Pesquisar no Blog

quarta-feira, 23 de maio de 2018

Pesquisa indica controle da esclerose múltipla com transplante autólogo de células-tronco da medula óssea


Transplante custa menos do que tratamento com medicação  


O transplante com células-tronco da medula óssea do próprio paciente para combater a esclerose múltipla é mais eficaz do que a medicação disponível no mercado. Esta é a conclusão de pesquisa feita por pesquisadores do Brasil, Suécia, Inglaterra e Estados Unidos.

O estudo foi apresentado, em março, no encontro anual da European Society for Blood and Marrow Transplantation e submetido a uma revista científica de alto impacto. “Os resultados comprovam que os transplantes apresentam melhores resultados do que as medicações utilizadas para o tratamento da esclerose múltipla”, afirma a professora Maria Carolina de Oliveira, pesquisadora do Centro de Terapia Celular da USP e da Divisão de Imunologia Clínica da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da USP.

De acordo com ela, “parte da pesquisa ainda continua e os pacientes serão acompanhados por mais tempo e novos resultados devem ser apresentados em dois ou três anos. O objetivo é ver como a resposta ao transplante se sustenta em acompanhamento mais prolongado”, explica.

Ao todo, nos quatro países, participaram 110 voluntários, dos quais 55 foram transplantados e 55 receberam tratamento convencional. “Dos transplantados, apenas três (6%) reativaram a doença após o transplante. No outro grupo, tratado com a medicação disponível no país, 33 (60%)”, afirma Maria Carolina.

No entanto, o transplante deve ser aplicado apenas aos pacientes que estejam na fase de surto remissiva da doença. “É a fase em que paciente tem surtos de perda neurológica súbita. Passa a ter dificuldade para andar e de mexer os membros. Esses surtos acumulam incapacidades neurológicas e o transplante tem que ser realizado antes que chegue à fase progressiva”, explica.

Para identificar a possibilidade de transplante, os médicos utilizam a escala neurológica EDSS para medir o grau de comprometimento que a doença já provocou no paciente. Se estiver entre 2,5 e 5,5, o paciente pode ser transplantado. Fora desse parâmetro, não. O paciente não pode estar em cadeira de roda ou acamado, situações que acontecem nas fases mais avançadas da doença.

Experiência – O Hospital das Clínicas da FMRP-USP tem experiência de 16 anos em transplante de medula óssea para pacientes com esclerose múltipla. Começou, em 2002, com o professor Júlio Voltarelli. Estes procedimentos não são pagos pelo Sistema Único de Saúde (SUS). A verba utilizada é de projetos de pesquisas. “Pretendemos, com esses resultados, convencer as autoridades em incluir este tipo de transplante na lista do SUS”, afirma a doutora Maria Carolina.

Entre os 90 transplantes realizados no HC-FMRP-USP “2/3 melhoraram. Sendo que deste total, metade manteve a doença controlada e na outra metade houve progressão ao longo do tempo. Isso porque, a maioria desses pacientes foi transplantada na fase tardia, já degenerativa, da doença. O transplante funciona melhor nas fases mais precoces, inflamatórias da doença”, explica.

Custo – O estudo não levantou custos comparativos entre transplante e a medicação, mas a reportagem apurou que o transplante tem custo estimado de R$ 22 mil considerando o uso de instrumental e a medicação usada durante o procedimento (não faz parte deste valor, os custos de salários da equipe e internação). Já a medicação tem preço aproximado de R$ 12 mil ao mês.

Um estudo de pesquisadores poloneses, apresentado também no encontro European Society for Blood and Marrow Transplantation, comparou os gastos médios de 102 pacientes com esclerose múltipla no ano anterior ao transplante àqueles de um ano após o procedimento. A média de gastos anuais caiu de 4.520 euros para 810 euros.







Fonte: Marcos de Assis - Assessoria de Imprensa do Hemocentro de Ribeirão Preto.


Como combater o Glaucoma?


Segundo dados divulgados pela Organização Mundial de Saúde (OMS), em 2020 a estimativa é que 80 milhões de pessoas no mundo tenham glaucoma. Esses números preocupantes mobilizaram o setor de saúde e, com o objetivo de disseminar o conhecimento e conscientizar a população sobre a importância dos cuidados com os olhos, em 26 de maio é o Dia Nacional de Combate ao Glaucoma. Por ser uma doença silenciosa, que raramente causa dor, as pessoas não costumam procurar o oftalmologista para identificar se estão saudáveis.

Diante dos seus riscos, é importante esclarecer que o glaucoma é uma doença ocular caracterizada por alteração do nervo óptico, que causa um dano irreversível das fibras nervosas e, como consequência, a perda de campo visual. Erroneamente, as pessoas associam o glaucoma com a pressão dos olhos, assim, é importante esclarecer que esse é um dos principais fatores de risco, porém, não é o único, uma vez que, embora existam pacientes diagnosticados com a doença, alguns têm a pressão normal.

Vale destacar ainda que o glaucoma pode ser hereditário, por isso, quem tem casos da doença na família precisa investigar, pois aumenta o risco de desenvolver a efemeridade. Existem ainda outros fatores de risco tais como: uso crônico de corticosteroides – tanto via oral, nasal quanto na forma de colírios. Quem tem doenças como diabetes e problemas cardíacos também está mais propenso.

