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quarta-feira, 1 de março de 2023

Março Amarelo: mês da conscientização da Endometriose

Uroginecologista esclarece dúvidas sobre o tema

 

A endometriose se desenvolve quando o tecido da camada interna do útero, o endométrio, cresce em outros lugares, como ovário, trompas e órgãos pélvicos, fazendo com que a mulher tenha cólicas intensas e desconforto durante o período menstrual. Em casos mais graves pode ocasionar na infertilidade, comprometimento intestinal e aumentando o risco de câncer de ovário.

 

Segundo levantamento da UERJ (Universidade do Estado do Rio de Janeiro), a endometriose afeta 6,5 milhões de mulheres no Brasil e 176 milhões no mundo. Como março é o mês de conscientização da endometriose, a cirurgiã ginecológica, médica assistente da Faculdade de Medicina da USP do Setor de Uroginecologia, Dra. Débora Oriá, esclarece algumas dúvidas sobre o tema.

 

 

Sintomas

A endometriose pode ser assintomática, e nesse caso só é descoberta por meio de exames. Quando apresenta sintomas, são:  cólicas fortes, fluxo menstrual intenso, dor na hora da relação sexual e dor e sangramentos intestinais e urinários durante a menstruação.

 

Se as fortes cólicas no período menstrual vierem acompanhadas desses sintomas, procure um médico.


 

Diagnóstico

O diagnóstico de endometriose é confirmado após a realização de exame físico, marcadores laboratoriais (CA125) e exames de imagem, como ressonância e ultrassom com preparo intestinal. A doença é classificada em leve, moderada ou grave.


 

Tratamento

Após a confirmação de endometriose, o médico irá avaliar o caso, o histórico de saúde da paciente e escolher o melhor tratamento. O uso de medicamentos com hormônios que bloqueiam o endométrio, como os anticoncepcionais orais, são formas de tratamento, já em muitos casos há necessidade de cirurgia.

 

Fisioterapia e acupuntura podem ser indicadas para ajudar no controle da dor.

 

A endometriose não tem cura, mas pode ser controlada!


 

Alimentação

Manter uma alimentação equilibrada é importante para a saúde e pode ajudar a evitar e aliviar os sintomas da endometriose.

 

Inclua no cardápio alimentos ricos em ômega 3, como peixes e folhas verde-escuras, como couve, brócolis e espinafre. Eles atuam como anti-inflamatório, amenizando os focos de endometriose. Se alimente também de fibras, vitaminas B e C.

 

Além de manter uma alimentação saudável, evite café, frituras, carne vermelha e alimentos processados.


 

Atividade física

A atividade física pode ajudar na prevenção e no tratamento da endometriose, pois libera endorfinas, que têm efeito vasodilatador e analgésico.

 

Lembre-se

que o diagnóstico precoce e correto é fundamental. Visite seu ginecologista

pelo menos uma vez ao ano, e ao sentir os primeiros sintomas da doença, procure um especialista.

  

Dra Débora Oriá - se especializou em Cirurgia Ginecológica e Uroginecologia no Hospital das Clínicas (USP). Trabalha como médica da equipe de Uroginecologia do Departamento de Ginecologia do Hospital das Clínicas, médica preceptora da Residência Médica em Ginecologia do Hospital das Clínicas, ginecologista do corpo clínico do Hospital Sírio Libanês e obstetra do corpo clínico da Pro Matre Paulista. @dradeboraoria

 

Março Amarelo: conheça três importantes exames para diagnosticar a endometriose

 O mês de março é dedicado a conscientizar a população geral sobre esta doença

 

O mês de março é marcado pela campanha de conscientização da endometriose, onde profissionais da saúde se disponibilizam para esclarecer e alertar a população sobre a doença que acomete de 10% a 15% das mulheres que menstruam no mundo.

Ainda muito desconhecida por milhares de pessoas, a doença ganhou destaque nos noticiários de todo o Brasil após a cantora Anitta compartilhar seu diagnóstico de endometriose, em julho de 2022. Após a grande repercussão, o termo "endometriose Anitta" teve um aumento de mais de 4.000% nas buscas do Google, segundo informações do Google Trends.

Segundo o Dr. Marcos Tcherniakovsky, Ginecologista e Diretor de Comunicação da Sociedade Brasileira de Endometriose (SBE), a doença é caracterizada pela saída do tecido endometrial para fora do útero através das tubas, e que pode se implantar em órgãos da região pélvica e causar um processo inflamatório. “Embora a endometriose não apresente ainda causas claras, o histórico familiar, a menarca precoce e fluxos menstruais abundantes, de longa duração ou de maior frequência, são considerados fatores de risco para o seu desenvolvimento”, relata o médico.

Conheça a seguir os três exames mais importantes para o correto diagnóstico da endometriose. 

 

1 - Exame físico: quando há suspeita da doença, o médico realiza um exame físico de toque vaginal, com o objetivo de verificar se o útero está fixo, se houve aumento dos ovários e possíveis alterações que confirmem a suspeita. Antes, o médico avalia a história clínica da paciente, ouvindo com cuidado todos os sintomas e queixas e sem pressa, também para tranquilizá-la.

 

2 - Ressonância magnética da pelve: é solicitada com preparo intestinal e é feita por um profissional que conheça muito bem a doença. O exame possibilita uma avaliação completa da pelve em múltiplos planos, com excelente resolução anatômica e espacial. 

 

3 - Ultrassom endovaginal: também é solicitado com preparo intestinal e é feito por profissionais com alto conhecimento em endometriose. O exame consegue identificar a presença da doença em qualquer local da região da pélvica, como ovários, tubas, bexiga e intestino. 

