempos de pandemia, quando mais forte for o organismo, melhor a chance de reagir bem a contaminação por algum vírus, inclusive pelo vírus da Covid-19

 

O Extrato de Própolis Vermelha, produzido exclusivamente no Estado de Alagoas, tem excelente valor nutricional, pertence ao grupo dos fitoterápicos e opoterápicos, tem mais de 300 princípios ativos, além de ser muito rico em vários tipos de sais minerais e complexos vitamínicos.

Possui comprovadamente oito tipos de isoflavonóides, qualidade nunca antes encontrada em outra Própolis no mundo, sendo este um dos grandes diferenciais do produto da Ouro Vermelho. Os flavonoides têm se destacado em pesquisas por suas potentes ações farmacológicas, incluindo antimicrobiana, anti-inflamatória e antioxidante (combate radicais livres).

Aclamada por aumentar a imunidade, a própolis vermelha foi recentemente reconhecida como auxiliar no combate as células de câncer. Estudo apresentado no ano passado pelo professor Roberto Berlinck, do Instituto de Química de São Carlos, da Universidade de São Paulo (IQSC-USP), e membro da coordenação do programa BIOTA-FAPESP, mostrou que as células vermelhas da própolis têm atividade antiproliferativa de células de câncer.

Conforme a nutricionista Clínica Funcional Dra. Gisela Savioli, da Clínica Savioli, de São Paulo, “o uso da Própolis Vermelha é excelente no processo de recuperação do sistema imunológico e suas ações anti-inflamatória e antimicrobiana tornam-se grandes aliadas na recuperação da saúde intestinal onde encontramos 70% do nosso sistema imunológico. Potente antioxidante chega ao mercado em um momento muito importante para a modulação dos radicais livres em consequência do estresse que a população em geral vem enfrentando.”

Instagram:@giselasavioli

 

A Própolis Ouro Vermelho utiliza a abelha africanizada, cujo nome científico é Apis Mellifera.

A indicação diária de consumo é de 20 a 30 gotas.

 

Acesse os pontos de vendas pelo Instagram:@ouro_vermelho

Whatsap: (82) 99986-7619


Marketing e saúde: como complementar o trabalho médico oferecendo informação de qualidade

Mais do que nunca estamos vivendo a era da disseminação rápida de informações. Acompanhamos de perto o quanto esse acesso modificou os relacionamentos empresariais e seus clientes e parceiros.

Quando falamos em saúde e marketing, geralmente o primeiro pensamento é de algo em que não há conversa, porém, com a era moderna, pudemos ver o quão essa área é estratégica para que informações de grande relevância e qualidade cheguem até a população e complementem os esclarecimentos médicos dentro dos consultórios e também por meio da telemedicina.

Há muito tempo o marketing na área de saúde deixou de apenas buscar o aumento da carteira de clientes e sim, em contribuir socialmente com as informações prestadas por meio das redes sociais, jornais e outras formas de comunicação. Com toda a certeza, quanto mais conteúdo qualificado, mais a empresa que o oferece ganha novo espaço no mercado de saúde suplementar e isso, reflete diretamente no aumento da carteira de vidas atendidas.

Ao se colocar no mercado estadual de referência em planos empresariais, a Paraná Clínicas adota uma gestão humanizada, que dá preferência por uma boa conversa entre médico e paciente, do que apenas em registrar aumento de números.

Esse direcionamento tem reflexo direto na área de marketing, afinal, o desafio é colocar em todos os meios de comunicação entre operadora e paciente a humanização, o sentimento de pertencimento e o carinho desta entidade curitibana e que possui planos ousados de expansão.

A chegada da pandemia do novo coronavírus, acentuou ainda mais essa troca de informações, fazendo com que intensificássemos as comunicações para esclarecer as dúvidas dos pacientes e tranquiliza-los em relação aos atendimentos que não podiam ser descontinuados.

De forma rápida e qualificada, a Paraná Clínicas se adiantou ao momento e em março de 2020 iniciou os atendimentos remotos sem perder sua referência em acolhimento humanizado. Mais de 26.400 pacientes, já utilizaram a telemedicina da Paraná Clínicas e, em sua grande maioria, com altos níveis de satisfação.

O marketing no setor de saúde, assim como os demais, precisa acompanhar as inovações tecnológicas, as novidades de mercado e saber como aplicar tudo isso em favor dos clientes, por meio de campanhas que sejam marcantes e não sensacionalistas, que os pacientes consigam se sentirem acolhidos com palavras e imagens. A linha deste tipo de comunicação é muito tênue neste mercado, visto que muitas campanhas precisam ser um pouco mais impactantes, mas sem esquecer as premissas que conduzem a companhia.

Essa área, permeia todo o funcionamento de uma operadora de saúde, desde sua fachada, os uniformes, o método com que as pessoas são acolhidas, disposição de mobiliário, inovações tecnológicas, métodos de abordagem, linguagem de redes sociais e a lista de todas as áreas que o marketing atua seria infinita.

