Pesquisar no Blog

quarta-feira, 6 de outubro de 2021

Dia do Nordestino: 4 obras de grandes autores da região

Campanha da Disal leva o leitor a uma viagem por cenários, personagens inesquecíveis e histórias cheias de identidade cultural


A região Nordeste pode até ser mais conhecida por suas paisagens exuberantes e pontos turísticos disputados, mas também é o berço de grandes autores da literatura brasileira. A Disal presta uma homenagem a este povo no Dia do Nordestino, 8 de outubro, com a indicação de obras emblemáticas. Do romance ao drama, a seleção celebra a riqueza cultural da região e suas figuras incríveis.

Difícil encontrar quem nunca ouviu falar de personagens como Chicó e João Grilo, do Auto da Compadecida,  ou dos escritores Jorge Amado e Ariano Suassuna.  Para quem já conhece, e também para as novas gerações, a Disal faz questão de prestar uma homenagem ao mesmo tempo em que incentiva a leitura de obras e autores da região.

Veja alguns exemplos da campanha da Disal na seleção abaixo:


 Auto da Compadecida – Ariano Suassuna

O "Auto da Compadecida" consegue o equilíbrio perfeito entre a tradição popular e a elaboração literária ao recriar para o teatro episódios registrados na tradição popular do cordel. É uma peça teatral em forma de Auto em 3 atos, escrita em 1955 pelo autor paraibano Ariano Suassuna. Sendo um drama do Nordeste brasileiro, mescla elementos como a tradição da literatura de cordel, a comédia, traços do barroco católico brasileiro e, ainda, cultura popular e tradições religiosas.

Saiba mais: https://cutt.ly/IEKnduz

 

A morte e a morte de Quincas Berro D’Agua – Jorge Amado

Numa prosa inebriante, que tangencia o fantástico sem perder o olhar aguçado para as particularidades da sociedade baiana, Jorge Amado narra a história das várias mortes de Joaquim Soares da Cunha, vulgo Quincas Berro Dágua, cidadão exemplar que a certa altura da vida decide abandonar a família e a reputação ilibada para juntar-se à malandragem da cidade. Algum tempo depois, Quincas é encontrado sem vida em seu quarto imundo. Sua envergonhada família tenta restituir-lhe a compostura, vesti-lo e enterrá-lo com decência; mas, no velório, os amigos de copo e farra dão-lhe cachaça, despem-no dos trajes formais e fazem-no voltar a ser o bom e velho Quincas Berro Dágua. Levado ao Pelourinho, o finado Quincas joga capoeira, abraça meretrizes, canta, ri e segue a farra em direção à sua segunda e agora apoteótica morte.

Saiba mais: https://cutt.ly/vEKmeBw

  

Memorial de Maria de Moura – Rachel de Queiroz

Romance maduro de Rachel de Queiroz, Memorial de Maria Moura traz em si todas as características literárias que consagraram a escritora, a primeira mulher a entrar na Academia Brasileira de Letras. Narrado no Brasil rural do século XIX, o livro conta a saga de Maria Moura, personagem forte e sertaneja.

Ainda nova, Maria Moura passa por experiências dolorosas. Perde o pai e depois a mãe. O padrasto a alicia e a violenta. E mais: sua terra, herdada, se encontra sob ameaça de primos inescrupulosos. O agreste, a seca e a solidão poderiam ser os únicos companheiros dessa jornada. Maria, porém, é um retrato da vontade e do desejo da mulher nordestina, que entende o lugar de submissão em que a sociedade e a família querem colocá-la, mas não aceita se contentar com ele. À sua volta reúnem-se personagens apaixonados e leais, que clamam por participar de sua luta por justiça.

Saiba mais em: https://cutt.ly/JEKElYR

 

Vidas Secas – Graciliano Ramos

 Vidas secas acompanha a trajetória da família de Fabiano, Sinha Vitória, os dois filhos do casal e a cachorra Baleia na fuga do sertão em busca de oportunidades. É o romance em que Graciliano alcança o máximo da expressão que vinha buscando em sua prosa: o que impulsiona os personagens é a seca, áspera e cruel, e paradoxalmente a ligação telúrica, afetiva, que expõe naqueles seres em retirada, à procura de meios de sobrevivência e um futuro.