 

Ambos os exames são excelentes para diagnosticar a presença de endometriose profunda, aquela que tem mais de 5mm de profundidade e costuma dar mais sintomas, como dores abdominais e/ou pélvicas.  

Através destes 3 exames podemos determinar a necessidade de trabalharmos de forma multidisciplinar. Quando existe o diagnóstico de endometriose intestinal, sempre solicitamos uma avaliação com o proctologista ou cirurgião geral. O mesmo ocorre quando temos um provável acometimento da bexiga e encaminhamos para o urologista, para que acompanhe em conjunto com o ginecologista.

"Uma dica fundamental para o início do tratamento é incentivar que a paciente busque algo que lhe traga relaxamento. Se necessário, o acompanhamento psicológico também é recomendado. Assim, ela terá suporte para lidar com toda a carga emocional que a endometriose gera na vida de uma mulher”, finaliza Tcherniakovsky.

 

Dr. Marcos Tcherniakovsky – Ginecologista e Obstetra - Especialista em Endometriose e Vídeoendoscopia Ginecológica (Histeroscopia e Laparoscopia). Atualmente é Médico Responsável pelo Setor de Vídeo-Endoscopia Ginecológica e Endometriose da Faculdade de Medicina da Fundação do ABC. É Médico Responsável na Clínica Ginelife. Especialista em Ginecologia e Obstetrícia pela FEBRASGO e Diretor de Comunicação da Sociedade Brasileira de Endometriose. Membro da Comissão Nacional de Especialidades em Endometriose pela Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO) Instagram: @dr.marcostcher   

 

64% da população não costuma utilizar preservativos na relação sexual, diz estudo

Do total dos integrantes da pesquisa, 72% na idade entre 40 a 44 anos apontaram não costumar fazer uso da camisinha



Aproximadamente 1 milhão de pessoas afirmaram ter diagnóstico médico de Infecção Sexualmente Transmissível (IST) ao longo de 2019, correspondendo a 0,6% da população com 18 anos de idade ou mais.  A informação é da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), divulgada em 2021, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).  Já o Unaids - programa das Nações Unidas, desenvolvido para prevenir o avanço do HIV - apontou que entre 2010 e 2018, por exemplo, a taxa de transmissão do vírus no Brasil cresceu 21%, enquanto sofreu queda de 16% em todo o mundo. 


Sabe-se que o uso de preservativos, as famosas “camisinhas”, são cruciais na redução da incidência de IST. Além disso, elas dispõem de um papel essencial quando se fala em evitar gestações não planejadas, tendo em vista que, no país, a iniciação sexual é cada vez mais precoce. Acerca do assunto, inclusive, dados do Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (Sinasc/SUS) indicaram que um em cada sete nascimentos é oriundo de mães adolescentes. E, relacionado ao tema, o mais recente estudo da Famivita revelou que 64% da população não costuma utilizar preservativos na relação sexual.

Em se tratando da faixa etária, do total geral de integrantes do estudo, 72% apontaram não ter o costume de usar camisinha, na idade entre 40 a 44 anos. Referente ao grupo dos 25 aos 29 anos, 68% explicaram não fazer essa utilização. O estudo também trouxe  a informação que 92% dos entrevistados têm ciência de que o preservativo evita as IST 's.

Os dados coletados por estado revelaram que no Distrito Federal 52% dos participantes têm o hábito de usar preservativo. Em Minas Gerais, esse número foi de 29% e, no Rio de Janeiro, 32%. Já no Ceará e no Rio Grande do Norte, 43% e 15%, afirmaram fazer essa utilização, respectivamente. 


A evolução do preservativo: uma breve linha do tempo


A primeira camisinha com reservatório para o esperma surgiu em 1901, nos Estados Unidos, mas a verdadeira evolução delas ocorreu com aquelas feitas de látex, a partir de 1880. Tal fato representava um avanço, pois desse modo elas eram mais finas do que as iniciais, de borracha, necessitando de um menor trabalho para serem produzidas.

Estima-se que em 1935 cerca de um milhão e meio de camisinhas foram comercializadas nos Estados Unidos. Nos períodos seguintes, contudo, elas caíram em desuso, principalmente após o advento da pílula anticoncepcional. 

A partir de 1980, o HIV modificou a consciência mundial a respeito da sexualidade, notadamente quando se fala em sexo seguro. Assim, a camisinha voltou à cena, e como uma heroína, posto que é o único método capaz de reunir, em apenas uma ferramenta, a prevenção à gravidez indesejada e às infecções sexualmente transmissíveis.

No Brasil da década de 1980, por exemplo, começo da epidemia de HIV, os preservativos eram distribuídos apenas em datas específicas, como o Carnaval e o “Dia Mundial de Luta Contra Aids”, mas, de 1994 em diante, iniciou-se a distribuição ampla deles, através do Sistema Único de Saúde (SUS), facilitando o acesso da população.

 

Saúde dos Pés - Calos e Calosidades

Tudo o que você precisa saber para evitar o Desconforto e a Dor

 

Os calos e as calosidades, tecnicamente chamados de hiperqueratose, surgem devido um aumento da produção de queratina, que é a proteína responsável pela formação mais superficial da pele, e são nos pés que as lesões são mais facilmente encontradas.

A diferença é que os calos abrangem áreas maiores da pele e são mais superficiais, geralmente formando uma bolha fina, com um pouco de água em seu interior, e que em algum momento vai estourar, durando alguns dias apenas. Na maioria dos casos são assintomáticos. Já as calosidades são mais profundas e mais focadas, na maioria das vezes são dolorosas - Diz a Dra. Marta Botelho, Médica Podologista.