Arrisco dizer, que o marketing é um instrumento gerencial, uma ponte entre a empresa e seu público resultado em áreas como vendas e na fidelização de sua carteira de clientes, lembrando assim, dos do marketing citados pelos autores Nascimento e Lauterborn, em 1990 (Entusiasmar colaboradores; encantar Clientes; enlouquecer concorrentes; enriquecer a todos). Demonstrando mais uma vez, o quanto o marketing na área de saúde é uma ciência que precisa ser igualitária e diferenciada ao mesmo tempo, passando por todas as áreas e deixando sua marca com qualidade e precisão.  

 


Juliane Kosiak Poitevin - formada em administração, especialista em marketing pela ESPM, com MBA em marketing pela FGV  e, desde 2016, atua como gerente de marketing e comunicação da operadora de planos de saúde empresariais Paraná Clínicas, empresa integrante do Grupo SulAmérica com sede em Curitiba (PR).

 

 

Paraná Clínicas

www.paranaclinicas.com.br


Médica combate a desinformação sobre os tratamentos da Covid 19 nas crianças

A pediatra Ana Paula Bletran Moschine Castro explica o que é fato e o que é fake sobre a doença nos pequeninos


Do dia para a noite, a rotina das crianças virou de cabeça para baixo. Atividades comuns como ir à escola, brincar no parque, encontrar os amigos foram canceladas e as famílias precisaram adaptar-se à nova realidade atendendo às medidas de segurança impostas pela pandemia.

Desde o início da pandemia, hábitos como lavar as mãos, usar máscaras, álcool gel e manter o distanciamento físico, entraram no cronograma de novos comportamentos dos pequenos. As recomendações das principais autoridades no assunto, para promover a saúde, foram seguidas à risca por muitas famílias, mas há casos em que a preocupação de pais e mães para garantir a segurança dos filhos, foi além das orientações respaldadas por estudos. "A busca por informação é constante e é válida, mas é fundamental que ela venha de fontes confiáveis. Muito se falou sobre os impactos da doença nos pequenos, mas é preciso cautela com estes dados. Combater a desinformação se tornou a missão de todos", declarou a médica pediatra Ana Paula Beltran Moschione Castro, (CRM 69748 - SP).

No Brasil, onde a doença já tirou a vida de mais de 540 mil pessoas, os dados do da Sociedade Brasileira de Pediatria e Ministério da Saúde apontam entre março de 2020 e início de junho de 2021, mais de 15 mil crianças foram internadas com Covid-19 e mais de 948 pacientes, de 0 a 9 anos, perderam a batalha contra a Covid-19.

Para entender melhor como a doença afeta pacientes desta faixa etária, convidamos a especialista que esclareceu algumas informações encontradas na internet:

1.É verdade que a Covid 19 afeta crianças de todas as idades?

Sim. Crianças de todas as idades podem ser contaminadas pelo Coronavírus. Em muitos casos, de forma assintomática. Em outros, há relatos de sintomas leves, como febre baixa, tosse e certa fadiga. Houve alguns casos considerados mais graves, mas em pouca quantidade. Crianças com problemas de saúde pré-existentes oferecem riscos maior de contrair a forma mais grave da doença.

2.Há vacinas disponíveis para crianças?

O Brasil oferece três tipos de vacinas contra a Covid-19. A Coronavac, fabricada pelo Instituto Butantan, a Oxford/Astrazeneca, envazada pela Fiocruz, e a vacina da Pfizer/ BioNTech, mas novas apresentações podem ser aprovadas pela ANVISA a qualquer momento. Recentemente, a ANVISA acenou coma aprovação em caráter emergencial da vacina produzida pela Jansen. Ainda mais recentemente, a ANVISA destacou que a vacina contra Covid-19 produzida pela Pfizer pode ser aplicada em crianças a partir dos 12 anos de idade. Nos EUA, a Moderna anunciou que já está fazendo estudos sobre a aplicação em crianças. O plano que também está na pauta da Johnson & Johnson. Esses estudos ajudam a confirmar se as vacinas são eficazes e identificar a dose ideal por faixa etária.

3.As crianças têm mais probabilidade de espalhar o vírus?

Não é bem assim. Acontece que as crianças infectadas, em muitos casos, não manifestam sintomas e acabam interagindo com um público mais suscetível à doença. Mas ainda não há uma base concreta de estudos que certifique o nível de contaminação carregado por esse público.

4.Estou grávida e pretendo amamentar. Posso tomar vacina contra a Covid-19? É arriscado para a criança?

Os estudos apresentados pelo Colégio Americano de Obstetrícia e Ginecologia e Sociedade de Medicina Materno-Fetal indicaram que as vacinas de mRNA Covid-19, desenvolvidas pela Pfizer/Biontech e Moderna, podem ser administradas em grávidas e lactantes. Em ambos casos, a melhor opção é ouvir o médico que está acompanhado a gestação e saúde da mulher.

5.Qual o tratamento ideal para crianças com Covid 19?

Assim que diagnosticada a doença, o primeiro passo é iniciar o tratamento com as opções mais seguras. A indústria farmacêutica dispõe de um portfólio fundamental nesta jornada, como o ibuprofeno. A molécula tem 60 anos de mercado é a mais estudada da atualidade. Recentemente, a Organização Mundial da Saúde incluiu o ibuprofeno, entre outros princípios ativos, como medicamentos a serem utilizados para o tratamento dos sintomas da Covid-19, como dor e febre, em adultos e crianças.