Saiba mais em: https://cutt.ly/9EKTg5f

 

 

Disal Distribuidora

 www.disal.com.br

 

Dia do compositor: conheça os 10 maiores compositores brasileiros parceiros da Adaggio

 

Nesta quarta-feira (7), é celebrado o Dia do Compositor Brasileiro. Conheça alguns artistas responsáveis por grandes sucessos

 

Alguns compositores estão na boca de todo mundo, mesmo que muitas vezes não saibamos que são eles os responsáveis pelos hits que não saem da nossa cabeça. Para destacar a importância desses artistas, celebra-se, no dia 7 de outubro, o Dia do Compositor Brasileiro.

 

Para homenagear a data, a Adaggio montou uma lista com dez grandes compositores brasileiros que fazem parte do portfólio da gestora musical. Talvez você não conheça todos esses nomes, mas, com certeza, já ouviu suas composições interpretadas por grandes artistas.

 

1.   Dado Villa-Lobos

Eduardo Dutra Villa-Lobos, o Dado Villa-Lobos, famoso por seu trabalho como guitarrista na banda de rock brasiliense Legião Urbana, participou da autoria de grandes sucessos da Legião, como “Pais e Filhos”, “Será”, “Quando o Sol Bater na Janela do Seu quarto”. O artista foi premiado pelas trilhas sonoras dos filmes “Bufo & Spallanzani” (Festival do Cinema Brasileiro) e “Pro Dia Nascer Feliz” (Festival de Gramado), além de ter feitos diversos outros grandes trabalhos.

 

2.   Jorge Aragão

Jorge Aragão é um dos mais icônicos cantores de samba do Brasil, com uma carreira que já dura quase 30 anos e se mantém firme no mercado. Como compositor, além da autoria de vários de seus próprios sucessos, reúne canções interpretadas por Alcione, Zeca Pagodinho, Dona Ivone Lara, Martinho da Vila, Beth Carvalho, entre outros grandes nomes. 

 

3.   Délcio Luiz

Délcio Luiz da Silveira, cantor e compositor de pagode, integrou o Grupo Raça e o Kiloucura e teve também uma breve passagem pelo tradicional Fundo de Quintal. Como compositor, foi responsável por sucessos de Molejo, Exaltasamba, Péricles, Belo, Grupo Raça, Só pra Contrariar, entre outros.

 

4.   Paulinho Rezende

Paulinho Rezende, em conjunto com Paulo Debétio, compôs Nuvem de Lágrimas, um clássico do sertanejo brasileiro, gravado por grandes nomes como Chitãozinho e Xororó, Fafá de Belém e Marília Mendonça. O artista é responsável também por diversos outros sucessos como as músicas “A Loba” interpretada por Alcione e “Seu Balancê”, sucesso na voz de Zeca Pagodinho.

 

5. Rodrigo Reys

Rodrigo Reys é compositor sertanejo, autor de músicas para Tarcísio do Acordeon, Barões da Pisadinha, Zé Vaqueiro e Matheus Fernandes, criador do hit "Baby Me Atende", atualmente Top 5 Brasil no Spotify, entre outros.

 

6. Pedro Felipe

Autor de sucessos gravados por Belo, Sorriso Maroto e Dilsinho, entre outros artistas, Pedro Felipe tem em seu repertório 142 canções. Uma das mais conhecidas é “Controle remoto”, interpretada por Dilsinho.

 

7. Alain Tavares

Autor de sucessos de Ivete Sangalo e Chiclete com Banana, Alain Tavares é compositor desde os 11 anos e compôs, entre outras músicas famosas, “A Latinha”, em parceria com Carlinhos Brown, e “Arerê” e “Levada Louca”, em parceria com Gilson Babilônia. 

 

8. Gilson Babilônia

Gilson Babilônia é compositor de diversos hits do axé interpretados por Ivete Sangalo, Banda Eva, Daniela Mercury e Asas de Águia e também compôs para Caetano Veloso e outros gigantes. Sua obra inclui “Arerê” e “Terra Festeira”, em parceria com Alain Tavares, “Levada Louca” e “Saia Rodada”, com Alain Tavares e Lula Carvalho, “Pra Abalar”, com Tonho Matéria, entre outros sucessos.

 

9. Danilo Caymmi

Danilo Caymmi é o filho caçula de Dorival Caymmi e da cantora Stella Maris, o brilhante flautista fez participações em diversos discos clássicos da música brasileira e acompanhou por muitos anos Tom Jobim, como integrante da Banda Nova. Entre os principais sucessos de Dorival Caymmi estão canções como Andança, Casaco Marrom, composta com Renato Correia e Guttemberg Guarabyra e interpretada pela cantora Evinha.