A calosidade surge principalmente nos calcanhares, embaixo dos pés, também pode ocorrer no dedo mindinho. Há também o calo ósseo que se desenvolveu através de um simples calo, porém, não foi cuidado e ele foi aprofundando até criar uma raiz. É preciso lembrar que, enquanto persistir o estímulo, os atritos, os calos continuarão a crescer e a se desenvolver, principalmente nas laterais e nos topos dos pés e entre os dedos.

Na podologia é classificado vários tipos de calos; calo duro, calo mole, calo mole interdigital; quando ocorre entre os dedos, calo neurovascular, calor dorsal, calo vascular entre outros. Às vezes, alguns calos são confundidos com verrugas, porém as verrugas são causadas por vírus. Por isso o calo precisa de um diagnóstico feito por um especialista - Explica a Dra. Marta Botelho.

Quando o calo permanece por volta de uma semana, mesmo usando medidas caseiras, é necessário consultar um podólogo ou médico para que seja iniciado o tratamento mais adequado. Lembrando que deve se evitar “raspar” os calos de forma caseira, isso pode causar infecção ou ferimentos dolorosos; lembrando que os sintomas incluem caroços salientes, endurecidos e rodeados por pele inflamada, que podem doer quando pressionados.

Alguns cuidados podem ser tomados para se evitar o problema, medidas simples como usar calçados de tamanho e formato adequados com o seu pé, além do uso de protetores acolchoados. Agora, se o problema já existir e persistir, o ideal é procurar ajuda profissional. Após o diagnóstico o Podólogo, ou outro profissional especializado, poderá prescrever hidratantes adequados para a aplicação no local do calo, podendo cobrir o pé com uma meia que vai ajudar na penetração do produto. A retirada de calos pode ser feita por meio do desbaste da calosidade, ou seja, retirar boa parte do núcleo duro, que pressiona ao caminhar e causa dor. A cirurgia é dificilmente indicada, a não ser em casos específicos – Finaliza a Dra. Marta Botelho.

  


Dra. Marta Botelho - Podóloga, especialista em saúde dos pés, reflexologia e palestrante.
@martabotelho_podologa

 

Unifesp convida pessoas idosas com transtorno de espectro autista para participar de pesquisa


O Campus Baixada Santista da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) convida pessoas idosas, com Transtorno do Espectro Autista, para participar da pesquisa de Iniciação Científica "O Cotidiano de Pessoas Idosas com Transtorno do Espectro Autista pela Perspectiva da Terapia Ocupacional".

A pesquisa tem o objetivo de compreender como se estrutura o cotidiano de pessoas idosas com TEA, a partir da perspectiva da família/cuidadores ou do próprio indivíduo. O estudo será conduzido sob orientação de Andrea Perosa Saigh Jurdi e coorientação de Marcia Maria Pires Camargo Novelli.

Para participar é necessário ter 60 anos ou mais e residir, preferencialmente, na cidade de Santos ou na cidade de São Paulo, ou ainda em outros municípios da Região Metropolitana de São Paulo ou da Baixada Santista. Será realizada uma entrevista, na qual será respondido um questionário previamente elaborado, que servirá para conduzir a conversa.

Os(as) interessados(as) devem entrar em contato com Vitoria Revnei, pelo WhatsApp
: (11) 94297-1025.

 

Leucemia: saiba como identificar os sintomas iniciais da doença que mata mais da metade dos pacientes diagnosticados

 Especialista do Hospital IGESP explica como identificar os primeiros sinais e quais são os tratamentos disponíveis conforme o diagnóstico do paciente

 

 

Todos os anos, cerca de 11 mil pessoas são diagnosticadas com leucemia no Brasil e, segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA), são registradas quase 7 mil mortes em decorrência deste tipo de câncer que atinge as células sanguíneas. No mês da campanha de conscientização sobre a leucemia e a importância da doação de medula óssea, denominada “Fevereiro Laranja”, a hematologista do Hospital IGESP, Gabriela Aguiar Bulhões, chama a atenção para os sintomas iniciais da doença, que devem ser observados.


“A leucemia é o câncer das células sanguíneas que se inicia nos tecidos formadores de sangue, principalmente na medula óssea, mas rapidamente pode comprometer demais órgãos. A classificação das leucemias é bem complexa e compreende aspectos desde a velocidade de duplicação de suas células, quanto o tipo de célula tumoral”, informa.


“Os dois grandes grupos de leucemias são a linfocítica e a mielocítica e quanto à rapidez de progressão da doença, são classificadas em agudas e crônicas. Leucemias agudas são mais dramáticas, por progredirem rapidamente com risco de morte se o tratamento não for iniciado com brevidade, enquanto as crônicas têm evolução mais lenta e pode não precisar de tratamento imediato,” explica a hematologista.



Sintomas


A manifestação dos sintomas acontece de acordo com o tipo de leucemia que acomete as células brancas do sangue (leucócitos).


Como a leucemia compromete a produção do sangue, os elementos que formam as plaquetas, leucócitos e células vermelhas (eritrócitos), começam a ser afetados à medida que as células brancas tumorais se multiplicam. Apesar das células brancas estarem em grande quantidade, elas não funcionam adequadamente, e como são células de defesa, um dos primeiros sinais são infecções persistentes, febre.


À medida que a medula óssea é invadida pelas células tumorais, a produção de plaquetas e eritrócitos também é comprometida e sua fabricação diminuída. Assim, outros sinais e sintomas se referem à anemia (diminuição de eritrócitos) levando a cansaço, palidez das mucosas e pele, falta de ar e alterações cardíacas (aumento da frequência cardíaca e sopros cardíacos). A diminuição das plaquetas causa sangramentos espontâneos, pois essas células fazem parte do sistema de coagulação, assim é comum aparecerem sangramentos nas gengivas, olhos, e manchas roxas pela pele (hematomas).