Novos estudos ajudam a entender o impacto do novo coronavírus no cérebro humano

Seminário on-line organizado pela FAPESP reuniu pesquisadores do Brasil e da Alemanha. Resultados dão pistas de como o SARS-CoV-2 chega ao sistema nervoso central e quais células são mais afetadas (experimentos realizados em células nervosas por pesquisadores do Instituto D’Or e da UFRJ; reprodução)

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Dias depois de a Organização Mundial da Saúde (OMS) decretar a pandemia pelo novo coronavírus, em março de 2020, um estudo com pacientes na Itália já relatava a perda do olfato e do paladar como um dos sintomas de COVID-19. Em abril do mesmo ano, foi publicado o primeiro estudo sobre o impacto neurológico da doença, com centenas de pessoas.

Desde então, investigações sobre as consequências da COVID-19 no cérebro têm sido realizadas, abordando desde os efeitos observados na fase aguda até as possíveis sequelas neurológicas – relatadas por cerca de 30% dos pacientes que se recuperaram.

“A COVID-19 foi inicialmente descrita como uma infecção viral do trato respiratório, mas rapidamente fomos aprendendo que o cérebro é um dos vários órgãos afetados. Mas alguns aspectos da doença ainda permanecem obscuros. O impacto no cérebro não está completamente entendido. É muito importante estimular a troca de conhecimento e de experiências entre pesquisadores de todo o mundo”, disse Luiz Eugênio Mello, diretor científico da FAPESP, na abertura do seminário on-line “What does COVID-19 have to do with the brain?”, realizado em 7 de julho. O evento, que reuniu cientistas do Brasil e da Alemanha, integra a série FAPESP COVID-19 Research Webinars, organizada com apoio do Global Research Council (GRC).


O caminho do vírus

Um dos estudos apresentados no seminário, conduzido na Charité Medicine University Berlin (Alemanha), demonstrou que o novo coronavírus utiliza a mucosa olfatória como porta de entrada para o cérebro. “Isso se dá devido à proximidade anatômica entre as células da mucosa, os vasos sanguíneos e as células nervosas na área. Uma vez instalado na mucosa olfatória, o vírus parece usar conexões neuroanatômicas, como o nervo olfatório, para chegar até o cérebro”, afirmou Helena Radbruch, que analisou amostras da mucosa olfatória e de outras quatro regiões do cérebro de 33 pacientes que tiveram a forma grave da doença e morreram.

A equipe de Radbruch acompanhou outros 180 pacientes desde a fase aguda da doença até meses após a recuperação. “A boa notícia, sobretudo para quem teve COVID-19, é que o vírus não permanece por muito tempo no cérebro. Verificamos que somente em alguns pacientes o SARS-CoV-2 atinge esse órgão e, três semanas após a fase aguda, ele já não está mais lá”, contou.

Radbruch estudou também como o sistema imunológico responde à infecção pelo novo coronavírus. Além de encontrar evidências de células imunológicas ativadas no cérebro e na mucosa olfatória, foi possível detectar as assinaturas imunológicas dessas células no fluido cerebral. Em alguns dos casos estudados, os pesquisadores também encontraram danos no tecido causados por acidente vascular cerebral – um resultado da obstrução de vasos sanguíneos.

“A presença do vírus nas células nervosas da mucosa olfatória parece explicar os sintomas neurológicos, como a perda de olfato e paladar, não tão rara assim entre pacientes com COVID-19”, disse.

No Brasil, pesquisadores do Instituto D’Or e da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) conduziram uma série de experimentos e concluíram que, além da mucosa olfatória, existem diferentes formas de o vírus atingir o cérebro. Uma delas se daria conforme a doença vai progredindo para diferentes órgãos e a inflamação sistêmica a torna ainda mais grave, o que facilitaria a entrada do vírus no cérebro.

“Infelizmente, identificamos em uma autópsia uma infecção viral grave no plexo coroide, uma estrutura do sistema nervoso central protegida pela barreira hematoencefálica. Essa região do cérebro concentra grandes quantidades de ACE2, que é a proteína à qual o vírus se conecta para invadir o organismo, também encontrada em abundância nos pulmões”, ressaltou Marilia Zaluar Guimarães, pesquisadora da UFRJ e do Instituto D’Or.

Tratava-se de um caso raro, um bebê de um ano, que já sofria com encefalopatia e que não sobreviveu à COVID-19. A autópsia revelou que havia vírus no pulmão, coração, córtex cerebral e também na região cerebral do plexo coroide. “A infecção pelo SARS-CoV-2 causou pneumonia, meningite e danos em múltiplos órgãos devido à trombose, entre eles rins, pulmão, cérebro, coração e pâncreas”, relatou.

Com a comprovação de que o novo coronavírus era capaz de romper a barreira hematoencefálica e se infiltrar em regiões do cérebro, a equipe de pesquisadores começou a realizar estudos em organoides – modelos simplificados de órgãos produzidos por meio de engenharia genética. Os minicérebros cultivados in vitro pelo grupo foram desenvolvidos na época da epidemia de zika. Para isso, os pesquisadores utilizam células-tronco pluripotentes induzidas (células da pele ou do sangue reprogramadas para retornar a um estágio de pluripotência semelhante ao de células-tronco), que recebem estímulos para se diferenciar em células nervosas, como astrócitos e neurônios.