 

10. Ronaldo Barcellos

Ronaldo Barcellos é musicista, compositor e cantor brasileiro. Compôs melodias e letras no samba, pagode, MPB, soul, funk e na música pop brasileira. Tem mais de 600 composições gravadas. Foi um dos compositores mais gravados nos anos 90 com sucessos, como "Cada Um Cada Um (A Namoradeira)", "Paparico", "Cilada", "Desliga e Vem" e "Marrom Bombom". Sozinho ou com parceiros, Ronaldo Barcellos tem canções gravadas por Wilson Simonal, Tim Maia, Emílio Santiago, Elza Soares, Alcione, Vanusa, Arlindo Cruz e Zeca Pagodinho, entre outros.

 

 

Adaggio


Camila Cury explica como educar filhos seguros, autônomos e corajosos

De acordo com a psicóloga e fundadora da Escola da Inteligência, os pais precisam impor limites e dividir suas experiências pessoais com as crianças e adolescentes 

 

Não devemos ser emocionalmente frágeis, implorar por amor e sorrisos permanentes dos filhos, e nem dizer que eles são fracos ou mesmo destacar frases superprotetoras. Essa é a primordial dica da fundadora da Escola da Inteligência, a psicóloga Camila Cury. “A afetividade e o amor não são construídos somente nos ‘sim’, mas nos limites e na formação de um ser humano empático, respeitoso e inteligente”.

 

O principal papel dos pais na relação com seus filhos é educar, e isso segue por impor limites. Crianças e adolescentes, geralmente, não gostam de barreiras. Entretanto, elas são necessárias. É essencial, também, que a família mostre segurança sobre a maneira que educa os seus filhos e que os incentive a serem autônomos e corajosos para enfrentar os obstáculos do cotidiano. “Quando os pais sabem onde querem chegar, podem vir as interferências, as opiniões dos outros, as reclamações dos filhos, a birra, o choro, mas é necessário entender que há uma intencionalidade no processo de educação”, afirma Camila.

 

“Quando esse objetivo não está claro, você perde o fio da meada. Se seu filho chora, você é reativo, grita e perde a paciência. Então, a sugestão é diferenciar o momento de brincar, dar risada, contar histórias, da situação em que é preciso exercer o papel de ser educador. Pois, amanhã, os filhos vão se relacionar com outras pessoas, com o mercado de trabalho, vão votar, construir a própria história. Aí vale a reflexão: que tipo de ser humano estou formando?”, questiona a psicóloga e fundadora da Escola da Inteligência.

 

Outra dica da psicóloga é educar os filhos para que se sintam seguros a dizer “não” diante de situações como, por exemplo, quando forem pressionados a usar drogas, levarem um fora de paquera, entre outras. “E isso pode ser transmitido aos filhos em ações simples, como ‘Filho, eu também tive medo. Deixa eu te contar como foi?’. Ao dividir a sua história com eles, mas sem desmerecer o que sentem, a família acolhe o sentimento, mostrando outra perspectiva. Agindo assim, os pais formam filhos seguros para serem autores da própria história, tanto na vida pessoal quanto profissional”, explica Camila.

 


Escola da Inteligência


Dia das crianças: 5 dicas de brinquedos educativos para presentear os pequenos

Ana Regina Caminha Braga, psicopedagoga especialista em educação inclusiva e gestão escolar dá dicas de presentes lúdicos para celebrar a data



O ato de brincar tem um papel fundamental para o desenvolvimento biopsicossocial humano. Enquanto brincam, as crianças estimulam a criatividade e a capacidade de resolver diferentes tipos de problemas, tudo isso utilizando apenas a imaginação. Para aguçar ainda mais o interesse em aprender, alguns brinquedos divertidos e educativos podem ser excelentes sugestões de presentes para crianças de várias idades. 

De acordo com Ana Regina Caminha Braga, psicopedagoga especialista em gestão escolar e educação inclusiva, as crianças necessitam de brinquedos que favoreçam o desenvolvimento de suas habilidades motoras, coordenação grossa e fina, estruturação espaço temporal e lateralidade. “Os pequenos estão em uma fase de descoberta, a brincadeira caracteriza vínculo importante com o seu meio social, seus familiares e amigos, e é desse convívio com o outro que a criança começa a formar sua ideia de mundo”, conta. 