O glaucoma é mais comum após os 60 anos de idade, contudo, vale a ressalva que indivíduos em outras faixas também podem ser surpreendidos, especialmente, se tiverem histórico de trauma ocular, quem faz uso excessivo de corticoide, histórico familiar e doença inflamatória ocular (Uveites). Nem mesmo as crianças estão livres. Há bebês que nascem com o aumento da pressão intraocular e com perda visual grave logo nos primeiros anos de vida, se não tratado.   A partir de um ano já é indicado à realização de avaliações dos olhos, neste caso, não apenas para essa doença, mas para garantir também a saúde ocular completa.

Existe ainda uma forma congênita, quando os recém-nascidos já apresentam uma lesão no nervo óptico e, nesses casos, precisam de tratamento cirúrgico.  Essa é uma doença genética rara, herdada pelas mães durante a gestação.

Por sua vez, o glaucoma crônico de ângulo aberto é o mais comum e, neste caso, o paciente apresenta aumento da pressão intraocular e déficit do campo visual.

Já o glaucoma de ângulo fechado é o mais emergencial, uma vez que pode causar a perda visual irreversível rapidamente e, por fim, o glaucoma do tipo secundário pode acontecer devido a alguma complicação médica, seja pelo uso excessivo de corticoides ou até mesmo por conta de cirurgias como cataratas.

Para finalizar, é fundamental ressaltar que a melhor prevenção é a consulta anual ao oftalmologista, pois esse profissional é apto para avaliar se há suspeitas da doença e, caso o diagnóstico seja positivo, realizar o tratamento adequadamente com colírios e, ou até mesmo se for preciso, indicar a cirurgia.  Com o avanço da medicina e dos recursos de diagnóstico, hoje a identificação do glaucoma é muito precisa.






Dr. Alexandre K. Misawa - oftalmologista do HSANP, centro hospitalar localizado na zona Norte de São Paulo.

terça-feira, 22 de maio de 2018

Dia de São João: conheça cinco lugares pelo mundo que comemoram a tradição junina


Fogueira, bandeirinhas, música, quadrilha, comidas deliciosas e muita animação: assim são as festas juninas. Engana-se quem pensa que a celebração nasceu em terras tupininquis. Criado pelos camponeses europeus para celebrar o início do verão, o evento desembarcou no Brasil durante a colonização com a chegada dos portugueses. Confira cinco lugares pelo mundo que mantem essa tradição e enaltecem os santos católicos entre junho e julho:


Brasil


No Brasil, cada região comemora de uma forma diferente. Um dos principais festivais do segmento é o Bumba Meu Boi, que ocorre entre os meses de junho e julho na capital maranhense. Com mais de 200 anos de tradição, o nome do evento surge a partir da história de Francisco, um escravo, que mata o boi do senhor da fazenda para saciar a fome de Catirina, sua esposa. Arrependido, o homem pede aos curandeiros e aos pajés para ressuscitarem o animal.


Portugal




Nas cidades de Porto e Braga, o registro mais antigo desse tipo de festa vem do século XIV. Além do lançamento de balões de ar quente, e dos arraiais com música e comida que acontecem em diversos bairros da cidade até a madrugada, uma das tradições da festa consiste em bater na cabeça das pessoas com alho-poró ou com martelinhos de plástico. As mulheres costumam passar os ramos de erva-cidreira na cara dos homens. Este costume está ligado a festivais da fertilidade anteriores à cristianização da festa. 


Porto Rico


Para quem não sabe, São João é o patrono do estado de Porto Rico e que dá nome à sua capital. Por isso, a festa é bastante celebrada na ilha. Um dos costumes para "afastar a má-sorte" é o de se jogar de costas no mar três, sete ou até doze vezes à meia-noite ou então banhar-se com rosas. Este costume foi inspirado, evidentemente, no próprio São João, que realizava batismos no rio Jordão, e que hoje tem o significado de deixar o mar levar tudo o que há de ruim e começar uma vida nova. As praias ficam lotadas durante essa noite com direito a muita música e comida.


Peru

 

O país é muito ligado à cultura e aos costumes de seus antepassados. Lá, são os rios da selva peruana que recebem as pessoas para o baño bendito no Dia de São João. Come-se o Juane, um preparado de arroz, ovos, azeitonas, coxa de frango e chicória, tudo envolvido em folhas de uma planta chamada bijao, resultando em um formato redondo que remete à cabeça de João Batista. Em Iquitos, o baile que acontece após a missa e a procissão se realiza ao redor de uma palmeira carregada de presentes, chamada de Humisha.


Canadá


O Dia de São João Batista é considerado feriado nacional no Quebec, a província canadense de língua francesa. Inicialmente vinculada à religiosidade católica que distinguia os canadenses, a festa alcançou uma grande escala e se tornou uma festa de identidade quebequense. Popularmente mantém o nome de Saint-Jean e as fogueiras permanecem presentes – geralmente mais de 300 espalhadas pela província –, bem como shows, desfiles e fogos de artifício.





ViajaNet
www.viajanet.com.br, www.facebook.com/ViajaNet e @ViajaNet.

Posts mais acessados