“Outros sintomas que podem aparecer são inchaço nos gânglios linfáticos (linfonodos), as chamadas” ínguas”, a perda de peso sem motivo aparente e dores nos ossos e nas articulações”, afirma a médica Gabriela Bulhões.

“Além das queixas clínicas e exame físico, o médico irá solicitar exames detalhados e específicos. Hoje dispomos de inúmeros tipos de tratamento para as leucemias, além da quimioterapia”, conclui a médica do Hospital IGESP.


O transplante de medula óssea é uma das opções de tratamento da doença, entretanto, muitos pacientes morrem antes de localizar um doador compatível. A doação de medula é um procedimento relativamente simples pelo benefício que apresenta ao paciente, pois aumenta em muito as chances de cura da doença.



Doação de medula óssea


Para ser um doador voluntário de medula óssea é preciso ir ao hemocentro mais próximo, realizar um cadastro no Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea (REDOME) e coletar uma amostra de sangue para exame de tipagem HLA. Além disso, é necessário:


• Ter entre 18 e 35 anos de idade;


• Um documento de identificação oficial com foto;


• Estar em bom estado geral de saúde;


• Não ter nenhuma doença impeditiva para cadastro e doação de medula óssea. Clique e veja a lista


Vale lembrar que o REDOME pertence ao Ministério da Saúde e hoje tem mais de 5 milhões de doadores cadastrados, sendo considerado o terceiro maior banco de doadores de medula óssea do mundo.



 

Hospital IGESP

 

Vacinação contra hepatite B em bebês tem queda histórica

Índice de imunização contra hepatite B teve queda no país/DIVULGAÇÃO
Coordenadora do curso de Enfermagem da Anhanguera faz orientações a respeito da imunização



Os índices de vacinação contra a hepatite B no Brasil nunca estiveram em patamares tão baixos: o percentual de bebês vacinados caiu de 86% em 2018 para 75,2% em 2022 -- os dados preliminares foram divulgados pelo site do Ministério da Saúde, a partir de estudo realizado pelo Observa Infância da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). A progressão da doença tem consequências mais graves em crianças do que em adultos e especialistas destacam a importância da imunização.

Como explica a coordenadora do curso de Enfermagem da Faculdade Anhanguera, professora Estela Toledo Piza Rossi, o sistema imunológico durante a infância ainda está em desenvolvimento e a contaminação pelo vírus da hepatite B (VHB) pode ocasionar em doença crônica.

A transmissão pode acontecer da mãe para o feto com a gravidez, durante e após o parto. O VHB está presente no sangue e em outros líquidos corporais, como a saliva, o sêmen e secreções vaginais da pessoa infectada. Outras formas de contaminação podem ocorrem por meio do contato com pequenos ferimentos na pele e nas mucosas, transfusões sanguíneas e pelo uso de drogas injetáveis ou material contaminado (como alicates, por exemplo).

“No caso das gestantes, o pré-natal é importante para identificação de problemas e riscos em tempo oportuno para intervenções, como o tratamento de prevenção para recém-nascidos em relação à hepatite B”, afirma a enfermeira. “Na maternidade, os bebês recebem a primeira dose contra a doença, assim como a carteira de vacinação para administração de vacinas, de acordo com o calendário de imunização do Ministério da Saúde”, completa.

A hepatite B ataca, preferencialmente, as células do fígado (hepatócitos) e causam um processo inflamatório que provoca dores abdominais, náuseas, vômitos, febre, cansaço, tontura e icterícia (cor amarelada na pele e conjuntivas). Em quadros crônicos, a doença pode provocar cirrose hepática e câncer. O diagnóstico é realizado por meio de exame de sangue, além de testes rápidos oferecidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

Para a imunização, é necessária a vacinação logo nas primeiras 24 horas de vida, com mais três doses de reforço (uma aos 2 meses de idade e as outras aos 4 e 6 meses). Pessoas adultas e crianças maiores de 7 anos que não foram vacinaram podem procurar pelo serviço do SUS para serem imunizadas em um esquema de três doses -- indivíduos que convivem com o HIV e imunodeprimidos precisam seguir um esquema especial, com doses reforçadas periodicamente.

A docente da Anhanguera reforça, também, a necessidade da vacinação para profissionais de saúde. “As equipes de clínicas, laboratórios e hospitais estão em contato constante com agentes biológicos, como fungos, vírus e bactérias, que acentuam a importância da imunização”, completa.

 

Anhanguera
https://www.anhanguera.com/ e https://blog.anhanguera.com/category/noticias/

 

O que tira o sono das mulheres?

Médico especialista em Medicina do Sono explica que condições biológicas, maus hábitos e problemas médicos podem levar a noites sem dormir


No mês em que se comemora o Dia Internacional das Mulheres, uma reflexão importante a ser feita é sobre a qualidade de sono delas. Existem muitos fatores que podem potencialmente perturbar o sono de uma mulher, incluindo eventos da vida, depressão, doença, maus hábitos de sono, uso de medicamentos e alterações físicas ou hormonais.

De acordo com Gleison Guimarães, médico especialista em Medicina do Sono pela Associação Brasileira de Medicina do Sono (ABMS), especialista em Pneumologia pela UFRJ e pela Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT), as mulheres costumam ter 40% mais insônia do que os homens. “Noites sem dormir em mulheres podem ser causadas por condições biológicas únicas, como gravidez, menopausa e menstruação. Na adolescência, por exemplo, é comum as mulheres terem oscilações de humor e problemas para pegar no sono. No período menstrual, por sua vez, a qualidade de sono pode cair devido aos desconfortos indesejáveis que levam a um sono de má qualidade”, explica.