Vale lembrar que o aprendizado não é resultado apenas do objeto em si, mas do conjunto de estratégias e habilidades que possibilitam às crianças novas experiências. “O desenvolvimento infantil vem do processo de experimentar, ousar, tentar e conviver com as mais diversas situações”, diz. “Jogos em grupo, por exemplo, fazem com que a criança desperte suas funções sociais, pois é estimulada a distinguir diversos tipos de reações grupais e estimar as consequências agradáveis ou desagradáveis que elas acarretam”, explica a especialista. 

Entre os brinquedos educativos indicados pela psicopedagoga estão jogos que incitam o pensamento lógico e a coordenação motora, tudo para permitir que a criança aprenda enquanto brinca. A seguir, confira 5 dicas de brinquedos lúdicos que podem fazer sucesso nas brincadeiras dos seus filhos e são ótimas opções para presentear no Dia das Crianças:

 

Jogo do Mico

“O Jogo do Mico ajuda a desenvolver o raciocínio das crianças de um jeito divertido”, conta. O objetivo da brincadeira é baixar o maior número de pares e não ficar com o Mico na mão. Segundo Ana Regina, outra boa opção de jogos de cartas é o Uno. “Para quem já tem o Jogo do Mico ou quer presentear adolescentes, o Uno é uma excelente dica, pois envolve toda a família, independentemente da idade, além de auxiliar no desenvolvimento da capacidade de associação e pensamento estratégico”, explica.

 

Imagem e Ação

O clássico jogo de desenho e adivinhação, onde o que vale é a criatividade. “O legal deste jogo é que, além de desenvolver a criatividade, ele também pode ajudar no combate à timidez das crianças”, diz a especialista.

 

Rummikub

O objetivo do Rummikub é criar estratégias para esvaziar o tabuleiro antes dos seus oponentes. “É um jogo muito bom de raciocínio, que estimula a mente da criança e dos adultos”, afirma.

 

Banco Imobiliário

“No caso do Banco Imobiliários, trazemos um aprendizado mais robusto: o da educação financeira”, diz. Segundo a especialista, desde cedo é importante que as crianças aprendam a usar o dinheiro de forma consciente.

 

Quebra-cabeça

“Além de exercitar a memória visual, montar quebra-cabeças ajuda no desenvolvimento da capacidade de resolução de problemas”, explica. “E os benefícios não são só para as crianças! Jovens, adultos e idosos também têm muito a ganhar com esse tipo de estímulo”, completa Ana Regina Caminha Braga.


DIA NACIONAL DE LUTA CONTRA VIOLÊNCIA À MULHER: CONHEÇA OS IMPACTOS PSICOLÓGICOS DESENVOLVIDOS PELAS VÍTIMAS

 

Ao celebrar, no dia 10 de Outubro, o dia nacional de luta contra a violência à mulher, relembramos infelizmente, vários episódios chocantes e cruéis, expostos na mídia nos últimos tempos, de casos de violência doméstica contra mulheres que, em sua grande maioria, vivem relações tóxicas que, terminam em tragédias ou deixam sequelas psicológicas profundas em suas vítimas.

 

Mas de que forma, podemos identificar se estamos em uma relação tóxica? Como sair dela e como classificar o tipo de violência sofrida dentro destas relações que, parecem sedutoras e despretensiosas, mas ao final, destroem a vida de uma pessoa e criam impedimentos psíquicos na construção de novas abordagens íntimas?

 

A relação tóxica se esconde por trás de uma cortina de fumaça onde as pessoas enganam a si mesmas. Ninguém permanece em um relacionamento destrutivo porque gosta, mas sim pela impossibilidade de observar os comportamentos abusivos do outro.

 

Relacionar-se não é uma tarefa fácil. Qualquer interação entre duas pessoas é complexa. Nenhuma será equilibrada o tempo todo e nem envolverá seres humanos sempre sensatos. Em um relacionamento, de qualquer natureza (trabalho, amor, amizade, irmãos, pais e filhos…) tendemos a depositar muita confiança e muitas expectativas nas ações e atitudes do outro.

 

Mas, com o tempo e, conforme vamos aprofundando os relacionamentos, alguns sentimentos e sensações nada agradáveis podem surgir. O encantamento pode dar lugar a medos, mágoas, tristezas e rejeições.

 

Pessoas tóxicas, geralmente, são egoístas, preocupam-se apenas consigo e tornam-se vampiros emocionais, sugando o máximo do outro. Não admitem erros, exigem de forma extrema das pessoas e se colocam como superiores aos demais seres. Ao acreditar não estar a altura de ninguém, ou não ser suficientemente boa para o outro, as vítimas de quem possui um perfil tóxico, trazem impregnadas no espírito uma autoestima baixa e tendem a repetir ciclos viciosos, atraindo sempre pretendentes com essas mesmas características nocivas.

