O mês de setembro marca o início das aulas no Hemisfério Norte e, com isso,
milhares de brasileiros desembarcam em países como Irlanda, Canadá e Estados
Unidos para viver a experiência do intercâmbio. Entre as novidades culturais e
acadêmicas, uma das maiores preocupações para quem chega, é aprender a lidar
com as próprias finanças em um ambiente totalmente diferente, com moedas
estrangeiras, tarifas bancárias e adaptação ao novo custo de vida.
Para além da adaptação à língua e à rotina de estudos, o aspecto financeiro
pode ser decisivo para que a experiência seja tranquila ou repleta de
imprevistos. Muitos estudantes chegam com dúvidas práticas: quanto realmente
custa viver em cada destino? O que vale mais a pena levar do Brasil? Dinheiro
em espécie ou cartão pré-pago? Como se organizar para pagar aluguel, transporte
e alimentação?
Responder a essas questões é essencial, pois uma boa gestão financeira não se
resume a economizar, mas a garantir previsibilidade e segurança. É justamente
nesse início que os estudantes definem hábitos de consumo e estratégias de
pagamento que influenciarão todo o período de intercâmbio.
De acordo com Jorge Arbex, diretor do Grupo Travelex Confidence, maior
especialista em câmbio do mundo, o ideal é diversificar os meios de pagamento
entre dinheiro em espécie e cartão pré-pago. “Levar um pouco da moeda do
destino em espécie pode ajudar a chegar preparado para os pequenos gastos, como
táxis, metrôs e alimentação na rua. Para as demais despesas, o cartão pré-pago
internacional pode ser uma boa alternativa, pois oferece praticidade e
segurança, além de possibilitar carregamentos em diversas moedas. Considere
também as transferências internacionais para gastos mais altos como pagamento
do curso e aluguel”, explica.
Para economizar, é importante evitar a dupla conversão, e o planejamento
financeiro antecipado ajuda a garantir boas taxas ao comprar moeda estrangeira
gradualmente. Muitos estudantes ainda levam dólares para depois trocar pela
moeda local, o que implica pagar duas vezes pelo câmbio. “Sempre que possível,
o ideal é adquirir e gastar diretamente na moeda do país de destino. Essa
prática reduz custos e traz maior previsibilidade, já que o orçamento não fica
sujeito a variações de moedas intermediárias”, comenta Jorge.
Mesmo com um planejamento cuidadoso, imprevistos acontecem. Por isso, a
recomendação é manter uma reserva na moeda local, para cobrir as despesas
básicas. E pensando em prevenir emergências, contratar um seguro viagem
internacional é imprescindível. Esses serviços oferecem uma gama de suportes,
desde extravio de malas, até assistência médica e, além de facilitadores,
asseguram que demandas de saúde não se tornem uma bola de neve de gastos. Outro
item essencial é um eSIM internacional, que permite ter internet em qualquer
parte do mundo sem precisar trocar de chip ou depender de Wi-Fi público.
Por fim, antes do embarque, é recomendável que o estudante pesquise sobre a
economia local e o custo de vida no país de destino. Informações como valores
médios de aluguel, transporte, alimentação e lazer ajudam a montar um orçamento
realista e evitam surpresas. Parte desses dados pode ser obtida junto à própria
agência de intercâmbio, garantindo uma preparação mais completa e segura.
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