Segundo o especialista, estudos sugerem que, na TPM (Tensão Pré-Menstrual), as mulheres tendem a dormir menos horas, além de acordarem três vezes mais durante a noite em comparação com outras fases do ciclo menstrual. “Já na gravidez, as alterações posturais, o metabolismo e o aumento dos níveis de progesterona podem causar desconforto e dificuldade para ter um sono reparador. E, na menopausa, com a queda do hormônio estradiol, ocorre o aumento da frequência urinária e de ondas de calor que também influenciam diretamente a qualidade do sono”, relata.


Problemas médicos e hábitos ruins

Além das questões biológicas, o sono das mulheres pode ser afetado por certos hábitos, como consumo de cafeína ou álcool e tabagismo. E há, ainda, problemas médicos que podem impedir as mulheres de dormir bem. Entre os mais comuns estão:

  • Refluxo ácido
  • Artrite e dores articulares, dor nas costas, fibromialgia;
  • Asma
  • Epilepsia
  • menos comuns:  Esclerose múltipla e Mal de Parkinson


De acordo com o Dr. Gleison, alguns dos distúrbios do sono com maior probabilidade de afetar as mulheres incluem insônia,  e provação do sono, em seguida ronco e apneia do sono, síndrome das pernas inquietas (SPI) e parassonias, como transtorno alimentar relacionado ao Sono (SRED) e transtorno de pesadelo. 



Gleison Guimarães - médico especialista em Pneumologia pela UFRJ e pela Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT), especialista em Medicina do Sono pela Associação Brasileira de Medicina do Sono (ABMS) e também em Medicina Intensiva pela Associação de Medicina Intensiva Brasileira (AMIB). Possui certificado de atuação em Medicina do Sono pela SBPT/AMB/CFM, Mestre em Clínica Médica/Pneumologia pela UFRJ, membro da American Academy of Sleep Medicine (AASM) e da European Respiratory Society (ERS). É também diretor do Instituto do Sono de Macaé (SONNO) e da Clinicar – Clínicas e Vacinas, membro efetivo do Departamento de Sono da SBPT. Atuou como coordenador de Políticas Públicas sobre Drogas no município de Macaé (2013) e pela Fundação Educacional de Macaé (Funemac), gestora da Cidade Universitária (FeMASS, UFF, UFRJ e UERJ) até 2016. Professor assistente de Pneumologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro – Campus Macaé.
https://drgleisonguimaraes.com.br
Instagram @dr.gleisonguimaraes
Twitter @drgleisonpneumo.

 

Use o relógio biológico a seu favor e emagreça de forma natural!


Você sabia que podemos utilizar o nosso Relógio Biológico para auxiliar no processo de emagrecimento e trazer resultados mais satisfatórios na nossa rotina, além de bem estar físico e emocional?
 

A Dra. Leticia Lucas, Médica Nutróloga traz uma inovação para o emagrecimento através da Medicina Ayurvédica e nos mostra como essa medicina é capaz de nos ajudar para obter um emagrecimento sem sofrimento e reajustando nossa rotina com bem estar e tranquilidade através do nosso Relógio Biológico. 

A medicina Ayurvédica, um sistema de saúde tradicional indiano, ensina que alinhar as atividades diárias com o relógio biológico do corpo pode ter benefícios significativos para a saúde e o bem-estar. Segundo a Ayurveda, a vida é composta de ciclos naturais que devem ser respeitados e seguidos, e isso inclui horários específicos para se alimentar, dormir e se exercitar. 

De acordo com a Dra. Leticia, para usar o relógio biológico a seu favor na medicina Ayurvédica, é importante entender como as diferentes horas do dia afetam o corpo e ajustar suas rotinas diárias de acordo. De acordo com a Ayurveda, o dia pode ser dividido em seis períodos de quatro horas cada.



1. Como podemos entender os períodos do dia e ajustar nosso relógio?

Segundo a Dra. as primeiras horas da manhã, antes do nascer do sol, essa é uma hora ideal para meditar, praticar yoga ou exercícios suaves, e se preparar para o dia que está por vir. É uma hora em que o corpo pode ser mais lento, então é importante se movimentar e ter um café da manhã saudável para energizar o corpo. Sendo assim o período da manha também é um ótimo período para se exercitar. 

O período de meio-dia até às 15h, é um horário em que o corpo está em seu pico de digestão e metabolismo, então é um período excelente para seu almoço e para se concentrar em atividades intelectuais. As horas da tarde é um período em que o corpo pode começar a se sentir cansado. É importante se concentrar em tarefas relaxantes e práticas que ajudem a acalmar a mente. 

As horas da noite são horas em que o corpo começa a se preparar para o sono. É importante ter um jantar leve, relaxar e se preparar para dormir. As horas da madrugada são horas em que o corpo começa a se preparar para acordar. É importante acordar cedo, tomar um banho quente e se preparar para o dia que está por vir.

 

2. Como saber o melhor horário das refeições para ajustar seu relógio Biológico?

Ao ajustar seus horários de acordo com o relógio biológico, diz a Doutora, é possível perder peso, reduzir o estresse, dormir melhor, ter mais saúde e energia, entre outros benefícios. Por exemplo, o melhor horário para almoçar de acordo com a Ayurveda é entre 12h e 13h, durante o período Pitta do dia, quando o metabolismo e a digestão estão em alta. 

Já o jantar deve ser feito em um horário mais cedo, idealmente antes das 19h, para permitir que o corpo tenha tempo suficiente para digerir a comida antes de dormir. Durante a noite, o corpo passa por um processo de desintoxicação e regeneração, e um jantar mais leve e mais cedo pode ajudar a promover uma boa noite de sono. 

Não é recomendado tirarmos aquele cochilo na parte da tarde, pois é um horário onde estamos ainda em pico de energia.