 

E, como estratégia, o tóxico se aproveita da culpa que sua presa carrega para menospreza-la ainda mais e assim, induzi-la a satisfazer suas vontades. Tentar diminuir o outro é uma atitude comum nas chamadas relações tóxicas.

 

O tóxico é atraído por pessoas de baixa autoestima, submissos, dependentes e fáceis de serem controladas. Usam de sedução e boa conversa para manter sua presa envolvida  em suas artimanhas. Além da ridicularização e do desdém, podem ocorrer mentiras, ofensas e manipulações. Em situações mais agudas, o desrespeito se amplifica e chega à violência física.

 

O maior erro é quando, para melhorar a relação, nos colocamos em patamares inferiores e deixamos de ser nós mesmos para viver e agir conforme o desejo do parceiro. E nos frustramos, já que agradar passa a ser uma missão quase impossível.

 

A relação abusiva pode acontecer com qualquer um. Quem sofre com esse tipo de relacionamento pode apresentar sintomas de depressão, ansiedade e alterações de humor, além de transtornos alimentares, queda de cabelo, insônia, problemas respiratórios, problemas de pele e fobia social.

 

Faça uma autoanálise para identificar se a sua relação carrega características abusivas e verifique se existe a presença de sofrimento em sua relação, além de fatos pautados por intolerância e individualismos extremos.

 

Mas por que atraímos pessoas tóxicas? Muitas vezes o que nos incomoda no outro é um reflexo do nosso espelho. Você não é responsável pelo comportamento abusivo do outro. Mas pense que somos responsáveis pelos padrões que atraímos. Principalmente se forem constantes e repetitivos.

 

Quando não aprendemos com uma experiência, somos presenteados com a oportunidade de vivenciar situações similares novamente, até aprendermos a lição que nossa parte inconsciente clama por consciência.

 

Alguns relacionamentos são resolvidos apenas quando nos afastamos, pois determinada pessoa só surge para trazer um ensinamento específico. A consciência de que nossa função nunca é mudar ninguém deve ser mantida, pois não nos cabe tal exigência. Mas QUANDO MUDAMOS, OS OUTROS MUDAM TAMBÉM. Afinal, o outro só faz conosco o que permitimos.

 

Mas para encontrar essa mudança, um importante (e difícil) passo é a compreensão de que, por mais que não sejamos responsáveis pelo comportamento tóxico e abusivo do outro, não é APENAS O OUTRO. É muito importante entender que precisamos sair do papel de vítimas, para validar que PODEMOS e MERECEMOS receber o melhor que a vida tem a nos oferecer.

 

E o que fazer quando se percebe envolto em uma relação tóxica e destrutiva? Pegar para si a responsabilidade de zelar pela paz a dois não resolve. Responsabilizar o outro por todas as mazelas, também não. É preciso avaliar não os papéis de vilão e mocinho, mas a dinâmica.

 

O principal é resgatar o amor próprio e a autoestima, ressignificar as experiências ruins, compreender o que faz você se sentir dessa forma e considerar o fato de que se afastar de pessoas assim pode ser a única saída para uma vida tranquila, uma vez que pessoas com esse perfil tóxico nem sempre estão propensas a modificações, principalmente se possuírem evidências de psicopatia.

 

O abusador, provavelmente, age assim por já ter sido abusado, mas suas dores não podem justificar suas atitudes. Já o abusado, deve entender que tipo de interação exerce na dupla e porque ainda está consumindo esse sofrimento.  

 

O amor verdadeiro é aquele que te eleva e que te coloca no caminho da sua evolução, e não aquele que põe uma pedra em cima da sua semente a impedindo de crescer e florescer. O amor verdadeiro não tem razões para agredir moralmente, verbalmente, psicológicamente ou fisicamente, porque ele vem apenas para fazer o bem. Não se iluda com relacionamentos que não acrescentem.

 

Respeite a si mesmo e entenda, o importante é não desistir de buscar ser feliz. Todos merecemos uma construção familiar saudável, ou mesmo relações interpessoais equilibradas. Fortaleça seu inconsciente e entenda a força que tem. Ame-se acima de tudo e não permita que diminuam seu valor.