“É um modelo simplificado do cérebro humano, mas com uma variedade celular que permite acompanhar o funcionamento da infecção causada pelo novo coronavírus. Com isso, conseguimos provar que, embora o SARS-CoV-2 provoque dano no cérebro, ele não consegue se replicar lá. Descobrimos também que a infecção causa a redução de células neuroprogenitoras, mas não afeta a capacidade de proliferação dessas células. O que é curioso”, sublinhou.

A pesquisadora destaca, no entanto, que em estudos semelhantes ao dela, que usaram quantidades maiores de vírus para infectar os minicérebros, observou-se replicação viral. Segundo a cientista, isso ajudaria a entender a variação de gravidade, sintomas e sequelas neurológicas deixados pela COVID-19 .

Zaluar e Radbruch concordam que, embora o vírus seja eliminado do cérebro algumas semanas após o fim da fase aguda da doença, ocorre um aumento das citocinas (moléculas indutoras de inflamação) no local – uma provável explicação para os diversos problemas neurológicos do pós-COVID.


Células da glia

Outra pesquisa apresentada no evento foi conduzida por cientistas da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e da Universidade de São Paulo (USP) com apoio da FAPESP. O grupo acompanhou 81 indivíduos que testaram positivo para COVID-19 e não precisaram ser hospitalizados. Mais de 50 dias após o diagnóstico, os voluntários ainda apresentavam alterações na estrutura do córtex cerebral associadas a regiões do trato olfatório. Entre os pesquisados, 28% desenvolveram algum grau de ansiedade, 20% de depressão, 28% tiveram perda de memória e 34% relataram perda de funções cognitivas.

Os pesquisadores também avaliaram amostras de tecido cerebral de 26 pacientes que morreram após contrair a COVID-19 – em todas elas a presença do vírus foi confirmada. Em cinco amostras também foram encontradas alterações que sugerem ter ocorrido prejuízo ao sistema nervoso central.

“Já se tinha conhecimento sobre sintomas neurológicos, como perda de olfato e paladar. Com os nossos estudos, conseguimos mostrar, pela primeira vez, que o vírus infecta e se replica nos astrócitos – as células mais numerosas do sistema nervoso central e essenciais para a manutenção dos neurônios”, disse Marcelo Mori, professor do Instituto de Biologia da Unicamp (leia mais em: agencia.fapesp.br/34364).

Pesquisadores da plataforma científica Pasteur-USP mostraram outro ponto interessante da relação entre cérebro e COVID-19. Alterações metabólicas em células da glia infectadas (astrócitos e outros tipos celulares que atuam na sustentação e na nutrição dos neurônios) podem estar relacionadas não apenas com o impacto da doença no cérebro na fase aguda da doença, como também nas sequelas neurológicas prolongadas, relatadas por alguns pacientes.

“Estudos realizados em animais mostraram que o novo coronavírus pode infectar células da glia. Uma vez instalado, o vírus é capaz de se replicar, produzir novas cópias virais e induzir mudanças estruturais que afetam o metabolismo celular”, disse Jean Pierre Peron, pesquisador do Instituto de Ciências Biomédicas (ICB) da USP e coordenador de um projeto sobre o tema apoiado pela FAPESP.

Foram feitas na USP análises para verificar alterações na expressão de proteínas das células infectadas (proteômica) e também mudanças no metabolismo (metabolômica). “Encontramos uma série de alterações na expressão das proteínas, principalmente nas envolvidas com o metabolismo do carbono e glicose. Não por acaso, essas vias de sinalização estão relacionadas com doenças neurológicas, como Huntington, esclerose lateral amiotrófica e depressão de longa duração”, contou Peron.

A análise de metabolômica mostrou que as células da glia infectadas apresentam uma hiperativação metabólica nas vias glicolíticas (responsáveis por quebrar a molécula de glicose nos tecidos). Além disso, a mitocôndria dessas células teve suas funções intensificadas. “É provável que a alteração na expressão das proteínas envolvidas com o metabolismo do carbono tenha alguma relação com as mudanças no metabolismo celular”, avaliou.

Segundo Peron, especula-se que a alteração na expressão da enzima glutaminase esteja relacionada com a necessidade do vírus de se replicar. A enzima é de extrema importância para as células da glia, pois 90% das sinapses do nosso cérebro são glutaminérgicas, ou seja, mediadas por esse neurotransmissor. “Tanto que, quando a glutaminase é bloqueada, ocorre a redução de citocinas inflamatórias [redução da inflamação]”, explicou.

A íntegra do webinário pode ser acessada em: https://covid19.fapesp.br/o-que-covid-19-tem-a-ver-com-o-cerebro/550.

