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segunda-feira, 22 de outubro de 2018

Os desafios da Indústria 4.0 no Brasil


Reduzir custos, melhorar a produtividade, oferecer maior variedade de produtos com preços menores e qualidade superior: está aí o sonho de muitas empresas ao redor do mundo. No caminho para atingi-los de maneira rápida e eficiente, muitas têm usado cada vez mais tecnologia para interligar toda a cadeia de produção e assim atingir seus objetivos, em um conceito que se tornou mais conhecido nos últimos tempos como “Indústria 4.0”.

Na prática, além de realizar investimentos em produtos e serviços modernos, capazes de atender à demanda que a companhia precisa, é necessário ter profissionais cada vez mais qualificados, aptos a entender o processo produtivo de maneira mais ampla, pensando em logística, clientes e fornecedores de maneira conjunta.

Trata-se de um verdadeiro desafio, já que muitos países ainda possuem grande parte da mão-de-obra formada por profissionais focados no entendimento exclusivo do controle de máquinas. Por outro lado, nos Estados Unidos e em muitos locais da Ásia, como Japão, China, Taiwan e Coreia do Sul, o processo de formação de profissionais já é mais maduro, com investimento contínuo na modernização das estruturas industriais para manter a competitividade em longo prazo, especialmente na indústria eletrônica e automotiva.

No Brasil, essa é uma realidade ainda distante, mas há setores que têm empreendido esforços para trabalhar nessa expansão, em especial os de autopeças, agronegócio e alimentos e bebidas. Há ainda um movimento positivo da indústria e de instituições de ensino superior e técnico no sentido de entender e implantar iniciativas voltadas para a Indústria 4.0.

Ao adotar esse conceito na prática, as consequências positivas poderão ser percebidas de maneira rápida e eficaz. No setor de autopeças especificamente, a minimização de erros ao substituir processos humanos por dados integrados do chão de fábrica à esfera corporativa traz mais transparência, além de  aumentar a qualidade e produtividade ao permitir rastrear toda a operação –  reduzindo a níveis extremamente baixos o envio de peças incorretas para os clientes, por exemplo. Isso é possível ao integrar o uso de Tecnologia da Informação com a Tecnologia da Operação, ou seja, deixando de usar planilhas para execução de ordens de produção para automatizar esse processo com softwares.

Para alcançar com sucesso o caminho para a Indústria 4.0, sua implantação deve ser feita passo a passo, de maneira modular e escalável, oferecendo retorno de investimento atrativo, servindo assim como incentivo para futuras instalações.

Diante de tantas vantagens a serem conquistadas, a realidade da base industrial no Brasil mostra que há um longo caminho a ser trilhado para atingirmos um nível de maturidade expressivo. Além do treinamento de profissionais, é necessário que as lideranças da indústria sejam capazes de visualizar a importância desse tipo de investimento, passando a mensurar retornos financeiros tangíveis no curto prazo. Com esse tipo de estratégia, será possível vencer e acelerar o desenvolvimento desse canal no País, ampliando a atuação das empresas e garantindo ainda mais oportunidade de competição no ambiente atual.






Hélio Sugimura - gerente de marketing da Mitsubishi Electric do Brasil


Mitsubishi Electric Corporation


Conhece-te a ti mesmo e organizarás sua vida financeira


Para organizar sua vida financeira, é preciso também estar bem com si mesmo.


O desafio de ajustar a vida financeira pode ser a ponta de um processo que precisa, primeiramente, de organização interna. Dificuldades econômicas como dívidas de cartão de crédito são reflexos de comportamentos que podem muitas vezes ser invisíveis, como falhas de planejamentos ou até entraves na comunicação com a família ou parceiros.

Por isso, vale a regra: para organizar sua vida financeira, é preciso também estar bem com si mesmo. São diversas as terapias complementares que podem te ajudar a alcançar o tão sonhado equilíbrio físico, emocional, espiritual e até, por que não, financeiro.

Planilhas e contas matemáticas vão, de fato, te ajudar a saber quando, quanto e com o que gastar. Porém, números não são exatamente frios. É importante humanizá-los e entender quais são os comportamentos do nosso dia a dia que levaram àquele resultado. Terapias complementares como aromaterapia e técnicas de programação neurolinguística podem te ajudar a alcançar harmonia e, assim, ter mais recursos para ver suas dificuldades financeiras com um olhar mais objetivo.