3. Além de ajustar o Relógio Biológico o que mais pode ajudar no emagrecimento?

A prática de atividades físicas e mentais de acordo com o relógio biológico também pode trazer benefícios. Por exemplo, a prática de yoga ou meditação de manhã cedo, pode ajudar a acalmar a mente e preparar o corpo para o dia. Já o exercício físico pode ser mais benéfico durante o período das 10h às 14h, quando o corpo está em seu pico de energia. 

A medicina Ayurvédica ensina que mudar seus horários pode mudar sua vida. Ao ajustar suas atividades diárias de acordo com o relógio biológico, é possível promover uma vida mais saudável, equilibrada e feliz. 

A Dra. Leticia adverte que ao alinhar as atividades diárias com as energias do relógio biológico, é possível maximizar a saúde e o bem-estar de acordo com a medicina Ayurvédica. É importante lembrar que cada pessoa é única e pode ter necessidades diferentes, portanto, é fundamental consultar um profissional de saúde qualificado para orientação individualizada.


  
Dra. Letícia Lucas - Médica Nutróloga - CRM SP 215419. Médica, graduada pela FAME -- JF(Faculdade de Medicina de Juiz de Fora). Pós graduada em Nutrologia pela USP. Capacitada em Medicina Funcional Integrativa, o qual é fundamental para otimização da saúde dos pacientes.


Será que é amigdalite?

Otorrinolaringologistas mapeiam a doença inflamatória da garganta e dão dicas para identificar episódios, suas causas, tratamentos corretos e profilaxia

 

A garganta começa a "pegar" e logo vem a dúvida sobre qual a origem dessa dor: faringite, laringite, Covid-19, amigdalite? Como saber se é o caso de uma amigdalite e, principalmente, como cuidar dessa inflamação que atinge sobretudo as crianças e adolescentes? 

"Geralmente, a amigdalite provoca uma dor de garganta mais intensa e febre mais alta. Outro sinal mais frequente da amigdalite é a otalgia reflexa, ou seja, a dor de ouvido que se origina de outro local", explica a Dra Roberta Pilla, Otorrinolaringologista membro da Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial (ABORL-CCF). Ela reforça, porém, a necessidade de uma avaliação médica para diferenciar de outras doenças, lembrando que é muito comum que faringe e amígdalas inflamem simultaneamente, pela proximidade anatômica. 

A Dra Maura Neves, otorrinolaringologista pela USP, lembra também dos doloridos gânglios que se formam no pescoço num quadro de amigdalite, além da dificuldade para engolir, dor no corpo e mau hálito. "Alguns pacientes podem apresentar sintomas como coriza, obstrução nasal e espirros, que são sintomas de infecção viral do trato respiratório alto, da qual a amigdalite pode fazer parte", reforça.


Bactéria ou vírus? 

Falando em infecção viral, a Dra Carla Falsete, otorrinolaringologista de São Paulo, informa que a amigdalite pode ser tanto viral, quanto bacteriana, sendo que o tipo mais comum é a viral: "Ela é responsável por aproximadamente 70% das infecções nas amígdalas, principalmente em crianças menores e pré- adolescentes. A amigdalite bacteriana é menos comum, mas, em geral, é mais severa e costuma atingir jovens e adultos". 

A Dra Carla faz um alerta sobre a versão bacteriana da doença que é bastante comum na sociedade: o abandono precoce do tratamento. "Ao perceber uma melhora dos sintomas, o paciente deixa de tomar o medicamento pelo tempo estipulado pelo médico. Isso faz com que as bactérias se tornem cada vez mais resistentes aos medicamentos no futuro, propiciando as infecções de repetição", explica. 

Os casos de amigdalite por repetição, aliás, estão entre os quadros que pedem maior atenção e podem exigir mais do que o tratamento convencional, que é feito por analgésicos e antiinflamatórios (amigdalite viral) ou antibióticos (amigdalite bacteriana). Segundo a Dra Maura Neves, este é um dos casos em que pode ser necessária a retirada das amígdalas. "Na presença de 7 episódios em 12 meses; 5 episódios por 2 anos consecutivos; ou 3 episódios durante 3 anos consecutivos, há indicação de cirurgia", diz a especialista. Mais, uma situação de maior alarme para uma eventual amigdalectomia é quando as tonsilas palatinas (outro nome para as amígdalas) são grandes e geram obstrução respiratória, roncos, apneia do sono, respiração bucal e sono agitado, entre outros.

 

Alívio dos sintomas 

A Dra Roberta Pilla chama a atenção para medidas simples que podem amenizar as dores de quem está com amigdalite. "Os remédios caseiros podem ajudar a aliviar os sintomas e acelerar a recuperação, pois possuem uma certa ação anti-inflamatória e antisséptica", ela explica, ao citar opções como gargarejo com água morna e sal e suco de limão, mel e gengibre, acompanhados, é claro, de uma orientação médica adequada, "especialmente quando a dor de garganta é muito forte e acompanhada de sintomas como pus na garganta, febre ou ausência de melhoras dentro de três dias", indica a otorrino. 

Na mesma linha, a Dra Carla Falsete adiciona à lista alguns chás que contribuem no alívio dos sintomas: romã, hortelã, gengibre, limão, barbatimão, malva, sálvia, anis estrelado, eucalipto, alho e raiz de alcaçuz.

 

Como evitar a amigdalite? 

Os casos mais comuns de contágio acontecem pelo contato com gotículas expelidas ao tossir, espirrar, beijar ou compartilhar objetos contaminados, como copos e talheres, de acordo com a Dra Carla. Diante disso, ela recomenda algumas medidas para se proteger da contaminação: 

- Evitar ambientes com aglomeração;

- Evitar ar condicionado;

- Preferir ambientes abertos e bem ventilados;

- Hábitos de higiene, como lavar bem as mãos, principalmente antes das refeições
- Não levar as mãos à boca;

- Controle do stress, com práticas meditativas. 