 

Enfim, a autoavaliação e o amor próprio são peças chaves para se curar de uma relação tóxica. Afinal, se você não se valoriza e não se ama, acha mesmo que os outros farão isso por você? Olhe para as relações em que está envolvido e perceba se virou refém da situação.

 

Não permita, em hipótese alguma, a perpetuação de abusos físicos ou emocionais que interferem em sua felicidade. Busque ajuda de um profissional de saúde mental para que possa fortalecer sua personalidade e resgatar sua autoestima, além disso, denuncie as agressões aos orgãos competentes o quanto antes. Não espere acontecer uma tragédia, como tantas que temos presenciado. Reflita e acredite em sua própria mudança.

 

 Andréa Ladislau é graduada em Letras e Administração de Empresas, pós-graduada em Administração Hospitalar e Psicanálise e doutora em Psicanálise Contemporânea. Possui especialização em Psicopedagogia e Inclusão Digital. É palestrante, membro da Academia Fluminense de Letras e escreve para diversos veículos. Na pandemia, criou no Whatsapp o grupo Reflexões Positivas  para dar apoio emocional à pessoas de todo o Brasil.


No Dia das Crianças, 5 dicas para estimular o cérebro do seu filho em casa

 

Se você é pai ou mãe, certamente já parou para pensar em como poderia diminuir a exposição virtual dos pequenos. Isso não é exatamente uma tarefa simples, mas os retornos são compensatórios e o Método Supera – Ginástica para o cérebro preparou um guia para você transformar o Dia das Crianças na sua casa, confira:

 

 

Invista tempo no lúdico

 

Uma maneira eficaz de promover a saúde cognitiva é investir em atividades lúdicas e o sucesso dessa empreitada está ligado a uma capacidade intrínseca do infantil, o brincar. A criança por si só é capaz de criar com muito pouco. Quantas vezes assistimos crianças se divertirem com as embalagens e ignorarem os presentes? Isso já é um traço muito forte de imaginação.

 

“O brincar costuma ser definido como uma atividade da imaginação, individual ou em grupo, que promove a descoberta e o aprendizado, ou como atividade social que desenvolve o socioemocional. Essencial na infância, esse gesto nos permite conhecer a nós mesmos e nos relacionar com o mundo, nos colocando no lugar do outro, praticando a empatia e o aprendizado”, detalhou Cláudia de Paula Oliveira, coordenadora pedagógica de roteiros do Método Supera - Ginástica para o cérebro.

 

 

Alegria: um combustível emocional

 

Uma pesquisa científica recente com mamíferos constatou que brincar é um impulso humano primário e fonte de alegria para o cérebro, emoção provocada pela liberação de uma substância neuroquímica que modula a expressão genética crucial ao desenvolvimento do cérebro social da criança.

 

“Na criança pequena, essa substância neuroquímica aparece em regiões subcorticais inferiores que mais tarde, segundo Jaak Panksepp e colegas, autores de uma pesquisa sobre o assunto, contribuem para o crescimento e desenvolvimento de funções cerebrais superiores associadas ao córtex frontal. Brincar, portanto, não é importante apenas para o desenvolvimento psicológico, mas também fisiológico da maturidade social e emocional na idade adulta”, Livia Ciacci, Neurocientista do Método Supera – Ginástica para o cérebro.

 

Imagine mais imaginação!

 

As crianças aprendem muito por meio da imaginação. Quando brincam que são heróis, heroínas, vilões ou quando reproduzem papéis da vida real (como pai, mãe, médico, professor, entre outros), estão aprendendo sobre formas de ser e de agir e formas de como relacionarem com os outros.

 

Ao criarem contextos para essas brincadeiras a partir das experiências que vivem, como um passeio ou a visita ao trabalho de um familiar, também compreendem melhor o funcionamento dessas e de tantas outras situações sociais.

 

“É importante compreender que todos somos ilimitados de capacidade criativa e a imaginação fértil é a fonte de todo pensamento criativo – é maior do que o do próprio conhecimento e é um dos principais motivos pelos quais a maioria das pessoas não obtém o sucesso desejado no que se propõe a fazer, simplesmente porque não aprenderam a usar a imaginação”, Cláudia de Paula Oliveira, coordenadora pedagógica de roteiros do Método Supera Ginástica para o cérebro.

 

 

Como estimular a imaginação dentro de casa?