 

 

Maria Fernanda Ziegler

Agência FAPESP 

https://agencia.fapesp.br/novos-estudos-ajudam-a-entender-o-impacto-do-novo-coronavirus-no-cerebro-humano/36360/

 

Pesquisa revela que coronavírus infecta e se replica em células das glândulas salivares

Vírus como o da herpes, catapora, caxumba e mononucleose são exemplos de transmissores que também usam a saliva como forma de contágio
Créditos: Envato Imagens

Pesquisadores pretendem avaliar se boca pode ser uma porta de entrada direta da Covid-19; outras doenças virais já têm a cavidade bucal e saliva como canais de contágio


Um estudo realizado por pesquisadores da Faculdade de Medicina da USP (FMUSP) mostrou que o Sars-CoV-2, vírus responsável pela covid-19, infecta e se replica em células das glândulas salivares, responsáveis pela produção e liberação de saliva na cavidade bucal. A pesquisa ajuda a explicar o motivo pelo qual o coronavírus se faz presente em grandes quantidades na saliva de pacientes infectados, possibilitando, inclusive, a realização de testes a partir desse material. 

Nos últimos meses, várias pesquisas têm revelado a presença e recorrência do coronavírus na boca de pessoas infectadas e também a prevalência de complicações da Covid-19 em pacientes com problemas bucais. Um estudo publicado no Journal of Clinical Periodontology, a revista da Federação Europeia de Periodontologia (FEP), analisou 500 pacientes que foram infectados pelo coronavírus e concluiu que aqueles com problemas gengivais tinham 3,5 vezes mais possibilidade de serem internados por complicações da covid-19 e a probabilidade 4,5 vezes maior de precisarem de um ventilador mecânico. Outra pesquisa, realizada por profissionais da Residência em Periodontia no Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA), revelou ainda que o biofilme - placas de bactérias que se acumulam sobre os dentes - pode ser um reservatório de SARS-CoV-2.

Além disso, a importância do cuidado com a saúde bucal já era demonstrada na prevenção de outras doenças. “Por ser uma abertura ampla do corpo, e que tem muito contato com objetos externos, como a comida, as mãos, talheres e copos, a cavidade bucal se torna um caminho fácil para a entrada de vírus. E, mais do que isso, por ser um espaço de absorção de nutrientes e canal direto para o interior do corpo, ela também é um local sensível, vulnerável para o acometimento de doenças”, explica o dentista e especialista em Saúde Coletiva na Neodent, João Piscinini. 


Boca como porta de entrada

Muito antes da chegada da covid-19, outras patologias já tinham acesso ao corpo humano pela boca. Vírus como o da herpes, catapora, caxumba e mononucleose são exemplos de transmissores que usam a saliva como forma de contágio. “Já está  claro para a sociedade que até mesmo a gripe comum pode ser transmitida pela cavidade bucal. Porém, o que esperamos com as descobertas feitas com relação à covid-19 é poder evidenciar, ainda mais, o quanto é importante olharmos para a boca, e também para a saúde bucal, como parte do cuidado do corpo como um todo”, ressalta Piscinini. 

Além das doenças virais, diversas outras complicações podem indicar alertas pela boca. A sífilis, leucemia, anemia, diabetes, cirrose e até diabetes são exemplos de enfermidades que podem dar sinais por meio da boca. De acordo com Piscinini, além de porta de entrada, a boca também é um espelho do corpo. “Em uma análise da cavidade bucal, profissionais da odontologia conseguem identificar anormalidades que podem revelar a presença de muitos outros problemas de saúde, isso a partir de sintomas como mudança de coloração na mucosa, textura da língua, sangramento nas gengivas, enfraquecimento dos dentes, entre outros”, conta. 

Por isso, além da necessidade de manter a saúde bucal em dia, o acompanhamento com profissionais da odontologia também pode garantir a descoberta precoce de doenças mais graves. “Estudos como esse da USP, que investigam o papel da boca como transmissora e local de proliferação de vírus e bactérias, nos ajudam a conscientizar ainda mais sobre a importância de a população manter as consultas frequentes ao dentista”, reforça Piscinini 

A próxima etapa da pesquisa dos profissionais da USP pretende identificar se os tecidos presentes na boca, como mucosas e gengivas, podem também facilitar a entrada do vírus para o corpo. “A boca é uma cavidade muito maior que a nasal e, caso os tecidos internos sejam uma abertura direta do vírus para o organismo, as medidas de cuidados devem ser ainda mais relevantes”, ressalta o especialista em Saúde Coletiva na Neodent.

No estudo da Universidade de São Paulo, as células das glândulas salivares foram descobertas como local de replicação do vírus da covid-19. Realizada por meio da análise de amostras de três tipos de glândulas salivares de pacientes que morreram em decorrência de complicações causadas pelo coronavírus, a pesquisa teve apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) e os resultados foram publicados no Journal of Pathology

 


Neodent®


Você sabia? Alumínio e outros metais pesados afetam metabolismo ósseo

Médico endocrinologista Guilherme Renke explica de que forma a exposição a essas substância pode ter impacto na saúde das pessoas e no desempenho físico de atletas

 

Devemos nos preocupar com a exposição a metais pesados, como o alumínio? Segundo a comunidade científica, infelizmente sim. De acordo com o endocrinologista Guilherme Renke (@endocrinorenke), em sua coluna semanal do Eu Atleta, como o alumínio e outros metais pesados permeiam nosso meio ambiente, a comunidade científica há muitos anos tem se preocupado com sua segurança em humanos. "A contaminação com metais é um problema sério em todo o mundo devido à sua toxicidade e não biodegradabilidade e à sua capacidade de se acumular no meio ambiente e em organismos vivos", ressalta o médico. 