"Todos devemos ter hábitos de vida saudáveis, que ajudam na melhor resposta do nosso sistema imunológico e na prevenção das amigdalites, como dormir bem, comer com qualidade, praticar atividade física regular, manter boa hidratação e evitar tabagismo", complementa a médica. 

A Dra Maura Neves chama a atenção também para outro tipo de profilaxia. "As vacinas também são excelentes e devem ser usadas na prevenção: vacinas contra gripes, Pneumo 13, Pneumo 23, Haemophilus tipo B e difteria", indica. 

 

Atenção aos principais sintomas da amigdalite 

- Dor de garganta;

- Febre;

- Alteração temporária da voz;

- Redução de apetite;

- Halitose (mau hálito);

- Calafrios;

- Dor de ouvido;

- Dificuldade para engolir;

- Inchaço na região do pescoço e mandíbula (gânglios aumentados);

- Vermelhidão e/ou pontos de pus nas amígdalas.

 

Os agentes causadores da amigdalite 

Em termos técnicos, segundo a Dra Carla Falsete, os vírus mais comuns para tratamento da amigdalite são adenovírus, rinovírus, vírus influenza, coronavírus e vírus sincicial respiratório. No caso da amigdalite bacteriana, a maior incidência se dá pelo estreptococos ß-hemolíticos do grupo A, causando amigdalite pustulosa -- quando há placas na garganta -- ou estreptocócica. 


Dra. Carla Falsete - CRM 101843 | RQE 71523 - Médica graduada pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo- Campus Sorocaba (2000). Residência médica em Otorrinolaringologia Geral e Pediátrica pela Clínica Médica Otorhinus (2004). Título de Especialista em Otorrinolaringologia Geral e Pediátrica e Cirurgia Cérvico Facial pela ABORL-CCF (desde 2005). Pós-graduada em Medicina Desportiva pela UNIFESP (2007). Psicoterapeuta formada Helper pelo Pathwork®️ (2018). Formação Médica ampliada pela Antroposofia (2020).

 

O ambiente em que você vive pode estar te engordando! O que fazer para manter o peso e evitar a obesidade?

Você sabia que o ambiente em que você vive pode estar favorecendo o seu ganho de peso? Isso mesmo! Os estilos de vida que adotamos são amplamente influenciados pelo ambiente, que está cada vez mais engordativo. Não apenas o local onde você vive ou trabalha, mas também o nosso sistema de educação, governo e sociedade. Por isso, viver em um ambiente engordativo pode dificultar a manutenção de um peso saudável e aumentar o risco de desenvolver problemas de saúde relacionados à obesidade, como diabetes, doenças cardíacas e câncer. 

O médico nutrólogo Dr. Ronan Araujo comenta que um dos maiores contribuintes para um ambiente engordativo é a abundância de opções de alimentos não saudáveis. Restaurantes fast food, aplicativos de comida e lojas de conveniência em toda esquina geralmente oferecem alimentos com alto teor calórico e baixo teor de nutrientes a preços baratos. Se o ambiente em que você está facilita os comportamentos menos saudáveis que os saudáveis, ele pode estar contribuindo para o seu ganho de peso.

 

Mas o que fazer para não sofrer tanta influência desse ambiente?

Pequenas mudanças no dia a dia podem ser suas aliadas para evitar o ganho de peso.

Elaborar uma lista de compras é uma ótima estratégia, pois ajuda a não esquecer o essencial e a não adquirir mais do que o necessário. 

Desativar as notificações dos aplicativos de comida também pode ajudar a evitar a tentação de pedir alimentos calóricos e pouco saudáveis. 

Outra dica importante é preparar as diferentes refeições do dia e ter sempre snacks saudáveis à mão, para não sentir vontade de consumir outros alimentos – que normalmente costumam ser doces, guloseimas e coisas muito calóricas.

Além disso, sempre que possível, opte por deslocações a pé e limite a utilização de automóveis. Caminhar é uma excelente forma de exercício físico, que pode ajudar a manter um peso saudável. 

Portanto, é possível fazer pequenas mudanças no seu estilo de vida para evitar o ganho de peso em um ambiente engordativo. Comece implementando algumas dessas dicas no seu dia a dia e sinta a diferença na sua saúde e bem-estar.

 

Ambiente engordativo e tendência a obesidade

A relação entre o ambiente engordativo e a obesidade está diretamente ligada à facilidade de acesso e disponibilidade de alimentos altamente calóricos e pouco nutritivos. O ambiente em que vivemos pode influenciar significativamente nossas escolhas alimentares e hábitos de vida. Por exemplo, a disponibilidade de fast food e alimentos altamente processados pode levar a um consumo excessivo de calorias, aumentando o risco de ganho de peso e obesidade. 

“Além disso, viver em um ambiente que não incentiva a atividade física, como ter acesso limitado a espaços verdes e equipamentos esportivos, pode dificultar manter um estilo de vida ativo. A falta de atividade física também é um fator importante na obesidade, pois o corpo não queima calorias suficientes para manter um peso saudável.” ressalta o Dr. Ronan Araujo.

