Sociedade de Pediatria do Rio Grande do Sul destaca benefícios do leite materno e orienta sobre práticas seguras e prolongadas
As
ações do Agosto Dourado 2025, cujo tema é “Priorizar a Amamentação: Construindo
Sistemas de Apoio Sustentáveis” têm a intenção de reforçar a importância de
criar redes sólidas e duradouras para apoiar as mães que amamentam, seja em
casa, no trabalho ou na comunidade.
De
acordo com o 2º Vice-Presidente da SPRS e Membro do Departamento Científico de
aleitamento materno da SBP, Dr. Leandro Nunes, o leite materno é
o alimento mais completo para o bebê, com benefícios que vão além da nutrição
imediata.
“O
aleitamento materno oferece proteção contra infecções, favorece o
desenvolvimento cognitivo e emocional, e ainda reduz o risco de doenças
crônicas ao longo da vida. É um investimento vitalício na saúde da criança”,
afirma o médico.
Entre
as vantagens para o recém-nascido estão a nutrição equilibrada, o
fortalecimento do sistema imunológico e a fácil digestão. A longo prazo, há
menor risco de obesidade, diabetes e doenças cardiovasculares, além de melhor
desenvolvimento neurológico e da arcada dentária.
A
campanha também busca desmistificar inseguranças comuns entre mães, como a
dúvida sobre a “quantidade” ou “qualidade” do leite. Segundo o especialista,
não existe “leite fraco” e a produção se regula pela demanda do bebê. Amamentar
de 8 a 12 vezes por dia, observar ganho de peso e quantidade de fraldas
molhadas são sinais claros de que o bebê está bem alimentado.
“A
qualidade do leite materno é indiscutível. Não existe leite fraco. A composição
do leite materno, com sua riqueza em nutrientes e anticorpos, é sempre perfeita
para o bebê. O que pode variar é a concentração de gordura e nutrientes ao
longo da mamada, por isso é importante deixar o bebê esvaziar ambas as mamas. É
essencial que as mães busquem apoio dos pediatras, que podem oferecer
orientação e confiança nesse processo. O apoio de familiares e parceiros também
é crucial para o sucesso da amamentação”, orienta o Dr. Leandro.
A
Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Ministério da Saúde recomendam o
aleitamento materno exclusivo até os seis meses de vida e complementado com
outros alimentos até os dois anos ou mais. O apoio de familiares, profissionais
de saúde e empregadores é essencial para que as mães consigam seguir essas
diretrizes.

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