Diagnóstico
laboratorial da pré-eclâmpsia ajuda no monitoramento da doença antes dos
primeiros sinais
O Dia da Gestante, celebrado em 15 de agosto, reforça a
importância do cuidado integral com a saúde da mulher desde o início da
gravidez. Entre os principais desafios enfrentados durante o pré-natal, a
pré-eclâmpsia continua sendo motivo de atenção. Segundo a Organização Mundial
da Saúde (OMS), os transtornos hipertensivos da gravidez, que incluem a
pré-eclâmpsia, atingem cerca de 10% das gestantes globalmente e representam uma
das principais causas de morbidade grave e mortalidade materna e neonatal. Na América
Latina, essas complicações são responsáveis por até um quarto das mortes
maternas.¹
No Brasil, estima-se que a hipertensão na gestação
acometa cerca de 15% das gestantes e que 25% dos partos prematuros ocorram em
casos de pré-eclâmpsia materna². Em grande parte dos casos, os primeiros sinais
passam despercebidos — daí a importância do diagnóstico precoce e de um
pré-natal comacompanhamento rigoroso.
Nos últimos anos, os avanços nos exames laboratoriais têm
ajudado os médicos a identificarem mais cedo quais gestantes correm risco de
desenvolver pré-eclâmpsia — mesmo antes dos primeiros sintomas aparecerem.
Entre os principais exames utilizados estão os que analisam biomarcadores
presentes no sangue da gestante, como o sFlt-1 e o PlGF, que estão ligados ao
desenvolvimento da placenta e dos vasos sanguíneos durante a gravidez.³
“Esses ensaios laboratoriais, quando utilizados em
conjunto, ajudam a indicar a probabilidade de desenvolvimento da pré-eclâmpsia
de forma mais precoce, muitas vezes antes de alterações clínicas serem
percebidas. Isso permite que o médico adote uma conduta mais individualizada e
segura para o acompanhamento da gestação”, explica Hélida Silva, Head de
Assuntos Médicos da Siemens Healthineers, na América Latina.
Estudos clínicos apontam que a relação entre esses
biomarcadores pode sofrer alterações semanas antes do surgimento de sintomas,
funcionando como um importante sinal de alerta. A adoção desses exames já é
recomendada por diretrizes internacionais, como as do NICE (National Institute
for Health and Care Excellence), no Reino Unido.
Outra vantagem é que o exame é simples e não invasivo,
realizado por meio de coleta de sangue convencional. “É um recurso que
complementa a avaliação médica e pode ser particularmente útil nos casos com
fatores de risco, como histórico de pré-eclâmpsia, obesidade, gestação gemelar
ou doenças autoimunes”, acrescenta Hélida.
Além de contribuir para o diagnóstico, os biomarcadores
também podem auxiliar no acompanhamento da evolução da condição, apoiando a
tomada de decisão clínica quanto à necessidade de internação, intervenções e
tempo ideal para o parto.
Em paralelo ao avanço das tecnologias diagnósticas, a
conscientização da gestante e do entorno familiar segue sendo um pilar
fundamental na prevenção de desfechos graves. Sinais como inchaço súbito, dor
de cabeça persistente, visão turva e dor abdominal intensa devem ser
comunicados imediatamente ao médico.
A pré-eclâmpsia é uma das poucas causas de morte materna considerada amplamente evitável, desde que diagnosticada e tratada em tempo oportuno. Por isso, o alerta no Dia da Gestante vai além da celebração: trata-se de promover acesso, informação e ferramentas que permitam uma gestação mais segura para todas as mulheres.
Siemens Healthineers
LINK
Referências:
[1] Organização Mundial da Saúde. WHO recommendations for Prevention and treatment of pre-eclampsia and eclampsia. Disponível em: Link. Acesso em 07 de agosto de 2025.
[2] Ministério da Saúde. Dia Mundial da Pré-Eclâmpsia. Disponível em: Link. Acesso em: 07 de agosto de 2025.
[3] Siemens Healthineers. Novos ensaios de sFlt-1 e PlGF. Disponível em: Link. Acesso em 08 de agosto de 2025.
Nenhum comentário:
Postar um comentário