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Pacientes e familiares vêm sendo alvo de criminosos que se aproveitam da fragilidade do momento para aplicar golpes financeiros, se passando por profissionais dos hospitais.
Entre os casos mais recorrentes está o chamado “Golpe do Pix”, em que golpistas solicitam transferências financeiras imediatas, sob a justificativa de custos urgentes de exames ou procedimentos. Outro esquema identificado é o “Golpe da negativa de convênio”, em que falsos intermediários entram em contato com familiares afirmando que o plano de saúde não cobre determinada despesa, induzindo-os a realizar depósitos ou pagamentos emergenciais.
No interior de São Paulo, a Santa Casa de São José dos Campos é uma das instituições que reforçou o alerta diante de ações do tipo. Em uma outra modalidade, criminosos entram em contato com paciente, se identificando como atendente do hospital e informam que houve uma reavaliação dos exames médicos e que o resultado está pronto. O paciente, então, é orientado a retirar o exame na unidade de saúde ou solicitar a entrega por um motoboy. Ao chegar ao local, o suposto entregador exige o pagamento pela entrega. A Santa Casa intensificou os avisos de que não realiza entrega de exames por terceiros, tampouco solicita qualquer tipo de cobrança por telefone ou mensagem. A orientação é que, diante de qualquer dúvida, o paciente entre em contato exclusivamente pelos canais oficiais do hospital.
A prática criminosa vem preocupando todo o setor hospitalar, ressalta o presidente da Associação de Hospitais e Serviços de Saúde do Estado de São Paulo (AHOSP), Anis Gatthás Mitri Filho.“É inaceitável que criminosos tentem se aproveitar da vulnerabilidade de pacientes e familiares em um momento tão delicado. Os hospitais não solicitam depósitos ou transferências via Pix para custear tratamentos de forma emergencial”, enfatiza.
Para
Mitri, a informação é a principal aliada na prevenção. “Temos orientado nossas
instituições a reforçar a comunicação interna e externa, deixando claro aos
pacientes que qualquer cobrança seja sempre confirmada junto à administração
hospitalar, evitando a realização de pagamentos solicitados fora dos canais
oficiais.
Pulverizar essas Informações é a principal ferramenta para evitar que esses golpes se concretizem”, explica.
Os criminosos podem, ainda, se utilizar de dados verdadeiros para tornar a abordagem mais convincente, como nome do paciente, setor de internação ou até especialidade médica em atendimento. Por isso, a recomendação é redobrar a cautela e nunca compartilhar dados pessoais ou bancários por telefone, mensagens ou e-mail sem confirmar a procedência.
Segundo
Mitri, a AHOSP tem atuado para buscar maior fiscalização. “Estamos trabalhando
para que haja mais investigação e punição a esse tipo de prática criminosa, que
além de causar perdas financeiras, abala a confiança no sistema de saúde”,
fala. “Qualquer tentativa suspeita deve ser imediatamente comunicada à
administração do hospital e registrada junto às autoridades policiais.
Denunciar é fundamental para rastrear e desarticular esses grupos criminosos”,
conclui.

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