Um metal pesado é um metal denso que, geralmente, é tóxico em baixas concentrações. Embora a expressão "metal pesado" seja comum, não existe uma definição padrão que designe metais como pesados. Os mais frequentemente detectados no meio ambiente são cádmio, zinco, cobre, arsênio, níquel, mercúrio, cromo, chumbo e alumínio. 

"O alumínio é um metal pesado amplamente utilizado na fabricação de latas de bebidas, antiácidos, tintas, cosméticos e assim por diante. Sabe-se que o alumínio afeta os sistemas hematopoiético (responsável pela formação de células sanguíneas), nervoso e o ósseo, podendo causar anemia, aluminose (contaminação de alumínio nos pulmões), osteoporose, entre outros efeitos adversos à saúde", diz o profissional. 

Estamos em contato diariamente com o alumínio, por exemplo, através de embalagens e recipientes (latas de bebidas e alimentos), cafeteiras, cápsulas de café, papel alumínio doméstico, antiácidos, cosméticos (desodorantes antitranspirantes, protetores solares, pasta de dente), aditivos alimentares, entre outros. Mas apenas cerca de 0,1% do alumínio ingerido por via oral é absorvido pelo trato gastrointestinal e torna-se biodisponível. 

Apesar de a principal fonte de alumínio no corpo humano serem os alimentos, a absorção dérmica (através da pele) desempenha um papel secundário, mas desodorantes contendo alumínio têm sido repetidamente sugeridos como relacionados a um aumento no risco de câncer de mama pela exposição crônica ao metal. 

A preocupação mais comum sobre o alumínio em antitranspirantes e outros produtos para a pele é que ele pode estar relacionado ao câncer de mama. Observações experimentais indicam que a aplicação a longo prazo de antitranspirantes com alumínio pode se correlacionar com o desenvolvimento e progressão do câncer de mama. "Propõe-se que essa ação seja atribuída, entre outras, às possíveis atividades semelhantes ao estrogênio do alumínio. Mas não há evidências científicas que mostrem e comprovem que o alumínio dos desodorantes cause a doença e mais pesquisas são necessárias" explica Dr. Guilherme. 

No entanto, na medicina preventiva, podemos optar por diminuir as exposições aos metais pesados, incluindo algumas fontes de alumínio, como o desodorante. 

Uma exposição maior e prolongada ao alumínio e outros metais pesados, como exposição ocupacional em ambientes de trabalho, pode levar a diversas consequências no organismo, comprometendo, por exemplo, a saúde óssea e cerebral. 

A absorção dérmica através de antitranspirantes também não deve ser esquecida, pois pesquisas médicas mostram que o alumínio dos desodorantes pode se acumular em seu corpo. No entanto, não há evidências científicas que liguem diretamente o alumínio a cânceres e outras condições de saúde através de uma exposição relativamente pequena. 

"O que temos hoje na ciência são possibilidades, as quais levam alguns especialistas a aconselharem que o uso de antitranspirantes não é uma boa ideia para todos, especialmente para aqueles com doença renal crônica grave. Se pudermos fazer pequenas mudanças para diminuir a exposição, como diminuir o uso de cosméticos com alumínio, pode ser uma forma preventiva das condições maléficas ocasionadas por metais pesados no organismo. Lembrando que hoje não temos evidências suficientes para comprovar essa possível prevenção. Tenha sempre uma orientação profissional adequada para analisar individualmente suas necessidades e escolhas", completa o endocrinologista.

 



DR GUILHERME RENKE (@endocrinorenke) - endocrinologista e médico do esporte - CRM: 950963 - http://instagram.com/endocrinorenke 


Queixas de dores na coluna aumentam na pandemia da Covid-19

O prolongamento da pandemia da Covid-19 fez crescer ainda mais o número de queixas relacionadas às dores na coluna, especialmente na região lombar. No Programa de Medicina Preventiva (Special Life) do Grupo Assim Saúde, a procura por atendimentos na área da saúde ortopédica teve acréscimo de 20% em relação ao mesmo período de 2020. Para os casos com intervenção de fisioterapeutas, a demanda registrada foi ainda maior: 44%. O aumento expressivo tem preocupado especialistas da operadora, que alertam à população para as medidas preventivas e de autocuidado, essenciais para evitar a evolução para os quadros mais graves e até mesmo cirúrgicos. 

Antes do início da quarentena, a dor lombar já ocupava a posição de segunda maior causa de atendimentos médicos no Brasil, ficando atrás somente das dores de cabeça, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS). Na operadora, dois novos cenários justificam a crescente busca por atendimentos na área: as alterações repentinas associadas ao estilo de vida, em decorrência do longo período da pandemia, e as sequelas pós-Covid, que exigem a reabilitação do paciente para a sua completa recuperação. 

“As dores lombares, na sua forma crônica, já alcançam níveis epidêmicos na nossa população e, inclusive, são a maior justificativa de afastamentos e faltas ao trabalho. Com as mudanças abruptas impostas pelo distanciamento social, muitas pessoas tiveram suas atividades físicas interrompidas e passaram a se dedicar mais às questões do lar e familiares. O somatório de todos esses fatores impacta diretamente no surgimento das dores, que precisam ser avaliadas com atenção logo que apareçam”, explica o ortopedista e fisiatra Max Cavalcante, do Programa de Patologias da Coluna da operadora.