A imaginação é o início de uma grande revolução para as crianças que as leva a serem adultos capazes de resolver problemas e criar soluções e coisas novas. Confira algumas dicas para estimular a criação e o pensamento desde os primeiros anos de vida:

 

1.    Estimule a criança a ser protagonista ou mesmo atuar em diferentes papéis ou personagens;

 

2.      Crie momentos de contação de histórias que favoreçam a ampliação de ideias e estilando o imaginário infantil;

 

3.      Organize momentos em que a criança tenha oportunidade de criar, explorar, verbalizar, imaginar, trocar ideias sobre o que pode ser reinventado. “A criança pode até ter uma rotina lúdica no ambiente escolar, mas esse tipo de atividade com os pais também reforça a confiança na relação paternal”, reforçou a coordenadora pedagógica.

 

4.      Utilize materiais diversos: caixas de papelão, almofadas, massinha, materiais reutilizáveis e tudo que que possa ser transformado, com ajuda do adulto, mas feito pela criança;

 

5.      Estabeleça combinados para que, após a brincadeira, tudo volte ao lugar. Evite que os momentos de lazer fiquem limitados a televisão, ao tablet, celular entre outros eletrônicos



A importância do equilíbrio mental na reeducação alimentar infantil

De acordo com o Ministério da Saúde, no Brasil a obesidade infantil afeta 3,1 milhões de pessoas


A obesidade infantil é um problema que afeta muitas crianças no Brasil, e que vem exponencialmente se agravando. De acordo com o último senso do Ministério da Saúde, dos 3 aos 12 anos 6,4 milhões estão com sobrepeso e cerca de 3,1 milhões de crianças já apresentam quadro de obesidade.

Os últimos dados coletados são do ano de 2019, mas espera-se que o cenário tenha piorado desde então. Durante a pandemia, a educação alimentar foi uma dificuldade encontrada tanto por jovens quanto adultos. Para pessoas com crianças em casa, sem a escola e outras opções de atividades, foi ainda mais difícil.

“Muitos dos pacientes que atendo são mães e pais que notaram a diferença de peso em seus filhos neste período super conturbado, e percebi que muitos precisavam de ajuda nessa área, ” explica Mari de Chiara, enfermeira esteta fundadora da Clínica Chiquetá. “Foi assim que decidi desenvolver o projeto Esbeltinho.”

A especialista, que tem experiência em enfermagem familiar pelo SUS, teve a ideia em 2020 de criar uma versão de seu programa de emagrecimento para adultos, Esbelt, que fosse acessível para crianças.

“Buscamos pegar os pilares que já eram utilizados no plano adulto e adaptá-los, em conjunto com outras quatro profissionais da área da saúde física e mental, para que pudéssemos apresentar um projeto multidisciplinar de alimentação saudável para a garotada, ” conta.

Mari de Chiara explica como o projeto é baseado em sete passos fundamentais que incluem exercícios, reeducação alimentar e principalmente, a gestão de hábitos, ao longo de 2 a 4 meses. “A maior dificuldade com crianças é a parte comportamental, já que quando nessa fase não temos o controle de impulsos que desenvolvemos ao longo da vida. ”

 O programa busca também o equilíbrio mental, que muitas vezes é ignorado quando falamos de emagrecimento em geral. Mari esclarece que acalmando a ansiedade, que muitas vezes é responsável pela alimentação compulsiva, através de uma abordagem lúdica e divertida supervisionada por uma pedagoga, é possível alcançar muito mais resultados do que apenas uma mudança radical de dieta.

“Procuramos proporcionar um espaço que considere todas as variáveis, como a importância do exercício físico para a produção de endorfina e sensação de bem-estar, ou a desregulação hormonal que o sobrepeso pode causar, e principalmente o apoio emocional, tão importante nessa idade. ”

Ela destaca como uma reeducação na faixa etária do projeto, entre os 8 e 16 anos, é beneficial para o resto da vida, já que apesar de parecer um processo frustrante e por vezes até demorado, é muito mais fácil aprender esta rotina cedo do que mais para frente. “Tivemos ótimos resultados no último ano, e queremos dar aos pequenos pacientes uma infância mais disposta e saudável, que possa ser carregada para a adolescência e assim por diante. ”

 


Mariane De Chiara - formada em enfermagem, com experiência no setor público de saúde. Com especialidade voltada a Estética fundou a Clínica Chiquetá em 2012, no ABC Paulista.

Facebook: Clínica Chiquetá Instagram: @clinicachiqueta


Usar a internet na aposentadoria aumenta a função cognitiva

Usar a internet durante os anos de aposentadoria pode aumentar sua função cognitiva, concluiu um novo estudo.