Algumas das terapias que podem ajudar são:

1 - Aromaterapia, a técnica de utilizar o aroma liberado por diferentes óleos essenciais para estimular partes do cérebro, que pode fortalecer as defesas do corpo, promover o bem-estar e aliviar transtornos como ansiedade, estresse, insônia ou depressão;

2 - Reiki, uma prática japonesa milenar de recomposição e harmonização do equilíbrio energético que tem por objetivo manter ou recuperar a saúde na totalidade do ser, nos corpos físico, emocional, mental e espiritual. A aplicação é feita pelo toque das mãos do terapeuta, que transfere energias REI (referente a energias cósmicas) para o paciente. De acordo com a prática, a REI funciona como um instrumento de transformação de energias nocivas em benéficas, pois o KI (energia pessoal) a reconhece como padrão;

3 - Alinhamento dos Chakras, terapia milenar da cultura hindu que relaciona doenças e aflições ao corpo energético. De acordo com a doutrina, o corpo humano contém diversos chakras, vórtices energéticos que estão conectados a várias dimensões do universo e correspondem à maneira na qual pensamos, sentimos e vivemos. Assim, o alinhamento deles busca mudar atitudes, crenças e pensamentos para alcançar o equilíbrio e harmonia no corpo físico, espiritual, emocional e mental;

4 - Programação Neurolinguística, abordagem de comunicação, desenvolvimento pessoal e psicoterapia que afirma que existe uma conexão entre processos neurológicos, a linguagem e os padrões comportamentais aprendidos através da experiência de cada um. Assim, a terapia acredita que é possível alcançar metas e até modelar habilidades através da manipulação dessas informações. Sessões também buscam tratar transtornos como fobias, depressão, distúrbios motores, doença psicossomática, miopia, alergia, distúrbios de aprendizagem e doenças comuns;

Muitas vezes, abaixo da ponta de um iceberg que é nossa própria desorganização financeira, há questões maiores a serem tratadas. O que nos move a gastar? Quais são as áreas onde posso cortar custos e economizar? Existem descuidos ou exageros em meus planos financeiros? É preciso sempre olhar o todo e ver onde há uma falta de equilíbrio. Estar bem com si mesmo é o primeiro passo para colocar as contas em dia e viver mais tranquilamente.






Dora Ramos - Orientadora Financeira e Terapeuta Complementar/Holística.

Fonte: Grupo Image



Estruturação jurídica de sistemas de franchising


A economia é dinâmica e a criação de novos negócios é constante. No setor de franchising observamos atualmente taxas de crescimento e a exploração de novos nichos, mesmo no persistente cenário de crise no Brasil. Agrega-se a isto o potencial de diversificação por força da internet e startups. Por tais razões, hoje em dia é comum nos depararmos com modelos de franquias não tradicionais, tais como, fintechs, jogos eletrônicos e aluguel de bicicletas.

Cabe registrar que o franchising continua moderno, na medida em que envolve empreendedorismo, valorização das relações interpessoais (vide relação  franqueador – franqueado), trabalho em rede, invenções, entre outros elementos, temas estes debatidos atualmente nas melhores escolas de negócios.    Sem qualquer dúvida, estes novos negócios devem ser incentivados, vez que levam modernidade para economia brasileira, geram competição, desenvolvem tecnologias, acarretando em benefícios para a sociedade.

Em qualquer formatação de negócio é fundamental estabelecer a sua base legal, bem como dar a devida formalização na criação da companhia e nas suas relações com terceiros. O enquadramento correto evita a exposição a riscos e possibilita que o agente econômico se beneficie de eventuais vantagens concedidas pela legislação (por exemplo, a configuração em termos de sistema de franquia protege o detentor da marca de dívidas de seus franqueados e vice-versa).

Ponto a ser destacado cuida das complexas, densas e “kafkianas” normas contábeis-tributárias brasileiras, as quais compõem de forma significativa o chamado “custo Brasil”. Ou seja, fundamental que o negócio seja adequadamente formatado na ótica jurídica, com o objetivo de evitar problemas contábeis-tributários, tão comuns nos Brasil mesmo para aqueles que se prestam a tentar cumprir todas as regras. 

Necessário esclarecer que a definição da base legal não é facultativa ou opcional, isto é, dependerá da natureza e das reais atividades exercidas pela empresa. Neste sentido, nem todos os negócios podem ser formatados como franquia, cujos requisitos se encontram dispostos no artigo 2º, da Lei 8.955/94. As vezes o negócio cuida de mero licenciamento (por exemplo, de softwares). Em outras aplica-se a Lei de Representação, em vista das atividades exploradas envolverem a intermediação de negócios.

Ademais, não é raro verificarmos sistemas híbridos, os quais os parceiros comerciais têm mais de uma relação contratual vigente ao mesmo tempo.







Daniel Alcântara Nastri Cerveira - advogado, pós-graduado em Direito Econômico pela Fundação Getúlio Vargas – SP, sócio do escritório Cerveira Advogados Associados, professor do curso MBA em Gestão em Franquias e em Varejo da FIA – Fundação de Instituto de Administração – SP; de Pós-Graduação de Especialização em Direito Imobiliário da PUC-RJ; de Pós-Graduação em Direito Empresarial pela Universidade Presbiteriana Mackenzie e autor do livro "Shopping Centers - Limites na liberdade de contratar", São Paulo, 2011, Editora Saraiva.



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