 

Medidas para o alívio das dores 

Para o especialista, o sedentarismo, por enfraquecer a musculatura do corpo, está entre os grandes adversários, quando o assunto é a prevenção das dores nas costas e na lombar. Mas ele não é o único. A precaução envolve aspectos físicos, ergonômicos, emocionais e alimentares. 

Dentre as medidas preventivas, o ortopedista reforça a importância da qualidade do sono, de ter uma alimentação saudável, de manter bons relacionamentos com os familiares e amigos, mesmo que à distância para afastar a depressão, e separar, no mínimo, 30 minutos do dia para as atividades físicas. Outra dica valiosa para evitar a sobrecarga na coluna, especialmente para as pessoas que estão em home office, é fazer pequenas pausas, a cada 40 minutos, para o alongamento dos músculos e a correção da postura. 

“Poucos ajustes no dia a dia já são capazes de trazer grandes ganhos para a nossa saúde e bem-estar. Porém, é preciso cautela ao praticar exercícios sem supervisão, uma vez que tanto a falta quanto o excesso de movimento facilitam a ocorrência de dores na coluna e nas demais articulações”, ressalta Cavalcante. O ortopedista chama a atenção ainda para os riscos da automedicação que, muitas vezes, pode agravar o processo inflamatório e levar a quadros crônicos, além da importância do acompanhamento especializado para iniciar o tratamento adequado. 

“A eficácia de qualquer tratamento na coluna requer a participação ativa do paciente. E exatamente por sabermos o quanto é necessária muita determinação para alcançar bons resultados, temos no programa fisioterapeutas e enfermeiros que monitoram, via contato telefônico, os pacientes e orientam sobre o estilo de atividades físicas que devem ser praticadas em cada uma das etapas. Essa proximidade e troca com o profissional de saúde é essencial para que o beneficiário não desanime e mantenha o foco até o final do tratamento”, destaca o ortopedista.

 


Assim Saúde


Mudanças de temperaturas convidam à redobrar atenção com a saúde das crianças

Os termômetros registram constantes oscilações nas temperaturas e convidam a hora de tirar casacos do armário, investir na imunidade e ficar atento ao kit de medicamentos que ajudam a enfrentar as doenças típicas do período

 

O Instituto Nacional de Meteorologia emitiu alerta para novas mudanças de temperaturas a partir desta semana nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Goiás, Rondônia, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Oscilações nos termômetros que chegam acompanhadas de relatos que se repetem sempre que as temperaturas caem: nariz congestionado, tosse, dores no corpo e febre. E, em meio a uma pandemia, é comum que os pais não saibam quais os medicamentos são seguros para cuidar dos pequenos com sintomas de algumas das doenças típicas desse período do ano.

A gripe, uma das mais comuns, é também a grande vilã da saúde e pode atingir pessoas de todas as idades, idosos e crianças são mais suscetíveis por caraterísticas de seu sistema imunológico e respiratório, que são alvo frequentes destas infecções. Por isso, a orientação de especialistas é reforçar o cuidado, beber muita água e ficar de olho na nécessaire de medicamentos que ajudam a combater os principais sintomas da doença. A vacina contra a gripe é uma importante arma terapêutica indicada a partir dos seis meses de idade. "Com os pequeninos, os cuidados devem ser redobrados", destaca a médica pediatra Ana Paula Beltran Moschione Castro, (CRM 69748 - SP).

A especialista explica que, com a imunidade em formação, as crianças ficam mais suscetíveis aos vírus circulantes e sofrem com os sintomas, que tendem a ficar mais fortes, principalmente em pacientes que já apresentam algum comprometimento respiratório. "O alerta é para que pais e mães redobrem a atenção nesse momento. As mudanças bruscas de temperaturas são comuns nesta época do ano e não podemos esquecer que estamos diante de uma pandemia, portanto, todo cuidado com a saúde é necessário, seja de prevenção e proteção".

Para tratar os sintomas que podem surgir durante a gripe, como dor no corpo e febre, que também são comuns na Covid-19, pais e adultos de forma geral podem confiar nos medicamentos à base de ibuprofeno, explica a especialista. "A medicação tem ação predominantemente analgésica e é hoje a mais segura para o tratamento de febre e dores em geral. Inclusive, a última diretriz clínica da Organização Mundial da Saúde lista ibuprofeno, entre outros medicamentos, como uma alternativa importante no tratamento desses sintomas na Covid-19", afirma.

Além disso, a especialista alerta: a medicação, na dose certa e na hora certa pode evitar uma possível ida aos hospitais e postos de saúde - ambientes que geralmente ficam lotados neste período - e ainda evita os riscos de exposição ao coronavírus. "O ibuprofeno pode ser administrado em crianças, a partir de seis meses de idade, a cada 6 ou 8 horas. A dosagem deve ser adequada ao peso da criança", detalha a médica. Mas, lembra que é importante sempre buscar orientação do médico pediatra.