Pesquisadores da Lancaster University Management School, da Norwegian University Science and Technology e do Trinity College Dublin examinaram a função cognitiva de mais de 2.000 aposentados de toda a Europa e descobriram que o uso da Internet após a aposentadoria está associado a pontuações substancialmente mais altas nos testes neuropsicológicos.

O estudo, publicado no Journal of Economic Behavior and Organization, usa dados extraídos da Pesquisa de Saúde, Envelhecimento e Aposentadoria na Europa (SHARE), que coleta informações sobre a saúde, o histórico de empregos e a situação socioeconômica dos idosos.

Concentrando-se em uma amostra de 2.105 idosos da Áustria, Bélgica, Dinamarca, França, Alemanha, Itália, Israel, Espanha, Suécia e Suíça, que se aposentaram desde 2004, os pesquisadores examinaram a função cognitiva dos aposentados em 2013 e 2015. Eles focaram especificamente em um teste de evocação de palavras, em que os indivíduos foram solicitados a recordar uma lista de 10 palavras imediatamente e, novamente, cinco minutos depois.

Os resultados descobriram que, em média, as pessoas que usaram a internet após a aposentadoria foram capazes de lembrar 1.22 palavras extras no teste de evocação em comparação com os não usuários da internet. No entanto, os aposentados que usaram a internet também apresentaram maior probabilidade de serem homens, mais jovens, com melhor escolaridade e estarem aposentados há menos tempo. Eles também parecem estar com melhor saúde - embora bebam e fumem mais.

"Nossos resultados revelam que o uso da Internet, após a aposentadoria, leva a uma redução acentuada na taxa de declínio cognitivo", disse o Dr. Vincent O'Sullivan, um coautor da Lancaster University Management School

"Curiosamente, esse efeito protetor foi considerado mais significativo entre as mulheres, com aposentadas que navegavam regularmente na internet conseguindo lembrar de 2.37 palavras a mais em comparação com mulheres que não acessavam a internet. Os resultados também foram consistentes entre os homens, com aposentadas usuárias conseguindo lembrar 0.94 palavras a mais do que homens com características semelhantes que não usam a internet".

"Também descobrimos que aposentados que usavam computadores em seus empregos antes da aposentadoria tinham maior probabilidade de continuar usando computadores depois de se aposentarem e, portanto, tinham melhor função cognitiva."

Entre os resultados gerais, os pesquisadores também encontraram uma grande diferença nos padrões de uso da Internet entre os países europeus, com não mais de 12% dos aposentados usando a Internet na Itália, em comparação com mais de 60% na Dinamarca.

"A pesquisa mostrou que a aposentadoria da força de trabalho é um período crítico para a função cognitiva, que diminui com a idade e pode ser um indicador de uma série de resultados de saúde importantes entre os idosos", disse o coautor Likun Mao, estudante em Lancaster, mas agora no Trinity College Dublin. "Embora haja uma crença generalizada de que o uso do computador melhora a função cognitiva das pessoas idosas - como memória, atenção, habilidades espaciais e solução de problemas - houve evidências mistas de estudos anteriores.

"Pudemos discernir que o uso de computador antes da aposentadoria não influencia diretamente o declínio cognitivo após a aposentadoria e garantimos que nossos resultados se referissem apenas ao uso da Internet após a aposentadoria."

O professor Colin Green, da Norwegian University Science and Technology, acrescentou: "Em nosso estudo, estimamos modelos estatísticos que controlam as idades, níveis de educação, habilidades ocupacionais e anos de aposentadoria dos indivíduos, portanto, estamos confiantes de que nossos resultados são robustos e se relacionam apenas ao uso da internet, pós-aposentadoria.

"Isso o diferencia de outros estudos e levanta a questão interessante de o que exatamente é o uso da internet que impulsiona esse efeito positivo na função cognitiva. Interagir com outras pessoas online, descobrir informações para participar de atividades sociais ou tarefas simples como fazer compras on-line pode tornar a vida mais fácil para aposentados, mas ainda não entendemos quais dessas tarefas, se houver, vão realmente tão longe quanto melhorar o desempenho cognitivo. "

 

Rubens de Fraga Júnior - professor titular da disciplina de gerontologia da Faculdade Evangélica Mackenzie do Paraná. Médico especialista em geriatria e gerontologia pela SBGG.

 

Fonte: Colin P. Green et al, Internet usage and the cognitive function of retirees, Journal of Economic Behavior & Organization (2021). DOI: 10.1016/j.jebo.2021.08.013


Posts mais acessados