 

Adote algumas ideias como:

  • Substituir refrigerantes e sucos açucarados por água, chás naturais ou sucos naturais sem adição de açúcar;

  • Evitar o consumo excessivo de alimentos processados, fast food e outros alimentos industrializados;

  • Cozinhar mais em casa usando ingredientes naturais e saudáveis;

  • Fazer uma caminhada rápida ou atividade física leve após as refeições para ajudar na digestão e controlar o apetite;

  • Dormir bem e por tempo suficiente, pois a falta de sono pode contribuir para o ganho de peso;

  • Encontrar formas de reduzir o estresse, como meditação, ioga ou outras atividades relaxantes;

  • Estabelecer metas realistas e alcançáveis para perda de peso ou manutenção do peso saudável;

  • Procurar apoio e motivação de amigos e familiares que também estão tentando adotar hábitos mais saudáveis.

 

Em resumo, o ambiente em que estamos inseridos pode ser um fator determinante na nossa saúde e qualidade de vida, principalmente no que diz respeito à obesidade. A oferta de alimentos pouco saudáveis e altamente calóricos, juntamente com a falta de opções saudáveis e incentivo à atividade física, pode resultar em um aumento no ganho de peso e no risco de doenças associadas à obesidade.

O Dr. Ronan Araujo esclarece que, no entanto, pequenas mudanças em nosso cotidiano podem ser muito úteis para ajudar a prevenir esses problemas e promover um estilo de vida mais saudável. É crucial termos consciência do impacto que o ambiente tem em nossas escolhas alimentares e hábitos de vida, para podermos fazer escolhas mais saudáveis e melhorar nossa qualidade de vida. 

Lembre-se: um estilo de vida saudável é essencial para uma vida longa e feliz! 


Dr. Ronan Araujo - Formado em medicina pela Universidade Cidade de São Paulo, médico especializado em nutrologia pela ABRAN (Associação Brasileira de Nutrologia). Com foco em causar impacto e mudar a vida das pessoas através de sua profissão, ele também se tornou membro da ABESO (Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e Síndrome Metabólica), que o leva a ser atualmente um dos médicos que mais conhece e entrega resultados quando falamos sobre emagrecimento e reposição hormonal.

 

Menopausa e andropausa: como adaptar a alimentação e reduzir os sintomas relacionados à idade

Adotar uma dieta equilibrada e praticar atividades físicas contribuem para reduzir sintomas, comuns nessas fases, e prevenir doenças cardíacas, diabetes e AVC

 

A menopausa e a andropausa são processos naturais dos ciclos de vida das mulheres e dos homens. A menopausa ocorre entre 45 e 55 anos, fase que os ovários deixam de produzir os hormônios estrogênio e progesterona. No homem, não há uma idade específica que marca o início da andropausa, mas a partir dos 30 anos, os níveis de testosterona começam a diminuir e ficam mais acentuados entre 45 e 65 anos.

Com o aumento gradual da longevidade, como consequência, as mulheres e os homens vivem cada vez mais dentro desses períodos. Tanto na menopausa quanto na andropausa, ocorrem mudanças físicas e hormonais, portanto, a principal recomendação é procurar atendimento médico para fazer um check-up completo e monitorar a saúde. A reposição hormonal deve ser analisada, caso a caso, a depender da avaliação do profissional competente.

Sobre os sintomas físicos associados à menopausa e à andropausa, normalmente, ocorrem: ganho de peso, aumento da gordura corporal e diminuição da densidade óssea, que pode levar à osteoporose, caso não seja tratada. À parte isso, a perda de massa muscular contribui com a redução da taxa metabólica basal, o que torna o metabolismo mais lento, podendo desencadear o risco de desenvolver vários problemas de saúde, como diabetes, obesidade e doenças cardiovasculares.

Incluir os alimentos ricos em cálcio (leite e derivados) e a vitamina D, que ajuda a absorver o cálcio, são bons aliados na prevenção da osteoporose. A respeito da redução da massa muscular é fundamental incluir a atividade física na rotina e manter uma dieta saudável.

Em relação à alimentação, as orientações são as mesmas para a distribuição alimentar de um indivíduo adulto, ou seja, a dieta deve conter proteínas, legumes, verduras, frutas, fibras e carboidratos. O consumo balanceado desses nutrientes auxilia na melhoria da saúde.

Outro ponto relevante é o aporte proteico. Com o envelhecimento, o ideal é que ele seja ajustado com o incremento de mais proteínas, distribuídas de forma gradual ao longo dos dias, para que a absorção ocorra da melhor forma.

Cabe destacar que em qualquer fase da vida, a pessoa deve controlar o consumo de sódio e de açúcar. O sódio em excesso eleva os riscos das doenças cardiovasculares e do Acidente Vascular Cerebral (AVC). O açúcar, consumido sem moderação, aumenta a resistência à insulínica (hormônio que regula a quantidade de glicose no sangue), o que pode causar pré-diabetes ou diabetes tipo 2. A cafeína em excesso também faz mal. Em relação à bebida alcoólica, não existe uma recomendação médica para o consumo, mas caso haja deve ser feito de forma moderada.

As orientações mencionadas até aqui valem para todas as idades e devem ser seguidas com mais atenção na menopausa e na andropausa. Manter uma composição corporal adequada contribui para o melhor funcionamento do metabolismo. O peso é o resultado dessa composição, por isso, o ideal é priorizar a melhora da massa muscular e a redução da gordura corporal com uma alimentação balanceada, evitar alimentos nocivos à saúde e praticar atividade física regularmente.

 

Eduardo Rauen - cofundador da healthtech Liti, que trabalha para resolver a dor do sobrepeso e da obesidade no Brasil. É médico formado pela Universidade do Oeste Paulista (Unoeste). Integra o corpo clínico do Hospital Israelita Albert Einstein. É médico nutrólogo (com título de especialista pela ABRAN – Associação Brasileira de Nutrologia) e do Exercício e do Esporte (com título de especialista pela SBMEE – Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do Esporte). Também atua como diretor técnico do Instituto Rauen – Medicina, Saúde e Bem-Estar.

 

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