Dermatologista
explica os danos de procedimentos estéticos e uso excessivo de cosméticos por
crianças e adolescentes.
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Não é de hoje que meninas, ainda na primeira
infância vislumbram o uso de maquiagens e outros itens de beleza. No começo,
pode parecer uma brincadeira, mas a cada dia que passa, elas estão levando mais
a sério a questão estética e sobrecarregando, principalmente a face com
cosméticos. Infelizmente é comum ver uma menina de 10 anos ou menos com uma
sobrecarga de produtos no rosto, corpo, cabelo e unha.
De acordo com a médica dermatologista Paula Sian,
nenhum destes produtos são elaborados para a pele infantil e sua ação ao longo
do tempo pode ser extremamente prejudicial. “A pele da criança é muito
mais fina e sensível e consequentemente tem mais tendência a sofrer com irritações.
Até os 12 anos de idade, a recomendação é o uso de produtos concebidos com
menos reagentes, corantes, entre outros ativos nocivos para peles tão jovens” –
explica.
O ponto a ser discutido é como educar as crianças,
principalmente meninas, na introdução do universo dos cuidados voltados para
beleza e higiene, já que, com o comportamento social existente hoje, é quase
impossível impedir que esses hábitos façam parte da rotina delas. Segundo
Paula, existem estratégias que podem driblar o uso sobrecarregado de produtos
para adultos. São eles:
Invista no lúdico:
Para incentivar a higiene e introduzir alguns
cuidados básicos de beleza aposte em atividades lúdicas, que incluem
brincadeiras que incentivem a criança a escovar os dentes, cuidar dos cabelos,
unhas etc;
Compre produtos indicados para
a idade da criança:
Se existe uma rotina de cuidados diários feito
pelos adultos, convide as crianças para participar, apresentando produtos
próprios para ela, fazendo juntas o skincare. Isso cria uma sensação de
pertencimento e evita que desperte o interesse em cosméticos agressivos para a
pele dela.
Foco no bem-estar:
O passo mais importante é demonstrar que os cuidados estão além do uso de cosméticos, mas uma série de hábitos como alimentação e hidratação, atividades ao ar livre, para um bom resultado.
É importante ressaltar que a criança aprende pelo
exemplo, e não há mal algum nisso, desde que, o responsável, saiba influenciar
e educar de modo que ela entenda que algumas coisas são indicadas apenas para
adultos e que a medida que forem crescendo, podem fazer uso de produtos
indicados para a sua idade, afinal, até nós, adultos, temos como régua a idade
para a introdução de determinados tratamentos estéticos.
“As orientações são de extrema importância para a
consciência da criança” – explica a médica. Um dos riscos não está
atrelado ao envelhecimento precoce da pele da criança, mas os ativos que podem
ser absorvidos e cair na circulação, podendo causar problemas graves de saúde.
“Contaminação é coisa séria e muito perigosa. Hoje em dia, a legislação bate
muito forte na questão de não ter metais pesados, mas eles ainda são usados,
principalmente nos fixadores de cor, em esmaltes e maquiagens” – alerta a
dermatologista.
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