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quinta-feira, 11 de outubro de 2018

DIA DO PROFESSOR: MEDITAÇÃO COMO FERRAMENTA EM SALA DE AULA


Prática ajuda profissionais a lidar com jovens e crianças e tem conquistado cada vez mais adeptos nas escolas por meio do Projeto MindKids


Os professores têm buscado cada vez mais formas de melhorar o currículo e manter contínua aprimoração da função. 

Adaptando-se e conhecendo novas práticas e metodologias para contribuir no aumento da qualidade do ensino em sala de aula, os docentes procuram cada vez mais cursos complementares.

Na busca pelo desenvolvimento profissional, um dos cursos que tem se disseminado por meio do Projeto MindKids é o de meditação em sala de aula. "A prática auxilia os professores a conseguirem passar para os alunos técnicas que ajudam a lidar com situações de tensão cotidianas e amplia a capacidade de concentração e foco" enfatiza, Daniela Degani, idealizadora da MindKids

Ao desenvolver a prática, os professores experimentam a redução do estresse e melhoria na organização em sala de aula. Passando o conhecimento em mindfulness para os seus alunos os educadores conseguem uma resposta positiva em vários aspectos, criando um ambiente mais tranquilo e atrativos para os alunos.

Pesquisa feita pela Mindful School em Oakland na Califórnia com 780 alunos mostram que 83% dos professores notaram melhora no aumento da capacidade de foco dos alunos, 89% demonstram maior equilíbrio emocional e 79% constataram melhoria na participação dos alunos em aula.



A MindKids - projeto de meditação para crianças, adolescentes, pais e professores - mostra três benefícios trazidos pela meditação:


Melhora na atenção – Quem medita obtém melhora na atenção, o que também reflete em tarefas que exigem concentração, como a resolução de exercícios na escola ou de tarefas no dia a dia. 

Equilíbrio emocional – A prática da meditação ajuda a diminuir a impulsividade favorecendo respostas pensadas.

Mais calma – A meditação também reduz o sentimento de estresse e ajuda a lidar com a ansiedade e desconfortos causados por situações sociais estressantes, ocorram elas no ambiente escolar ou familiar.

Dica para começar a meditar:
Para introduzir o tema em sala de aula, existem muitas formas, com atividades lúdicas e muito atrativas para incentivar crianças de várias idades. Escolher um momento para propor instantes de quietude, acompanhar a respiração e estar mais presente traz mais concentração e faz com que os alunos encontrem mais harmonia.



Família e escola: mãos dadas pela educação


Visualizemos o seguinte cenário: pais entram no processo inevitável de escolha da melhor escola para o seu filho. Iniciam-se os processos de visitas. Consequentemente, a fatídica discussão que certamente já ocorreu em todas as famílias e faz dela um processo cansativo, pois analisam-se fatores como: local, preço, instalações, sala de aula, metodologia, além da opinião de amigos... o resultado dessa decisão dificilmente nos deixa totalmente seguros, o que faz com que fiquemos atentos a cada passo dos filhos dentro da escola.

A grande verdade é que a educação das crianças é compartilhada entre pais e escola. Talvez os pais não tenham percebido esse fato, pois grande parte deles não hesita quando percebem o menor desconforto ou insatisfação do filho nesse ambiente e, assim, comparecem à escola para uma reunião. Acredite: isso retira uma quantidade enorme de energia da instituição. Mesmo que algumas vezes seja necessário, saber dosar é uma equação complicada, pois quando se trata de filhos, a emoção envolvida distorce o sentido da necessidade.

Um dos fatores que gera esse exagero é a falta de confiança dos pais na instituição. É nesse ponto que reside a grande questão: pais querem transferir obrigações relacionados à educação dos seus filhos à escola, porém não lhe dão autonomia para fazer. O que deve importar, nesse ponto, é a diferença entre filho e aluno: a escola é um ambiente com regras para que o bem comum e a harmonia entre as pessoas sejam estabelecidos. Por outro lado, dentro de casa ocorrem “concessões” diferenciadas para os filhos. Por exemplo, no ambiente domiciliar, a criança fala com os pais de “qualquer maneira”, pode brincar sempre que desejar - e até deixar os brinquedos espalhados; mas na escola, essa ordem se inverte de maneira regrada, o que gera uma confusão na cabeça de uma criança que, muitas vezes, não entende dois comandos diferentes para a mesma atitude.