 

A pediatra destaca algumas orientações importantes para enfrentar os vilões da saúde nos dias mais frios:

• O vírus causador da gripe costuma circular mais em ambientes fechados. Por isso, sempre que puder, mantenha os lugares com janelas e portas abertas, para fazer o ar circular e manter a casa livre dos riscos de contaminação;

• Nesse período também são comuns os relatos de alergia. Isso acontece por que os ácaros, agentes que causam grande parte das alergias respiratórias, se proliferam com mais facilidade. A dica é dedicar mais tempo à higienização de tapetes, pelúcias, etc, e manter o ambiente sempre ventilado;

• Se precisar sair de casa, não deixar para trás os casacos para enfrentar a queda de temperatura e não esqueça dos protocolos de segurança da Covid-19 - máscaras e álcool gel sempre;

• Beber bastante água é fundamental e investir em uma alimentação balanceada traz o equilíbrio necessário de uma vida saudável.

"É preciso atenção aos sintomas dos casos mais comuns deste período do ano", afirma a especialista. Gripes e resfriados são provocados por diferentes agentes e podem ser facilmente confundidos e para esclarecer melhor as dúvidas sobre as manifestações das doenças de inverno, a médica destacou os sintomas que ajudam a identificar casos de Covid-19, gripe e resfriado:

• Em casos de Covid-19, é comum o paciente apresentar febre, às vezes cansaço, tosse (geralmente seca), em alguns casos dor de garganta;

• A gripe se manifesta por meio de febre, cansaço, tosse seca, dores no corpo, mal-estar e dor de cabeça; mas lembre-se que temos vacina a partir dos seis meses de idade;

• Os pacientes com resfriados poucas vezes têm febre, a tosse é mais leve, espirros são comuns - assim como as dores no corpo -, além de coriza e nariz entupido.

"Em todos estes casos, a orientação é sempre investigar. Procurar atendimento médico para identificar o problema e indicar o melhor tratamento", finaliza.


Chegada do inverno: quais são os riscos para a imunidade das crianças?

Baixas temperaturas e clima seco são alguns fatores que aumentam a ocorrência de gripes e outras doenças respiratórias nesta época do ano


A estação mais fria do ano é lembrada pelas mães como uma temporada de coriza, tosse, espirro e dificuldade para respirar nos pequenos. E, como de costume, elas não estão enganadas. O inverno, realmente, é uma época do ano em que se observa com mais frequência a ocorrência de doenças que afetam o sistema respiratório, tais como a gripe, a rinite e a laringite.

“Esse aumento está relacionado a baixas temperaturas, tempo seco e aumento da poluição. No frio, as pessoas também optam por ambientes pouco ventilados, que facilitam a transmissão de vírus e bactérias, principalmente em crianças, que costumam ter o sistema imunológico ainda em desenvolvimento”, explica o alergologista pediátrico Alexandre Okamori, da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo.

De acordo com o Dr. Okamori, mesmo em regiões menos atingidas por invernos rigorosos, como Norte e Nordeste, as doenças respiratórias costumam dar um salto nesta época. “Devido à sazonalidade dos vírus, crianças que residem em locais com climas mais amenos também podem ter maior acometimento de vias aéreas nesses meses do ano.


Mas afinal, o frio faz cair a imunidade?

Segundo o especialista, a resposta é não. Não há no inverno uma característica específica que prejudique o sistema imunológico em si. O que ocorre, como explicado, é uma maior circulação dos vírus e bactérias, que acabam por atingir mais facilmente indivíduos – sobretudo os pequenos – que já estejam com baixa imunidade.

“Algumas infecções virais também são responsáveis por causar um período transitório de déficit na imunidade, permitindo o desenvolvimento de infecções bacterianas”, esclarece.


E, então, como garantir uma boa imunidade independente da estação do ano?


- Adeque a alimentação da criança

Uma alimentação balanceada, que tem como base alimentos naturais como frutas, legumes, verduras e carnes magras é fundamental para uma vida saudável, em qualquer idade.

Garanta o consumo de todas as vitaminas e nutrientes necessários para o desenvolvimento infantil.


- Incentive a prática de atividades físicas

A prática de exercícios, sempre adequada à faixa etária da criança, também ajuda na prevenção de doenças. As atividades físicas, em geral, ajudam a regular o sono e o apetite dos pequenos, além de favorecerem as condições respiratórias.


- Não atrase ou abra mão de vacinas

Manter a carteira vacinal em dia é fundamental para melhorar a imunidade da criança e reduzir a ocorrência de diferentes tipos de doenças.

O uso dos medicamentos certos para o tratamento de gripes e resfriados, como os antigripais líquidos, é uma outra medida importante para reduzir a ocorrência destas doenças, somando-se às vacinas.


E, no dia a dia, como melhorar a rotina para evitar infecções virais e bacterianas?

Semelhantes aos cuidados com a transmissão da Covid-19, para o caso de gripes e outras síndromes gripais as recomendações dos especialistas são categóricas:

- Apostar em ambientes bem arejados e com circulação de ar, independente das temperaturas;

- Evitar aglomerações;

- Lavar as mãos.

Já no que diz respeito aos alérgicos, vale ainda limpar bem o ambiente e lavar roupas que estejam muito tempo guardadas antes de colocá-las para uso, evitando contato com a poeira.

 


Hospital São Camilo

@hospitalsaocamilosp

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