Optar pelo tipo de educação que seu filho recebe é o maior ponto nesse questionamento: é necessário confiar na instituição, mas e agora? Muitas vezes, o valor da mensalidade é o fator determinante, mas não se analisa tudo que está em jogo nessa tomada de decisão. Por exemplo, uma mãe, que também era professora, decidiu matricular seu filho em uma escola. Junto à diretora do local, viu as condições que a escola oferecia para melhor ajudar no processo escolar da criança. Ao fim da visita, ela perguntou para a gestora: “qual o salário da professora que vai ensinar/cuidar do meu filho?” A diretora, surpresa, retrucou: “você quer matricular o seu filho ou pedir uma vaga de emprego?” A mãe, que viu que a pergunta escandalizou a diretora, respondeu: “eu só quero saber quanto vale o trabalho daquela que vai educar o meu filho”.

Um relato que nos faz lembrar de como um professor ou educador é importante para a formação da criança e como o seu trabalho influenciará na vida inteira deles. Desde o modo com que falarão, até as lembranças que rechearão o seu futuro. Por isso, fica a reflexão: vale pedir aquele “descontinho”? Qual é a verdadeira importância que os pais depositam nesse processo?

Essas questões ficam sem respostas enquanto refletimos sobre nossas escolhas. Acertar sempre na educação dos nossos filhos pode até ser uma mentira, mas temos que ter a consciência de estar no caminho correto. O acerto se revela quando damos voz ao bom senso e dispensamos os excessos. Caminhar lado a lado, instituição e pais, ainda é a equação mais correta para garantir um futuro promissor. Em todas as suas esferas.






Fabio Carneiro - professor de Física no Curso Positivo, em Curitiba (PR).


Ausência em reuniões escolares pode acarretar em processo judicial aos pais


Segundo dados escolares, entre 60 e 80% dos pais não comparecem às reuniões escolares de seus filhos. O número é maior quando se trata de crianças pequenas. Há, inclusive, casos onde nenhum dos pais compareceu às reuniões e nem mesmo enviaram algum representante em seu lugar, durante todo o ano letivo.

De acordo com o artigo 932, I, do Código Civil, os pais são responsáveis civis pelos filhos menores que estiverem sob sua autoridade e em sua companhia. Não comparecer a essas reuniões para se inteirar da situação da criança, pode acarretar futuramente um processo civil contra o responsável, sobretudo, se algum problema for causado pelo seu filho menor dentro da escola.

As atas dessas reuniões podem ser utilizadas em processos judiciais por juízes, promotores de justiça e advogados em casos de ocorrência de bullying, por exemplo. O documento ajuda na análise dos juízes porque apontam um início de prova de possível desídia por parte de alguns pais e mães que não procuram se inteirar concretamente da situação de seus filhos. A ausência acarreta em prejuízos efetivos para o desenvolvimento escolar e do trabalho adequado por parte da escola.

Ocorrendo um caso de bullying, tanto a responsabilidade dos pais como a da escola pode ser objeto de avaliação judicial e isso pode ter consequências jurídicas muito negativas para quem for eventualmente responsabilizado - inclusive, com repercussões na vara da infância e da juventude e no patrimônio dos envolvidos.

Portanto, nada de subestimar as reuniões de pais. Elas são importantes para o desenvolvimento e acompanhamento das crianças e adolescentes e facilitam o trabalho da escola. Caso estejam impossibilitados de comparecer por motivos de trabalho ou outras questões, é recomendável enviar algum representante de sua confiança em seu lugar. Assim como a escola tem o seu papel e responsabilidades, os pais também os tem. Estando em dia com as suas obrigações, os pais evitam problemas futuros e a criação de eventual prova contra si mesmo de omissão em uma discussão judicial que possa envolver seu filho no colégio.




Lélio Braga Calhau - Promotor de Justiça do Ministério Público de Minas Gerais. Graduado em Psicologia pela UNIVALE, é Mestre em Direito do Estado e Cidadania pela UFG-RJ. É também autor do livro “Bullying: o que você precisa saber”.

Sobre o livro: Ao longo de mais de 10 anos atuando na defesa da infância e da juventude, o promotor de justiça Lélio Braga Calhau, que é graduado em Psicologia e Mestre em Direito do Estado e Cidadania pela UGF-RJ, se deparou com inúmeros casos de bullying. A vivência o inspirou a se aprofundar no assunto e o resultado é o livro “Bullying: o que você precisa saber”, que acaba de ser lançado pela editora Rodapé. Trata-se uma obra simples, direta e objetiva, sugerindo medidas para identificar, prevenir e combater o problema. Segundo o autor, bullying é o ato de “desprezar, denegrir, violentar, agredir, destruir a estrutura psíquica de outra pessoa sem motivação alguma e de forma repetida”. E, cabe destacar que não se tratam de pequenas brincadeiras próprias da infância, as chamadas “microviolências”, mas sim de casos de violência física e/ou moral, muitas vezes velada.


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